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EBook - Revisão de Informativos por Questões - Vol I

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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
1. Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de 
tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006) 
e associação para o tráfico (Art. 35, caput, da Lei n. 
11.343/2006), em concurso material. Quando da re-
alização da audiência de instrução e julgamento, o 
advogado de defesa pleiteou que o réu fosse inter-
rogado após a oitiva das testemunhas de acusação 
e de defesa, como determina o Código de Processo 
Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei n. 
11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O 
juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob 
a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a 
Lei n. 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que 
o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse 
caso, o juiz agiu corretamente, eis que o interrogató-
rio, em razão do princípio da especialidade, deve ser o 
primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas 
para a persecução dos crimes previstos na Lei de Dro-
gas. Fonte: FGV (adaptada).
2. Em relação às imunidades parlamentares, a Cons-
tituição Federal estabelece que a prerrogativa de os 
Deputados e Senadores não serem violados civil e pe-
nalmente por suas opiniões, palavras e votos, no exer-
cício da função, é denominada imunidade material, que 
pode ser excepcionada quando as manifestações não 
guardem pertinência, por um nexo de causalidade, com 
o desempenho das funções do mandato parlamentar. 
Fonte: adaptação de questão elaborada pela FCC.
3. Conforme a Lei n. 12.850/2013, o acordo de cola-
boração premiada não pode deixar de ser sigiloso an-
tes do recebimento da denúncia. 
4. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na 
medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no 
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e 
o de internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico. Esse cômputo é denominado pelo Código 
Penal de detração. Entende-se por considerar a data 
da prisão preventiva como marco inicial para a obten-
ção de benefícios em sede de execução penal, e não 
a data da publicação da sentença condenatória. Fonte: 
adaptação de questão elaborada pelo IESES (concur-
so Cartório – TJ/PA – 2016).
5. Acerca do sigilo das operações de instituições fi-
nanceiras (Lei Complementar n. 105/2001), pode-se 
afirmar que independe de prévia autorização do Po-
der Judiciário a quebra de sigilo de contas públicas, 
eis que, por força dos princípios da publicidade e da 
moralidade (CF, art. 37), não têm elas, em geral, direi-
to à intimidade e à privacidade. Fonte: adaptação de 
questão elaborada pelo IBADE (concurso Delegado 
PC AC – 2017)
6. Octávio, Procurador da República, presente em 
audiência, de logo teve ciência de ato de que preten-
dia recorrer. Com relação ao prazo recursal, o início do 
cômputo somente se inicia com a remessa dos autos 
com vista à instituição, pois o prazo processual, consi-
derado em si mesmo, não tem necessária relação com 
intimação (comunicação ou ciência de atos daqueles 
que figuram no processo), mas com o espaço de tem-
po de que as partes ou terceiros interessados dispõem 
para a prática válida de atos processuais que darão 
andamento ao processo.
7. Com relação às prerrogativas parlamentares, o 
ato emanado do Poder Judiciário que houver aplicado 
medida cautelar que impossibilite direta ou indireta-
mente o exercício regular do mandato legislativo deve 
ser submetido ao controle político da Casa Legislativa 
respectiva, nos termos do art. 53, § 2º, da CF. Fonte: 
adaptação de questão elaborada pelo CESPE (concur-
so Juiz/TJCE/2012).
8. Há perda de objeto da ação de usucapião proposta 
em juízo cível na hipótese em que juízo criminal decre-
ta a perda do imóvel usucapiendo em razão de ter sido 
adquirido com proventos de crime. Fonte: adaptação 
de questão elaborada pela FCC – concurso Juiz – TJ 
AP – 2014 c/c questão elaborada pelo CESPE – con-
curso Juiz – TRF 2º Região – 2013.
9. Em 2014, o STF adotou o entendimento de o des-
membramento do processo ser a regra geral quando 
houver corréus sem prerrogativa de foro no STF. Admi-
te, porém, como exceção julgamento único de ação pe-
nal que indicar a união indissociável entre as condutas, 
e não a mera conexão.
10. Com o advento da Lei n 11.690/2008, o Código 
de Processo Penal adotou o sistema presidencialista, 
de modo que a inquirição de testemunhas pelas partes 
deve preceder à realizada pelo juízo.
11. O princípio da insignificância é aplicável aos cri-
mes contra a Administração Pública. 
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
12. Para a configuração da violência doméstica e fa-
miliar prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei 
Maria da Penha), exige-se naturalmente a coabitação 
entre autor e vítima. 
13. Sobre o regime jurídico da prisão provisória e das 
medidas cautelares pessoais no ordenamento jurídico 
pátrio, segundo orientação doutrinária e jurispruden-
cial, é correto afirmar que a prisão preventiva poderá 
ser substituída pela domiciliar quando o agente for mu-
lher com filho de até 04 anos de idade.
14. A imunidade formal prevista no art. 51, I, e no art. 
86, caput, da Constituição Federal tem por finalidade 
tutelar o exercício regular dos cargos de Presidente da 
República e de Ministro de Estado, razão pela qual não 
é extensível a codenunciados que não se encontram 
investidos em tais funções.
15. Segundo o Supremo Tribunal Federal, não é pos-
sível extraditar estrangeiro condenado por seu país de 
origem a crimes de sequestro praticados há mais de 20 
anos, por ser tal delito permanente, não prescrevendo 
enquanto não for encontrada a pessoa ou o corpo.
16. O habeas corpus não pode ser empregado para 
impugnar medidas cautelares de natureza criminal di-
versas da prisão, desde que não apresente ameaça ou 
ofensa, direta ou indireta, à liberdade de ir e vir.
17. Desde que o STF declarou incidentalmente a 
inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei n. 
8.072/1990 (“A pena por crime previsto neste artigo 
[crime hediondo] será cumprida inicialmente em regime 
fechado”), não é mais obrigatória a fixação do regime 
inicial fechado para o condenado pelo crime de tráfico 
de entorpecentes, podendo a pena privativa de liber-
dade ser substituída por restritivas de direitos quando 
o réu for primário e sem antecedentes e não ficar pro-
vado que ele se dedique ao crime ou esteja envolvido 
com organização criminosa. Fonte: Ano: 2013. Banca: 
CESPE. Órgão: PG-DF. Prova: Procurador.
18. É lícita a obtenção de dados pela polícia das con-
versas de WhatsApp em celular sem prévia autorização 
judicial, desde que apreendido o aparelho em flagrante.
19. Conforme entendimento jurisprudencial, a cautelar 
fixada de proibição para que agente diplomático acu-
sado de homicídio se ausente do país sem autorização 
judicial não é adequada na hipótese em que o Estado 
de origem do réu tenha renunciado à imunidade de ju-
risdição cognitiva, mas mantenha a competência para o 
cumprimento de eventual pena criminal a ele imposta.
20. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, conce-
deu habeas corpus coletivo, impetrado em favor de 
todas as mulheres presas preventivamente que os-
tentem a condição de gestantes, de puérperas ou de 
mães de crianças sob sua responsabilidade. Conside-
rando a cultura do encarceramento, que se revela pela 
imposição exagerada de prisões provisórias a mulhe-
res pobres e vulneráveis, e que resulta em situações 
que ferem a dignidade de gestantes e mães, com pre-
juízos para as respectivas crianças, cabe ao Judiciário 
adotar postura ativa ao dar pleno cumprimento a esta 
ordem judicial, sem exceções. Nas hipóteses de des-
cumprimento da presente decisão, a ferramenta a ser 
utilizada é a reclamação.
21. O mandado de segurança se presta para atribuir 
efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Mi-
nistério Público.
22. Havendo dúvida resultante da omissão cartorária 
em certificar a data de recebimento da sentençacon-
forme o art. 389 do CPP, pode-se presumir a data de 
publicação com o lançamento de movimentação dos 
autos na internet, a fim de se verificar a ocorrência de 
prescrição da pretensão punitiva.
23. Conforme entendimento do Supremo Tribunal 
Federal, a incitação ao ódio público contra quaisquer 
denominações religiosas e seus seguidores não pode 
ser atribuída à conduta de líder espiritual, ainda que 
responsável por propalar opiniões intolerantes, diante 
da proteção absoluta, por cláusula constitucional, da 
liberdade de expressão.
24. Diante da abolitio criminis promovida pela Lei n. 
13.654/2018, que deixou de considerar o emprego de 
arma branca como causa de aumento de pena, é de 
rigor a aplicação da novatio legis in mellius. 
25. O Superior Tribunal de Justiça, efetuando contro-
le de convencionalidade, reconheceu a inexistência 
do crime de desacato em ambiente democrático, em 
razão de recomendação expedida pela Comissão In-
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
teramericana de Direitos Humanos (CIDH). Tal enten-
dimento foi endossado pelo Supremo Tribunal Federal, 
segundo o qual as leis que punem a expressão ofen-
siva contra funcionários públicos, geralmente conheci-
das como leis de desacato, atentam contra a liberdade 
de expressão e o direito à informação.
26. A superveniência da maioridade penal não inter-
fere na apuração de ato infracional nem na aplicabili-
dade de medida socioeducativa em curso, inclusive na 
liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 
21 anos. 
27. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, o 
delatado não tem legitimidade para impugnar um acor-
do de colaboração premiada, por se tratar de negócio 
jurídico personalíssimo, salvo se a impugnação versar 
sobre a competência para homologação, consideran-
do o imperioso respeito às disposições constitucionais 
quanto à prerrogativa de foro.
28. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, é 
possível a realização de emendatio libelli em segunda 
instância mediante recurso exclusivo da defesa desde 
que não altere o quantum de pena aplicado em 1º grau, 
ausente, pois, reformatio in pejus.
29. Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar os 
crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, 
ressalvada a competência originária do Tribunal Supe-
rior e dos tribunais regionais.
30. Nos casos de violência contra a mulher praticada 
no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de 
valor mínimo indenizatório a título de dano moral, des-
de que haja pedido expresso da acusação ou da parte 
ofendida, ainda que não especificada a quantia, e inde-
pendentemente de instrução probatória.
31. Nos casos de furto praticado em local sujeito à 
administração militar em detrimento de patrimônio 
sob administração militar, quando praticado por civil, é 
competente a Justiça Comum Federal para processar 
e julgar o feito.
32. Sobrevindo condenação definitiva ao apenado, 
por fato anterior ou posterior ao início da execução 
penal, a contagem do prazo para concessão de futu-
ros benefícios seria interrompida, de modo que o novo 
cálculo, realizado com base no somatório das penas, 
teria como termo a quo a data do trânsito em julgado 
da última sentença condenatória.
33. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, em 
razão da vedação constitucional à prisão perpétua (art. 
5º, XLVII, b, da CF), a pena unificada para atender ao 
limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo 
art. 75 do Código Penal, também é considerada para 
a concessão de outros benefícios, como o livramento 
condicional ou regime mais favorável de execução.
34. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, é 
possível que o relator de um HC determine a remessa 
de habeas corpus ao Plenário, de forma discricionária, 
com fundamento no art. 21, XI, do Regimento Interno 
(RI/STF).
35. Sistema de vigilância realizado por monitoramento 
eletrônico ou por existência de segurança no interior de 
estabelecimento comercial, por si só, torna impossível 
a configuração do crime de furto. 
36. De acordo com o entendimento do Supremo Tribu-
nal Federal, é extemporâneo recurso interposto antes 
da publicação do acórdão.
37. De acordo com o entendimento do Supremo Tribu-
nal Federal, há manifesta ilegalidade na transferência 
de preso preventivo para outra unidade da Federação, 
sob o argumento de suposto tratamento privilegiado, 
se a remoção for determinada sem o estabelecimento 
de contraditório prévio, exigência essa presente nos 
requerimentos de medida cautelar pessoal, “ressalva-
dos os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da 
medida”.
38. Não se aplica o princípio da insignificância a casos 
de transmissão clandestina de sinal de internet via ra-
diofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no 
art. 183 da Lei n. 9.472/1997. 
39. A majorante do tráfico transnacional de drogas 
(art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a 
prova da destinação internacional das drogas, ainda 
que não consumada a transposição de fronteiras. 
40. No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, 
configura causa de extinção de punibilidade o paga-
mento de débito oriundo de furto de energia elétrica 
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
antes do oferecimento da denúncia, pela aplicação 
analógica do disposto no art. 34 da Lei n. 9.249/1995 e 
do art. 9º da Lei n. 10.684/2003.
41. Não se aplica o princípio da insignificância ao furto 
de bem de inexpressivo valor pecuniário de associação 
sem fins lucrativos com o induzimento de filho menor a 
participar do ato. 
42. Não incide a causa de aumento de pena prevista 
no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006, se a prática 
de narcotraficância ocorrer em dia e horário em que 
não facilite a prática criminosa e a disseminação de 
drogas em área de maior aglomeração de pessoas.
43. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, 
são cabíveis embargos infringentes contra decisão 
proferida em sede de ação penal de competência ori-
ginária das Turmas, se satisfeito, como requisito de 
cabimento, a existência de dois votos minoritários ab-
solutórios em sentido próprio.
44. No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, 
a existência de denúncias anônimas somada à fuga do 
acusado, por si só, configura fundadas razões a auto-
rizar o ingresso policial no domicílio do acusado sem o 
seu consentimento ou determinação judicial.
45. O depositário judicial que vende os bens sob sua 
guarda comete o crime de peculato.
46. A embriaguez do agente condutor do automóvel, 
por si só, pode servir de premissa bastante para a afir-
mação do dolo eventual em acidente de trânsito com 
resultado morte.
47. Na primeira fase do Tribunal do Júri, ao juiz to-
gado não cabe apreciar a existência de dolo eventual 
ou culpa consciente do condutor do veículo que, após 
a ingestão de bebida alcoólica, ocasiona acidente de 
trânsito com resultado morte.
48. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, 
é constitucional a Resolução n. 36/2009 do Conselho 
Nacional do Ministério Público (CNMP), que dispõe so-
bre o pedido e a utilização de interceptações telefôni-
cas, por ter sido editada ao abrigo do art. 130-A, § 2º, I 
e II, da Constituição Federal.
49. O foro por prerrogativa de função aplica-se ape-
nas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo 
e relacionados às funções desempenhadas.
50. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Fe-
deral, é vedada a condução coercitiva de investigado, 
para fins de reconhecimento, sob pena de responsabi-
lidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autori-
dade e de ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado.
51. A nomeação judicial de Núcleo de Prática Jurídica 
para patrocinar a defesa de réu não dispensa a juntada 
de procuração.
52. É dispensada a existência de procedimento admi-
nistrativo fiscal com a posterior constituição do crédito 
tributário para a configuração do crime de descaminho 
(CP, art. 334), tendo em contasua natureza formal. 
53. A superveniência da maioridade penal não interfere 
na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de 
medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade 
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
54. A iminente prescrição do crime praticado por De-
sembargador excepciona o entendimento consolidado 
na AP n. 937 – o foro por prerrogativa de função é res-
trito a crimes cometidos ao tempo do exercício do car-
go e que tenham relação com o cargo – e prorroga a 
competência do Superior Tribunal de Justiça.
55. Deve ser declarado nulo o júri em que membro do 
conselho de sentença afirma a existência de crime em 
plena fala da acusação.
56. Segundo entendimento dos Tribunais Superiores, 
é legítimo o compartilhamento de provas obtidas em 
acordo de leniência com o fim de instrução de inquérito 
que investiga pessoa a qual não celebrou acordo de le-
niência, desde que não acarrete eventual prejuízo aos 
aderentes do instrumento.
57. Não é cabível a substituição da prisão preventiva 
pela domiciliar quando o crime é praticado na própria 
residência da agente, onde convive com filhos meno-
res de 12 anos.
58. No posicionamento do Supremo Tribunal Federal, 
a remição ficta da pena é possível na hipótese em que 
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
o Estado não proporciona atividade laboral ou educa-
cional aos internos do sistema penitenciário a fim de 
obterem a remição da pena.
59. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Fe-
deral, é inválida busca e apreensão ordenada por juiz 
de 1º grau em imóvel funcional ocupado por senadora 
da República, em desfavor de seu cônjuge, sem prévia 
individualização dos bens que seriam de titularidade da 
parlamentar federal e daqueles pertencentes ao não 
detentor de prerrogativa de foro.
60. O delito previsto no caput do artigo 54 da Lei n. 
9.605/1998 possui natureza formal, sendo suficiente 
constatar níveis de poluição acima do permitido e pres-
cindível a perícia para verificar o resultado naturalísti-
co.
61. Antes da instauração de inquérito, a autoridade 
policial deve proceder à verificação da procedência de 
notícias anônimas, sob pena de constrangimento ilegal 
aos investigados, por falta de justa causa no início do 
procedimento investigativo.
62. No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, 
incide o princípio da insignificância aos crimes tributá-
rios federais e de descaminho quando o débito tributá-
rio verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 
(vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei 
n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas 
Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
63. Com relação aos crimes ambientais, julgue o item 
subsequente.
Situação hipotética: Durante uma blitz, verifica-se o 
transporte de substância tóxica, elencada na Resolu-
ção n. 420/04 da ANTT, em desacordo com exigências 
regulamentares estabelecidas. Nessa situação, consi-
derando ser crime de perigo concreto, faz-se necessá-
ria a produção de prova pericial para confirmar a nocivi-
dade ou a periculosidade dos produtos transportados.
64. A configuração do crime do art. 244-B do ECA de-
pende da prova da efetiva corrupção do menor, por se 
tratar de delito formal.
65. O prazo prescricional corre enquanto estiverem 
sendo cumpridas as condições do parcelamento do 
débito fiscal.
66. Para a incidência da majorante prevista no art. 
40, V, da Lei n. 11.343/2006, é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da Federa-
ção, sendo suficiente a demonstração inequívoca da 
intenção de realizar o tráfico interestadual.
67. A prática de crime ou contravenção penal contra 
a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privati-
va de liberdade por restritiva de direitos. 
68. É inaplicável o princípio da insignificância nos cri-
mes ou contravenções penais praticados contra a mu-
lher no âmbito das relações domésticas. 
69. Pedro, objetivando futura candidatura ao mestra-
do, mediante imposição de seu login e senha, de logo 
registrou atividade acadêmica falsa em seu currículo, 
na plataforma Lattes. Reunidos elementos de prova 
em seu desfavor, a autoridade policial resolveu pelo 
indiciamento, ao considerar Pedro incurso no art. 299 
do Código Penal. Nessa situação, o indiciamento foi 
equivocado, pois não é típica a conduta de inserir, em 
currículo Lattes, dado que não condiz com a realidade.
