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DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS, DOENÇAS TROMBOEMBÓLICAS E CHOQUE Edema Hemorragia Trombose Embolia Infarto Choque Hiperemia Congestão EDEMA Conceito: Aumento do líquido nos espaços teciduais intersticiais (espaço intercelular). - De acordo com a localização → hidrotórax, hidropericárdio, hidroperitônio (ascite), anasarca (edema grave e generalizado, com tumefação profunda do tecido subcutâneo). Pressão hidrostática elevada - Aumentos locais da pressão hidrostática → Drenagem venosa deficiente → Trombose venosa profunda (membros inferiores). - Nível ou acima do joelho (veias poplítea, femoral e ilíaca) → embolização - Assintomáticos (50%) - Idade avançada, repouso no leito e a imobilização (estados hipercoaguláveis) - Atividade física reduzida EDEMA = restrito á perna afetada Pressão hidrostática elevada - Aumentos generalizados da pressão venosa (edema sistêmico) → Insuficiência cardíaca congestiva. Pressão coloidosmótica reduzida - Perda excessiva ou síntese reduzida de albumina. ● Perda de albumina → Síndrome nefrótica (desarranjos nas paredes capilares glomerulares → permeabilidade aumentada a proteínas plasmáticas). Manifestações: 1. Proteinúria maciça (perda diária de 3,5g ou mais de proteínas) 2. Hipoalbuminemia (albumina abaixo de 3g/dL) 3. Edema generalizado 4. Hiperlipidemia (síntese aumentada de lipoproteínas no fígado, transporte anormal de partículas lipídicas circulantes e catabolismo diminuído) 5. Lipidúria 6.Vulnerabilidade à infecções 7. Complicações trombóticas e tromboembólicas (perda de fatores anticoagulantes e atividade antiplasmina) Pressão coloidosmótica reduzida - Perda excessiva ou síntese reduzida de albumina ● Síntese reduzida de albumina → Patologia hepática difusa (p.ex. cirrose). 1. Incapacidade das células hepáticas de produzir proteínas plasmáticas em quantidades suficientes. 2. Compressão dos ramos intra-hepáticos da veia porta (dificultando o fluxo sangüíneo da veia porta para a veia cava inferior) → Diminuição da concentração protéica e aumento da pressão capilar → transdução de grandes quantidades de líquido e de proteínas para dentro da cavidade abdominal (ascite). Pressão coloidosmótica reduzida ● Síntese reduzida de albumina → má nutrição protéica-energética. Kwashiorkor (deficiência de proteínas) X marasmo (deficiência de calorias) ▪ Associada com perda grave de proteínas do compartimento visceral e a hipoalbuminemia → edema generalizado ou das extremidades. ▪ Gordura subcutânea e massa muscular poupadas. ▪ “Pintura lascada” ▪ Fígado gorduroso (síntese reduzida de proteínas de transporte). ▪ Defeitos na imunidade e infecções secundárias. ▪ Formas intermediárias Obstrução linfática -Obstrução inflamatória ou neoplásica → Parasitose filaríase ou câncer da mama. Elefantíase Câncer x edema Retenção de sódio e água - Causa primária: aumento da pressão hidrostática (devido à expansão do volume de líquido intravascular) e diminuição da pressão coloidosmótica vascular. - Causa secundária: insuficiência cardíaca ou renal Morfologia do edema - Encontrado mais comumente nos tecidos subcutâneos, pulmões e cérebro. ● Edema subcutâneo: 1. edema das partes em declive do corpo: insuficiência cardíaca congestiva. 2. edema da disfunção renal ou síndrome nefrótica: afeta todas as partes do corpo igualmente (edema periorbital). ● Edema pulmonar: insuficiência ventricular esquerda, insuficiência renal, síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA), infecções pulmonares e reações de hipersensibilidade. ● Edema cerebral: localizado (abscesso ou neoplasia) ou generalizado (encefalite, crises hipertensivas ou obstrução do efluxo venoso cerebral) Correlações clínicas -Variam desde um achatamento meramente incômodo até o êxito letal. ● Edema do tecido subcutâneo → na insuficiência cardíaca ou renal: Dificulta a cicatrização de feridas ou a