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RESUMO - Direito Administrativo II - Prof Luciano Reis - 2º BI

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DIREITO ADMINISTRATIVO II – 5º PERÍODO – 2º BIM – PROF. LUCIANO REIS 1 
 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
DIREITO ADMINISTRATIVO. 2º Bimestre 
 
PRINCÍPIOS INFORMADORES DA LICITAÇÃO 
 1. Moralidade: a moralidade estará na própria atuação da comissão de licitação, uma vez que esta não poderá realizar nenhuma conduta que atinja a parte ética. No art. 9 da lei 8666 estão demonstrados aqueles que estão impedidos de participar da licitação de contratos. Projeto básico é um projeto que é elaborado para licitação de obras onde lá conterá todas as informações de como a obra será executada: projeto, pagamento... Projeto administrativo: vai especializar os itens presentes no projeto básico 2. Legalidade: lei estabelece procedimentos, recursos, documentos do processo licitatório. A administração pública está submetida ao regime jurídica. 3. Isonomia: igualdade de tratamento. Visa assegurar a igualdade entre os participantes, prevenindo cláusulas no Edital que privilegiem um ou outro licitante. 4. Competitividade: a competitividade real, concreta, efetiva, é condição essencial do sucesso da licitação (…) dai a lei vedar as restrições editalícias tão intensas que acabem por frustrá-la ou dificultá-la. Exigir o parcelamento das contratações de modo a ampliar o acesso das pequenas empresas aos certames, favorecer o consorcio, que cumpre o mesmo objetivo e autorizar a contratação sem licitação quando a falta da competição acabe por gerar valores e ofertas excessivas. 5. Probidade Administrativa: este princípio está fortemente ligado ao princípio da moralidade, mas a não observância do princípio da probidade administrativa implica em maior seriedade e conseqüências do que o a infração do princípio da moralidade. 6. Impessoalidade: muito próximo ao princípio da isonomia. No processo licitatório a impessoalidade está presente na impossibilidade de existir o tratamento diferente os licitantes. Art. 3, §1, I, da lei 8666. Todos os licitantes devem ser tratado como se não tivessem nome, credo, partido político e etc. 7. Publicidade: todo processo licitatório é público, configurando um processo administrativo externo. Todos os atos do processo licitatório são públicos, salvo a proposta do licitante enquanto ela não for aberta. Isso ocorre para não inibir os licitantes que tenham uma proposta de valor muito superior, o que feriria o princípio da competitividade, afastando a concorrência. 
DIREITO ADMINISTRATIVO II – 5º PERÍODO – 2º BIM – PROF. LUCIANO REIS 2 
 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
8. Vinculação ao instrumento convocatório: art. 41 da lei 8666. O instrumento convocatório tem como finalidade conferir segurança à Administração e aos licitantes, não podendo estes descumprir o que está previsto no Edital, uma vez que este faz lei entre as partes. Se o Edital for alterado o processo licitatório reinicia. A vinculação é conferida tanto à Administração Pública quanto aos licitantes, não podendo essa alterar o edital por vontade própria no meio do processo licitatório, nem sob argumentação da supremacia do interesse público. 9. Julgamento objetivo: art. 3 e art. 44 lei 8666. 10. Formalismo: art. 4 lei 8666. Não há a possibilidade de se emitir formalismo excessivo nem o informalismo em si nos processos licitatórios, mas deve haver formalismo moderado. 
 
PROCESSO LICITATÓRIO 
1. Fases I. Interna: fase preparatória da licitação, engloba todos os atos realizados internamente na administração pública antes de serem levados ao conhecimento de terceiros. Diretamente ligada ao planejamento. II. Externa: quando a licitação toma conhecimento ao mundo exterior, se inicia quando é publicado o aviso de licitação e se estende até a homologação (ato de controle e aprovação) do processo licitatório. 2. Processamento: Art. 43 da lei 8666. I. Etapa da proposta: relacionada com o objeto licitado II. Etapa de habilitação: é o processo de apresentação do licitante, que tem como finalidade aferir a aptidão do mesmo. A aptidão diz respeito aos documentos necessários. A documentação poderá ser dispensada integral ou parcialmente em casos de convite, concurso, leilão ou fornecimento para pronta-entrega. Art. 27 a 31 da Lei 8666/93. 3. Modalidades Procedimento previsto pela lei para concretizar o processo licitatório. Não se confunde com tipo de licitação. I. Concurso: art. 22, §4, lei 8666. Se faz um concurso na modalidade licitação, possui a peculiaridade de a recompensa recebida pelo vencedor é um prêmio-remuneração. Não necessariamente os servidores serão os únicos julgadores, 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
por as vezes não possuírem os conhecimentos necessários. Não é necessário cadastro prévio. II. Leilão: art. 22, §5º. Busca o maior lance, cabe em algumas situações específicas: bens móveis inservíveis, bens penhorados, bens apreendidos... art. 22, par. 5, lei 8666. Há também a possibilidade de leilão de bem recebido pela Administração como forma de pagamento. Não é preciso prévio cadastro e não há uma comissão, mas um leiloeiro oficial (recebem percentual) ou escolhido (não recebem percentual). Os demais casos são residuais, ou seja, se não couberem as modalidades leilão ou concurso se utilizará de uma das modalidades abaixo. Seu critério de escolha é o preço, valor da licitação em questão. III. Concorrência pública: não precisa estar previamente cadastrado no órgão licitador. - Obras e serviços de engenharia = qualquer valor acima de R$1.500.000,00 - Compras e serviços = acima de R$650.000,00 IV. Tomada de preço: para a participação é necessário já estar cadastrado ou preencher os requisitos para este com até três dias de antecedência da licitação. - Obras e serviços de engenharia = até R$1.500.000,00 - Compras e serviços = até R$650.000,00 V. Convite: é a mais restrita de todas as modalidades, a administração convida os licitantes que irão participar, não há critério estabelecido para o convite. Se um terceiro que não foi convidado quiser participar deverá estar previamente cadastrado e solicitar a participação á Administração Pública com no mínimo 24h de antecedência. - Obras e serviços de engenharia = até R$150.000,00 - Compras e serviços = até R$ 80.000,00 
 Pregão: a. Histórico: instituído pela ANATEL, considerado posteriormente constitucional pelo STJ. Era MP. b. Marco legal - Lei 10520/02 c. Características: o pregão acontece para bens de benefício comum. Não leva em consideração o valor para se determinar o pregão. Inversão de fases: primeiro a fase de proposta, depois de habilitação Procedimento recursal d. Tipo: no pregão só cabe o menor preço. e. Fase de Lances: busca para se diminuir o valor. Renovação da proposta. f. Pregão Presencial: decreto 3555/2000 no âmbito federal, com base na MP. g. Pregão Eletrônico: decreto federal 5450/2005. 
