Buscar

Carcinoma basocelular e espinocelular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Problema 5: Carcinoma Espino e Bascocelular 
OBJETIVO 01. ESTUDAR CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC): CONCEITO, EPIDEMIOLOGIA, ETIOPATOGENIA, FATORES DE RISCO, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO; 
CARCINOMA ESPINOCELULAR ou EPIDERMOIDE
- Segundo câncer cutâneo mais comum. Trata-se de um tumor maligno por proliferação atípica de células espinhosas. Possui caráter invasivo com possível metástase. Deriva dos queratinócitos suprabasais (camada espinhosa).
- Sua origem ocorre por: exposição celular recreacional, bronzeamento artificial, fototerapia por PUVA e imunossupressão (HIV ou transplantados) 
FATORES DE RISCO
- Maior exposição às radiações UV 
- Pele clara, olhos claros e cabelos ruivos
- Albinismo 
- Condições genéticas que influenciam o reparo do DNA – xeroderma pigmentoso, epidermólise bolhosa distrófica, epidermodisplasia verruciforme, disqueratose congênita, poroqueratose actínica disseminada superficial e síndrome KID
- Processos inflamatórios crônicos da pele:
- Não infecciosos: Radiodermite crônica, cicatrizes de queimaduras, úlceras de estase crônica, lúpus eritematoso discoide crônico, líquen plano oral erosivo e líquen escleroso e atrófico 
- Infecciosos: Lesões crônicas de sífilis, lúpus vulgar, fistulas de osteomielite e hidrosadenite crônica
EPIDEMIOLOGIA
· Mais frequente após os 50 anos, em homens devido a maior exposição ao sol e ao fumo, assim como em indivíduos de pele clara.
- O efeito cancerígeno da radiação solar sobre a pele é cumulativo, o que justifica, a maior frequência de carcinomas nas últimas décadas da vida
ETIOPATOGENIA
· O arsênico, derivados do alcatrão ou de hidrocarbonetos podem ser um fator na sua gênese, por contato prolongado.
· Relaciona-se de maneira direta com exposição solar e é o mais frequente dos tumores relacionados com a imunossupressão. 
- A radiação ultravioleta é o principal carcinógeno para a pele e age de duas maneiras: a primeira gerando dímeros de timina (iniciação) e a segunda estaria relacionada com a imunodepressão que causa ao depletar células de Langerhans da epiderme e estimular o aparecimento de clones de linfócitos supressores (promoção), facilitando o crescimento tumoral
- Os raios UV são do tipo A (320 a 400 nm), B (290 a 320 nm) e C (200 a 290 nm). Apenas o A e o B atingem a pele do homem, provocando alterações, as últimas dependem da intensidade da radiação solar e a cor da pele. 
- Os vírus ou suas partículas, ao se integrarem ao DNA da célula, ajudam a causar alterações cromossômicas como deleções, translocações etc. Os vírus DNA estão mais relacionados com neoplasias do que os RNA, à exceção dos retrovírus.
 
