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EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA Parte I - Sinais Vitais Quando os sinais vitais devem ser verificados: - Na Admissão do paciente; - Na prestação dos cuidados rotineiros; - Durante uma consulta; - Antes e depois de procedimentos invasivos (cirúrgi- cos ou diagnósticos); - Antes e depois da administração de medicamentos cardiovasculares e/ou respiratórios e de produtos hemoterápicos; - Condições físicas gerais alteradas; - Antes e depois de intervenções que influenciem um sinal vital; - Sintomas inespecíficos de estresse físico. o Frequência Cardíaca É a delimitação palpável da circulação sanguínea per- cebida em vários pontos do corpo, constituindo um indicador do estado circulatório. Os fatores que o influenciam são: - Exercício; - Temperatura; - Emoções; - Drogas; - Hemorragia; - Mudanças posturais; - Condições pulmonares Idade Potter Lactente 120 a 160 Infante 90 a 140 Pré-escolar 80 a 100 Escolar 75 a 100 Adolescentes 60 a 90 Adultos 60 a 100 Idade CAB nº33 RN 100 a 170 2 anos 80 a 130 4 anos 80 a 120 6 anos 75 a 115 8 anos 70 a 110 10 anos 70 a 110 Idade Livro Procedimentos Menores de 07 anos 80 a 120 Maiores de 07 anos 70 a 90 Adolescentes 80 a 95 Adultos 60 a 100 Para a verificação da frequência cardíaca de forma mais fidedigna, recomenda-se a ausculta do pulso apical (linha hemiclavicular esquerda entre o 4º e 5º espaços intercostais) com o uso do estetoscópio. A frequência cardíaca também pode ser mensurada através da mensuração de pulso periférico. Os pulsos mais utilizados são as artérias radial, bra- quial, poplítea, pediosa, temporal, carótida e femoral. A frequência cardíaca pode ser classificada quanto à frequência como: Normocardia – frequência entre 60 bpm e 100 bpm (adultos) Bradicardia – frequência abaixo de 60 bpm (adultos) Taquicardia ou taquisfigmia – frequência acima de 100 bpm (adultos) A frequência cardíaca pode ser classificada quanto ao ritmo como: Regular: Sequência das pulsações com intervalos iguais. Irregular: Os intervalos são variáveis, ora mais longos, ora mais curtos. Arritmia: Alteração do ritmo cardíaco. Ainda podemos classificar a frequência cardíaca quan- to à amplitude como: Pulso normal - Facilmente palpável por pressão digi- tal. Filiforme ou taquisfigmia – pulso fino e fraco Pulso forte/cheio - quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado de cheio. Pulso irregular-arrítmico - Os intervalos entre os ba- timentos são desiguais. Pulso dicrótico - Dão a impressão de dois batimentos. Pulso ausente - Não palpável, medido como 0. EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA o Frequência Respiratória É o mecanismo que o corpo utiliza para trocar gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células. Este mecanismo envolve: - Ventilação: a movimentação de gases para dentro e para fora dos pulmões; - Difusão: a movimentação do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias; - Perfusão: a distribuição das hemácias para os capila- res sanguíneos e a partir deles. Durante a avaliação da frequência respiratória, não se deve permitir que o paciente saiba, pois a consciência da avaliação pode alterar a frequência e profundidade deste parâmetro. Alguns fatores influenciam a carac- terística da respiração: - Exercício; - Dor aguda; - Ansiedade; - Tabagismo; - Posição corporal; - Medicações; - Lesão neurológica; - Função da hemoglobina Frequência Respiratória Potter Recém nascido 30-60 Lactente 30-50 Criança pequena (2 anos) 25-32 Criança 20-30 Adolescente 16-19 Adulto 12-20 Frequência Respiratória Livro Procedi- mentos Recém nascido 30-60 Criança 20-25 Adulto 12-22 Bradipneia = FR é regular, porém anormalmente lenta. Taquipneia = FR é regular, porém anormalmente rápi- da. Hiperpneia = A respiração é difícil, com profundidade e frequência aumentadas. Normalmente ocorre com o exercício Apneia = A respiração cessa durante vários segundos. Quando esta para é persistente, resulta em retardo respiratório Hiperventilação = A frequência e a profundidade res- piratórias aumentam. Algumas vezes ocorre hipocap- nia Hipoventilação = FR é anormalmente lenta e a pro- fundidade da ventilação está deprimida. Algumas vezes ocorre hipercapnia Respiração de Cheyne-Stokes = A frequência e a pro- fundidade respiratórias são irregulares, caracterizadas pelas