DIREITO ADMINISTRATIVO II – 5º PERÍODO – 2º BIM – PROF. LUCIANO REIS 4 
 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
h. Impugnação do edital de licitação: (art. 41 lei 8666/93) é um recurso administrativo que visa reformar o edital. 
 FASE DA HABILITAÇÃO Art.27 a 31 da lei 8666. 
1. Regularidade Jurídica Sua finalidade é demostrar e comprovar para o poder público a existência jurídica da pessoa física (RG) ou jurídica (CNPJ), sendo necessário o ato constitutivo (um contrato social, por exemplo) e o seu devido registro. 
2. Regularidade fiscal e trabalhista Art. 29. Tem como objetivo conferir a isonomia dos licitantes. É necessário à empresa licitante estar em regularidade fiscal e trabalhista, com todas as taxas e tributos em dia, a fim de conferir isonomiaaos licitantes. Exige-se também o Cadastro de Contribuintes, à sede de seu domicílio tributário. Sendo assim, todas as certidões exigidas devem estar negativas: da Fazenda Nacional, da Fazenda Estadual, da Fazenda Distrital e da Fazenda Municipal, perante a Seguridade Social (INSS), além da certidão perante o FGTS. O art. 29, inciso 5, incluiu a Regularidade Trabalhista, muito recente. Passou-se 
a exigir uma certidão negativa de débito trabalhista, que indica débitos 
inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. Tal preocupação deve-se ao fato da 
licitação não ser um fim econômico, não ser um fim em si mesma. 
 
3. Qualificação técnica Aferir se o licitante possui a expertise técnica no contrato que virá a ser executado. Verificar experiências anteriores, não sendo permitida uma primeira vez com a Administração Pública. Analisa-se: a inscrição na entidade nacional competente, o atestado de capacidade técnica (emitido tanto por pessoa de direito público quanto de direito privado), o conhecimento do cidadão das condições do trabalho a ser realizado (visita técnica), documentos que para a aptidão do licitante seja necessário uma autorização. É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo, época ou locais específicos (parágrafo 5º, art. 30). Pode ser necessário que o cidadão tome consciência de como se dará a prestação do serviço, conhecida como visita técnica. A expertise não possui exigências de tempo nem de local específicos. 
4. Qualificação econômico-financeira A finalidade é de que o licitante possua saúde financeira, não sendo permitido um licitante com problemas, visando a qualidade do serviço prestado à coletividade. Os documentos para aferir a saúde financeira são: certidão de falências e concordatas, balanço da empresa que será analisado. Seguro-garantia, fiança bancária, título da dívida pública e caução em dinheiro. 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
5. Revogação e anulação Art. 49, lei 8666. Revogação e anulação do ato administrativo. I. Revogação: está ligada a critérios de oportunidade e conveniência, somente poderá ser realizada pela administração pública, porque apenas aquele que concedeu tem o poder de revogar o ato, tem efeitos ex nunc, não retroagindo. → Fato superveniente devidamente comprovado: é o dispositivo central para a revogação, além de esta dever ser oportuna e conveniente, deverá decorrer de fato superveniente comprovado, configura uma cautela tomada pelo legislador com o fim de evitar o abuso. II. Anulação: está sempre ligada à questão de ilegalidade, destacando-se também o art. 59, retroagindo quando ocorre. A declaração da nulidade deste ato cabe à administração pública ou ao judiciário, possui efeito ex tunc. Quando há a ilegalidade, deve a Administração indenizar o licitante por tudo o que já foi realizado pelo contratado, desde que o licitante não tenha sido parte do ato ilegal (agiu de má-fé). Contudo, a questão das perdas e danos, não é indenizável conforme previsto no parágrafo primeiro. Por via judicial, entretanto, tal pleito é muitas vezes obtido. (Diretamente do processo licitatório nulo não cabe indenização pela administração pública ao licitante, porém este poderá pleitear o direito de reaver perdas e danos judicialmente). 