- O uso terapêutico indiscriminado de raios X no passado viabilizou a verificação de elevada frequência de CEC secundários a radiodermites crônicas. 
- O número elevado de câncer trocanteriano em chineses que dormem em camas de tijolos aquecidos é outro bom exemplo do efeito cancerígeno da radiação calórica. 
- O CEC de glande em indivíduos não circuncidados mostra o papel cancerígeno da irritação persistente, o que não ocorre entre os circuncidados. 
- É elevada a frequência de ceratoses por alcatrão entre os trabalhadores na indústria dessas substâncias, bem como nos portadores de dermatoses crônicas tratadas, a longo prazo, com coaltar; (antes muito usado em pênfigo foliáceo).
- O uso de arsênico está associado ao alto índice de ceratose, de doença de Bowen, de CEC e, até mesmo, CBC em residências com água rica em arsênico, ou com histórico de ingestão terapêutica (licor de Fowler). 
- O mesmo ocorre entre os trabalhadores da indústria do arsênico ou com agricultores que lidam com inseticidas e herbicidas arsenicais; apenas o arsênico inorgânico é cancerígeno.
MECANISMOS GENÉTICOS NA CARCINOGÊNESE
- A causa mais significativa de CBC e CCE é a exposição ao UV, seja pela exposição direta à luz solar ou por fontes artificiais de luz UV (bronzeamento artificial). Ambos os raios UVA e UVB podem induzir lesão no DNA pela formação de radicais livres (UVA) ou pela indução de dímeros da pirimidina (UVB). 
- A lesão do DNA induzida pela irradiação UV poderá levar à morte celular ou ao reparo do DNA lesado pelo reparo por excisão dos nucleotídeos (NER)
- Os distúrbios hereditários do NER, como o xeroderma pigmentado, estão associados a uma incidência bastante aumentada do câncer de pele e ajudam a estabelecer a ligação entre a lesão do DNA induzida por UV, o reparo inadequado do DNA e o câncer de pele. 
- Os receptores de transplantes de órgãos sólidos na imunossupressão crônica apresentam um aumento de 65 vezes em CCE. A frequência de câncer de pele é proporcional ao nível e à duração da imunossupressão e à extensão da exposição ao sol antes e depois do transplante. Além de taxas mais elevadas de recorrência local, metástase e mortalidade. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Localizações mais comuns: lábio inferior, orelhas, face, couro cabeludo, dorso das mãos, mucosa bucal e genitália externa. 
- Na evolução, inicia como área queratósica infiltrada e dura ou nódulo que pode adquirir aspecto de ulceração com infiltração na borda, até tornar-se vegetante ou córnea, além de poder se apresentar como corno cutâneo 
- Na mucosa pode iniciar como placa de leucoplasia, por área de infiltração ou lesão vegetante. No lábio inferior ocorre em área de leucoplasia ou lesão nodular ou nódulo-ulcerada ou ulcerovegerante 
- Seu crescimento é mais rápido do que nos CBC, ocorre no sentido vertical para fora (vegetante) ou para dentro (invasão para a derme e hipoderme); O crescimento pode ser no sentido longitudinal, resultando em área de infiltração mais palpável do que visível, comum no lábio inferior e em mucosas. 
- Há sangramento discreto e frequente. 
VARIANTES:
CARCINOMA VERRUCOSO
- Variante do CEC de evolução lenta e benigno. Apresenta comportamento menos agressivo, sendo rara as metástases. Possui alto grau de diferenciação celular, quase sempre com ausência de atipias.
Tipos específicos do carcinoma verrucoso:
· EPITELIOMA CUNICULATUM
- Se estende por contiguidade e costuma se localizar na região plantar. São lesões exofíticas hiperqueratósicas, verrucosas com ulcerações e fístulas que dificultam a deambulação, podendo atingir também a superfície dos quirodáctilos e o tornozelo
- Pode haver feixes tumorais largos, bem como aspecto de pseudocistos cheios de queratina, por vezes com pus, invadindo a derme. O material purulento produz odor desagradável. 
· CONDILOMA ACUMINADO GIGANTE DE BUSCHKE-LOWENSTEIN
- Na região anogenital constitui o condiloma acuminado gigante de Buschke-Lowenstein que se apresenta como grandes massas exofíticas tipo couve-flor, ulceradas e fistulosas. A localização mais frequente é a peniana, sobretudo de não circuncidados.
· PAPILOMATOSE ORAL FLORIDA
- Presente na cavidade bucal, iniciando-se como placas esbranquiçadas sobre base eritematosa que evoluem para lesões brancas, papilomatosas que pode atingir extensas áreas da mucosa bucal. 
- Podem ainda acometer as gengivas, assoalho da boca, língua, amígdalas e faringe. 
METÁSTASE
- Metástases podem ocorrer após meses ou anos, sendo mais frequentes e precoces nos carcinomas das mucosas, dorso das mãos e cicatrizes das queimaduras 
- O CEC apresenta maior capacidade de metastatizar quando localizado em superfície mucosa do que em semimucosa, e nesta maior do que na pele. 
- No CEC do lábio, glande ou vulva, a ocorrência de metástase ganglionar é precoce; os gânglios crescem de volume, tornam-se duros, inicialmente móveis; depois, aderem entre si aos planos superficial e profundo, terminando em ulceração. Posteriormente, surgem metástases, por via hematogênica, em vários órgãos (pulmões, fígado, SNC, pele e ossos). 
- A frequência de metástase do CEC também varia de acordo com a lesão que lhe deu origem; assim: ceratose actínica 0,5%; cicatriz de queimadura 17%; radiodermite crônica 20%; e fístula de osteomielite crônica 31%
CARACTERÍSTICAS DE ALTO RISCO INTRÍNSECAS AO TUMOR
Tamanho e profundidade do tumor:- Alto risco: tumores maiores que 2cm ou maiores que 1,5cm na região auricular e de lábios
- Se a profundidade for menor que 2mm a metastatização é rara, sendo as lesões de invasão do subcutâneo as de maiores riscos
Localização do tumor:
- Pálpebras e orelhas metastatizam em cerca de 1/3 dos casos
- Locais de alto risco: região da parótida, couro cabeludo, fronte, têmporas, nariz, dorso das mãos, pênis, escroto, lábio e mucosas genitais 
- Úlceras de Marjolin (CEC surgidos em áreas de cicatrizes ou inflamação crônica) apresentam cerca de 30% de chance de metástase 
Invasão perineural:
- Sinais de acometimento neural como dor local, disestesias, contrações musculares, alterações visuais ou outros sinais de acometimento de nervos cranianos nas lesões da face indicam pior prognóstico 
Recorrência tumoral
Tumores e lesões recorrentes têm maior índice de metastatização
CARACTERÍSTICAS DE ALTO RISCO EXTRÍNSECAS AO TUMOR
- Imunossupressão em transplantados ou portadores de doenças autoimunes, doenças hematológicas malignas e infecções pelo HIV
HISTOPATOLOGIA
- Histologicamente há células espinhosas atípicas e células diferenciadas que formam centros córneos. Conforme a proporção dessas células, o tumor é classificados em ordem progressiva de malignidade - graus I, II, III e IV – classificação de Broders
- Quanto mais desdiferenciada a neoplasia, maior a sua malignidade
· Grau I – diferencial expressiva (>75%), vendo inúmeros aspectos da ceratinização