alternações de períodos de apneia e hiperventi- lação. O ciclo respiratório começa com respiração lenta e superficial que aumenta gradualmente a um frequência e profundidade anormais. O padrão se reverte, a respiração se torna lenta e superficial, che- gando ao clímax com uma apneia antes do recomeço da respiração Respiração de Kussmaul = A respiração é anormal- mente profunda, regular e de alta frequência Respiração de Biot = A respiração é anormalmente superficial para duas ou três respirações seguidas de um período irregular de apneia o Pressão Arterial É a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. O pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima ou pressão diastólica. A diferen- ça entre as pressões sistólica e diastólica é a pressão de pulso. A unidade padrão para medir a PA é dada em milímetros de mercúrio (mmHg). Existem fatores que afetam os valores e devem ser considerados: ansiedade, dor, estresse, ingestão de cafeína, fumo, idade, sexo, posição corpórea, drogas, exercícios, doença e febre. EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA Segundo MS (2013), a primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços, caso haja diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. Etapas para a realização da medição 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 4. Centralizar o meio da parte compressiva do man- guito sobre a artéria braquial; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radi- al; 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem com- pressão excessiva; 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); 9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação*; 10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa*; 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, de- terminar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero*; 13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito dife- rentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas; 14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 16. Anotar os valoresexatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. Segundo a 7º Diretriz Brasileira de Hipertensão Arteri- al classificamos os valores encontrados na mensura- ção da Pressão Arterial: - Normotenso: <120mmHg e <80mmHg - Pré-hipertensâo: 121-139mmHg e 81-89mmHg - Hipertensão estágio 1: 140-159mmHg e 90-99mmHg - Hipertensão estágio 2: 160-179mmHg e 100- 109mmHg - Hipertensão estágio 3: >180mmHg e >110mmHg. Ocorre hipotensão quando a pressão sistólica cai para 90 mmHg ou menos. Apesar de alguns adultos terem PA normalmente baixa, para a maioria das pessoas pode ser um achado anormal associado à doença. A hipotensão ortostática ou postural ocorre quando uma pessoa normotensa apresenta sintomas e pres- são baixa ao se mover para uma posição mais elevada. o Temperatura Temperatura Livro Procedimentos Oral 33,2 a 38,2 Retal 34,4 a 37,8 Timpânica 35,4 a 37,8 Axilar 35,5 a 37 Temperatura Potter Oral Média 37ºC Retal Média 37,5ºC Axilar 36ºC a 38ºC Detalhes: - Na verificação da temperatura oral o termômetro deve ser individual. E pacientes inconscientes, crian- ças, com distúrbios neurológicos ou psiquiátricos e outras condições que afetem o controle fisiológico são contraindicações a essa mensuração. - Na verificação da temperatura retal o termômetro deve ser inserido com o paciente na posição de Sims (decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexio- nada). Lubrificar a ponta do termômetro (utilizando vaselina ou lidocaína) e introduzir no ânus na direção do umbigo (cerca de 1,5 cm no lactente, 2 cm na cri- ança e 4 cm no adulto). O termômetro deve ser de uso individual. EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA - A hipertermia maligna é uma condição hereditária em que há produção incontrolada de calor, ocorrendo quando pessoas suscetíveis recebem certas drogas anestésicas. Classificação Livro Procedimentos Hipotermia <35ºC Febre >38ºC Hipertermia >40ºC Classificação da hipotermia segundo Potter: - Leve: 34°C a 36°C - Moderada: 30°C a 34°C - Acentuada: <30°C - Profunda: <20°C Padrões de febre segundo Potter - Sustentada: temperatura constante, continuamente acima de 38°C e com pouca flutuação; - Intermitente: picos de febre intercalados com tem- peraturas em níveis usuais (a temperatura retorna a um valor aceitável pelo menos uma vez em 24 