o Interpreta-se esses artigos junto às Súmulas 346 e 473, STF. 6. Art. 7º, XXXIII, CR. Necessário o cumprimento deste artigo, que preconiza sobre o trabalho de menores de idade. Este é impossibilitado nos conformes do artigo, sendo necessário às empresas licitantes uma obrigação de cumprimento. 7. Art. 32 Estabelece os documentos para licitação, que deverão ser entregues ou de forma original ou autenticados. Estabelece que a documentação poderá ser dispensada no todo (na prática, a dispensa no todo não é possível, pois é obrigatória a apresentação de certidão negativa do INSS e do FGTS) ou em parte nos casos de convite, concurso, fornecimento para pronta entrega e leilão. 
 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
TIPOS DE LICITAÇÃO 
Difere-se de modalidade, por esta ser um procedimento que será utilizado para 
concretizar o processo licitatório, e o tipo lidar com o critério de julgamento do 
processo licitatório. Art. 45, lei 8666. 
→ De menor preço = o critério de seleção da proposta mais vantajosa é o da oferta 
menor, o que não significa o valor nominalmente mais baixo, mas sim aquele que 
em todas as suas circunstâncias – rendimento, condições de pagamento..., são as 
mais vantajosas. (art. 45, § 1º, I). 
 
→ De melhor técnica = nesse caso a seleção da proposta mais vantajosa é a que 
resulta de uma negociação que culmina pela escolha daquela que, tendo 
alcançado índice técnico comparativamente mais elevado do que o de outras, seu 
proponente concorde em rebaixar a cotação que havia feito até o montante da 
proposta de menor preço dentre as ofertadas. Se nenhum dos autores das 
propostas de melhor técnica concordar em rebaixar o preço, será escolhida a de 
menor preço. 
 
→ De maior lance/oferta = Esse tipo de licitação é especifico para os casos de 
alienação de bens ou concessão de direito real de uso, onde os licitantes 
vencedores apresentam o maior lance (leilão), ou a maior oferta (convite e 
concorrência). É o tipo de licitação especialmente adequando para venda de bens, 
outorga onerosa de concessões e permissões de uso e de bens ou serviços 
públicos e locação em que a Administração pública é a locadora, cuja proposta 
vencedora é a que faz a maior oferta. 
 
1. Sanções Há a possibilidade de duas sanções serem aplicadas em conjunto. A multa pode ser cumulada com qualquer das outras sanções. É utilizada a discricionariedade administrativa para se escolher, de acordo com o caso concreto, qual sanção o administrador irá aplicar. Devem respeitar o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Não prejudica o contrato firmado, tendo a sanção como característica a irretroatividade. 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
Art. 87. I. Advertência: cabe o devido processo legal, contraditório e ampla defesa. Ex: recebimento de infração no trânsito. II. Multa: a possibilidade de aplicá-la depende de estar prevista e estipulada no edital e/ou na minuta de contrato. III. Suspensão do direito de licitar e contratar: no prazo de até dois anos. A suspensão vale apenas para o órgão administrativo que a aplicou. IV. Declaração de inidoneidade: tem sua extensão para toda a administração pública. Prazo mínimo de dois anos. Para que deixe de surtir seus efeitos é necessário que seja ultrapassado o prazo previsto e que haja ressarcimento por parte do licitante. *** a defesa prévia possui o prazo de 5 dias, salvo no caso de declaração de inidoneidade na qual o prazo é de 10 dias. 2. Recursos I. Hierárquico: art. 109, I. em somente duas hipóteses se tem o efeito suspensivo: julgamento de habilitação e julgamento de proposta. Prazo de 5 dias úteis a partir da intimação do ato ou da lavratura da ata. II. De Representação: residual. Prazo de 5 dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto licitado. 
 III. De Reconsideração: existe nos casos em que houver decisão de declaração de inidoneidade. No prazo de 10 dias corridos. Pedido de reconsideração de decisão de Ministro do Estado, Secretaria Estadual ou Municipal. ***Contagem de prazo: igual ao direito civil, exclui-se o dia de início, inclui-se o dia final, computados apenas os dias de expediente. 3. Contratação Direta: É a exceção ao dever de licitar.I. Licitação dispensada: são casos relacionados à alienação de bens. Art. 17, lei 8666. II. Dispensável: A licitação é dispensável quando, mesmo sendo possível a concorrência entre diferentes fornecedores, a licitação é entendida como desnecessária. A legislação estabelece quais situações a licitação é dispensável. III. Inexigibilidade: nesse caso a competição é inviável por haver ausência de outros competidores, impossibilidade de comparação objetiva das propostas, 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
absoluta impertinência da licitação e por desnecessidade. Todas as situações em que for constatada a inviabilidade da licitação esta será inexigível. 
 
 
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE E AS 
LICITAÇÕES 
Microempresas são aquelas que possuem faturamento de até 360 mil reais, 
enquanto microempresa deve possuir limite máximo de receita bruta de 
R$ 3.600.000,00. Nesse caso a licitação é utilizada como uma forma de fomento e de 
regulação econômica. 
