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Resenha: De que falamos quando tratamos de direitos humanos: os direitos humanos como processo
Desde 1948 até os dias atuais, a comunidade internacional vem realizando esforços para garantir a todos os direitos humanos. Esses esforços resultaram na criação Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional sobre direitos sociais, Pacto Internacional sobre direitos civis, porém o contexto social, econômico, político e cultural em que surgiram os textos acima citados são bem diferentes do que temos nos dias atuais.
A atual estruturação de tais direitos humanos vem de um universo político absolutamente distinto, marcado pela guerra fria, fazendo com que discussão dos Direitos Humanos ainda seja um grande desafio para o século XXI.
Vivemos em um mundo globalizado que vem sofrendo constantes mudanças e diante de problemas que hoje envolvem, por exemplo, questões ambientais, injustiças provocadas por um comércio e um consumo indiscriminado e desigual, as divergências e intolerâncias culturais, uma cultura de violência e guerras que nos obrigam a pensar e, consequentemente, a apresentar os direitos a partir de uma nova perspectiva, sendo uma adaptações a essas novas questões.
A declaração de direitos humanos nos traz a ideia de que os direitos, são algo que já temos pelo fato de sermos seres humanos independentemente de qualquer condição ou caráter social, uma lista que começa falando dos direitos e termina falando dos direitos, que não nos diz, os bens que tais direitos devem garantir, as condições materiais para exigi-los ou colocá-los em prática e as lutas sociais que devem ser colocadas em prática para garantir um acesso mais justo a uma vida digna. Temos os direitos mesmo antes de ter as capacidades e as condições adequadas para poder exercê-lo, mas a realidade é que a maioria da população mundial não pode exercê-los por falta de condições materiais para isso.
Para Joaquim os direitos humanos são processos; ou seja, o resultado sempre provisório das lutas que os seres humanos colocam em prática para ter acesso aos bens necessários para a vida, isso significa que não são concedidos, mas sim conquistados e os atores e atrizes ao lutarem para ter acesso aos direitos humanos se comprometem a colocar em funcionamento práticas sociais dirigidas a nos dar meios e instrumentos, políticos, sociais, econômicos, culturais ou jurídicos, que nos possibilitem construir as condições materiais e imateriais necessárias para poder viver.
O que foi conquistado é importante e deve ser valorizado, mas essa compreensão de que os direitos humanos já estão prontos e registrados em tratados e convenções, traz uma preocupação, pois assim sendo, não há mais o que se avançar. Não obstante, leva a uma ideia de que não são necessários novos direitos, não ocorre um questionamento e uma reflexão acerca daquilo que já foi alcançado.
Ainda hoje há muito que ser conquistado o que atesta a necessidade de que a luta pelos direitos nunca acabem.

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