· Grau II - >50% de diferenciação
· Grau III - >25% de diferenciação
· Grau IV – células totalmente indiferenciadas (<25% de diferenciação). É um tumor inteiramente anaplásico.)
DIAGNOSTICO
- Deve ter confirmação histopatológica 
- Em geral os carcinomas entre a linha da comissura labial e o lóbulo da orelha são CBC, enquanto os abaixo são CEC; 
- Os CEC surgem, com certa frequência, nas mucosas e semimucosas (boca, lábio inferior, glande e vulva).
- É comum a transformação da queilite actínica do lábio inferior (devido à incidência da radiação) em CEC; Nesse caso, observa-se uma superfície erosiva e sangrante. 
- Outro ponto importante é o das leucoplasias, lesões brancas, que quando decorrem do fumo, começam a erosar, ulcerar e sangrar, indicando transformação para CEC.
TRATAMENTO DO CEC (ÁREAS DE RISCO/TIPOS DE CIRURGIAS/MARGENS CIRÚRGICAS)
- Lesões recentes e menores que 1cm na pele podem ser tratadas com eletrocoagulação e curetagem.
- Lesões maiores devem ser excisadas com suficiente margem de garantia em superfície e profundidade (0,5cm). Nas lesões extensas ou de longa duração, com ou sem invasão ganglionar, é indicada exérese ampla
- Outro método bastante utilizado é a criocirurgia por nitrogênio líquido
- A terapia fotodinâmica parece ter um futuro promissor nas pequenas e múltiplas lesões.
- Em tumores ou doentes sem condições cirúrgicas, pode ser feito tratamento radioterápico 
- Em carcinomas com metástases em linfonodos, é necessária a linfadenectomia e radioterapia complementar. 
- Em carcinomas avançados, não passíveis de tratamento cirúrgico ou radioterápico, utiliza-se a quimioterapia. Os quimioterápicos mais empregados são: cisplatina, carboplatina, metotrexato, ciclofosfamida, 5-fluoruracil e bleomicina. Atualmente se utiliza também cetuximabe.
PROGNÓSTICO
- Favorável em casos recentes e adequadamente tratados e, reservada, em casos de longa duração ou metástases. 
- A evolução do CEC é lenta, no entanto, bem mais rápida que a do CBC. Seu prognóstico é mais grave que o do CBC, em virtude de possibilidade, mais cedo ou mais tarde, de metastatização
PROFILAXIA:
- Tratar as ceratoses e as úlceras crônicas, bem como orientar os pacientes quanto à possibilidade de cancerização.
- Vigilância ativa para pacientes que recebem medicações imunossupressoras
OBJETIVO 02 - ESTUDAR CARCINOMA BASOCELULAR (CBC): CONCEITO, EPIDEMIOLOGIA, ETIOPATOGENIA, FATORES DE RISCO, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO; 
- Também chamado de carcinoma tricoblástico, basalioma ou epitelioma basocelular.
- Trata-se de um tumor de células semelhantes às células basais da epiderme, de crescimento muito lento, com capacidade invasiva localizada, embora destrutiva, sem, no entanto, provocar metástases; 
- Neoplasia maligna de melhor prognóstico.
- Acredita-se nem ser um carcinoma. Isto é não se originar da proliferação anaplásica de células, mas sim de células epiteliais imaturas pluripotentes que perderam sua capacidade de diferenciação e queratinização normais pela interferência de vários fatores (como a ação da UVB)
EPIDEMIOLOGIA
- Neoplasia maligna mais comum (cerca de 50% com relação à totalidade das neoplasias malignas), enquanto quando aos cânceres de pele, sua frequência corresponde a cerca de 70% destes. 
- Mais frequente acima dos 30 anos e em mulheres (discreta diferença). No entanto, algumas literaturas mostram maior incidência em sexo masculino
- É raro no negro, devido à proteção do pigmento quanto à radiação solar.
- Sua frequência entre brancos é tanto maior quanto mais claro for o indivíduo (olhos claros, cabelos louros, pele clara)
ETIOPATOGENIA
· Dentre os fatores etiológicos se encontram: radiações de todos os tipos, desde as calóricas até as ionizantes, certas substâncias químicas, como os derivados do alcatrão e o arsênico e, em escala quase desprezível, cicatrizes antigas (raro quando comparado ao carcinoma espinocelular).
- Como fatores relevantes existem ainda a cor da pele e as profissões de maior exposição às radiações (médicos, técnicos, marinheiros e lavradores).
- Está sendo questionada a exposição solar continuada, visto que o CBC não é reproduzível em animais de laboratório em exposição constante à luz e, sim, o carcinoma espinocelular (CEC)
CASCATA DE SINALIZAÇÃO
- A cascata de sinalização celular tem início com a ligação da proteína Hh à proteína transmembrana Patched 1 (PTCH1). 
- Na ausência de um ligante Hh, a PTCH inibe a atividade da proteína transmembrana Smoothened (SMO). 
- A ligação da Hh à PTCH resulta na inativação da PTCH e na consequente ativação da proteína SMO, a qual irá transduzir o sinal da Hh ao citoplasma da célula. Esse sinal será transmitido por uma série de proteínas, dentre as quais a proteína SUFU (suppression fused), que normalmente age como inibidora desta via. 
- Após a ligação da Hh à PTCH, essa atividade inibitória da SUFU cessa, causando desequilíbrio entre as formas ativadoras e supressoras da família GLI (glioma-associated oncogene) de fatores de transcrição (sendo GLI-1 e GLI-2 ativadoras da via e GLI-3, supressora), e resultando na expressão dos genes alvo. 
- O complexo Hh/PTCH é então internalizado na célula, sendo posteriormente degradado 
A maior parte dos CBC apresenta 2 tipos distintos de mutações que alteram a via Hedgehog: 
· Mutações inativadoras no alelo PTCH1 (90 a 85%), e mutações ativadoras no gene que codifica a proteína SMO (10%). 
- Desse modo, sendo esses tumores independentes da ligação da proteína Hh, para que uma substância seja efetiva nesses casos, é necessário que ela atue na cascata de sinalização no nível da proteína SMO ou abaixo dela.
HISTOPATOLOGIA
- Trata-se de proliferação celular com as características basocelular, que se dispõem em paliçada na periferia das massas tumorais
- Em geral, os núcleos são grandes, uniformes, pouco anaplásicos e com raras mitoses; as células não apresentam pontes intercelulares.
- São características e frequentes as lacunas contíguas às massas tumorais (retração justatumoral). Isso ocorre pela ausência do antígeno penfigoide nos locais em que ocorre. 
- Uma teoria mais recente relaciona a existência de actina no estroma tumoral, que é um marcador de miofibroblastos. Estes, por sua vez, secretam estromalisina3, uma metaloproteinase capaz de degradar a matriz tumoral.
- O tumor pode apresentar diferenciação ou não. Quando indiferenciado, é dito sólido e é a apresentação mais frequente. Ser indiferenciado não está associado a agressividade.
· A diferenciação ocorre no sentido dos anexos:pelo (ceratótico), glândulas sudoríparas (adenoide) e glândula sebácea (cístico). 
- A neoplasia é estroma-dependente, ou seja, necessita de tecido conjuntivo para seu crescimento. Culturas com ausência do tecido evidenciam a conversão dessas células em células basais normais. Tal fato talvez explique a raridade de metástase; 