 1. Amparo Constitucional Art. 42 a 49, e 179 da CF. 2. Regime diferenciado e benefícios BENEFÍCIOS I. Empate ficto: Lei Complementar 123, art. 43. Consideram-se empatadas as microempresas ou empresas de pequeno porte que são até 5% maiores que a menor proposta (de uma empresa normal) para um pregão. Elas podem, então, propor uma última vez (somente elas) uma proposta vencedora. Para as outras modalidades de licitação administrativa que não o pregão, o empate encontra-se dentro da margem de 10%. A primeira colocada do empate ficto não pode ser microempresa e nem empresa de pequeno porte. Contudo, cabe ressaltar que as microempresas e as empresas de pequeno porte têm que oferecer uma proposta menor do que a primeira colocada, que não se enquadra como uma destas empresas. II. Restrição à regularidade fiscal: As microempresas e as empresas de pequeno porte podem possuir uma espécie de pendência fiscal junto a algum órgão público, continuando na “corrida” da licitação, diferente das grandes empresas. Tal restrição ocorre até o fechamento do contrato, sendo assim, a pendência deve ser sanada antes disto. O prazo é: a partir do momento em que a ME ou a EPP for declarada como vencedora da licitação, possui um prazo de 2 dias úteis para regularização, ou, sob prorrogação, de 4 dias úteis. Deve-se atentar para o fato de que o documento que comprova a irregularidade fiscal deve ser apresentado, não sendo isento de apresentação, sendo tal motivo sim, passível de exclusão na “corrida”. 
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 REGIME DIFERENCIADO É necessário regulamentação e previsão em edital I. Subcontratação: Traz a possibilidade de o edital estipular que a empresa que ganhar a licitação deverá subcontratar até 30% da obra a uma microempresa ou empresa de pequeno porte, a qual fica a escolha da empresa contratada. Essa medida possui como objetivo o fomento dessas empresas. II. Até 80 mil: o valor da licitação não pode ultrapassar o valor de 80 mil para que possa ser destinada a pequenas e microempresas. 
III. Divisão de 25%: resguardar até 25% do valor licitado e destiná-lo somente a pequenas e microempresas. É a chamada “cota”. O contrato é feito diretamente com o Estado, diferentemente da subcontratação, que o contrato é feito entre a pequena e/ou micro empresa e a principal empresa vencedora. 
 
CONTRATO ADMINISTRATIVO 
Art. 2º, parágrafo único da lei 8666. Em sentido estrito, é um acordo de vontades destinado a criar, modificar, ou extinguir direitos e obrigações e em que uma das partes, atuando no exercício da função administrativa, é investida de competências para inovar unilateralmente as condições contratuais e em que se assegura a intangibilidade da equação econômico-financeira. Contrato privado x Contrato administrativo Difere do contrato privado pelo regime jurídico administrativo e pela questão de liberdade e igualdade. Naquele inexiste a liberdade por parte do contratado em alterar as condições contratuais, podendo ocorrer mudanças unilaterais, apenas por parte do poder público, diferentemente do contrato privado, em que ambas as partes possuem direito às alterações. Ocorre, no contrato administrativo, uma preponderância do interesse público sob o interesse privado, supremacia do interesse público. CARACTERÍSTICAS 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 1. Presença da Administração como Poder Público Para que se possa efetuar e utilizar as prerrogativas da administração pública. A Administração Pública figura nos contratos administrativos dotada de prerrogativas que lhe garantem uma posição de supremacia frente aos particulares, situação que demonstra uma verticalidade entre a Administração e terceiros. 2. Finalidade Pública Todo ato administrativo deverá obedecer e ter um fim público. Concepção de um ato administrativo como um interesse público. Todos os atos e contratos administrativos deverão estar revestidos de finalidade pública, a qual está estritamente co-relacionada ao interesse público. 3. Obediência à forma prescrita em Lei (art. 57, 60, 61 e 62 – Lei 8666/93) O Contrato Administrativo deverá obedecer às formas prescritas na Lei de Licitações, às quais se referem à duração do contrato, prazos de convocação, formalização, e outros procedimentos. I. Duração dos Contratos Administrativos (art. 57): não há liberdade de escolha na duração dos contratos administrativos, estará adstrita aos créditos orçamentários, ou seja, durará até o dia 31 de dezembro do ano corrente. Há ressalva nos seguintes casos: projetos no Plano Plurianual (ex: construção de uma ponte); prestação de serviços continuados, limitados à prorrogação até 60 meses, em caráter excepcional em até 72 meses (ex: serviço de limpeza no TJPR); aluguel de informática ou equipamentos, podendo ser prorrogados até 48 meses; casos de dispensa de licitação, que podem ser prorrogados por até 10 anos. II. Lavratura dos Contratos Administrativos (art. 60): haverá um arquivo cronológico dos contratos administrativos e de seus aditamentos, necessário para haver controle, fiscalização, análise e visualização das despesas. É considerado nulo e de nenhum efeito o contrato verbal feito com a administração pública, salvo casos de regime de adiantamento, pronto-pagamento, em que o contrato pode ser verbal, não podendo o valor ultrapassar 5% do limite estabelecido (ex: fotocópias de um servidor público). Tal medida visa manter a segurança jurídica. III. Preâmbulo do Contrato Administrativo (art. 61): caput. Além dos requisitos necessários, deve-se atentar para o fato de que o contrato firmado deve ser publicado na imprensa oficial (indispensável para a sua eficácia), providenciado pela Administração Pública até o 5º dia útil após a assinatura, para ocorrer no prazo de 20 dias a partir daquela data, independente do valor do contrato. 
