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Antonieta Juncal ⚕ Turma XXXI Dermatologia Carcinoma Basocelular Introdução •CBC, basalioma, epitelioma basocelu- lar; •Tem comportamento benigno porque nao dá metástase; •Frequente (65% dos casos); •Acomete pessoas > 40 anos. Fatores predisponentes • Fototipos I e II (Classificação de Fitz- patrick): pessoas da pele clara, cabelo claro e olho claro; Classificação de Fitzpatrick (Sociedade Brasileira de Dermatologia) I – Branca – Sempre queima – Nunca bron- zeia – Muito sensível ao Sol; II – Branca – Sempre queima – Bronzeia muito pouco – Sensível ao Sol; III – Morena clara – Queima (moderada- mente)– Bronzeia (moderadamente) – Sensibilidade normal ao Sol; IV – Morena moderada – Queima (pouco) – Sempre bronzeia – Sensibilidade normal ao Sol; V – Morena escura – Queima (raramente) – Sempre bronzeia – Pouco sensível ao Sol; VI – Negra – Nunca queima – Totalmente pigmentada – Insensível ao Sol. • Áreas expostas à radiação UV; • Exposição a radiação e arsênico; • PUVA: tto com radiação ultravioleta; • História de CBC; • Síndromes associadas: Gorlin, Bazex, Albinismo; • Nevos sebáceos (couro cabeludo); • Imunossupressão Origem • Origem em células epiteliais imaturas pluripotentes da camada basal que perderam sua capacidade de diferen- ciação e queratinização normais pela ação de vários fatores (UVB); • Pode originar-se de céls basais da epi- derme e de diferentes partes do apa- relho folicular; • Incapaz de produzir metástase, mas possui malignidade local, sendo capaz de invadir e destruir tecidos adjacen- tes; • Crescimento lento e indolente (0,51 mm/mês). Localização • Principalmente nos 2/3 superiores da face, acima de uma linha que passa dos lóbulos das orelhas até as comis- suras labiais, no 1/3 inferior tem-se, principalmente o CEC (carcinoma es- pinocelular); • Menos comum em outras áreas e não ocorre em palmas, plantas ou muco- sas. Subtipos clínicos CBC Nodular • Mais comum e característico da CBC; • Principalmente em áreas fotoexpos- tas da cabeça e pescoço; • Apresenta-se como: • Pápula (até 1 cm) translucente, de bordas cilíndricas com algu- mas formações perláceas (su- perfície de pérola, lisa e brilhan- Antonieta Juncal ⚕ Turma XXXI Dermatologia te) e telangectasias na superfí- cie: lesão caraterística; • Úlceras roedoras: lesões grandes com necrose central (ainda é possível ver as formações perlá- ceas e telangectasias. • Faz dx diferencial com: NEVOS dér- micos (NEVOS melanocíticos intra- dérmicos, branco, claro ou cor da pele) e melanoma amelanótico. Lesão característica: pápula ou nódulo Perláceo com telangiectasias e superfície brilhante. Úlcera roedora; Faz dx diferencial com CEc. CBC Pigmentado • Pigmento em alguma área do tumor, tem melanização aumentada; • Apresenta-se como: • Pápula hiperpigmentada trans- lucente que pode apresentar erosão. Pode não ser totalmente hiperpigmentada. • Faz dx diferencial com melanoma no- dular. Uma lesão está toda pigmentada e a outra tem apenas algumas partes pigmentadas. CBC Superficial • Não é nodular; • Ocorre mais comumente no tronco; • Apresenta-se como: • Placa eritematosoa, geralmente bem delimitada, que lembra ec- zema; • É aquela placa de eczema que você trata e não resolve. • Deve-se fazer biópsia e dx diferencial com CEC, doença de Bowen, CEC in situ; • Suspeitar sempre que houver placa isolada de eczema que não responde ao tto convencional. Placas erite- matosas que às vezes formam crostas, irregu- lares, mal de- limitadas e têm p r o g n ó s t i c o d i fe r e n t e d o CBC nodular. Pode-se pensar em dermatite se- borreica, trata, mas não resolve. Faz-se biópsia para descobrir. Dx diferencial com CBC super- ficial. Antonieta Juncal ⚕ Turma XXXI Dermatologia CBC Esclerodermiforme • Crescimento agressivo: cresce, se es- tende e é mal delimitado, não se con- segue ver direito o fim; • Apresenta-se como: • Placa amarelada solitária, endu- recida, plana ou levemente de- primida, de superfície lisa, ou como uma cicatriz, sem história de traumas prévios. • Alta taxa de incidência de recorrência no local, pois não é bem delimitada. 1- Placa amarelada, irregular; Não dá para delimitar direito a margem. 