70. Em regra, as provas, no processo penal, podem 
ser produzidas a qualquer tempo, inclusive na fase re-
cursal, desde que observado o contraditório; no proce-
dimento do tribunal do júri, entretanto, exige-se a an-
tecedência mínima de três dias antes da instrução em 
plenário, não apenas para a juntada de documento ou 
objeto mas também para a ciência da parte contrária a 
respeito de sua utilização no Tribunal do Júri.
71. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso 
Nacional destinada a implementar os mandados de 
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 
5º da Constituição da República, as condutas homofó-
bicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem 
aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade 
de gênero de alguém, por traduzirem expressões de 
racismo, compreendido este em sua dimensão social, 
ajustam-se, por identidade de razão e mediante ade-
quação típica, aos preceitos primários de incriminação 
definidos na Lei n. 7.716, de 08.01.1989, constituindo, 
também, na hipótese de homicídio doloso, circunstân-
cia que o qualifica, por configurar motivo torpe. 
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
72. É nula a entrevista formalizada pela autoridade 
policial como interrogatório quando, em sua formaliza-
ção, no cumprimento de mandado de busca e apreen-
são, não se oportuniza ao sujeito da diligência o direito 
à prévia consulta a advogado, nem se certifica, no res-
pectivo termo, o direito ao silêncio e à não produção de 
provas contra si mesmo.
73. Na condição de investigado, o intimado tem o 
dever de comparecer à Comissão Parlamentar de In-
quérito, porém pode invocar o direito ao silêncio, que 
assegura a não produção de prova contra si mesmo, 
como pedra angular do sistema de proteção dos direi-
tos individuais e expressão do princípio da dignidade 
da pessoa humana.
74. O juiz não participará das negociações realizadas 
entre as partes para a formalização do acordo de co-
laboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o 
investigado e o defensor, com a manifestação do Mi-
nistério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério 
Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
75. O STJ é competente para examinar o recebimento 
de denúncia por crime supostamente praticado durante 
mandato anterior de governador, desde que atualmen-
te ocupe referido cargo por força de nova eleição.
76. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, é des-
necessária a remessa de cópias dos autos ao Órgão 
Ministerial (prevista no art. 40 do CPP), que, atuando 
como custos legis, já tenha acesso aos autos.
77. Compete à Justiça Federal o julgamento de crimes 
ocorridos a bordo de balões de ar quente, desde que 
tripulados, por serem considerados aeronaves.
78. A aplicação financeira não declarada à repartição 
federal competente no exterior se subsume ao tipo pe-
nal previsto na parte final do parágrafo único do art. 22 
da Lei n. 7.492/1986. 
79. A alteração do sistema de medição, mediante 
fraude, para que aponte resultado menor do que o real 
consumo de energia elétrica, configura estelionato, e 
não furto.
80. É dever do Estado a disponibilização da integrali-
dade das conversas advindas nos autos de forma em-
prestada, sendo inadmissível a seleção pelas autorida-
des de persecução de partes dos áudios interceptados.
81. Eventuais condenações criminais do réu transi-
tadas em julgado e não utilizadas para caracterizar a 
reincidência somente podem ser valoradas, na primeira 
fase da dosimetria, a títulode antecedentes criminais, 
não se admitindo sua utilização também para desvalo-
rar a personalidade ou a conduta social do agente.
8 www.grancursosonline.com.br
REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. C
5. C
6. C
7. C
8. C
9. C
10. E
11. E
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14. C
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76. C
77. E
78. C
79. C
80. C
81. C
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
1. Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de 
tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006) 
e associação para o tráfico (Art. 35, caput, da Lei n. 
11.343/2006), em concurso material. Quando da re-
alização da audiência de instrução e julgamento, o 
advogado de defesa pleiteou que o réu fosse inter-
rogado após a oitiva das testemunhas de acusação 
e de defesa, como determina o Código de Processo 
Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei n. 
11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O 
juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob 
a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a 
Lei n. 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que 
o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse 
caso, o juiz agiu corretamente, eis que o interrogató-
rio, em razão do princípio da especialidade, deve ser o 
primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas 
para a persecução dos crimes previstos na Lei de Dro-
gas. Fonte: FGV (adaptada).
Errado.
O juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório 
do acusado, após a Lei n. 11.719/2008, passou a ser 
o último ato de instrução, devendo essa alteração 
prevalecer sobre as disposições em contrário 
presentes em leis especiais, conforme novo 
entendimento do STJ. (Informativo n. 609 STJ)
2. Em relação às imunidades parlamentares, a Cons-
tituição Federal estabelece que a prerrogativa de os 
Deputados e Senadores não serem violados civil e pe-
nalmente por suas opiniões, palavras e votos, no exer-
cício da função, é denominada imunidade material, que 
pode ser excepcionada quando as manifestações não 
guardem pertinência, por um nexo de causalidade, com 
o desempenho das funções do mandato parlamentar. 
Fonte: adaptação de questão elaborada pela FCC.
Errado.
O entendimento de imunidade material sempre 
como excludente de tipicidade na conduta de 
parlamentares possui limites. Não mais encontra 
respaldo jurisprudencial a imunidade absoluta.
Reza o art. 53 da Constituição Federal: “Os Deputados 
e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. 
Todavia, o Supremo Tribunal Federal já decidiu, 
inclusive:
que os atos praticados em local distinto escapam 
à proteção da imunidade, quando as manifesta-
ções não guardem pertinência, por um nexo de 
causalidade, com o desempenho das funções do 
mandato parlamentar;(...) e o fato de o parlamen-
tar estar em seu gabinete no momento em que 
concedeu a entrevista é fato meramente aciden-
tal, já que não foi ali que se tornaram públicas as 
ofensas, mas sim através da imprensa e da inter-
net; [Inq 3.932 e Pet 5.243, rel. min. Luiz Fux, j. 
21-6-2016, 1ª T, DJE de 9-9-2016.]
Em caso julgado pelo STF, um parlamentar 
reclamante noticia que um vídeo seu foi publicado 
com relevantes edições nas redes sociais por um 
Deputado Federal, de maneira a ofender sua honra 
objetiva. 
Sem ingressar no mérito do caso concreto, certo é 
que o Supremo Tribunal Federal reforça, em seus 
julgados mais recentes, principalmente a partir 
do ano de 2016, a existência de limites ao manto 
protetor da imunidade material, não presente 
quando ofensas com animus difamandi ou injuriandi 
são provenientes de quem não esteja, na ocasião, 
"vestido de seu mandato parlamentar", ausente, 
pois, a projeção do exercício de suas atividades.
Com efeito, o futuro Delta precisa ter atenção às 
questões de concurso elaboradas sobre o assunto. 
Quando se tratar de conduta realizada fora do 
recinto parlamentar e sem nexo com o desempenho 
das funções do mandato parlamentar, não há que 
se falar em imunidade material. Atenção também 
nas divulgações em redes sociais sem o nexo 
referido, pois acreditamos que isto será abordado 
nos próximos concursos. A depender da narrativa da 
questão, provavelmente a imunidade absoluta não 
se sustentará no gabarito. (Informativo n. 876 STF)
3. Conforme a Lei n. 12.850/2013, o acordo de cola-
boração premiada não pode deixar de ser sigiloso an-
tes do recebimento da denúncia. 
Errado.
Conforme dispõe o art. 7º, § 3º, da Lei n. 12.850/2013, 
o acordo de colaboração premiada deixa de ser 
sigiloso assim que recebida a denúncia, observados 
os direitos do colaborador.
Um questionamento naturalmente surgiu com a 
publicidade de colaborações ainda no curso de 
GABARITO COMENTADO
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11627210
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11627488
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
investigação criminal: o sigilo do acordo somente 
pode ser levantado quando do recebimento da 
denúncia ou é possível que isto ocorra antes?
Decidiu o STF que o parágrafo citado não encerra 
observância absoluta, mas termo final máximo. 
Deve ser mantido até esse ponto apenas se houver 
necessidade concreta. (Informativo n. 877 STF).
4. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na 
medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no 
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e 
o de internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico. Esse cômputo é denominado pelo Código 
Penal de detração. Entende-se por considerar a data 
da prisão preventiva como marco inicial para a obten-
ção de benefícios em sede de execução penal, e não 
a data da publicação da sentença condenatória. Fonte: 
adaptação de questão elaborada pelo IESES (concur-
so Cartório – TJ/PA – 2016).
Certo.
Em caso de prisão processual, anterior à sentença 
condenatória, entendeu o STF considerar a data da 
prisão preventiva como marco inicial para a obtenção 
de benefícios em sede de execução penal, e não 
a data da publicação da sentença condenatória. 
(Informativo n. 877 STF).
5. Acerca do sigilo das operações de instituições fi-
nanceiras (Lei Complementar n. 105/2001), pode-se 
afirmar que independe de prévia autorização do Po-
der Judiciário a quebra de sigilo de contas públicas, 
eis que, por força dos princípios da publicidade e da 
moralidade (CF, art. 37), não têm elas, em geral, direi-
to à intimidade e à privacidade. Fonte: adaptação de 
questão elaborada pelo IBADE (concurso Delegado 
PC AC – 2017)
Certo.
O Supremo Tribunal Federal consolidou o 
entendimento de que as contas públicas, por força 
dos princípios da publicidade e da moralidade (CF, 
art. 37), não têm, em geral, direito à intimidade e à 
privacidade. Por conseguinte, não são abrangidas 
pelo sigilo bancário.
O sigilo de informações necessário à preservação 
da intimidade é relativizado quando há interesse 
da sociedade em conhecer o destino dos recursos 
públicos. (Informativo n. 879 STF).