- Denomina-se carcinoma basoescamoso ou metatípico o tumor que apresenta, conjuntamente, características histopatológicas de CBC e CEC. Frequentemente localizado no polo cefálico, para alguns autores, seria uma forma transicional e, por isso mesmo, mais agressivo e com possibilidade de metástase. 
CLÍNICA
- A lesão mais característica é a lesão “perolada”, ou seja, lesão papulosa translúcida e brilhante de coloração amarelo-palha. Pode ser a única manifestação de CBC.
- Há situações que a pérola ocorre na borda da lesão, que cresce centrifugamente. Em outras, a pérola cresce tornando-se uma lesão globosa, em cuja superfície há discretas telangiectasias – essa lesão globosa torna-se ulcerada.Pode haver também lesões vegetantes ou ulcerovegetantes.
- A localização preferencial é na região cefálica, seguida do tronco e, finalmente, dos membros.
- Quando a localização é nas orelhas, tende a ser mais agressivo, pois comumente é do tipo esclerodermiforme, infiltrativo, basoescamoso ou micronodular
- O acometimento de mucosas ocorre exclusivamente por contiguidade
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO CBC
PAPULONODULAR, GLOBOSA OU NODULOCÍSTICA.
- A pápula é a lesão inicial e a forma mais comum. Seu crescimento, após anos, leva à forma globlosa ou nodular, que pode medir vários centímetros e que, se não for tratada, certamente ulcerará.
ULCERADA
- Pode iniciar-se já como pequena úlcera ou em consequência do crescimento da forma globosa.
- A inflamação é mínima, e a secreção serosa é praticamente inexistente; a borda, no entanto, é sempre perolada.
TEREBRANTE (ULCUS RODENS)
- É uma forma ulcerada com invasão rápida, provocando grande destruição do maciço central da face, reunindo em um só orifício boca e fossas nasais. Instala-se assim a síndrome da gangosa
- Há uma invasão em profundidade, com invasão e destruição de músculo, cartilagem, osso ou outras estruturas. Outras vezes, a forma terebrante destrói o globo ocular, podendo invadir até mesmo a calota craniana
FORMA CICATRICIAL
- Relativamente superficial e cresce centrifugamente, de modo que a parte central apresenta um aspecto cicatricial e a periferia é sempre perolada. Na lesão, podem ocorrer microulcerações com cicatrização posterior.
- É relativamente comum na região orbitária
SUPERFICIAL, ERITEMATOSA OU PAGETOIDE
- É representada por área geralmente oval, eritematoescamosa ou superficial, lembrando o lúpus eritematoso; a borda é nítida, no entanto, delimitada por um cordão muito fino, nem sempre perceptível.
- É mais frequente no tronco; tem certa correlação com a ingestão de arsênico; 
- É a apresentação do CBC própria dos pacientes submetidos à radioterapia, porém sem evidências clínicas de radiodermite. 
ESCLERODERMIFORME, FIBROSANTE OU MORFEIA-SÍMILE
- Semelhante a uma placa de esclerodermia, sem borda nítida nem perolada; a superfície é lisa e brilhante, de cor amarelada; à palpação, sente-se certo grau de dureza devido à fibrose; é uma forma rara, de limites pouco definidos e infiltrativa.
PIGMENTADA
- Trata-se de uma lesão papulosa, globosa ou ulcerada, com grande quantidade de melanina, o que provoca certa confusão com o melanoma. É mais comum em negros.
VEGETANTE
- Muito rara
- Proliferação central 
FIBROEPITELIAL OU FIBROEPITELIOMA DE PINKUS
- Caracteriza-se por lesões solitárias ou múltiplas, moles, muitas vezes pedunculadas, localizadas no dorso, lembrando fibromas.
- A histologia mostra massas tumorais estreitas interconectadas com estroma proeminente, que lembram a ceratose seborreica reticulada
SÍNDROME DO NEVO BASOCELULAR (SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ)
- Caracteriza-se pelo aparecimento, já na infância, de tumores que, com a idade, aumentam consideravelmente em número e tamanho. Os tumores podem lembrar nevos ou fibromas
· Outras manifestações clínicas são: depressões puntiformes na região palmoplantar, cistos odontogênicos na mandíbula, anormalidades nas costelas, espinha bífida, calcificação da foice do cérebro e eventual retardo menta
SÍNDROME DO NEVO BASOCELULAR LINEAR UNILATERAL
- Caracteriza-se por inúmeros tumores e comedões, em distribuição linear, já presentes ao nascimento. Rara.
SÍNDROME DE BAZEX
- Caracteriza-se por atrofodermia folicular já ao nascimento e desenvolvimento de numerosos basaliomas na face, a partir da adolescência. 
· A localização preferencial das cicatrizes foliculares é o dorso das mãos e pés. 
FATORES DE RISCO QUANTO A DIFICULDADES TERAPÊUTICAS E MAIORES PROBABILIDADES DE RECIDIVAS:
· Dimensões maiores que 2cm
· Margens tumorais clinicamente mal-definidas
· Doenças recidivante
· Localização na área central da face, nariz, áreas perioculares, regiões auriculares e labiais
· Tumores micronodulares e esclerodermiformes, além de invasão perineural ou vascular 
· Imunossupressão do paciente
DIAGNÓSTICO
- Devemos suspeitar quando qualquer lesão passa a sangrar espontaneamente ou por mínimos traumas, crescimento súbito ou sintomatologia local.
- O exame histopatológico é decisivo. 
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
- A evolução é extremamente lenta (até vários anos); o prognóstico só passa a ser ruim dependendo da localização e da manifestação clínica (destruição da órbita ou do maciço central da face nas formas terebrantes)
- Na síndrome do nevo basocelular, temos recorrências frequentes, assim como novas lesões
- Tumores localizados nos planos de fusão da pele (sulco nasogeniano, nasolabial e prega pré-auricular – “H da face”) têm maior chance de recidivar, assim como tumores maiores que 2 cm, CBC esclerodermiformes, com invasão perineural ou vascular e em pacientes imunodeprimidos
- Pacientes que já apresentaram um CBC têm 10 vezes mais chance de apresentar um subsequente em comparação ao restante da população.
PROFILAXIA
· É necessário educar as populações no sentido de evitar superexposição solar desde o início da vida; o uso de protetores solares adequados é útil, sobretudo nas pessoas que frequentam praia, mas elas não devem entender esse uso como um passaporte para a exposição ao sol.
· Evitar o uso de arsênico e alcatrão. 
· Quem já apresentou uma vez este tumor tem maior chance de apresentar um segundo, sendo necessário acompanhamento anual.
TRATAMENTO DO CBC (ÁREAS DE RISCO/TIPOS DE CIRURGIAS/MARGENS CIRÚRGICAS)
O tratamento irá depender do tamanho, localização, aspecto clínico, comorbidades, idade do paciente, se for recidivante ou não, disponibilidade técnica do meio e experiência do dermatologista.
- Para lesões menores de 1 cm, podem ser feitas curetagem simples, eletrodessecação e curetagem, ou o inverso e crioterapia.
- Nos CBC superficiais pode ser utilizado imiquimode a 5%, 5-fluorouracila ou terapia fotodinâmica. O imiquimod é usado em creme a 5% em aplicações diárias ou 5 dias/semana com duração do tratamento de 6-12 semanas, sendo indicado principalmente para as formas superficiais do CBC