horas); - Remitente: picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal; - Recidivante: períodos de episódios febris e períodos com valores de temperaturas aceitáveis (períodos de episódios febris e períodos de normotermia muitas vezes duram mais de 24 horas). o Dor Classificação de dor de acordo com o seu tipo: - aguda (protetora e rápida) - crônica (dura mais de 6 meses, constante ou recor- rente) - episódica crônica (esporádica durante um período prolongado de tempo) - oncológica - idiopática - dor por inferência de processo patológico. Classificação de dor de acordo com a sua localização: - superficial (cutânea), - profunda (visceral) - referida ou irradiada Pode ser mensurada através de escalas - Escala Visual Analógica - Escala Númerica de 0 a 10 - Escala de faces Wong Baker EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA Parte II – Oxigenoterapia A oxigenoterapia consiste num tratamento em que o objetivo é aumentar a concentração do oxigênio no sangue, é um procedimento indicado para pessoas com insuficiência respiratória. O seu intuito é manter os níveis de oxigenação adequados para evitar a hipo- xemia (baixa da concentração de oxigênio). Os sinais de hipóxia são: taquipnéia, respiração labo- riosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz), cianose progressiva; - Sinais cardíacos: Taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca (subsequentes ao 1°); - Sinais neurológicos: Inquieta- ção, confusão, prostração, convulsão e coma; - Ou- tros: Palidez. o Cateter nasal Materiais: Bandeja, frasco umidificador, tubo exten- sor, cateter nasal simples (no 6, 8 ou 10) ou cateter tipo óculos, fluxômetro, solução prescrita, solução fisiológica 0,9% 10 mℓ, fita adesiva hipoalergênica, gaze estéril, luvas de procedimento e etiqueta ou fita adesiva. Observações: - Se cateter nasal simples: Introduza a ponta do cateter (4 a 5 cm) em uma das narinas Fixe o cateter no nariz ou na face com fita adesiva hipoalergênica - Se cateter tipo óculos: Introduza os “pinos” do cateter nas narinas Ajuste o cateter ao redor das orelhas e sob o mento o Por inalação Materiais: Bandeja, inalador, tubo extensor, fluxôme- tro, solução fisiológica 0,9% (10 mℓ), luvas de proce- dimento, etiqueta ou fita adesiva e lenços de papel. Observações: -Peça ao paciente para sentar-se ou eleve o decúbito do leito, entre 45 e 90° -Abra o fluxômetro (até atingir o fluxo de oxigênio prescrito em ℓ/min) e verifique se há saída de névoa pelo inalador -Entregue o inalador ao paciente e oriente-o a segurá- lo, mantendo a máscara junto à face (sobre o nariz e a boca) e a respirar tranquilamente. Caso ele não consi- ga segurá-lo corretamente, fixe a máscara no rosto do paciente com cadarço. -Em unidades de internação e unidades de terapia intensiva (UTI), o inalador ou nebulizador pode ser reutilizado por até 24 h. -Em casos de insuficiência respiratória, deve-se deixar preparado o material para intubação endotraqueal. Em algumas situações, a oxigenoterapia pode ser usa- da de modo intermitente, como em pacientes que se recuperam de anestesia ou naqueles com traqueos- tomia recente, com o objetivo de fornecer aporte de oxigênio e fluidificar as secreções. Micronebulizador Macronebulizador http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp1.png EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA o Máscara de Venturi Materiais: Bandeja, umidificador, fluxômetro, água destilada estéril (se prescrito), cadarço, luvas de pro- cedimento, etiqueta ou fita adesiva e o “kit Venturi”: máscara de Venturi, traqueia, tubo extensor, diluido- res de oxigênio – para diferentes porcentagens de oxigênio, suporte do diluidor Observações: -A máscara de Venturi possibilita o fluxo de oxigênio, misturado ao ar ambiente, em concentrações especí- ficas, predefinidas pelo médico: fluxo de oxigênio de 3 a 15 ℓ/min e FiO2 de 0,24 a 0,50 (24 a 50%) -É indicada para pacientes que necessitam de concen- trações precisas, seguras e controladas de oxigênio. A máscara precisa estar bem ajustada à face para se obter o resultado desejado Os diluidores de oxigênio são apresentados nas cores laranja, rosa, verde, bran- ca, amarela e azul e variam de acordo com o fluxo e a concentração de oxigênio. -Deve-se atentar para a marcação de fluxo e a concen- tração em cada válvula -O “kit Venturi” deve ser trocado a cada 24 h. O