resolução de infecções. ● Edema pulmonar: morte (função ventilatória normal e infecção bacteriana). ● Edema cerebral: herniação ou compressão do tronco encefálico → Dano aos centros bulbares → morte. HIPEREMIA OU CONGESTÃO Definição: volume sangüíneo aumentado em um tecido particular. Hiperemia - Processo ativo → fluxo interno tecidual aumentado devido à dilatação arteriolar. - Tecido avermelhado (sangue oxigenado). Causas: Fisiológica : órgãos em pleno funcionamento necessitam de mais sangue (fígado, rins, estômago). Patológica : Agentes mecânicos (pancada na pele) Agentes físicos (calor e sol) Agentes biológicos Congestão - Processo passivo → efluxo externo deficiente de um tecido. - Tecido vermelho-azulado (cianose) → acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos tecidos afetados. -Sistêmico: insuficiência cardíaca -Local: obstrução venosa isolada Conseqüências: - Congestão → edema (congestão e edema comumente ocorrem juntos). - Congestão prolongada (congestão passiva crônica) → estase de sangue pouco oxigenado causa hipóxia crônica → degenerações ou morte celular e pequenos focos de hemorragias. Congestão passiva crônica do fígado HEMORRAGIAS Conceito: Extravasamento sangüíneo devido à ruptura vascular. Classificação e nomenclatura: · Quanto à origem: · • venosa · • arterial · • capilar Hemorragia cerebral Quanto à relação com o organismo: Externas ou superficiais • Epistaxe = nariz → adultos: hipertensão, sangue gástrico ou esofagiano vomitado (úlceras); criança: esforço • Melena = sangue negro eliminado nas fezes (úlcera gástrica) • Hemoptise = sangue vivo eliminado pela tosse • Enterorragia = sangue vivo nas fezes (úlceras intestinais, tumores) • Hematúria = sangue vivo eliminado na urina. Internas: tecidos ou cavidades orgânicas. Utiliza-se o prefixo Hemo ou Hemato acrescido de termo designativo da cavidade afetada. • Hemoperitônio = sangue na cavidade peritoneal • Hemopericárdio = sangue na cavidade pericárdica · Quanto ao mecanismo de formação: Por ruptura de vasos: mais freqüentes (origem traumática). Causas : Mecânica = corte, traumatismo Processos destrutivos= tumor maligno, necrose Ruptura por enfraquecimento patológico= hipertensão, aterosclerose · Por diapedese: sem lesão evidente nos vasos, geralmente a nível capilar e freqüentemente do tipo petequial. As hemácias fluem através da parede vascular intacta. Causas: Congestão passiva crônica (sangue em escarro e urina em insuficiência passiva congestiva) Anóxia – pleura e pericárdio de enforcados em nascituros sufocados com o cordão umbilical. Quanto à idade do processo: Recente: Hemácias íntegras. Antiga: Hemólise presente. Quanto à morfologia: Mais aplicável às viscerais e tegumentares. Hematoma: acúmulo de sangue no tecido. Petéquias: = 1 a 2 mm de diâmetro, esparsas. Associadas:aumento local da pressão intravascular, baixas contagens plaquetárias (trombocitopenia ), função plaquetária deficiente ou déficits de fatores da coagulação. Petéquias (epicárdio) Púrpuras: aproximadamente 1 cm de diâmetro ou reunião de petéquias mais densamente. Termo utilizado para descrever um quadro hemorrágico generalizado (Síndromes com tendência à hemorragia por deficiência na coagulação e também às septicemias - viremias e toxemias - que induzem lesões em pequenos vasos periféricos). · Equimose: = "Máculas hemorrágicas" ou "Hemorragias em lençol". Manchas difusas, planas e irregulares. · · Eritrócitos degradados e fagocitados por macrófagos: Hemoglobina (azul-avermelhada) → Bilirrubina (verde-azulada) → Hemossiderina (castanho-dourada)· Quanto à etiologia: · Traumática - acidentes e cirurgias · De origem vascular - · Hipertensão intravascular (hipertensão arterial, varizes, formação e ruptura de aneurismas, obstrução venosa); · Toxinas e agentes infecciosos (Bacillus anthracis). A localized collection of blood outside the vascular system within tissues is known as a hematoma. · Quanto à