- A terapia fotodinâmica requer o uso de um agente fotossensibilizante (metilaminolevulinato) 3hrs antes da radiação lumínica no local com duas aplicações de intervalo de 7 dias 
- A criocirugia tem boa indicação para tumores menores que 1 cm na zona H da face ou até 2 cm, com limites bem definidos, não recidivantes e múltiplos. Também é tratamento eletivo para carcinoma basocelular superficial ou localizado em áreas de cartilagem. Em carcinoma basocelular nódulo-ulcerativo, o nitrogênio líquido deve ser aplicado após prévia curetagem
- A exérese cirúrgica está indicada e é a melhor indicação para a maioria dos CBC. Na forma nodular com margens bem definidas e menor que 2 cm, margens de 4 a 5 mm são adequadas
- Para CBC maiores de 2 cm, esclerodermiformes, com padrão histológico agressivo, infiltração perineural ou recidivados, margens de 5 a 15 mm devem ser respeitadas e, preferentemente,com congelação peroperatória
- A cirurgia micrográfica de Mohs está indicada principalmente nos casos recidivantes, próximos aos olhos e no CBC esclerodermiforme. 
- A radioterapia está bem indicada em pacientes muito idosos, debilitados ou com alto risco cirúrgico.
- Uma conduta expectante pode ser adotada nos casos incompletamente excisados (apenas bordas laterais) e que não se trate de um tumor recorrente, histologicamente agressivo ou em região anatômica crítica, com maior chance de recidiva (H da face).
- Os bloqueadores específicos das várias vias que compõem a família de receptores Hedgehog representam um avanço importante no tratamento de doenças como síndrome do nevo basocelular e xeroderma pigmentoso.
 - Ciclopamina: esteroide alcaloide, a partir do qual muitos outros agentes foram derivados, com melhores propriedades farmacológicas. 
- Um deles é o vismodegibe (Erivedge ®), inibidor de grande potência da proteína SMO, na dose de 150 mg/dia ou mais, VO, com resposta em cerca de 50% dos pacientes. 
- Os efeitos adversos estão espasmos musculares, alopecia, disgeusia, perda de peso, hepatotoxicidade, fadiga, teratogenicidade, entre outros.
- Outro fármaco também de uso sistêmico é o sonidegib (Odomzo) que também inibe a via de sinalização hedgehog ligando-se com, e inativando, a proteína smoothened
- Administrado na dose de 1 comprimido de 200mg/dia e tem como efeitos tóxicos teratonicidade e morte fetal, além de alopecia, disgeusia, fadiga, anorexia, vômitos, náuseas, diarreia, espasmos e dores musculares
OBJETIVO 03 - ESTUDAR AS LESÕES PRÉ-MALIGNAS DO CARCINOMA ESPINOCELULAR; 
- Lesões adquiridas ou genéticas, com frequência acima da casualidade, podem evoluir para um verdadeiro câncer cutâneo; 
- Ainda há discordância entre autores sobre o que seriam lesões pré-cancerosas e verdadeiros canceres. 
CERATOSE ACTÍNICA
- Também chamada de ceratose senil por aparecer na idade avançada como uma manifestação de irradiação solar cumulativa, progressiva, persistente e duradoura; daí a sua localização preferencial nas áreas expostas, em especial a calva.
- São lesões cutâneas pré-malignas que consistem da proliferação de queratinócitos aberrantes, que se desenvolvem em resposta à exposição prolongada à radiação ultravioleta. 
- Caracterizam-se por pequenas placas hiperceratóricas descamativas em base eritematosa, de 2-6 mm, geralmente múltiplas e localizadas em áreas fotoexpostas como cabeça, pescoço, antebraços e dorso das mãos, sendo que 65% localizam-se nos membros superiores
- À palpação, as lesões apresentam uma aspereza e algumas vezes as lesões são mais sentidas do que vistas.
- A remoção mecânica das lâminas córneas (que, em geral, são aderentes) provoca, em alguns casos, a saída de uma gota de sangue, o que é indício, eventualmente, de uma possível transformação.
- Os carcinomas espinocelulares advindos dela apresentam baixíssima capacidade metastática 
CERATOSES TÓXICAS
- Têm praticamente as mesmas características das anteriores, com diferenças de localização; as produzidas pelos hidrocarbonetos aromáticos localizam-se, sobretudo, nas áreas de contato da substância, quer como medicamento (coaltar, antralina e outros), quer como produto de manipulação industrial (derivados do petróleo).
- São muito menos frequentes atualmente devido à prática responsável de utilização dos equipamentos de proteção individual.
ARSENICISMO CRÔNICO
- As ceratoses arsenicais têm preferencialmente localização palmoplantar, sendo múltiplas e puntuadas. Podem ser decorrentes de ingestão de água contaminada (certas regiões), ingestão voluntária de solução de Fowler (remédio antigo para psoríase e tônico fortificante) ou outros preparados que contenham arsênico inorgânico e, mesmo, inalação (inseticida)
- Outras manifestações clínicas são hipercromias com pequenas despigmentações em gota, predominantemente em axilas, virilhas e mamilos
- As ceratoses arsenicais se desenvolvem nas áreas de fricção e trauma, principalmente nas palmas e plantas, como pápula em forma de calo, geralmente simétricas, amareladas, duras, pontudas, múltiplas, variando de 2 a 10 mm de diâmetro. Podem lembrar verrugas ou ceratodermia palmoplantar.
- Outro estigma de arsenicismo crônico são mudanças pigmentares na pele, com placas hiperpigmentadas com áreas de despigmentação lembrando “gotas de chuva”. Essas placas podem afetar os mamilos, axilas, virilhas e ponto sobre pressão. 
- O tratamento pode ser realizado com cirurgia convencional, crioterapia, retinoides, dentre outros.
CERATOSE TÉRMICA
- São produzidas por estimulação crônica da radiação infravermelha, apreciadas na pele por uma sensação agradável de calor.
· Eritema ab igne, um padrão pontilhado, reticulado de hiperpigmentação é observado naqueles pacientes que aplicam almofadas de calor no corpo
- As pessoas que habitualmente sentam perto da lareira para se aquecer tendem a desenvolver as lesões nas pernas e coxas. Assim como os danos solares crônicos podem produzir ceratoses actínicas, os danos térmicos podem produzir suas próprias sequelas (eritema ab igne).
- O tratamento preconizado é a cirurgia.
RADIODERMITE
- Decorre de aplicações de radioterapia com fins terapêuticos, de exposição acidental ou mesmo de exposição profissional. A lesão surge meses ou anos após as exposições (radiodermite crônica).
- A área acometida apresenta-se poiquilodérmica; portanto, é atrófica com telangiectasias, hipo-hiperpigmentada, podendo ter alguns pontos de ceratose e mesmo ulceração. Aparecem como ceratoses discretas, placas hiperceratósicas ou lesões exulceradas
- Após uma dose exagerada (radiodermite aguda), surgem eritema, bolhas e, por vezes, úlcera também de difícil cicatrização. É importante que os pacientes sejam acompanhados de modo que qualquer transformação neoplásica seja detectada precocemente e tratada de modo adequado
- A terapia se resume em cirurgia.
ÚLCERAS CRÔNICAS E CICATRIZES