2-Pode ter diferentes aspectos, lembrar ci- catriz com aspecto bem regular, por exem- plo. FIibroepitelioma de Pinkus • Faz dx diferencial com fibromas, le- sões benignas da pele; • Apresenta-se como: • Nódulo avermelhado, ulcerado, elevado, firme e ligeiramente pedunculado. • Assemelha-se a um fibroma; • Geralmente, fica no dorso inferior; • Difícil diferenciar do melanoma ame- lanótico. Histopatologia • Os CBC são caracterizados pela pre- sença de nódulos de celular basofíli- cas grandes, dispostas em paliçada perifericamente, e retração do estro- ma (área branca na relação derme- epiderme); Lesões características: formam blocos de células em paliçada e há retração de es- troma. • Ao examinar pela dermatoscopia: • A dermatoscopia é um método semiológico, assim como o sinal da vela, do orvalho sangrante… não é um exame complementar como a biópsia, mitológico dire- to… • A primeira coisa que se faz é di- ferenciar melanocíticas das não melanocíticas; • Dos melanocíticos tem-se NEVOS melanocíticos, displásicos e os melanomas. No CBC pigmentar encontra o maple leaf, que são forma- ções semelhantesa folha de flandres (Bandeira do Ca- nadá). • Baseia-se no dx clínico e deve ser con- firmado pelo histopatológico; Antonieta Juncal ⚕ Turma XXXI Dermatologia • Pode-se fazer a dermatoscopia no CBC pigmentado para ajudar no dx dife- rencial com melanoma; • Também pode ser usada para CBC não pigmentada para ver folículos nas alopecias, no CBC com má formação do vaso e outras complicações. Tratamento • A princípio é a retirada cirúrgica, mas existem outros procedimentos, vai depender dos seguintes fatores: • Localização • Zona H (região do dorso nasal, lábio superior, região zigomático e da fronte lateral do rosto). Se- ria uma zona de perigo, de ele- vada extensão subclínica (não será possível ver todo o tumor). • Nessa área se opta por ci- rurgia. • • Tamanho; • Tempo: lesões + antigas requerem tto mais agressivo, devido à maior pro- babilidade de invasão de tecidos pro- fundos; • Quantidade de lesões; • Tipo histológico; • Se tiver um CBC superficial ou escle- rodermiforme tem que retirar. Curetagem e eletrocauterização • Usando a cureta, retira-se toda a par- te tumoral que é mais friável que a pele normal, se solta mais fácilmente; • Faz-se a curetagem seguida de eletro- coagulação com margem de 2-4mm várias vezes, até excisão completa; • Índice de cura: 60 a 97% em 5 anos; • Indicações: • CBC primário; • Área de baixo risco; • Nodular ou superficial; • Tamanho: • <2 cm no tronco ou mem- bros; • <1 cm face e pescoço; • <0,5 cm na zona H. Criocirurgia • Spray de nitrogênio líquido: congela células fazendo sua destruição; • Aberto ou fechado; • Associada a curetagem: quando o tu- mor não é plano, pode-se curetar pri- meiro; • Indicações: • CBC primário; • Superficial ou nodular; • Tamanho: • <2-3 cm nas áreas de baixo risco; • <1 cm na zona H; • Considerar contra-indicações. Excisão cirúrgica • Principal tto; • Retirada de toda a lesão em fuso, como se fosse o desenho de um olho, em geral suficiente para retirar toda a lesão. Deixa 2-3 mm, dependendo do local ou tipo para ter margens livres; • Pode ser associada à curetagem; Antonieta Juncal ⚕ Turma XXXI Dermatologia • Margens: • <2mm: 4-5 mm (95% de remo- ção); • Tumores grandes ou esclero- dermiformes: 13-15 mm (95% de remoção); • Recidivas: 5-10 mm. • Profundidade da excisão: • Sem invasão TCSC: nível médio do tecido adiposo; • Invasão TCSC: nível da fáscia. Cirurgia de Mohs • Comprometimento de estruturas pro- fundas; • É a mais complicada; • Retira a lesão com uma margem,en- xerga a lesão, dá a margem e faz a re- tirada; • Esse bloco é congelado intraoperató- rio e as margens são todas avaliadas; • Em margens comprometidas, a cirur- gia é ampliada; • Essa peça é novamente congelada e faz-se o histopatológico do outro pe- daço e, se houver área comprometida, repete de novo, até ver que não tem tumor mais; • Alta taxa de cura: 99% CBC primário e 94,4% CBC recorrente; • Preservação de tecido sadio: melhor resultado estético e funcional (retira o que é realmente necessário); • TTO de escolha para: • Lesões extensas; • Bordas mal definidas; • Tumores agressivos; • Áreas de alto risco de recorrên- cia; • Margens comprometidas em ci- rurgias prévias; • Preservação de tecido normal; • Não se faz em todo lugar, cirurgião dermatológico tem que ser especialis- ta.