6. Octávio, Procurador da República, presente em 
audiência, de logo teve ciência de ato de que preten-
dia recorrer. Com relação ao prazo recursal, o início do 
cômputo somente se inicia com a remessa dos autos 
com vista à instituição, pois o prazo processual, consi-
derado em si mesmo, não tem necessária relação com 
intimação (comunicação ou ciência de atos daqueles 
que figuram no processo), mas com o espaço de tem-
po de que as partes ou terceiros interessados dispõem 
para a prática válida de atos processuais que darão 
andamento ao processo.
Certo.
O Superior Tribunal de Justiça, na análise do 
assunto,considerou aspectos práticos e legais. Em 
uma visão pragmática, a um reconheceu o grande 
volume de trabalho de Promotores e Procuradores 
da República, responsáveis por várias ações penais, 
ante os princípios da oficialidade e da obrigatoriedade 
da ação penal. A dois, por considerar o princípio 
da unidade, entendeu que nem sempre o(a) 
Promotor(a)/Procurador(a) da República presente na 
audiência será o mesmo agente público responsável 
pela condução e, posteriormente, pela impugnação 
dos atos praticados durante a audiência.
Avançando, citou várias normas legais, decidindo 
que o início do cômputo do prazo para a prática de 
novos atos só dispara com a remessa dos autos 
com vista à instituição.
• Lei Orgânica dos Ministérios Públicos Estaduais 
(art. 41, IV, da Lei n. 8.625/1993); 
• Lei Complementar n. 75/1993, do Ministério 
Público da União (art. 18, II, "h”); e
• Art. 180 do CPC. 
Nesse mesmo Informativo, sublinhe-se, consta 
decisão do STJ, reafirmando mesmo tratamento à 
Defensoria Pública: 
A data da entrega dos autos na repartição admi-
nistrativa da Defensoria Pública é o termo inicial 
da contagem do prazo para impugnação de deci-
são judicial pela instituição, independentemente 
de intimação do ato em audiência. (HC 296.759-
RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, por maioria, 
julgado em 23/8/2017, DJe 21/9/2017).
(Informativo n. 611 STJ)
7. Com relação às prerrogativas parlamentares, o 
ato emanado do Poder Judiciário que houver aplicado 
medida cautelar que impossibilite direta ou indireta-
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC296759
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC296759
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
mente o exercício regular do mandato legislativo deve 
ser submetido ao controle político da Casa Legislativa 
respectiva, nos termos do art. 53, § 2º, da CF. Fonte: 
adaptação de questão elaborada pelo CESPE (concur-
so Juiz/TJCE/2012).
Certo.
Diferentemente do entendimento do ministro 
Marco Aurélio, entendeu a maioria do Supremo 
Tribunal Federal que o Poder Judiciário dispõe de 
competência para decretar, por autoridade própria, 
as medidas cautelares a que se refere o artigo 
319 do Código de Processo Penal em desfavor de 
parlamentares.
Todavia, em respeito à independência harmônica 
que rege o princípio da separação dos Poderes, 
e considerando que medidas cautelares 
diversas da prisão acabam por impossibilitar 
direta ou indiretamente o exercício regular do 
mandato legislativo, o Supremo Tribunal Federal, 
interpretação conforme à Constituição, decidiu que 
tais medidas aplicadas pelo Poder Judiciário, por 
reserva de Parlamento, devam ser submetidas ao 
controle político da Casa Legislativa respectiva, nos 
termos do art. 53, § 2º, da CF: "Desde a expedição 
do diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime 
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos 
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria de seus membros, 
resolva sobre a prisão".
Ainda sobre o tema, é importante mencionar que o 
art. 53, § 2º, da CF não pode ser invocado no caso 
de prisão decorrente de sentença condenatória 
transitada em julgado. Foi esse o entendimento do 
STF, conforme se observa no Informativo n. 712, 
abaixo transcrito parcialmente, com grifos nossos:
Detentor de mandato eletivo e efeitos da 
condenação – 3
O Min. Teori Zavascki acrescentou que não 
procederia a alegação de ofensa ao art. 53, § 2º, 
da CF. Afirmou que o dispositivo preservaria, no 
que diz respeito às imunidades reconhecidas aos 
parlamentares federais, a regra segundo a qual, no 
âmbito das prisões cautelares, somente se admitiria 
a modalidade de prisão em flagrante, decorrente de 
crime inafiançável. Afirmou que nesse preceito não 
se compreenderia a prisão resultante de sentença 
condenatória transitada em julgado. Destacou 
que a incoercibilidade pessoal dos congressistas 
configuraria garantia de natureza relativa. Assim, 
ainda que pendente a deliberação, pela casa 
legislativa correspondente, sobre a perda de 
mandato parlamentar do condenado por sentença 
com trânsito em julgado (CF, art. 55, § 2º), não 
haveria empecilho a que o Judiciário promovesse 
a execução da pena privativa de liberdade imposta. 
No caso, aduziu a impertinência dessa questão — 
no que foi acompanhado pelos Ministros Ricardo 
Lewandowski e Rosa Weber —, pois não se poderia 
atrelar a suspensão dos direitos políticos com a perda 
do mandato. Assentou que a manutenção ou não do 
mandato, nas hipóteses de condenação definitiva, 
deveria ser resolvida pelo Congresso. Consignou, 
ainda, que o regime constitucional conferido ao tema 
quanto ao Presidente da República também não 
salvaguardaria o embargante, pois mesmo o Chefe 
do Executivo estaria sujeito à prisão decorrente de 
condenação transitada em julgado. Desse modo, o 
fato superveniente citado não alteraria a condenação 
imposta, sequer inibiria a execução penal. Vencido o 
Min. Marco Aurélio, que reiterava a incompetência 
do STF para julgar o feito, tendo em vista a renúncia 
do parlamentar ao cargo que ocupava antes da 
decisão condenatória. AP 396 QO/RO, rel. Min. 
Cármen Lúcia, 26.6.2013. (AP-396). AP 396 ED-ED/
RO, rel. Min. Cármen Lúcia, 26.6.2013. (AP-396)
(Informativo n. 881 STF)
8. Há perda de objeto da ação de usucapião proposta 
em juízo cível na hipótese em que juízo criminal decre-
ta a perda do imóvel usucapiendo em razão de ter sido 
adquirido com proventos de crime. Fonte: adaptação 
de questão elaborada pela FCC – concurso Juiz – TJ 
AP – 2014 c/c questão elaborada pelo CESPE – con-
curso Juiz – TRF 2º Região – 2013.
Certo.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça, apesar de a 
independência das instâncias ser regra, os sistemas 
processuais civil e penal admitem exceções, em que 
se adota o sistema da adesão, por meio do qual 
uma instância simplesmente adere ao julgamento 
da outra.
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=396&classe=AP&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=396&classe=AP&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=396&classe=AP&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
SISTEMA DE ADESÃO
PREVALÊNCIA DO JUÍZO CRI-
MINAL
PREVALÊNCIA DO JUÍZO 
CÍVEL
Art. 935 do CC. A responsabi-
lidade civil é independente da 
criminal, não se podendo ques-
tionar mais sobre a existência 
do fato, ou sobre quem seja o 
seu autor, quando estas ques-
tões se acharem decididas no 
juízo criminal
 Art. 92 do CPP. Se a decisão 
sobre a existência da infração 
depender da solução de con-
trovérsia, que o juiz repute sé-
ria e fundada, sobre o estado 
civil das pessoas, o curso da 
ação penal ficará suspenso 
até que no juízo cível seja a 
controvérsia dirimida por sen-
tença passada em julgado, 
sem prejuízo, entretanto, da 
inquirição das testemunhas e 
de outras provas de natureza 
urgente.
No caso julgado, o STJ entendeu pela prevalência 
do juízo criminal e concluiu que, após decretado 
o confisco do bem por meio de sentença penal 
condenatória transitada em julgado, nada resta ao 
juízo cível senão se curvar ao provimento exarado 
pelo juízo criminal, cabendo à parte interessada 
insurgir-se perante aquele juízo, por meio dos 
referidos embargos.
Do exposto, há perda de objeto da ação de usucapião 
proposta em juízo cível na hipótese em que juízo 
criminal decreta a perda do imóvel usucapiendo em 
razão de ter sido adquirido com proventos de crime.
9. Em 2014, o STF adotou o entendimento de o des-
membramento do processo sera regra geral quando 
houver corréus sem prerrogativa de foro no STF. Admi-
te, porém, como exceção julgamento único de ação pe-
nal que indicar a união indissociável entre as condutas, 
e não a mera conexão.
Certo.
Aos dias 13 de fevereiro de 2014, após negar 
provimento a recurso (agravo regimental) interposto 
contra o desmembramento do Inquérito (INQ) n. 
3515, que corre no Supremo Tribunal Federal 
contra o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) pela 
suposta prática dos crimes de lavagem de dinheiro, 
ocultação de bens e corrupção passiva, os ministros 
concordaram em adotar o entendimento de que o 
desmembramento do processo fosse, doravante, 
uma regra geral quando houvesse corréus sem 
prerrogativa de foro no STF 1.
1 Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=260291 
Anos antes, porém, o STF havia decidido alguns 
casos pelo não desmembramento, diante da 
possibilidade de decisões contraditórias em 
separado. Assim foi, como exemplo, a Ação Penal n. 
470/MG (“Mensalão”). 