- Qualquer que seja a sua natureza (leishmaniose, queimadura, lúpus eritematoso, tuberculose luposa, úlcera angiodérmica), úlceras e cicatrizes antigas podem, eventualmente, sofrer transformação para o CEC, o que constitui a chamada úlcera de Marjolin
- Surgem a partir de úlceras e cicatrizes antigas; reconhece-se essa transformação quando, na borda da úlcera ou em uma brida da cicatriz, começa a surgir lesão vegetante, muitas vezes hemorrágica; 
LEUCOPLASIA
- Caracteriza-se por placas brancas em mucosas, sobretudo na mucosa oral; essas placas variam em número, são discretamente elevadas e não removíveis mecanicamente; 
- Em alguns casos, tornam-se discretamente vegetantes, enquanto em outros, tornam-se erosivas e/ou ulceradas (sinal de possível malignização)
- Podem ser idiopáticas ou decorrentes de processos irritativos ou traumáticos (dentaduras, corrente galvânica por metais diferentes em prótese dentária, fumo). 
- Podem localizar-se em qualquer área da boca, sendo o soalho da boca uma localização perigosa, No lábio inferior, a placa deriva, em geral, do uso do cachimbo ou cigarro.
- A retirada do agente causal quase sempre faz regredir a lesão; a exérese cirúrgica é um bom recurso.
CORNO CUTÂNEO
- Trata-se de uma proliferação compacta e corniforme de queratina, assentada sobre uma base.
- Nódulo hiperceratótico denso e cônico que se assemelha a um chifre de um animal
- É o resultado de uma aderência incomum de material ceratinizado. 
- Seu tamanho varia de alguns centímetros a decímetros, podendo atingir as dimensões e o aspecto de um verdadeiro chifre
- A exérese cirúrgica, com exame histopatológico da base da lesão, é a conduta adequada.
QUEILITES
- É preciso atenção, sobretudo, para a queilite actínica ou para sua forma mais evolutiva (queilite abrasiva pré-cancerosa de Manganotti), que se caracteriza por eritema, descamação, fissuras e erosão do lábio inferior, com acentuação após exposição solar e, consequentemente, piora durante o verão; em cerca de 10 a 20% dos casos, ocorre a transformação para CEC.
- Com relação à queilite glandular simples, isto é, um processo inflamatório deglândulas salivares mucinosas ectópicas, não existe essa transformação; 
EPITELIOMA INTRAEPIDÉRMICO DE BORST-JADASSOHN
- Foi descrito inicialmente na ceratose seborreica do tipo clonal. Trata-se de um aglomerado de células tumorais na epiderme cercado por queratinócitos normais
- Nas outras situações em que ocorre é denominado “fenômeno de BorstJadassohn”; ninhos de células benignas de origem epidérmica são também observados no poroma écrino; ninhos de células atípicas ocorrem na doença de Bowen, poroma écrino maligno, doença de Paget e melanoma de crescimento superficial; quando malignos, seriam, então, carcinomas in situ
DOENÇA DE BOWEN
- Caracteriza-se por lesão eritematoescamosa, bordas bem delimitadas porém irregulares, superfície por vezes velvética, outras vezes exsudativa, pouco infiltrada, com crescimento centrífugo lento. Normalmente múltiplas lesões. 
- Geralmente única, manifesta-se como placa achatada rósea, eritematosa ou eritematopigmentada, bem delimitada, com bordas regulares e com escama ou crosta na superfície, algumas vezes fazendo diagnóstico diferencial com CBC, Tinea corporis, eczema numular, ceratose actínica, psoríase e ceratose seborreica, pode atingir vários centímetros de diâmetro
- Ocorre mais em áreas fotoexpostas, mostrando o papel da RUV; é também bem conhecida a associação com arsenicismo. Pode ter localização mucosa. Atualmente, em certos casos têm sido incriminados alguns tipos de HPV. Geralmente ocorre mais em adultos maduros ou idosos, sem predileção por sexo
· Pode evoluir para forma invasiva em 5% dos casos (estes são geralmente mais agressivos do que os que surgem de ceratose actínica).
· Tratamento: a terapia é tópica e deve ser guiada pelo tamanho, localização da lesão e idade do paciente. As opções são semelhantes às citadas para a ceratose actínica, como: terapia fotodinâmica, imiquimod, 5-fluorouracil, criocirurgia, eletrocoagulação ou excisão e sutura
ERITROPLASIA DE QUEYRAT
· Lesão aveludada, em placa, localizada no pênis, em geral de homens não circuncidados.
· A doença de Bowen é considerada paraneoplásica, sobretudo, quando de localização anogenital (câncer do trato geniturinário ou da cérvice uterina). Quando desencadeada por arsênico, a associação com carcinoma interno parece ocorrer, embora isso seja questionado por alguns.
· Ulceração, sangramento e vegetação são sinais de transformação para CEC que ocorrem em cerca de 10% das lesões.
- O tratamento da doença de Bowen é, sobretudo, cirúrgico, visto que, frequentemente, ocorre envolvimento dos anexos; A terapia fotodinâmica tem se mostrado eficaz assim como o creme com imiquimode a 5%. O tratamento da eritroplasia de Queyrat com 5-fluorouracila a 5%, ou o imiquimode a 5%, apresenta excelentes resultados.
- Existe também a papulose bowenoide. São duas formas de carcinoma espinocelular in situ do pênis
- A papulose bowenoide afeta o corpo, e a eritroplasia de Queyrat, a mucosa (glande, prepúcio, uretra). Esta última caracteriza-se por placa bem delimitada, brilhante, de superfície aveludada, eritematosa, de crescimento lento.
OBJETIVO 04 - ESTUDAR O TRATAMENTO DE CERATOSE ACTÍNICA;
- O tratamento é feito preferencialmente por destruição mecânica quer seja pela eletrodessecação, pelo nitrogênio líquido ou pela aplicação de ácido.
- Quando em grande quantidade de lesões, o uso de substâncias químicas fica melhor indicado.
- Masoprocol a 10% em creme, embora cause eczema de contato em cerca de 10% dos pacientes, parece ter melhor tolerabilidade do que a 5-fluorouracila. Usado nas concentrações de 0,5% ou de 2 a 5% por 4 ou 2 a 4 semanas, respectivamente, uma aplicação diária
- Um tratamento bastante eficaz é a terapia fotodinâmica, que emprega o ácido metilaminolevulínico 160 mg/g em creme e luz vermelha (comprimento entre 570 e 670 nm). A aplicação é feita com uma espessa camada e até por 5 mm da lesão, que deve ser coberta por material opaco. Aguarda-se por 3 h e a exposição dura cerca de 8 a 9 min; as lesões muito ceratósicas devem ser curetadas previamente. Deve-se repetir, se necessário, em 3 meses
- O diclofenaco de sódio a 3% em gel, 2 vezes/dia, por 60 a 90 dias, também é uma alternativa válida.
- Recentemente, a aplicação do gel de mebutato de ingenol (Picato ® ) nas concentrações de 0,015% para lesões na face ou no couro cabeludo e 0,05% para tronco/extremidades, por 3 e 2 dias respectivamente, mostrou-se igualmente eficaz.
Problema 5
: 
Carcinoma 
E
spino e 
B
ascocelular 
OBJETIVO 01
. 
ESTUDAR CARCINOMA ESPINOCELULAR 
(CEC): CONCEITO, EPIDEMIOLOGIA, ETIOPATOGENIA, 
FATORES DE RISCO, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, 
DIAGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, 
PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO; 
 