intensidade (Conseqüências): Fatores: local, volume; velocidade de perda. · Grave: afeta órgão essencial ou importante e/ou com perda rápida de grandes volumes sangüíneos (ultrapassando 1/3 da volemia, i.e. 3 a 4 % do peso corporal). Risco de vida evidente. Choque hemorrágico. · Leve: quando não interfere significativamente na vida do indivíduo. · Aguda e grande: morte por choque. · Externa: perda de ferro → anemia Interna: ferro reaproveitado na síntese de hemoglobina · HEMOSTASIA CONCEITO Hemostasia normal = resultado de um conjunto de processos bem regulados. FUNÇÕES (1) manter o sangue em um estado fluido e livre de coágulos nos vasos normais; (2) induzir, prontamente, um tampão hemostático rápido e localizado em um local de lesão vascular. SEQÜÊNCIA GERAL DO PROCESSO HEMOSTÁTICO NORMAL ALGUMAS ATIVIDADES PRÓ- E ANTICOAGULANTES DAS CÉLULAS ENDOTELIAIS Células endoteliais modulam vários aspectos, freqüentemente oponentes, da hemostasia normal: a) Possuem atividades antiplaquetárias, anticoagulante e fibrinolíticas; b) Após uma lesão ou ativação, são capazes de exercer funções pró- coagulantes. - O endotélio pode ser ativado por: (1) agentes infecciosos, (2) fatores hemodinâmicos, (3) mediadores plasmáticos, (4) citocinas. - O equilíbrio entre as atividades endoteliais antitrombóticas e pró- trombótica determina se ocorrerá formação, propagação ou dissolução do trombo. PLAQUETAS 2 tipos específicos de grânulos: alfa = molécula de aderência P-selectina, fibrinogênio, fibronectina, fator V e vWF, fator plaquetário 4 (quimiocina de ligação à heparina), fator de crescimento transformador- (TGF- ). corpúsculos densos ou grânulos = ADP e ATP, cálcio ionizado, histamina, serotonina e epinefrina. (1) cálcio é imprescindível na cascata de coagulação, (2) ADP: mediador potente da agregação plaquetária e capaz de incentivar a liberação de mais ADP por outras plaquetas. Atividades pró e anticoagulantes das células endoteliais AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA - Sucede à aderência e secreção. -ADP e TXA2 → estimulam a agregação plaquetária → reação autocatalítica (tampão hemostático primário). Com a ativação da cascata da coagulação, trombina é gerada. Trombina (liga-se a um receptor da superfície plaquetária) + ADP e TXA2 = Mais agregação. Contração plaquetária (massa irreversivelmente fundida de plaquetas) = tampão hemostático secundário. Toda a extensão do tampão plaquetário = trombina converte o fibrinogênio fibrina (cimentando as plaquetas no lugar). Trombina é fundamental na formação de trombos = alvo importante para modulação terapêutica do processo trombótico. CASCATA DA COAGULAÇÃO PAPÉIS CENTRAIS DA TROMBINA NA HEMOSTASIA E ATIVAÇÃO CELULAR SISTEMA FIBRINOLÍTICO (ATIVADORES E INIBIDORES DO PLASMINOGÊNIO) TROMBOSE CONCEITO - Oposto patológico da HEMOSTASIA - Ativação excessiva dos processos hemostáticos normais, como a formação de um coágulo sangüíneo (trombo) na vasculatura ou oclusão trombótica de um vaso após uma lesão relativamente pequena. TRÍADE DE VIRCHOW ETIOPATOGENIA Estados de hipercoagulabilidade TROMBOS CARACTERÍSTICAS DOS TROMBOS - Desenvolver-se em qualquer local do sistema cardiovascular - Tamanho e formas variáveis TIPOS DE TROMBOS Arteriais (ou cardíacos) = geralmente começam em um local de lesão endotelial (p.ex.: placas ateroscleróticas) ou turbulência (bifurcação vascular). Trombos murais = tromboses arteriais nas câmaras cardíacas ou na luz aórtica. Uma contração miocárdica anormal (arritmias, miocardiopatia dilatada ou infarto do miocárdio) acarreta trombos murais cardíacos. Costumam ser oclusivos (artérias coronárias, cerebrais e femorais) São branco-acinzentados e friáveis, compostos de uma rede emaranhada de plaquetas, fibrina, eritrócitos e leucócitos em degeneração. Venosos (ou flebotrombose) = áreas de estase. Quase sempre é oclusiva São conhecidos como trombos vermelhos ou de estase Afeta mais comumente