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 IV. Termo de Contrato (art. 62): é o instrumento que formaliza o contrato.Tem que ser feito nos casos de tomadas de preços, concorrência de preços, dispensa e inexigibilidade cujos preços estejam compreendidos no limite. Há a possibilidade de o termo de contrato ser substituído por outros instrumentos (nota de empenho, carta-contrato, autorização de fornecimento, ordem de execução de serviço) nos casos de compra imediata, com inexistência de obrigações futuras.V. Convocação da Administração Pública (art. 64): é estabelecido um prazo para a convocação do interessado para assinar, aceitar ou retirar o instrumento de contrato, sob pena de decair o direito à licitação. Pode haver prorrogação no prazo, se necessário e se autorizado pela Administração. Caso ocorra algum problema com o licitante vencedor e a administração pública no processo de assinatura/retirada/aceitação do instrumento, é facultado à Administração Pública convocar os licitantes remanescentes na ordem de classificação, nas mesmas condições já estipuladas anteriormente pelo antigo licitante. Se decorrer 60 dias da entrega da proposta, sem convocação para contratação, ficam os licitantes liberados de suas obrigações assumidas. 
 Ressalta-se que, tratando-se de um pregão, se houver problema entre a administração pública e o licitante vencedor, há chamada dos licitantes remanescentes, mas nas condições que estes licitantes estabelecerem, não nas condições do primeiro licitante vencedor. 
4. Procedimento Legal Para a celebração de um contrato administrativo é necessário que haja um procedimento prévio previsto em lei. Ou seja, há necessidade de ocorrer o cumprimento das demais legislações (ex: lei de regularização fiscal ou leis especiais), não somente o previsto na Lei 8666/93. 5. Contrato de adesão O licitante adere ao contrato já formulado pela Administração Pública, não havendo discussão sobre o mesmo. As cláusulas são pré-fixadas pela administração no instrumento convocatório tanto no contrato precedente de licitação, quanto na contratação direta. 6. Natureza “intuitu pesonae” 
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O contrato administrativo é pessoal, celebrado em razão da pessoa do contratado. Art. 72 lei 8666. “o contrato administrativo é firmado em razão das condições pessoais do contratado apuradas em procedimento administrativo prévio (licitação pública ou contratação direta)”. 6. Presença de cláusulas exorbitantes: São cláusulas que não encontram equivalência nos contratos privados, são peculiares do contrato administrativo. “são aquelas previstas no contrato administrativo e que demonstram uma verticalidade da administração pública ante o terceiro contratado”. I. Alteração unilateral: a administração pode alterar unilateralmente o contrato de licitação. Fica o contratado obrigado a aceitar, nas mesmas condições, que se façam alterações por parte do poder público dentro da porcentagem de acréscimo de 25% e, se o objeto for reforma de edifício ou de equipamento, o aumento poderá ser de até 50%; se a alteração for para menos a porcentagem máxima é de 25% para todo e qualquer caso. **a alteração para mais, que extrapole a previsão legal, não é permitida nem em sede de consenso entre a administração e o licitante. Já a supressão do pedido, desde que seja consensual, pode ultrapassar o limite legal. A) Alteração qualitativa = alteração da qualidade do bem, das especificações técnicas do objeto (art. 65, inciso I, alínea a). B) Alteração quantitativa = incide sobre o quantitativo inicialmente ajustado (art. 65, inciso I, alínea b). II. Rescisão unilateral: o poder público, independentemente da vontade do licitante, poderá rescindir o contrato administrativo. Essa rescisão não poderá se dar pela mera vontade da administração, mas sim, pelos casos previstos em lei, art. 78, incisos I ao XII e XVII (tecnicamente seria caso de extinção e não de rescisão contratual). Vinculado ao motivo de não cumprimento ou cumprimento irregular das clausulas contratuais, ou seja, há uma falha do contratado. Sendo assim a administração ingressa com um processo administrativo, com direito a ampla defesa e contraditório assegurados, para rescindir o contrato. Existem três hipóteses de rescisão – art. 79: unilateral, amigável (ocorre quando há conveniência para administração pública, devidamente justificada, e deverá ter a autorização de unidade superior) e judicial (ocorre quando existe uma falha do poder público que possa legitimar o contratado em requerer a rescisão do contrato). III. Fiscalização: art. 71, não pode ser interpretado de maneira isolada, mas sim de forma sistematizada com o art. 67. Só haverá culpa da administração quando houver falha na fiscalização do contrato administrativo. IV. Aplicação de sanções adm.: a inexecução total ou parcial do contrato dá à Administração a prerrogativa de aplicar sanções de natureza administrativa 
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(art. 58, IV), dentre as indicadas no art. 87, a saber: advertência; multa; suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a própria Administração (por prazo máximo de 2 anos); declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação. (Di Pietro). V. Ocupação temporária: VI. “exceptio non adimpleti contractus”: no direito privado, quando uma das partes descumpre o contrato, a outra pode descumpri-lo também. Porém, no direito administrativo o particular não pode interromper a execução do contrato, em decorrência dos princípios da continuidade do serviço público e da supremacia do interesse público sobre o particular. Em regra, o que ele deve fazer é requerer, administrativa ou judicialmente, a rescisão do contrato e pagamento de perdas e danos, dando continuidade à sua execução, até que obtenha ordem da autoridade competente para paralisá-lo. (Di Pietro). EQUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA Art. 37, inciso XXI, CF. É relação entre encargos e vantagens assumidas pelas partes do contrato administrativo, estabelecida por ocasião da contratação, e que deverá ser preservada ao longo da execução do contrato. QUEBRA DO EQUILÍBRIO 1. Fato do príncipe Ocorre quando algum ato estatal culmina no desequilíbrio da equação econômico-financeira inicialmente ajustada. “É toda determinação estatal, positiva ou negativa, geral e imprevisível ou previsível, mas de conseqüências incalculáveis, que oneram extraordinariamente ou que impede a execução do contrato, e obriga a administração pública a compensar integralmente os prejuízos suportados pelo contratante particular”. Art. 65, inciso II alínea b e parágrafo 5º. 2. Imprevisão “Ocorre a partir de um evento externo ao contrato de ordem econômica, estranho à vontade da partes, imprevisível, afetando extraordinariamente o equilíbrio estabelecido e impondo uma execução excessivamente onerosa para o contratado”. I. Imprevisibilidade do evento ou incalculabilidade de seus efeitos: o evento não pode ser passível de previsão ou, mesmo que seja em si, seus efeitos são 
incalculáveis. (Inciso 65, inciso II, alínea d). 