CARCINOMA ESPINOCELULAR
 
ou EPIDERMOIDE
 
-
 
Segundo câncer cutâneo mais comum
.
 
Trata
-
se de um 
tumor maligno por proliferação atípica de células 
espinhosas
.
 
Possui 
caráter invasivo com possível 
metástase
. Deriva 
dos queratinócitos suprabasais 
(camada espinhosa).
 
 
-
 
Sua origem ocorre por
: 
 
exposição 
celular
 
recreacional, 
bronzeamento artificial
, fototerapia por 
PUVA 
e imunossupressão
 
(
HIV ou transplantados) 
 
 
FATORES DE RISCO
 
-
 
Maior
 
exposição às radiações
 
UV 
 
-
 
P
ele clara, olhos claros e cabelos ruivos
 
-
 
Albinismo
 
 
-
 
Condições genéticas
 
que influenciam o reparo do 
DNA 
–
 
xeroderma pigmentoso, epidermólise bolhosa 
distrófica, epidermodisplasia verruciforme, disqueratose 
congênita, poroqueratose actínica disseminada 
superficial e síndrome KID
 
-
 
Processos inflamatórios crô
nicos da pele
:
 
-
 
Não infecciosos
: R
adiodermite crônica, 
cicatrizes de queimaduras, 
úlceras
 
de estase crônica, 
lúpus eritematoso discoide crônico, líquen plano oral 
erosivo e líquen escleroso e atrófico 
 
-
 
Infecciosos
:
 
L
esões crônicas de sífilis, lúpus 
vulg
ar, fistulas de osteomielite e hidrosadenite crônica
 
 
E
PIDEMIOLOGIA
 
?
 
Mais frequente 
após os 50 anos, em homens 
devido a maior exposição ao sol e ao fumo, assim como 
em indivíduos de pele clara.
 
 
-
 
O 
efeito cancerígeno da radiação solar sobre a pele 
é cumulativo
, o
 
que
 
justifica, a maior frequência de 
carcinomas nas últimas décadas da vida
 
 
ETIOPATOGENIA
 
?
 
O 
arsênico
, derivados do alcatrão ou de 
hidrocarbonetos
 
pode
m
 
ser um 
fator na sua gênese, por 
contato prolongado
.
 
 
?
 
Relaciona
-
se de maneira direta com 
exposição 
solar
 
e 
é o mais frequente dos tumores relacionados 
com a imunossupressão
.
 
 
 
-
 
A 
radiação ultravioleta
 
é o principal carcinógeno para 
a pele
 
e age de duas maneiras: a primeira 
gerando 
dímeros de tim
ina (iniciação) e a segunda estaria 
relacionada com a imunodepressão que causa ao 
depletar células de Langerhans
 
da epiderme e 
estimular o aparecimento de clones de linfócitos
 
supressores (promoção), facilitando o crescimento 
tumoral
 
-
 
Os 
raios UV
 
são do t
ipo A (320 a 400 nm), B (290 a 320 
nm) e C (200 a 290 nm)
.
 
A
penas o A e o B atingem a 
pele do homem, provocando alterações
,
 
as últimas 
dependem 
da
 
intensidade da radiação solar e a cor da 
pele.
 
 
 
-
 
Os 
vírus
 
ou suas partículas, ao se integrarem ao DNA 
da 
célula, ajudam a causar alterações cromossômicas 
como deleções, translocações etc. 
Os vírus DNA estão 
mais relacionados com neoplasias do que os RNA, à 
exceção dos retrovírus.
 
 
 
-
 
O 
uso terapêutico indiscriminad
o de raios X
 
no 
passado 
viabilizou a verificação de elevada frequência 
de CEC secundários a radiodermites crônicas
. 
 
 
-
 
O
 
número elevado de câncer trocanteriano em 
chineses que dormem em c
amas de tijolos aquecidos
 
é 
outro bom exemplo do 
efeito cancerígeno da radiação 
calórica. 
 
 
-
 
O 
CEC de glande em indivíduos não circuncidados 
mostra o papel cancerígeno da irritação persistente, o 
que não ocorre entre os circuncidados. 
 
 
-
 
É elevada a frequência de ceratoses por 
alcatrão
 
entre os trabalhadores na indústria dessas substâncias
, 
bem como nos portadores de dermatoses crônicas 
tratadas, a longo prazo, com coaltar; 
(antes muito 
usado em 
pênfigo foliáceo
).
 
 
-
 
O uso de 
arsênico
 
está
 
associado ao 
alto índice de 
ceratose
, de doença de Bowen, de CEC e, até mesmo, 
CBC em 
residências com 
água rica em arsênico, ou 
com histórico de ingestão 
terapêutica (licor de Fowler). 
 