as veias dos membros inferiores (90% dos casos) → superficiais ou profundos -Trombos superficiais (em geral no sistema safeno, em particular quando há varicosidades): congestão local, tumefação, dor e sensibilidade ao longo do curso da veia envolvida (raramente embolizam) -Trombos profundos (estase e em uma variedade de estados hipercoaguláveis). A insuficiência cardíaca congestiva é uma razão óbvia para estase na circulação venosa. DESTINO DO TROMBO - Se um paciente sobreviver aos efeitos imediatos de uma obstrução vascular trombótica, os trombos sofrem uma combinação de eventos nos dias e semanas subseqüente: (1) Propagação = o trombo pode acumular mais plaquetas e fibrina (propagar-se), levando então à obstrução do vaso. (2) Embolização = os trombos podem se desprender e seguir para outros locais na vasculatura. (3) Dissolução = os trombos podem ser removidos por atividade fibrinolítica. (4) Organização e recanalização = os trombos podem induzir inflamação e fibrose (organização), podendo até se tornar recanalizados mais tarde, isto é, podem restabelecer o fluxo vascular, ou ser incorporados a uma parede vascular espessada. Trombos brancos = constituídos basicamente de plaquetas , leucócitos e fibrina, estão geralmente associados às alterações endoteliais, sendo mais freqüentes em artérias. Trombos mistos = são os mais comuns. Formados por estratificações fibrinosas (brancas), alternadas com partes de coagulação (vermelhas). Atinge grande tamanho em cavidades pericárdicas. Localizações mais comuns – veias dos membros inferiores, aurículas de coração deficiente, lesões arterioescleróticas QUANTO AO EFEITO DE INTERRUPÇÃO DO FLUXO SANGÜÍNEO · Oclusivos: obstruem totalmente a luz vascular. É relativamente comum tanto nas tromboses arteriais (ateroscleróticas) quanto nas venosas. · Murais, parietais, ou semi-ocludentes: obstruem parcialmente a luz vascular. Comuns na trombose arterial e na cardíaca. · Canalizado: Trombo oclusivo que sofreu proliferação fibroblástica e neovascularização, restabelecendo pelo menos parte do fluxo sangüíneo. · QUANTO À PRESENÇA DE INFECÇÃO · Séptico: quando o trombo sofreu colonização bacteriana ou quando se formou às custas de um processo inflamatório infectado (Ex.: Endocardite valvular). · Asséptico. CORRELAÇÃO CLÍNICA - Os trombos são significativos porque: (1) causam obstrução de artérias e veias (2) são fontes possíveis de êmbolos. - A importância de cada efeito depende do local de ocorrência do trombo. Trombos venosos = podem causar congestão e edema em leitos vasculares distais a uma obstrução, porém, uma conseqüência bem mais grave é que os trombos (que ocorrem nas veias profundas das pernas) são responsáveis por causar embolização pulmonar. Trombos arteriais = embolização, seu papel na obstrução vascular (p.ex.: na produção de infartos miocárdicos ou cerebrais) é bem mais importante. Coagulação Intravascular Disseminada (CID) - Inúmeros distúrbios (desde complicações obstétricas a um câncer avançado), podem ser complicados por CID, o início súbito ou insidioso de trombos de fibrinadisseminados na microcirculação. - Embora esses trombos geralmente sejam invisíveis à inspeção macroscópica, são prontamente evidentes ao microscópio e podem causar insuficiência circulatória difusa, sobretudo no cérebro, pulmão, coração e rins. Disseminated intravascular coagulation (DIC) is a consequence of widespread activation of the coagulation system through endothelial injury and/or release of thromboplastic substances into the circulation. EMBOLIA CONCEITO - Êmbolo é uma massa sólida, líquida ou gasosa intravascular desprendida que é levada pelo sangue a um local distante do seu ponto de origem. - Praticamente 99% de todos os êmbolos representam parte de um trombo desalojado (tromboembolia). - A conseqüência em potencial de tais eventos tromboembólicos é a necrose isquêmica do tecido distal (infarto). TIPOS · Embolia