Nesse sentido, inclusive, a Súmula n. 704 do STF: 
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla 
defesa e do devido processo legal a atração por 
continência ou conexão do processo do corréu 
ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados.
Por ser mais recente, a decisão de desmembramento 
como regra geral fez supor nova postura jurisdicional. 
Como se esperava, porém, exceções seriam 
reconhecidas à regra proposta como geral.
E, nessa esteira, no julgamento do Inq n. 4506 AgR/
DF, no último dia 14 de novembro, o STF entendeu 
pelo não desmembramento indicando hipótese para 
a exceção: a união indissociável entre as condutas, 
e não a mera conexão.
(Informativo n. 885 STF)
10. Com o advento da Lei n 11.690/2008, o Código 
de Processo Penal adotou o sistema presidencialista, 
de modo que a inquirição de testemunhas pelas partes 
deve preceder à realizada pelo juízo.
Errado.
Antes da Lei n. 11.690/2008, estabelecia o Código de 
Processo Penal que as perguntas das partes seriam 
requeridas ao juiz, que as formularia à testemunha. 
O juiz não poderia recusar as perguntas da parte, 
salvo se não tivessem relação com o processo ou 
importassem repetição de outra já respondida.
Com o advento da lei acima, o art. 212 do CPP 
passou a ter uma nova redação: As perguntas serão 
formuladas pelas partes diretamente à testemunha, 
não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir 
a resposta, não tiverem relação com a causa ou 
importarem na repetição de outra já respondida. 
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, 
o juiz poderá complementar a inquirição.
Abandonou-se, pois, o sistema presidencialista em 
homenagem ao sistema acusatório, em que o juiz 
participa apenas ao final, de maneira supletiva. 
Passou-se a vigorar o procedimento inicial de direct-
examination pela parte que arrolou, para em seguida 
se oportunizar à parte contrária as suas perguntas à 
testemunha (cross-examination). 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4506&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4506&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
A despeito da alteração legal, alguns magistrados 
ainda iniciam audiência formulando suas perguntas. 
E foi o que ocorreu no processo analisado pelo STF. 
Impetrado o HC n. 111815/SP, o STF reafirmou 
que a inquirição de testemunhas pelas partes deve 
preceder à realizada pelo juízo. Com efeito, embora 
não tenha anulado o processo-crime a partir da 
audiência de instrução e julgamento, decidiu pela 
necessidade de nova oitiva, mantidos todos os 
demais atos processuais.
(Informativo n. 885 STF)
11. O princípio da insignificância é aplicável aos cri-
mes contra a Administração Pública. 
Errado.
Vide Súmula 599 STJ.
12. Para a configuração da violência doméstica e fa-
miliar prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei 
Maria da Penha), exige-se naturalmente a coabitação 
entre autor e vítima. 
Errado.
Vide Súmula 600 STJ.
13. Sobre o regime jurídico da prisão provisória e das 
medidas cautelares pessoais no ordenamento jurídico 
pátrio, segundo orientação doutrinária e jurispruden-
cial, é correto afirmar que a prisão preventiva poderá 
ser substituída pela domiciliar quando o agente for mu-
lher com filho de até 04 anos de idade.
Errado.
Com a Lei n. 12.403/2011, o Código de Processo 
Penal brasileiro foi alterado, com a previsão de 
medidas cautelares diversas da prisão, razão 
pela qual a privação processual de liberdade, já 
excepcional, tornou-se medida subsidiária.
Para a aplicação da prisão preventiva ou de qualquer 
outra medida cautelar, o legislador estabeleceu a 
necessidade de serem preenchidos os seguintes 
requisitos:
Art. 282 do CPP. As medidas cautelares previstas 
neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
I – necessidade para aplicação da lei penal, para 
a investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de 
infrações penais; 
II – adequação da medida à gravidade do crime, 
circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado. 
Constata-se que se consagrou o princípio da 
proporcionalidade (entendido como o binômio 
necessidade e adequação das medidas a serem 
aplicadas), previsto implicitamente na Constituição 
Federal e diretamente ligado à garantia dos direitos 
fundamentais. 
É por isso que, sempre que possível, a prisão 
preventiva será substituída por outra medida 
cautelar menos lesiva ao investigado ou acusado. É 
o que dispõe o artigo 321 do CPP:
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam 
a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá 
conceder liberdade provisória, impondo, se for o 
caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 
deste Código e observados os critérios constantes 
do art. 282 deste Código. 
I – (revogado) 
II – (revogado)
Várias são as cautelares diversas da prisão. 
Destacamos: (a) comparecimento periódico em 
juízo; (b) proibição de acesso ou frequência a 
determinados lugares; (c) proibição de manter 
contato com pessoa determinada; (d) proibição 
de ausentar-se da comarca; (e) recolhimento 
domiciliar no período noturno e nos dias de folga; e 
(f) suspensão do exercício de função pública ou de 
atividade de natureza econômica ou financeira.
Por não outra razão, em uma representação 
policial pela prisão preventiva, sugere-se, como 
melhor técnica, demonstrar a ineficácia das demais 
medidas cautelares, não restando outra alternativa 
senão a prisão preventiva dos suspeitos. Apenas 
como ultima ratio, a prisão preventiva ressoa como 
medida cabível.
Nesse sentido, o informativo n. 887 apresenta o 
julgamento do HC n. 136408/SP, Inq n. 4506 AgR/
DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. 
Alexandre de Moraes, no qual o Supremo Tribunal 
Federal invocou a Lei n. 13.257/2016, que versa 
sobre políticas públicas para a primeira infância, e 
determinou a substituição da preventiva por prisão 
domiciliar de uma mãe com filho de até 12 anos de 
idade.
(Informativo n. 887 STF)
14. A imunidade formal prevista no art. 51, I, e no art. 
86, caput, da Constituição Federal tem por finalidade 
tutelar o exercício regular dos cargos de Presidente da 
República e de Ministro de Estado, razão pela qual não 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=136408&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4506&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4506&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4506&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
é extensível a codenunciados que não se encontram 
investidos em tais funções.Certo.
A imunidade formal prevista no art. 51, I, e no art. 86, 
caput, da Constituição Federal tem por finalidade 
tutelar o exercício regular dos cargos de Presidente 
da República e de Ministro de Estado, razão pela 
qual não é extensível a codenunciados que não se 
encontram investidos em tais funções.
Com esse entendimento, o Supremo Tribunal 
Federal, nos autos do INQ n. 4483 e INQ n. 4327, 
ao tempo em que reconheceu a imunidade formal do 
Presidente da República e dos Ministros de Estado, 
diante da negativa da Câmara dos Deputados, decidiu 
pelo prosseguimento das ações aos codenunciados, 
com o desmembramento dos processos de acordo 
com os critérios de competência. 
Com relação à imputação do crime de organização 
criminosa, acrescentou o STF que, por se tratar 
de delito autônomo, eventuais delitos cometidos 
em seu âmbito não ensejam, necessariamente, 
o reconhecimento da conexão para processo e 
julgamento conjuntos.
Entendeu, por fim, o STF que o prosseguimento 
das ações não se traduz na possibilidade de 
responsabilização indireta dos detentores de 
imunidade formal, amparados pela decisão da 
Câmara dos Deputados, uma vez que, no processo 
penal, tem-se o princípio da responsabilidade penal 
subjetiva, cabendo ao Ministério Público o ônus da 
prova acerca dos elementos constitutivos do tipo 
penal incriminador, produzindo os elementos de 
prova capazes de demonstrar, em relação a cada um 
dos acusados, a perfeita subsunção das condutas. 
(Informativo n. 888 STF)
15. Segundo o Supremo Tribunal Federal, não é pos-
sível extraditar estrangeiro condenado por seu país de 
origem a crimes de sequestro praticados há mais de 20 
anos, por ser tal delito permanente, não prescrevendo 
enquanto não for encontrada a pessoa ou o corpo.
Errado.
Interessante decisão do Supremo Tribunal Federal 
ao julgar a possibilidade de extradição de ex-militar 
da marinha argentina, acusado de participação em 
crime de sequestro, tortura e eliminação de pessoas 
no período compreendido entre 1976 e 1983.
De um lado, ministros sustentaram que, não sendo o 
Brasil signatário da Convenção Interamericana sobre 
o Desaparecimento Forçado de Pessoas, que prevê 
a imprescritibilidade dos delitos de lesa-humanidade, 
a extradição deveria ser negada, sob argumento de 
falta de dupla punibilidade, considerando a morte 
presumida da vítima e a prescrição máxima prevista 
no CPB: 20 anos.
Vencidos, porém, foram esses ministros. Por 
maioria, o STF entendeu que o crime de sequestro, 
por ser permanente, não prescreve enquanto não 
for encontrada a pessoa ou o corpo. 
(Informativo n. 888 STF)
16. O habeas corpus não pode ser empregado para 
impugnar medidas cautelares de natureza criminal di-
versas da prisão, desde que não apresente ameaça ou 
ofensa, direta ou indireta, à liberdade de ir e vir.
Errado.
Ao julgar dois Habeas corpus: 147303/AP e 147426/
AP, o Supremo Tribunal Federal entendeu ser 
possível impetrar em face de medidas diversas 
da prisão, como o afastamento das funções. Dois 
argumentos foram decisivos: 1) tais medidas, 
embora diversas da prisão, afetam interesses não 
patrimoniais importantes da pessoa física; 2) se 
descumpridas, podem ser convertidas em prisão 
processual. 