II. Inimputabilidade do evento às partes: O fato da imprevisão não pode ser atribuído ao contratado nem ao contratante, deve ser externo à relação contratual. 
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III. Grave modificação das condições dos contratos: o fato deve ser relevante, a ponto que gere um desequilíbrio oneroso para alguma das partes. IV. Ausência de impedimento absoluto: não poderá o objeto do contrato não ser passível de ser explorado e comercializado. 3. Fato da administração Fatos da própria administração contratante que geram o desequilíbrio da equação econômico-financeira. “É toda ação ou omissão do poder público que, incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda ou impede a sua execução”. 4. Caso fortuito ou força maior São eventos que, por sua imprevisibilidade einevitabilidade, criam para o contratado a impossibilidade instransponível de normal execução do contrato. O caso fortuito decorre de eventos da natureza, como catástrofes, ciclones, tempestades anormais. Já a força maior é resultado de um fato causado, de alguma forma, pela vontade humana, como é o clássico exemplo da greve. Art. 78, inciso XVII. 5. Alteração unilateral Ao contrário dos contratos privados que são estáticos, os administrativos são dinâmicos por ser conferido à Administração o poder de se modificar unilateralmente o contrato quando visa a melhor adequação às finalidades de interesse público, mas sendo a Administração obrigada, nessa hipótese, a restabelecer, por adiantamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. Porém, esse poder de alteração unilateral não é ilimitado, sendo delimitado por dois princípios básicos que não pode o Poder Público desconhecer ou infringir quando for exercitar a faculdade de alterar, a variação do interesse público e equilíbrio econômico-financeiro do contrato. FORMA DE REEQUILÍBRIO 1. Reajuste Instrumento jurídico apto para buscar o equilíbrio perdido em razão da inflação monetária. Apenas poderá ser solicitado após 12 meses da data da apresentação da proposta ou do orçamento a que essa proposta se referiu. “Consiste na indexação dos preços contratuais submetendo-os a variação periódica e automática segundo a flutuação de índices pré-determinados”. Art. 40, inciso XI, lei 8666. 2. Revisão (recomposição) Pode ocorrer a qualquer momento por ser utilizada como forma de reequilíbrio para os casos de quebra do equilíbrio. “A recomposição de preços consiste no exame dos 
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custos e vantagens diretos e indiretos, contemplados nas propostas do particular, visando a verificar sua alteração substancial e a restabelecer, se necessário, a relação originalmente existente”. 
CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
 → Lei 9074/95 Art. 2o É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios executarem obras e serviços públicos por meio de concessão e permissão de serviço público, sem lei que lhes autorize e fixe os termos, dispensada a lei autorizativa nos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em qualquer caso, os termos da Lei no 8.987, de 1995. § 1o A contratação dos serviços e obras públicas resultantes dos processos iniciados com base na Lei no 8.987, de 1995, entre a data de sua publicação e a da presente Lei, fica dispensada de lei autorizativa. § 2º Independe de concessão, permissão ou autorização o transporte de cargas pelo meio rodoviário. § 2º Independe de concessão, permissão ou autorização o transporte de cargas pelos meios rodoviário e aquaviário. § 3o Independe de concessão ou permissão o transporte: I - aquaviário, de passageiros, que não seja realizado entre portos organizados; II - rodoviário e aquaviário de pessoas, realizado por operadoras de turismo no exercício dessa atividade; III - de pessoas, em caráter privativo de organizações públicas ou privadas, ainda que em forma regular. → Lei 8987/95, art. 2º Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; 
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II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 1. Concessão “Concessão de serviço público é o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a alaguem que aceita prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco nas condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo poder público, e de contrato, por cuja via se garante a equação econômico-financeira, resguardando os legítimos objetivos de lucro do concessionário.” 2. Permissão “É a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho”. Art. 2º, inciso IV. Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente. Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei 3. Serviço adequado Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 
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§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 4. Extinção Art. 35. Extingue-se a concessão por: I - advento do termo contratual; II - encampação; III - caducidade; IV - rescisão; V - anulação; e VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual. Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior. Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entreas partes. § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão; III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior; IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido; V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos; VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
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§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. § 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo. § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária. § 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária. 5. Contraprestação I. Tarifas: o concessionário de serviço público, em geral, explora o serviço mediante tarifas que cobra diretamente dos usuários, sendo daí que extrai, basicamente, a remuneração que lhe corresponde. II. Outras formas de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas. 