umidi- ficador e o tubo extensor, quando utilizados com água, devem ser trocados a cada 24 h e, quando utili- zados sem água, trocados se apresentarem sujidade ou, no máximo, a cada 7 dias. Sistemas de Distribuição de Oxigênio (Potter)Sistemas de distri- buição FiO2 distribuí- da Vantagens Desvantagens Cânula nasal 1-6l/min 24%-44% -Segura e sim- ples -Facilmente tolerada -Eficaz para baixas concen- trações -Não impede comer ou falar - Baixo custo, descartável -Não é possível utili- zar com obstrução nasal -Secagem das muco- sas -Pode deslocar facil- mente -Pode causar lesão ou ruptura da pele em torno das orelhas ou narinas -O padrão de respira- ção do paciente (boca ou nasal) afeta a FiO2 exata Máscara facial sim- ples 6-12l/min 35%-50% Útil para perío- dos curtos, como transporte do paciente -Contraindicada para pacientes que retém O2 -Pode induzir sensa- ções de claustrofobia -Terapia interrompida com a ingestão de alimentos -Aumento do risco de aspiração Máscara parcial e de não reinala- ção 10- 15l/min 60%-90% - Útil para períodos curtos -Distribui au- mento de FiO2 -Umidifica facilmente o O2 -Não seca as mucosas -A cânula não pode ser limpa -Mais cara que a cânula padrão Cânula de conserva- ção de O2 8l/min até 30-50% -Indicada para uso domiciliar de O2, a longo prazo -Permite maior concentração e menor fluxo de O2 Máscara de Venturi 24%-50% -Distribui quan- tidade específi- ca de O2 com umidade adicio- nada -Administra O2 baixo e constan- te -A máscara e a umi- dade adicionada podem irritar a pele -Terapia interrompida na ingestão de alimen- tos -A taxa de fluxo específica deve ser seguida EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA Aspiração de Vias Aéreas -Aspiração orotraqueal -Higienize as mãos; -Coloque a máscara, a vestimenta, os óculos de prote- ção ou o protetor facial se houver chance de respin- gos; -Conecte uma extremidade do tubo extensor de oxi- gênio à máquina de aspiração e coloque outra extre- midade em uma localização conveniente perto do paciente. Ligue o dispositivo de aspiração e defina regulador de vácuo para a pressão negativa apropria- da: 120 a 150 mmHg para adultos, 40 a 60mmHg para lactentes e 60 a 100mmHg para crianças; Tubo extensor de oxigênio -Se indicado, aumente a oxigenoterapia suplementar para 100% ou conforme solicitado pelo médico. Incen- tive o paciente a respirar profundamente. -Preparação para todos tipos de aspiração (exceto os dispositivos de aspiração fechada): #Abra o kit de aspiração ou sonda apropriada usando técnica asséptica e deixando a sonda de aspiração no invólucro estéril ou kit. Se um campo estéril estiver disponível, coloque-o no peito do paciente ou na me- sa sobre a cama. Não permita que a sonda de aspira- ção toque em superfícies não estéreis. #Desembrulhe ou abra a cuba estéril e coloque-a na mesa de cabeceira. Encha a cuba com aproximada- mente 100ml de soro fisiológico estéril; #Abra o lubrificante. Esprema pequena quantidade no invólucro ou kit estéril aberto sem tocá-lo. Observa- ção: O lubrificante não é necessário para a aspiração orofaríngea ou de via aérea artificial. #Calce as luvas, mantenham sempre a mão dominan- te com a luva estéril; Luva estéril #Pegue a sonda de aspiração com a mão dominante. Pegue o tubo extensor de oxigênio com a mão não dominante. Fixe o tubo à sonda. #Coloque a ponta da sonda de aspiração na cuba esté- ril e aspire uma pequena quantidade de soro fisiológi- co. -Remova a máscara de oxigênio, se houver. Mantenha a máscara de oxigênio próximo do rosto do paciente. Se paciente tiver uma cânula nasal, ela pode perma- necer. -Pegue a sonda estéril com a mão dominante e utilize a mão não dominante para clampear a borracha da sonda. Sonda de aspiração -Introduza a sonda de aspiração na boca do paciente ao longo da linha da gengiva, até a faringe (cerca de 12 cm); -Retire a sonda, aplicando pressão, fazendo movimen- tos rotatórios até que a secreção seja removida (tome cuidado para que a ponta da sonda não faça invagina- ção na mucosa oral); -Incentive o paciente a tossir e repita a aspiração, se necessário; -Dê intervalos de pelo menos 1 min para o paciente tossir; ofereça-lhe lenços de papel para limpar as se- creções. Se ele apresentar náuseas, suspenda o pro- cedimento; EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA -Lave a sonda com água destilada ou soro fisiológico