(Informativo n. 888 STF)
17. Desde que o STF declarou incidentalmente a 
inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei n. 
8.072/1990 (“A pena por crime previsto neste artigo 
[crime hediondo] será cumprida inicialmente em regime 
fechado”), não é mais obrigatória a fixação do regime 
inicial fechado para o condenado pelo crime de tráfico 
de entorpecentes, podendo a pena privativa de liber-
dade ser substituída por restritivas de direitos quando 
o réu for primário e sem antecedentes e não ficar pro-
vado que ele se dedique ao crime ou esteja envolvido 
com organização criminosa. Fonte: Ano: 2013. Banca: 
CESPE. Órgão: PG-DF. Prova: Procurador.
Certo.
No julgamento do Recurso Extraordinário n. 
1.052.700, ocorrido em 03/11/2017, em Plenário 
Virtual, o Supremo Tribunal Federal decidiu por 
fixar a tese: “É inconstitucional a fixação ex lege, 
com base no art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990, do 
regime inicial fechado, devendo o julgador, quando 
da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no 
artigo 33 do Código Penal”.
Já havia julgados nesse sentido:
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRA-
ORDINÁRIO. MATÉRIA CRIMINAL. JULGAMEN-
TO MONOCRÁTICO PELO RELATOR. POSSI-
BILIDADE. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO AOS 
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. 
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. HABE-
AS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO. 1. […] 
3. É inconstitucional a fixação de regime inicial 
fechado com base unicamente na hediondez do 
delito (HC n. 111.840, Rel. Min. Dias Toffoli, Ple-
no, DJe 17.12.2013). 4. Agravo regimental a que 
se nega provimento. Ordem de habeas corpus 
concedida de ofício apenas para determinar ao 
Juízo de 1º grau que reexamine, afastada a ve-
dação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990, a 
possibilidade de fixação de regime inicial de cum-
primento de pena menos gravosa, atendo-se ao 
previsto no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal. 
(ARE 935.967 AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, 
Primeira Turma, julgado em 15.03.2016, grifei)
Ocorre que, nas palavras do Ministro Edson Fachin, 
fez-se necessária a consolidação da jurisprudência, 
diante do descumprimento dessa orientação por 
outras instâncias, sob o argumento de que a 
declaração de inconstitucionalidade no julgamento 
do HC n. 11.840/ES, por ter se dado de forma 
incidental, não teria efeito erga omnes 2.
No Informativo n. 889 do STF, consta que, já em sede 
de repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal 
reafirmou a tese acima no Recurso Extraordinário 
com Agravo n. 1.052.700 – MG.
(Informativo n. 889 STF)
18. É lícita a obtenção de dados pela polícia das con-
versas de WhatsApp em celular sem prévia autorização 
judicial, desde que apreendido o aparelho em flagrante.
Errado.
O STJ entendeu não haver ilegalidade na perícia 
de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem 
prévia autorização judicial, na hipótese em que seu 
proprietário – a vítima – foi morto, tendo o referido 
telefone sido entregue à autoridade policial por sua 
esposa.
Tal decisão deve ser analisada a partir do contexto 
em que foi proferida: 1) o celular pertencia à vítima, 
e não ao acusado; 2) a vítima veio a falecer e houve 
autorização da esposa; 3) o celular teria sido um 
veículo para a prática do crime.
2 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verPronunciamento.asp?pronunciamento=7206125.
Recomenda-se cautela para não alargar esse 
entendimento, considerando outras decisões de 
Tribunais Superiores, cada vez mais inclinadas a 
considerar ilícita a prova quando não há autorização 
do proprietário/detentor do aparelho celular, nem 
decisão judicial permissiva.
“PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO 
ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO 
DE DROGAS. NULIDADE DA PROVA. AUSÊN-
CIA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA A PE-
RÍCIA NO CELULAR. CONSTRANGIMENTO 
ILEGAL EVIDENCIADO. 1. Ilícita é a devassa 
de dados, bem como das conversas de whatsa-
pp, obtidas diretamente pela polícia em celular 
apreendido no flagrante, sem prévia autorização 
judicial. 2. Recurso ordinário em habeas corpus 
provido, para declarar a nulidade das provas ob-
tidas no celular do paciente sem autorização ju-
dicial, cujo produto deve ser desentranhado dos 
autos”. (STJ. RHC n. 51.531/RO, 6ª Turma, Rel. 
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/04/2016)
(Informativo n. 617 STJ)
19. Conforme entendimento jurisprudencial, a cautelar 
fixada de proibição para que agente diplomático acu-
sado de homicídio se ausente do país sem autorização 
judicial não é adequada na hipótese em que o Estado 
de origem do réu tenha renunciado à imunidade de ju-
risdição cognitiva, mas mantenha a competência para o 
cumprimento de eventual pena criminal a ele imposta.
Certo.
A cautelar fixada de proibição para que agente 
diplomático acusado de homicídio se ausentedo 
país sem autorização judicial não é adequada na 
hipótese em que o Estado de origem do réu tenha 
renunciado à imunidade de jurisdição cognitiva, mas 
mantenha a competência para o cumprimento de 
eventual pena criminal a ele imposta.
No caso do RHC n. 87.825-ES, importante destacar 
que o Estado Estrangeiro renunciou apenas à 
imunidade de jurisdição cognitiva, permanecendo 
então soberano quanto à jurisdição executiva.
Foi decretada medida cautelar em seu desfavor 
impedindo sua saída do país sem autorização 
judicial, com base em dois argumentos:
1) para assegurar a aplicação da lei penal; e
2) no interesse da proteção à instrução criminal.
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=RHC87825
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
O primeiro argumento não encontra lastro lógico e 
jurídico, pois, como dito, a jurisdição executiva não 
cabe ao Estado brasileiro. O segundo argumento, 
por seu turno, não se sustenta por si só, uma vez 
que eventual intento de não comparecer a atos 
do processo é reserva de autodefesa ao acusado 
plenamente possível (nova redação dos artigos 185 
e 474 3 do CPP):
Art. 185. O acusado que comparecer perante a 
autoridade judiciária, no curso do processo pe-
nal, será qualificado e interrogado na presença 
de seu defensor, constituído ou nomeado. (Re-
dação dada pela Lei n. 10.792, de 1º.12.2003). 
(grifos nossos)
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, se 
estiver presente, na forma estabelecida no Capí-
tulo III do Título VII do Livro I deste Código, com 
as alterações introduzidas nesta Seção. (Redação 
dada pela Lei n. 11.689, de 2008) (grifos nossos)
Na sequência do entendimento supra, o Superior 
Tribunal de Justiça reconhecer a decisão da medida 
cautelar não apresentou fundamentação suficiente, 
demonstrando a adequação aos riscos que se 
pretendia com ela evitar, de modo que é de se 
reputar indevida a proibição do impetrante ausentar-
se do país sem autorização judicial.
A respeito do tema, seguem importantes artigos da 
Convenção de Viena (Decreto n. 56.435/1965):
Art. 29. A pessoa do agente diplomático é inviolável. 
Não poderá ser objeto de qualquer forma de 
detenção ou prisão. O Estado acreditador tratá-lo-á 
com o devido respeito e adotará todas as medidas 
adequadas para impedir qualquer ofensa à sua 
pessoa, liberdade ou dignidade.
Art. 31. O agente goza de imunidade de jurisdição 
penal do Estado acreditador. Goza também da 
imunidade da sua jurisdição civil e administrativa, 
salvo se se trata de: a) Uma ação real sobre imóvel 
privado situado no território do Estado acreditador, 
salvo se o agente diplomático o possuir por conta do 
Estado acreditante para os fins da missão; b) Uma 
ação sucessória na qual o agente diplomático figura, 
a título privado e não em nome do Estado, como 
executor testamentário, administrador, herdeiro 
ou legatário; c) Uma ação referente a qualquer 
atividade profissional ou comercial exercida pelo 
agente diplomático no Estado acreditador fora das 
3 Equivocadamente, a decisão do STJ cita o art. 475 do CPP.
suas funções oficiais. 2. O agente diplomático não 
é obrigado a prestar depoimento como testemunha. 
3. O agente diplomático não está sujeito a nenhuma 
medida de execução, a não ser nos casos previstos 
nas alíneas a, b e c do Parágrafo 1º deste artigo e 
desde que a execução possa realizar-se sem afetar 
a inviolabilidade de sua pessoa ou residência. 4. A 
imunidade de jurisdição de um agente diplomático 
no Estado acreditador não o isenta da jurisdição do 
Estado acreditante.
Art. 32. O Estado acreditante pode renunciar à imu-
nidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos 
e das pessoas que gozam de imunidade nos termos 
do artigo 37.
2. A renúncia será sempre expressa. (...)
(Informativo n. 618 STJ)
20. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, conce-
deu habeas corpus coletivo, impetrado em favor de 
todas as mulheres presas preventivamente que os-
tentem a condição de gestantes, de puérperas ou de 
mães de crianças sob sua responsabilidade. Conside-
rando a cultura do encarceramento, que se revela pela 
imposição exagerada de prisões provisórias a mulhe-
res pobres e vulneráveis, e que resulta em situações 
que ferem a dignidade de gestantes e mães, com pre-
juízos para as respectivas crianças, cabe ao Judiciário 
adotar postura ativa ao dar pleno cumprimento a esta 
ordem judicial, sem exceções. Nas hipóteses de des-
cumprimento da presente decisão, a ferramenta a ser 
utilizada é a reclamação.