 
-
 
O mesmo ocorre entre 
os trabalhadores da indústria do 
arsênico ou 
com agricultores que lidam com inseticidas 
e herbicidas arsenicais;
 
apenas o arsênico inorgânico é 
cancerígeno.
 
 
MECANISMOS GENÉTICOS NA CARCINOGÊNESE
 
 
-
 
A causa mais significativa de CBC e CCE é a exposição 
ao UV
, seja pela exposição direta à luz 
solar ou por 
fontes artificiais de luz UV (bronzeamento artificial). 
Ambos os raios UVA e UVB podem induzir lesão no DNA 
pela formação de radicais livres (UVA) ou pela indução 
de dímeros da pirimidina (UVB).
 
 
-
 
A lesão do DNA induzida pela irradiação UV po
derá 
levar à morte celular ou ao reparo do DNA lesado pelo 
reparo por excisão dos nucleotídeos
 
(NER)
 
 
-
 
Os 
distúrbios hereditários do NER, como o xeroderma 
pigmentado, estão associados a uma incidência 
bastante aumentada do câncer de pele e ajudam a 
estabe
lecer a ligação entre a lesão do DNA induzida 
Problema 5: Carcinoma Espino e Bascocelular 
OBJETIVO 01. ESTUDAR CARCINOMA ESPINOCELULAR 
(CEC): CONCEITO, EPIDEMIOLOGIA, ETIOPATOGENIA, 
FATORES DE RISCO, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, 
DIAGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, 
PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO; 
CARCINOMA ESPINOCELULAR ou EPIDERMOIDE 
- Segundo câncer cutâneo mais comum. Trata-se de um 
tumor maligno por proliferação atípica de células 
espinhosas. Possui caráter invasivo com possível 
metástase. Deriva dos queratinócitos suprabasais 
(camada espinhosa). 
 
- Sua origem ocorre por: exposição celular 
recreacional, bronzeamento artificial, fototerapia por 
PUVA e imunossupressão (HIV ou transplantados) 
 
FATORES DE RISCO 
- Maior exposição às radiações UV 
- Pele clara, olhos claros e cabelos ruivos 
- Albinismo 
- Condições genéticas que influenciam o reparo do 
DNA – xeroderma pigmentoso, epidermólise bolhosa 
distrófica, epidermodisplasia verruciforme, disqueratose 
congênita, poroqueratose actínica disseminada 
superficial e síndrome KID 
- Processos inflamatórios crônicos da pele: 
- Não infecciosos: Radiodermite crônica, 
cicatrizes de queimaduras, úlceras de estase crônica, 
lúpus eritematoso discoide crônico, líquen plano oral 
erosivo e líquen escleroso e atrófico 
- Infecciosos: Lesões crônicas de sífilis, lúpus 
vulgar, fistulas de osteomielite e hidrosadenite crônica 
 
EPIDEMIOLOGIA 
? Mais frequente após os 50 anos, em homens 
devido a maior exposição ao sol e ao fumo, assim como 
em indivíduos de pele clara. 
 
- O efeito cancerígeno da radiação solar sobre a pele 
é cumulativo, o que justifica, a maior frequência de 
carcinomas nas últimas décadas da vida 
 
ETIOPATOGENIA 
? O arsênico, derivados do alcatrão ou de 
hidrocarbonetos podem ser um fator na sua gênese, por 
contato prolongado. 
 
? Relaciona-se de maneira direta com exposição 
solar e é o mais frequente dos tumores relacionados 
com a imunossupressão. 
 
- A radiação ultravioleta é o principal carcinógeno para 
a pele e age de duas maneiras: a primeira gerando 
dímeros de timina (iniciação) e a segunda estaria 
relacionada com a imunodepressão que causa ao 
depletar células de Langerhans da epiderme e 
estimular o aparecimento de clones de linfócitos 
supressores (promoção), facilitando o crescimento 
tumoral 
- Os raios UV são do tipo A (320 a 400 nm), B (290 a 320 
nm) e C (200 a 290 nm). Apenas o A e o B atingem a 
pele do homem, provocando alterações, as últimas 
dependem da intensidade da radiação solar e a cor da 
pele. 
 
- Os vírus ou suas partículas, ao se integrarem ao DNA 
da célula, ajudam a causar alterações cromossômicas 
como deleções, translocações etc. Os vírus DNA estão 
mais relacionados com neoplasias do que os RNA, à 
exceção dos retrovírus. 
 
- O uso terapêutico indiscriminado de raios X no 
passado viabilizou a verificação de elevada frequência 
de CEC secundários a radiodermites crônicas. 
 
- O número elevado de câncer trocanteriano em 
chineses que dormem em camas de tijolos aquecidos é 
outro bom exemplo do efeito cancerígeno da radiação 
calórica. 
 
- O CEC de glande em indivíduos não circuncidados 
mostra o papel cancerígeno da irritação persistente, o 
que não ocorre entre os circuncidados. 
 
- É elevada a frequência de ceratoses por alcatrão 
entre os trabalhadores na indústria dessas substâncias, 
bem como nos portadores de dermatoses crônicas 
tratadas, a longo prazo, com coaltar; (antes muito 
usado em pênfigo foliáceo). 
 
- O uso de arsênico está associado ao alto índice de 
ceratose, de doença de Bowen, de CEC e, até mesmo, 
CBC em residências com água rica em arsênico, ou 
com histórico de ingestão terapêutica (licor de Fowler). 
 
- O mesmo ocorre entre os trabalhadores da indústria do 
arsênico ou com agricultores que lidam com inseticidas 
e herbicidas arsenicais; apenas o arsênico inorgânico é 
cancerígeno. 
 
MECANISMOS GENÉTICOS NA CARCINOGÊNESE 
 
- A causa mais significativa de CBC e CCE é a exposição 
ao UV, seja pela exposição direta à luz solar ou por 
fontes artificiais de luz UV (bronzeamento artificial). 
Ambos os raios UVA e UVB podem induzir lesão no DNA 
pela formação de radicais livres (UVA) ou pela indução 
de dímeros da pirimidina (UVB). 
- A lesão do DNA induzida pela irradiação UV poderá 
levar à morte celular ou ao reparo do DNA lesado pelo 
reparo por excisão dos nucleotídeos (NER) 
 
- Os distúrbios hereditários do NER, como o xeroderma 
pigmentado, estão associados a uma incidência 
bastante aumentada do câncer de pele e ajudam a 
estabelecer a ligação entre a lesão do DNA induzida

Continue navegando