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPP’s) 
É uma modalidade da concessão de sérvio público, mas que se diferencia desta e dos demais contratos de prestação de serviços é o fato de o contratado se remunerar pela exploração do serviço, normalmente mediante “tarifas” – embora esta não seja sua única fonte de remuneração, entende-se que a Administração será uma usuária, ainda que indireta, dos serviços prestados, logo, aquela que paga as tarifas. (Celso Antônio Bandeira de Mello). → Lei 11.079/2004 
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente 
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à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. § 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 
de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. § 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes: I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade; II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução; III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias; V – transparência dos procedimentos e das decisões; VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria. 1. Licitação Ocorre na modalidade concorrência. Para julgamento poderão ser utilizados, além dos critérios previstos nos incisos I e V do art. 15 da Lei nº 8.987/95, os seguintes: a. Menor valor da contratação a ser paga pela Administração Pública; b. Melhor proposta em razão da combinação do critério da línea ‘a’ com o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital; c. Utilização de arbitragem – art. 11, inciso III; d. O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado. 2. Garantias 
 Vinculação de receitas observado o disposto no inciso IV do art. 167 CF 
 Instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei 
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 Contratação de seguro-garantia com as seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público 
 Garantias prestadas por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público 
 Garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade 
 Outros mecanismos admitidos em lei (art. 8º) Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no 
art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever: I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação; II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas; III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária; IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais; V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços; VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia; VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado; VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveiscom os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3o e 5o do 
art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 
1995; IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado; X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas. XI - o cronograma e os marcos para o repasse ao parceiro privado das parcelas do aporte de recursos, na fase de investimentos do projeto e/ou após a disponibilização dos serviços, sempre que verificada a hipótese do § 2o do art. 6o desta Lei. 
SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO 
Uma sociedade de propósito específico (SPE) é uma sociedade empresária cuja atividade é bastante restrita, podendo em alguns casos ter prazo de existência determinado, normalmente utilizada para isolar o risco financeiro da atividade 
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desenvolvida. No Brasil, possibilita que empresas estatais não necessitem seguir a lei de licitações (8666) e possam contratar funcionários sem realização de concursos públicos. Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. § 1o A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. § 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado. § 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento. § 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo. § 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento. 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
A responsabilidade do Estado governa-se por princípios próprios, compatíveis com a peculiaridade de sua posição jurídica, sendo, por isso, mais extensa do que a privada e também por produzir danos mais intensos que esta. O ponto extremo da responsabilidade do Estado é a teoria do risco social, esta se promove mesmo com relação a dados não imputáveis à ação do Poder Público. 1. Histórico 2. Marco Normativo CF, art. 37, § 6º; CF, art. 43 - CF 37, §6º: previsão na Constituição da responsabilidade do Estado. Prestadoras de serviços públicos -> agindo na qualidade de agente público. Se o cidadão é funcionário do poder judiciário e está conduzindo veículo do poder judiciário e se envolve num acidente de transito (responsabilidade civil do Estado). Precisa estar na qualidade de agente público. - CF 43: pessoas jurídicas de direito público interno (União, Estados, DF...) 3. Responsabilidade Objetiva É a obrigação de indenizar que incumbe a alguém em razão de um procedimento lícito ou ilícito que produziu uma lesão na esfera jurídica de outrem. São requisitos: que seja 
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praticado ato lícito ou não por agente público; que esse ato seja causa de dano específico e anormal; que haja um nexo de causalidade entre o ato e o dano. Nos casos de responsabilidade objetiva o Estado só se exime de responder se faltar o nexo entre seu comportamento comissivo e o dano. I. Teoria do Risco Integral: Para esta, a Administração Pública, em decorrência de suas atividades normais ou anormais, acaba por gerar risco de dano à comunidade. Considerando que as atividades são exercidas em favor de todos, não seria justo que apenas alguns arcassem com os ônus por elas gerados, motivo pelo qual deve o Estado, como representante do todo, suportar os ônus, independente de culpa de seus agentes. Permite-se, neste caso, a comprovação por parte da Administração da culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização. Prevalece em nosso ordenamento. II. Teoria do Risco Administrativo: Nesta, a Administração ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resulte de culpa ou dolo da vítima, de terceiro, caso fortuito ou de força maior. 