Errado. 
Em decisão inovadora, o Supremo Tribunal Federal 
concedeu habeas corpus coletivo em favor de todas 
as mulheres presas preventivamente que ostentem 
a condição de gestantes, puérperas ou de mães 
de crianças e de pessoas com deficiência sob sua 
responsabilidade, como também em favor das 
adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas, 
na mesma condição – e enquanto perdurar tal 
condição –, excetuados os casos:
1) de crimes praticados por elas mediante violência 
ou grave ameaça, contra seus descendentes; 
2) de situações excepcionalíssimas, as quais 
deverão ser devidamente fundamentadas pelos 
juízes que denegarem o benefício.
Por essa razão, o habeas corpus coletivo não afasta 
jurisdição de primeiro grau, porquanto os juízes 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.792.htm#art185
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.792.htm#art185
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC 56.435-1965?OpenDocument
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
podem considerar uma situação como excepcional 
a justificar a não extensão dos efeitos do habeas 
corpus coletivo a casos concretos. Cabe ao 
magistrado decidir pela extensão dos efeitos, pela 
manutenção excepcional da prisão preventiva, ou 
pela prisão domiciliar, que, se inviável ou inadequada 
em determinadas situações, poderá ser substituída 
por medidas alternativas arroladas no art. 319 do 
CPP. 
A autoridade policial, ao representar pela prisão 
preventiva de mulheres nessa condição, deve 
fundamentar o pedido em uma das hipóteses de 
exceção acima, bem como justificar a impossibilidade 
de outra medida alternativa.
(Informativo n. 891 STF)
21. O mandado de segurança se presta para atribuir 
efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Mi-
nistério Público.
Errado.
Vide Súmula 604 STJ.
22. Havendo dúvida resultante da omissão cartorária 
em certificar a data de recebimento da sentença con-
forme o art. 389 do CPP, pode-se presumir a data de 
publicação com o lançamento de movimentação dos 
autos na internet, a fim de se verificar a ocorrência de 
prescrição da pretensão punitiva.
Errado.
Houve, em caso julgado pelo STJ, omissão cartorária 
na publicação da sentença, reservando-se os 
servidores ao lançamento do andamento processual 
"Mandado Expeça-sentença", registrado junto ao 
sistema eletrônico de gerenciamento de processos 
(eJUD).
Considerando as formalidades próprias, na dúvida, 
o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a não 
publicidade da sentença e, por conseguinte, entendeu 
pela não interrupção do prazo prescricional.
(Informativo n. 619 STJ)
23. Conforme entendimento do Supremo Tribunal 
Federal, a incitação ao ódio público contra quaisquer 
denominações religiosas e seus seguidores não pode 
ser atribuída à conduta de líder espiritual ainda que 
responsável por propalar opiniões intolerantes, diante 
4 Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/justica/considerado-islamofobico-pastor-e-condenado-por-discriminacao-religiosa-ef69l4j8hlzub83qibf4e5wyd. Acesso em 
16/01/2018, às 13:01:00.
da proteçãoabsoluta, por cláusula constitucional, da 
liberdade de expressão.
Errado. 
No julgamento do RHC n. 146303/RJ, o STF entendeu 
que a incitação ao ódio público contra quaisquer 
denominações religiosas e seus seguidores não está 
protegida pela cláusula constitucional que assegura 
a liberdade de expressão.
O argumento de liberdade de expressão não pode 
– nem deve – servir como salvo conduto à ofensa 
dos demais direitos. Impõe-se respeitar restrições 
previstas na própria Constituição.
Entenda o caso: 
Os ministros consideraram que as declarações 
de um pastor são “islamofóbicas” e incitam o 
ódio a várias religiões. O pastor publicou na in-
ternet textos e vídeos ofensivos a seguidores 
de crenças diversas da sua, como muçulmanos, 
católicos, judeus, espíritas e umbandistas. Em 
algumas publicações, o réu pedia pelo fim das 
outras religiões e doutrinas, além de imputar fa-
tos ofensivos aos devotos e sacerdotes. O crime 
de discriminação religiosa está previsto na Lei n. 
7.716/1989, a mesma que pune o racismo. Con-
denado, inicialmente, pela 20ª Vara Criminal da 
Capital (RJ), a três anos de reclusão, em regime 
aberto, além do pagamento de 36 dias-multa, o 
pastor teve a pena privativa de liberdade substi-
tuída por restritiva de direito. O Tribunal de Jus-
tiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) apenas reduziu a 
quantidade de dias-multa, mantendo a condena-
ção. Não satisfeita, a defesa do pastor impetrou 
habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça 
(STJ), que rejeitou o pedido. Na decisão, o mi-
nistro Joel Ilan Paciornik escreveu que “não se 
trata apenas de defesa da própria religião, culto, 
crença ou ideologia, mas sim de um ataque ao 
culto alheio, que põe em risco a liberdade reli-
giosa daqueles que professam fé diferente à do 
paciente 4.
(Informativo n. 893 STF)
24. Diante da abolitio criminis promovida pela Lei n. 
13.654/2018, que deixou de considerar o emprego de 
arma branca como causa de aumento de pena, é de 
rigor a aplicação da novatio legis in mellius. 
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
Certo. 
A Lei n. 13.654/2018 revogou a causa de aumento 
de pena do inciso I, § 2º, do art. 157, que estabelecia 
aumento de um terço até a metade se a violência ou 
ameaça fosse exercida com emprego de arma.
 § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até 
metade: (Redação dada pela Lei n. 13.654, de 
2018)
 I – se a violência ou ameaça é exercida com 
emprego de arma;
À época, utilizava-se interpretação extensiva de 
modo a considerar possível para a exasperação da 
pena:
 – AS ARMAS PRÓPRIAS: REVÓLVER, PUNHAL 
ETC.
 – AS ARMAS IMPRÓPRIAS: TACO DE BEISE-
BOL, FACÃO DE AÇOUGUE, GARRAFAS ETC.
Desde que efetivamente empregadas, tanto as 
próprias como as armas impróprias implicavam o 
aumento de pena.
Com o advento da Lei n. 13.654/2018, ao tempo em 
que foi revogado o inciso acima comentado, foi inse-
rido o § 2º-A, inciso I:
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): 
(Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com em-
prego de arma de fogo;
De um lado, temos um aumento maior de pena (antes 
1/3 (um terço) até metade; hoje, de 2/3). Todavia, o 
legislador se utilizou da expressão “arma de fogo”, 
de modo a afastar a possibilidade de interpretação 
extensiva, que antes, como visto, contemplava as 
armas impróprias. 
(Informativo n. 626 STJ)
25. O Superior Tribunal de Justiça, efetuando contro-
le de convencionalidade, reconheceu a inexistência 
do crime de desacato em ambiente democrático, em 
razão de recomendação expedida pela Comissão In-
teramericana de Direitos Humanos (CIDH). Tal enten-
dimento foi endossado pelo Supremo Tribunal Federal, 
segundo o qual as leis que punem a expressão ofen-
siva contra funcionários públicos, geralmente conheci-
das como leis de desacato, atentam contra a liberdade 
de expressão e o direito à informação.
5 http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcias/Quinta-Turma-descriminaliza-desacato-a-autoridade 
Errado. 
Em dezembro de 2016, a Quinta Turma do Superior 
Tribunal de Justiça (STJ) descriminalizou a conduta 
tipificada como crime de desacato a autoridade, por 
entender que a tipificação é incompatível com o artigo 
13 da Convenção Americana de Direitos Humanos 
(Pacto de São José da Costa Rica). A decisão foi 
tomada na sessão desta quinta-feira (15) 5.
Todavia, no mês de maio de 2017, a Terceira Seção 
do Superior Tribunal de Justiça, que reúne as duas 
turmas de direito penal do STJ, resolveu pacificar 
o entendimento sobre o assunto no julgamento de 
habeas corpus e decidiu, por maioria, que não há 
incompatibilidade do crime de desacato (art. 331 do 
CP) com as normativas internacionais previstas na 
Convenção Americana de Direitos Humanos.
(Informativo 607 STJ)
Enfrentando essa questão, o Supremo Tribunal 
Federal, na esteira do posicionamento final do 
STJ, entendeu que o desacato constitui importante 
instrumento de preservação da lisura da função 
pública e, indiretamente, da dignidade de quem 
a exerce. Não se pode despojar a pessoa de um 
dos mais delicados valores constitucionais, a 
dignidade da pessoa humana, em razão do status 
de funcionário público (civil ou militar). (Informativo 
n. 894 STF)
26. A superveniência da maioridade penal não inter-
fere na apuração de ato infracional nem na aplicabili-
dade de medida socioeducativa em curso, inclusive na 
liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 
21 anos. 
Certo.
Vide Súmula 605 STJ.
27. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, o 
delatado não tem legitimidade para impugnar um acor-
do de colaboração premiada, por se tratar de negócio 
jurídico personalíssimo, salvo se a impugnação versar 
sobre a competência para homologação, consideran-
do o imperioso respeito às disposições constitucionais 
quanto à prerrogativa de foro.
Certo.
Na apreciação do HC n. 151605/PR, rel. Min. 
Gilmar Mendes, a 2ª turma do Supremo Tribunal 
Federal, por maioria, concedeu a ordem de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
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REVISÃO DE INFORMATIVOS POR QUESTÕES
habeas corpus para determinar o trancamento de 
inquérito instaurado perante o STJ em desfavor 
de governador, considerando a homologação de 
colaboração premiada em seu desfavor, proposto 
pelo Ministério Público Estadual e homologado pelo 
juiz, em usurpação à competência e jurisdição do 
Superior Tribunal de Justiça.