e limpe a ponta com gaze; -Caso o paciente seja capaz de realizar a autoaspira- ção oral, coloque o cateter ao seu alcance; -Aspire a boca com movimentos suaves, retirando a secreção; -Lave a sonda e a extensão do aspirador até que este- jam limpos; -Retire as luvas e higienize as mãos; -Limpe o rosto do paciente e ajude-o fazer a higiene oral; -Reposicione o oxigênio conforme a prescrição; -Observe sinais de desconforto respiratório e meça a pressão arterial. -Aspiração nasofaríngea - Remova o oxigênio, se o paciente estiver utilizando; - Introduza a sonda por uma das narinas enquanto o paciente inspira profundamente. Em adultos, cerca de 20cm, crianças mais velhas, de 16 a 20 cm, em lactentes e crianças pequenas, 4 a 14cm na traqueia até que en- contre resistência ou o paciente apresente tosse; -Aplique a aspiração intermitente por não mais de 10 segundos (Potter) o pinçando e liberando o polegar não dominante sobre o tubo extensor de oxigênio e retiran- do-a com movimentos rotatórios e aplicando vácuo; - Dê intervalos de pelo menos 1 min (Carmagnani) para o paciente tossir, ofereça-lhe lenços de papel e um saco de lixo pequeno para o descarte dos lenços; - Repita o procedimento até reduzir a quantidade de secreção. Se o paciente sentir náuseas ou mal-estar, retire a sonda e ligue o oxigênio; - Retire a sonda enrolando-a ao redor dos dedos da mão dominante; retire a luva, invertendo-a de modo que a sonda fique dentro da luva. Retire a outra luva da mes- ma maneira, colocandoas no saco de lixo; - Higienize as mãos; - Desligue o aspirador, limpe o rosto do paciente com lenços de papel ou com uma toalha de rosto. Se necessá- rio, faça higiene oral; - Ligue o oxigênio conforme a prescrição médica (man- tenha a cabeceira elevada); - Mantenha o local organizado; - Calce as luvas de procedimento e recolha o material - Encaminhe-os ao expurgo, despreze os resíduos; - Deixe o quarto em ordem; - Retire as luvas e descarte-as; - Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel- toalha e faça desinfecção com álcool etílico a 70%; - Higienize as mãos; - Faça as anotações de enfermagem em impresso pró- prio, informando o horário, quantidade (estimada) de secreção aspirada e seu aspecto. Anote a frequência respiratória, a pressão arterial e se houve intercorrên- cias. Assine e carimbe as anotações. -Aspiração nasotraqueal - Higienize as mãos; - Reúna o material em uma bandeja e leve ao quarto do paciente; - Explique o procedimento ao paciente e ao acompa- nhante; - Faça ausculta nos pulmões e traqueia com o estetoscó- pio; - Verifique a pressão arterial; - Instale um oxímetro de pulso; - Coloque o paciente na posição de semi-Fowler ou sen- tado, ereto, com a cabeça em hiperextensão (se não houver contraindicação); - Coloque a bandeja na mesa de cabeceira, dispondo os materiais que serão utilizados; abra a ampola do lubrifi- cante, despeje a água esterilizada em uma cuba. Abra o invólucro da sonda, mantendo-a na embalagem para não contaminar; -Adapte o vacuômetro ou aspirador ao frasco coletor; - Coloque a máscara descartável, os óculos protetores, as luvas de procedimento e o avental descartável; - Abaixe a grade da cama do lado em que vai se posicio- nar; - Faça hiperoxigenação durante 30 a 60 s antes da aspi- ração e nos intervalos (utilize o suporte ventilatório prescrito ou a bolsa inflável conectada em oxigênio)(Carmagnani); - Regule a pressão do aspirador/vacuômetro (entre 110 e 150 mmHg); - Coloque papel-toalha no tórax do paciente; - Higienize as mãos e calce a luva estéril na mão domi- nante; - Cubra a parte distal da sonda com o lubrificante hidros- solúvel (6 a 8 cm); - Segure a sonda com a mão dominante e a extensão de látex com a mão não dominante e fixe a sonda; - Introduza delicadamente a sonda em uma das narinas; solicite que o paciente inspire profundamente (não apli- que pressão no vacuômetro enquanto está introduzindo a sonda). Em adultos, cerca de 15 a 20cm, crianças mais velhas, de 16 a 20 cm, em lactentes e crianças pequenas, 8 a 14cm; - Aguarde ocorrer a estimulação do reflexo da tosse; se houver resistência após a inserção do cateter provavel- mente atingiu a carina. Recue-o de 1 a 2cm antes de aplicar a aspiração; - Aplique pressão enquanto retira a sonda em movimen- tos circulares, não ultrapasse 10 s; - Estimule o paciente a tossir e a expelir as secreções após