4. Responsabilidade por Omissão Quando há uma omissão em serviço público, quando há uma falha no serviço público. Não é uma responsabilidade objetiva. O Estado se omitiu da prestação de um serviço público. Apuração da responsabilidade subjetiva, aferir a culpa ou dolo do Estado nesta situação. O núcleo doutrinário e a jurisprudência: “a responsabilidade por omissão é subjetiva”. Porém, quando for por omissão em razão de guarda de algo (escola/presídio) é uma responsabilidade objetiva. 5. Não usuários RE 591874. 6. Causas Excludentes ou Atenuantes Quando o serviço público não for a causa, ou a única causa. São apontadas como causas excludentes da responsabilidade a força maior, a culpa da vítima e a culpa de terceiros. Como causa atenuante é apontada a culpa concorrente da vítima. 7. Atos Legislativos Não pode ser condenado o Estado em razão de uma lei. Exceções: em razão de leis inconstitucionais, uma lei de efeito concreto, constitucionais ou inconstitucionais, que gere prejuízo a uma pessoa ou núcleo de pessoas, omissão no poder de legislar e 
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regulamentar e atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com função normativa, com vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade. 8. Atos Jurisdicionais O juiz tem responsabilidade pelos seus atos? Em regra, há a teoria da irresponsabilidade pelos atos jurisdicionais. Exceção: art. 5º, inciso 75, CR. Há também a defesa de que o judiciário é soberano e de que os juízes devem agir com independência no exercício de suas funções sem o temor de suas decisões ensejem em responsabilidade do Estado. Ressalta-se que o magistrado não é funcionário público e por fim que a indenização, decorrente de decisão judicial, afetaria a regra da imutabilidade da coisa julgada, por implicar no reconhecimento de que a decisão foi proferida em desconformidade com a lei. 9. Responsabilidade Administrativa 10. Responsabilidade Penal Se for negativa de fato ou se for negativa de autoria. 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
No exercício de suas funções a Administração Pública sujeita-se a controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos. A finalidade do controle é assegurar que a administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, envolve as vezes o controle de mérito, que diz respeitos aos atos de discricionariedade da atuação administrativa. “Controle em tema de Administração Pública é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder, órgão ou autoridade exerce sob a conduta funcional de outro”. 1. Quanto ao momento I. Prévio: controle preventivo, controle antes da prática doato. É o que antecede a conclusão ou operatividade do ato como requisito para sua eficácia. Exemplo: art. 52, CR. II. Concomitante ou sucessivo: aquele controle que é efetuado juntamente com o ato. É todo aquele que acompanha a realização do ato para verificar a regularidade da sua formação. III. Posterior ou subseqüente: é aquele que se efetiva após a conclusão do ato controlado visando a corrigir eventuais defeitos, declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia. 
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2. Controle externo É aquele que um poder exerce sobre o outro. → Parlamentar: Sustação de atos e contratos do executivo (convocação de ministros e requerimento de informações (50, §2º; 58 V; 32, IV); comissões parlamentares de inquéritos (58, §3º) → Sustação de atos e contratos do executivo (49, V; 71, §1º); → Convocação de ministros e requerimento de informações (50, §2º; 58 V; 32, IV); → Comissões parlamentares de inquéritos (58, §3º); → Autorizações ou aprovações do congresso (49, I, XII, XIII, XVI, XVII); → Poderes controladores privativos do senado (52, III a IX); → Suspensão ou destituição do presidente ou de ministros (85 e 86); → Tribunal de contas; → Controle pelo Poder jurisdicional; 3. Controle interno É aquele que cada um dos poderes realiza sobre seus próprios atos e agentes. 
 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Probidade é uma qualificação maior que a moralidade, porém a abrange. Um ato improbo é um ato imoral e desonesto. 1. Marco normativo Art. 37, §4 Lei 8429/92 2. Sujeitos I. Sujeito ativo: é qualquer servidor público ou terceiro que induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta II. Sujeito passivo: uma das entidades mencionadas no art. 1º da lei 8429/92. Reclamação n. 2138 STF - prevalece que os agentes políticos previstos no art. 102 não sofrem pela lei de improbidade, além do presidente da república. 3. Modalidades Ocorrência de ato danoso descrito na lei causador de I. Enriquecimento ilícito (art. 9) - necessariamente doloso; 
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II. Prejuízo ao erário (art. 10)- pode ser tanto doloso quanto culposo; III. Atentado contra os princípios da administração (art. 11) - necessariamente doloso. O enquadramento do ato pode-se dar isoladamente, em uma das três hipóteses, ou cumulativamente. 3. Sanções → Suspensão dos direitos políticos → Multa → Impedimento de contratar → Ressarcimento integral → Perda da função pública → Perdimento dos bens e valores ** Alcance aos herdeiros - somente as sanções a respeito do patrimônio, responde com a herança. Art. 8 4. Independência das esferas I. Administrativa: apura o ilícito administrativo segundo as normas estabelecidas no Estatuto funcional II. Civil: apura a improbidade administrativa e irá aplicar sanções previstas na lei 8429/92 III. Criminal: vai apurar o ilícito penal segundo as normas do Código de Processo Penal Só se comunicam se houver negativa de fato ou negativa de autoria. Nada impede que se instaure processo nas três instâncias. 5. Procedimento O juiz determina a intimação imediata para a apresentação da resposta daqueles que formam o pólo passivo quando a petição estiver coerente. O prazo é de 15 dias. “Ação civil pública com fundamento de improbidade administrativa”. A pessoa jurídica interessada ou o MP (mais comum) podem propor a ação de improbidade. 6. Prescrição Está prevista no artigo 23. São, porém, imprescritíveis as ações de ressarcimento de danos causados por agente público, seja ele servidor ou não.

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