Dois pontos merecem destaque, diante do 
entendimento pendular, no caso concreto, entre as 
Cortes Superiores: 
STJ STF
O STJ analisou a validade do acor-
do, em sede de reclamação. Re-
conheceu a usurpação da própria 
competência, mas apenas após a 
homologação do acordo. Confor-
me a decisão, até os depoimentos 
do colaborador, não havia elemen-
tos contra autoridades com prerro-
gativa de foro. Como os elementos 
que atraíram a competência do 
STJ teriam surgido com o acor-
do, teria sido correto homologar o 
acordo e, em seguida, remeter os 
autos ao STJ.
Essa interpretação, contudo, está 
em descompasso com o entendi-
mento do STF, segundo o qual a 
delação de autoridade com prerro-
gativa de foro atrai a competência 
do tribunal competente para a res-
pectiva homologação e, em con-
sequência, do órgão do Ministério 
Público respectivo.
Após a instauração do inquérito, 
a defesa do paciente impugnou a 
utilização das declarações do cola-
borador. O STJ decidiu, então, que 
o paciente não tinha legitimidade 
para impugnar o acordo.
O STF entende que o delatado não 
tem legitimidade para impugnar o 
acordo, por se tratar de negócio ju-
rídico personalíssimo. O contraditó-
rio em relação aos delatados seria 
estabelecido nas ações penais ins-
truídas com as provas produzidas 
pelo colaborador. A impugnação 
quanto à competência para homo-
logação do acordo, porém,diz res-
peito às disposições constitucionais 
quanto à prerrogativa de foro. As-
sim, ainda que seja negada ao de-
latado a possibilidade de impugnar 
o acordo, esse entendimento não 
se aplica em caso de homologação 
sem respeito à prerrogativa de foro.
(Informativo n. 895 STF)
28. No entendimento do Supremo Tribunal Federal, é 
possível a realização de emendatio libelli em segunda 
instância mediante recurso exclusivo da defesa desde 
que não altere o quantum de pena aplicado em 1º grau, 
ausente, pois, reformatio in pejus.
Certo.
Duas interessantes controvérsias da leitura do HC 
n. 134.872/PR: 
1) a (im)possibilidade de emendatio libelli em grau 
de recurso.
2) a (in)existência de reformatio in pejus em recurso 
exclusivo da defesa na hipótese de emendatio libelli 
quando não alterado o quantum de pena aplicado 
em 1º grau.
Pois bem. Entendeu o Supremo Tribunal Federal, 
no caso julgado, ser possível a realização de 
emendatio libelli em segunda instância mediante 
recurso exclusivo da defesa desde que não altere 
o quantum de pena aplicado em 1º grau, ausente, 
pois, reformatio in pejus.
(Informativo n. 895 STF)
29. Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar os 
crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, 
ressalvada a competência originária do Tribunal Supe-
rior e dos tribunais regionais.
Certo.
Em se tratando de investigação de delitos eleitorais 
conexos com crimes comuns, o Supremo Tribunal 
Federal, por jurisprudência já firmada nesse sentido, 
reconheceu a competência da justiça especializada.
Sobre o assunto, reza o art. 35, inciso II, do Código 
Eleitoral:
Art. 35. Compete aos juízes:
II – processar e julgar os crimes eleitorais e os 
comuns que lhes forem conexos, ressalvada a 
competência originária do Tribunal Superior e 
dos tribunais regionais;
Ao ensejo, colacionamos dois julgados importantes 
sobre competência de crimes eleitorais:
1) Competência para o julgamento de vereadores 
acusados de prática de crimes eleitorais: A despeito 
da competência do Tribunal de Justiça para o 
julgamento de vereador nos crimes comuns e de 
responsabilidade, tal como previsto na Constituição 
Estadual do Rio de Janeiro, não há na Constituição 
Federal previsão de foro privilegiado para vereador. 
Não há, pois, como aplicar o princípio do paralelismo 
constitucional, como pretende o impetrante, para 
se concluir pela competência originária do Tribunal 
Regional Eleitoral para o julgamento de vereador 
nos crimes eleitorais. AGRAVO REGIMENTAL 
NO HABEAS CORPUS N. 316-24.2011.6.00.0000 
– CLASSE 16—ANGRA DOS REIS – RIO DE 
JANEIRO. Relator: Ministro Marcelo Ribeiro. 
2) Competência para o julgamento de menores 
acusados de prática de crimes eleitorais: O juízo da 
vara da infância e da juventude, ou do juiz que exerce 
tal função na comarca, é competente para processar e 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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julgar ato infracional cometido por menor inimputável, 
ainda que a infração seja equiparada a crime eleitoral. 
Ac.–STJ, de 11.6.2003, no CC n. 38.430:
(Informativo n. 895 STF)
30. Nos casos de violência contra a mulher praticada 
no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de 
valor mínimo indenizatório a título de dano moral, des-
de que haja pedido expresso da acusação ou da parte 
ofendida, ainda que não especificada a quantia, e inde-
pendentemente de instrução probatória.
Certo.
A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça 
reúne a Quinta e a Sexta Turmas, responsáveis 
pela matéria penal. Ambas já haviam firmado o 
entendimento de que a imposição, na sentença 
condenatória, de indenização, a título de danos 
morais, para a vítima de violência doméstica, requer 
a dedução de um pedido específico, em respeito às 
garantias do contraditório e da ampla defesa.
Havia, porém, uma controvérsia, conforme tabela 
que se segue:
QUINTA TURMA SEXTA TURMA
É necessária a indicação do 
valor pretendido para a repa-
ração do dano sofrido.
NÃO é necessária a indica-
ção do valor pretendido para 
a reparação do dano sofrido. 
O juízo deve apenas arbitrar 
um valor mínimo, mediante a 
prudente ponderação das cir-
cunstâncias do caso concreto.
No julgado em comento, a Terceira Seção uniformizou 
o entendimento, adotando o posicionamento da 
Sexta Turma.
Outra questão analisada foi sobre a necessidade ou 
não de produção de provas para se arbitrar o valor 
mínimo de dano moral. Teríamos duas decisões 
possíveis:
DECISÃO 01 DECISÃO 02
É necessário provar não ape-
nas a materialidade/autoria, 
como também o dano moral 
sofrido.
Não há razoabilidade na exigên-
cia de instrução probatória acer-
ca do dano psíquico, do grau de 
humilhação, da diminuição da 
autoestima, etc., se a própria 
conduta criminosa empregada 
pelo agressor já está imbuída de 
desonra, descrédito e menospre-
zo ao valor da mulher como pes-
soa e à sua própria dignidade.
Ao decidir pela desnecessidade de produção de 
prova quanto ao dano moral sofrido, o STJ entendeu 
que, nos casos de violência contra a mulher 
praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível 
a fixação de valor mínimo indenizatório a título de 
dano moral, desde que haja pedido expresso da 
acusação ou da parte ofendida, ainda que não 
especificada a quantia, e independentemente de 
instrução probatória.
(Informativo n. 621 STJ)
31. Nos casos de furto praticado em local sujeito à 
administração militar em detrimento de patrimônio 
sob administração militar, quando praticado por civil, é 
competente a Justiça Comum Federal para processar 
e julgar o feito.
Errado.
O STJ reafirmou ser crime militar o furto praticado em 
local sujeito à administração militar em detrimento 
de patrimônio sob administração militar, ainda que 
praticado por civil.
Observou-se que esse entendimento pode ser 
revisto quando do julgamento da ADPF n. 289 
perante a Suprema Corte, na qual a Procuradoria-
Geral da República pretende o reconhecimento 
da incompetência da Justiça Militar da União para 
julgamento de civis em tempo de paz.
Em resumo, temos duas situações:
JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA MILITAR
Furto praticado em local sujeito 
à administração militar em de-
trimento de patrimônio particu-
lar, quando praticado por civil.
Furto praticado em local sujei-
to à administração militar em 
detrimento de patrimônio sob 
administração militar, quando 
praticado por civil.
(Informativo n. 621 STJ)
32. Sobrevindo condenação definitiva ao apenado, 
por fato anterior ou posterior ao início da execução 
penal, a contagem do prazo para concessão de futu-
ros benefícios seria interrompida, de modo que o novo 
cálculo, realizado com base no somatório das penas, 
teria como termo a quo a data do trânsito em julgado 
da última sentença condenatória.
Errado.
No entendimento anterior do STJ, na esteira do 
posicionamento do STF, sobrevindo condenação 
definitiva ao apenado, por fato anterior ou posterior 
ao início da execução penal, a contagem do 
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prazo para concessão de futuros benefícios seria 
interrompida, de modo que o novo cálculo, realizado 
com base no somatório das penas, teria como 
termo a quo a data do trânsito em julgado da última 
sentença condenatória.
Em mudança importante de entendimento, ponderou 
a Terceira Seção que uma nova condenação não 
possui consequência automática no regimento de 
cumprimento da pena, de modo que a regressão 
para regime mais gravoso somente ocorre se assim 
justificar o somatório das penas.
LEI N. 7.210/1984
Art. 111 Quando houver condenação por mais de 
um crime, no mesmo processo ou em processos 
distintos, a determinação do regime de cumpri-
mento será feita pelo resultado da soma ou unifi-
cação das penas, observada, quando

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