cada aspiração (ofereça lenços de papel se ele esti- ver expectorando); - Repita a aspiração por duas ou três vezes, com interva- los de 1 min; forneça oxigênio nesses períodos; - Em alguns casos, virar a cabeça do paciente para direita ajuda na aspiração do brônquio principal esquerdo; virar a cabeça para a esquerda ajuda na aspiração do brôn- quio principal direito; EAGS SEF FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS E OXIGENOTERAPIA - Limpe a sonda e a extensão de látex com água estéril nos intervalos de cada aspiração; - Verifique a saturação de oxigênio no monitor e observe sinais de ansiedade, aflição ou asfixia no paciente. Na presença desses sinais, retire a sonda, forneça oxigênio, verifique a pressão arterial e solicite a presença do mé- dico de plantão; - Aspire as secreções da boca do paciente somente ao final, fazendo sucção suave; - Lave a extensão do aspirador com solução estéril e despreze a sonda, enrolando-a na mão e puxando a luva sobre ela; desligue a fonte de aspiração; - Higienize as mãos e calce luvas de procedimento; - Limpe o rosto do paciente e faça higiene oral; - Instale o oxigênio via cateter ou máscara, se estiver prescrito; - Faça ausculta da traqueia e pulmões e verifique a pres- são arterial; - Desligue o oxímetro e retire do dedo do paciente o cabo com o sensor, se a saturação de oxigênio estiver de acordo com a normalidade; - Levante a grade lateral da cama; - Deixe o paciente confortável, em posição de semi- Fowler (cabeceira elevada em 30° ou mais); - Mantenha o local organizado; - Calce as luvas de procedimento, recolha o material, encaminhe-o ao expurgo e despreze os resíduos; - Retire as luvas e descarte-as; - Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel- toalha e faça desinfecção com álcool etílico a 70%; - Higienize as mãos; - Faça as anotações de enfermagem em impresso pró- prio, informando o horário, a quantidade (estimada) de secreção aspirada e seu aspecto. Anote a saturação de oxigênio, a frequência respiratória, a pressão arterial e se houve intercorrências. Assine e carimbe suas anota- ções. Oxímetro de pulso Aspiração de via aérea artificial (sonda de traqueosto- mia ou endotraqueal) - Higienize as mãos; - Reúna o material na bandeja e leve para o quarto do paciente; - Explique o procedimento ao paciente; - Certifique-se de que o paciente não esteja recebendo dieta enteral; - Promova a privacidade do paciente fechando a porta do quarto; - Adapte o vacuômetro, o frasco coletor e a sonda de aspiração, sem retirá-la completamente da embalagem; - Coloque máscara descartável, avental e óculos de pro- teção lateral; - Posicione o paciente em posição de semi-Fowler; - Higienize as mãos; - Calce as luvas de procedimento; - Verifique a pressão do aspirador (manter entre 110 e 150 mmHg); - Calce a luva de toque estéril na mão que irá segurar o cateter de aspiração ou segure o cateter envolvido em uma gaze estéril; - Solicite que o paciente faça uma inspiração profunda (quando possível), e realize uma hiperoxigenação de acordo com o suporte ventilatório prescrito pelo médico; - Introduza a sonda de aspiração até encontrar resistên- cia ou o paciente apresentar tosse e recue 01cm; - Aplique a sucção fazendo movimentos rotatórios en- quanto retira o cateter da traqueia; - Não aplique sucção por mais de 10s seguidos(Potter) ou 15s(Carmagnani); - Deixe o paciente descansar 1min (Potter) 20 a 30 s(Carmagnani) antes de repetir o procedimento, se ne- cessário no máximo duas vezes; - Observe a quantidade e as características da secreção; - Despreze a sonda enrolando-a em uma das mãos e puxando a luva sobre a sonda; - Realize a ausculta pulmonar e observe frequência res- piratória e saturação do oxigênio; - Faça uma higiene com gazes e soro fisiológico ao redor da traqueostomia e troque as gazes embaixo das abas da cânula e o cadarço, se estiver sujo; - Retire as luvas de procedimento; - Deixe o paciente em posição confortável; - Recolha o material do quarto, mantendo a unidade organizada; - Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel- toalha e passe álcool etílico a 70%; - Higienize as mãos; - Faça as anotações de enfermagem em impresso pró- prio, informando horário, quantidade (estimada) de secreção aspirada e seu aspecto. Anote intercorrências, assine e carimbe.
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