direta: é a mais freqüente. Êmbolos se deslocam no sentido do fluxo sangüíneo. Assim, êmbolos oriundos de artérias ou do lado esquerdo do coração segue para a "árvore arterial sistêmica", na direção dos capilares ("Embolia sistêmica", comum nas endocardites, nas tromboses pós infarto no miocardio, na aterosclerose aórtica). Os "alvos" mais freqüentes são o cérebro, as extremidades, o baço e os rins. Já os êmbolos oriundos de veias ou do lado direito do coração seguem para os pulmões ("Embolia pulmonar"), onde poderão determinar Insuficiência súbita do coração (lado direito) e morte por hipóxia sistêmica. Esta é a forma mais comum e mais letal no ser humano, sendo determinada em 95% dos casos por tromboembolismo dos membros inferiores. · Êmbolos sólidos: São os mais freqüentes. A grande maioria provêm de trombos (fragmentação ou descolamento integral - "tromboembolismo" ou "embolia trombótica"). Além desses, massas neoplásicas, massas bacterianas, larvas e ovos de parasitos e mesmo fragmentos de ateromas ulcerados podem alcançar a circulação e agir como êmbolos. · Êmbolos líquidos: São menos freqüentes. Classicamente têm-se a embolia amniótica e a embolia lipídica ou gordurosa. Na primeira o líquido amniótico é injetado pelas contrações uterinas durante o parto para dentro da circulação venosa, via seios placentários rompidos. A embolia lipídica pode formar êmbolos nas seguintes situações: · Esmagamento ósseo e/ou de tecido adiposo · Queimaduras extensas da pele; · Inflamações agudas e intensas da medula óssea e tecido adiposo (osteomielites e celulites); · Injeção de grandes volumes de substâncias oleosas via endovenosa Êmbolos gasosos: São mais raros. · Dimensões do êmbolo - Êmbolo grande: pode levar a morte súbita por oclusão. - Êmbolo médio: saúde => não altera => circulação colateral Insuficiência respiratória => infarto pulmonar - Êmbolo pequeno: só é perigoso se for múltiplo e repetidos, podendo comprometer a microcirculação pulmonar e causar hipertensão pulmonar. Embolia – Líquido Amniótico Cisticercose cerebral (exemplo de embolia por parasitas) INFARTO Área de necrose isquêmica causada por oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em um determinado tecido. - Infarto tecidual: causa comum e extremamente importante de doença clínica → doenças cardiovasculares (Infarto miocárdico ou cerebral). - Quase 99% dos infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos, e quase todos resultam de oclusão arterial. - Embora a trombose venosa possa causar infarto, com maior freqüência induz apenas obstrução venosa e congestão (anastomoses). TIPOS DE INFARTO - Infartos vermelhos: (1) Oclusões venosas (2) Tecidos frouxos (como o pulmão) (3) Tecidos com circulações duais (p.ex. intestino delgado e pulmão) (4) Tecidos que estavam previamente congestos em virtude de uma drenagem venosa lenta (5) Quando o fluxo é restabelecido em um local de oclusão arterial e necrose prévias (p.ex. fragmentação de um êmbolo oclusivo ou angioplastia de uma lesão trombótica). - Infartos brancos: oclusões arteriais ou em órgãos sólidos (como o coração, baço ou rim) FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DE UM INFARTO (1) Natureza do suprimento vascular: suprimento sangüíneo alternativo → pulmão (artéria brônquica e pulmonar), fígado (artéria hepática e veia porta), mão e antebraço (artérias radial e ulnar) (2) Taxa de desenvolvimento da oclusão: oclusões que se desenvolvem lentamente são menos propensas a causar infarto (vias de perfusão alternativas) (3) Vulnerabilidade a hipóxia: neurônio (3-4’), células miocárdicas (20-30’), fibroblastos dentro do miocárdio (muitas horas). (4) Conteúdo sanguíneo de oxigênio INFARTO DO MIOCÁRDIO Transmural x Subendocárdico CHOQUE (colapso cardiovascular) Hipoperfusão sistêmica causada pela redução do débito cardíaco ou no volume sangüíneo circulante efetivo.
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