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Restropectiva epidemio

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RETROSPECTIVA EPIDEMIOLOGIA 
Jonh Snow: 
 
 Em meio ao surto de cólera, ele descobriu que o que 
esta infectando as pessoas era a ingestão de água 
contaminada com materiais fecais, visando o fato de 
que quantidade de infectado se dava próximo aos 
locais que tinha poços. Este poço onde havia maior 
incidência da doença era o de Broand Streer, ele assim 
indicou que fosse fechado o poço, onde foram 
diminuindo os casos de cóleras, tendo um marco 
significante para a epidemiologia; 
 
 Ele é considerado o pai da epidemiologia; 
 
 Rejeitou a hipótese de caráter miasmático da 
transmissão; 
 
 Desenvolveu a teoria sobre o modo de transmissão do 
cólera; 
 
 Antes que pudesse combater o cólera, Snow 
direcionara sua atenção para uma das maiores 
deficiências da Medicina – o controle da dor. O 
conhecimento profundo que adquirira a respeito do 
uso adequado do éter e do clorofórmio o elevara a um 
novo patamar na comunidade médica londrina, 
tornando-se o primeiro médico anestesiologista. Sua 
fama ganhou enorme impulso quando foi chamado 
para ser o anestesista da rainha Vitória em dois de 
seus partos; 
 
 Snow concluiu que “a doença era causada por algum 
agente que passava do doente para o são e tem a 
propriedade de se multiplicar no organismo”. A tese 
foi motivo de deboche entre seus colegas e na 
imprensa. Somente muitos anos depois, seu mérito foi 
reconhecido. O agente causador do cólera, o vibrio 
cholerae, somente foi descrito, por Robert Koch, quase 
30 anos depois, em 1883. 
 
A Talidomida: 
 
 Serviu como divisor de águas na regulação de 
medicamentos; 
 
 Ela ofereceu um trágico exemplo de necessidade de 
maior regulação para evitar a utilização de drogas 
prejudiciais á saúde e comunicar adequadamente os 
riscos dos medicamentos, por isso então, é 
considerada o maior desastre da história da medicina; 
 
 Ficou conhecida como droga mágica; 
 
 Foi descoberta por Wilhelm Kunnz; 
 
 Foi utilizada como sedativo e hipnótico, utilizada para 
tratamento de insônia; 
 
 Na época, foi considerada segura para administração 
em gestantes. 
 
 
 
O Dicionário Epidemiológico: 
 
 Jonh Last foi o responsável pela criação do dicionário; 
 Define epidemiologia como “estudo da distribuição e 
dos fatores determinantes de estados relacionados a 
saúde ou a eventos em população específica”; 
 
 O dicionário revelou-se um instrumento importante 
para a dinâmica da epidemiologia. 
 
Importância da Epidemiologia: 
 
 Serve para produção de conhecimento e intervenções, 
como o controle, preveção e avaliação. 
 
Domesticação e Métodos primitivos de Cura: 
 
 1º período – contato entre animais e homens; há 
determinado aumento da urbanização; os animais 
são visto como fonte de alimento; 
2º período – momento de especializações 
veterinárias; 
3º período – as pestes se tornam comuns e com isso, 
se tem o aumento da mortalidade; 
4º período – ocorre a aceitação de teorias 
microbianas. 
 
Base da Epidemiologia: 
 
 Possui uma base em investigação de doenças em 
populações; 
 
 O uso da epidemiologia se da no controle e na 
vigilância, e investigação de doenças infecciosas; 
 
 Para a Epidemiologia, a Matemática serve 
ideologicamente como um poderoso mito de razão, 
indispensável para o confronto com a "experiência 
clínica" ou a "demonstração experimentar" enquanto 
supostos fundamentos da pesquisa médica; 
 
 O pilar da epidemiologia: ciência biológicas 
(imunologia, microbiologia, patologia), ciências 
sociais (organização da sociedade) e a estatística 
(planejamento e analise de informações). 
 
Tríade Epidemiológica: 
 
 A tríade se da por: AGENTE ETIOLOGICO + 
HOSPEDEIRO + AMBIENTE; 
 
 A “Tríade Epidemiológica” é o modelo tradicional de 
causalidade das doenças transmissíveis, no qual a 
doença é o resultado da interação entre o agente, o 
hospedeiro suscetível e o ambiente. Relativo a isto 
podemos afirmar que os fatores ambientais englobam 
exclusivamente o ambiente físico; 
 
 O triângulo epidemiológico ou simplesmente tríade é 
um tradicional modelo de estudo das causas e efeitos 
das doenças infectocontagiosas. São avaliados: os 
agentes externos, a susceptibilidade dos hospedeiros 
e o ambiente de forma geral. Neste modelo, o 
ambiente influencia o agente, o hospedeiro, e a via de 
transmissão do agente a partir de uma fonte para o 
hospedeiro; 
 
 Fatores do agente: os agentes envolvidos geralmente 
são microrganismos infecciosos (vírus, bactéria, 
parasita ou fungos). Geralmente, esses agentes 
devem estar presentes para que ocorra a doença, ou 
seja, são necessários, mas nem sempre são suficientes 
para causar doença; 
 
 Fatores dos hospedeiros : fatores intrínsecos do 
hospedeiro são fatores que influenciam um indivíduo 
da exposição, sensibilidade, ou resposta a um agente 
causal. Idade, espécie, raça, sexo, status imunológico, 
genética são apenas alguns dos muitos fatores que 
afetam um indivíduo na probabilidade de exposição a 
um agente; 
 
 Fatores ambientais: os fatores ambientais são fatores 
extrínsecos que afetam o agente e as oportunidades 
para exposição. Geralmente, os fatores ambientais 
incluem fatores físicos, tais como geologia, clima, e 
meio físico (por exemplo, currais, exposições 
agropecuárias). 
 
História Natural da Doença: 
 
 Ela ocorre em desequilíbrio da tríade, e assim é dita 
como as interações do a agente, do suscetível e do 
meio ambiente que afetam o processo global e seu 
desenvolvimento, passando pela resposta do homem 
ao estímulo, ate as alterações que levam a um defeito; 
 
 O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro 
suscetível a um agente causal e termina com a 
recuperação, deficiência ou óbito; 
 
 História natural da doença refere-se à evolução de 
uma doença no indivíduo através do tempo, na 
ausência de intervenção; 
 
 Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o 
tempo que transcorre desde a infecção até que a 
pessoa se torne infectada. O período de incubação é o 
tempo que transcorre desde a infecção até a 
apresentação dos sintomas. No caso das doenças não 
transmissíveis, a terminologia difere um pouco e se 
considera que o período de latência corresponde ao 
período que transcorre entre o desenvolvimento da 
doença subclínica até a apresentação de sintomas; 
 
 FATORES SÓCIO-POLÍTICO:identicamente ao que 
acontecer com os fatores econômicos, os fatores 
políticos são indissociáveis da totalidade que os 
condiciona. Sob o nosso ponto de vista, são os 
seguintes alguns dos fatores políticos que devem ser 
fortemente considerados ao se analisarem as 
condições de pré-patogênese ao nível do 
social:instrumentação jurídico-legal; decisão política; 
higidez política; 
 FATORES SÓCIO-CULTURAIS: no contexto do 
social, devem ser citados preconceitos e hábitos 
culturais, crendices, comportamentos e valores, 
valendo como fatores pré-patogênicos contribuintes 
para a difusão e manutenção de doenças. Vale a pena 
citar como exemplo de padrão externo de 
comportamento, com características pré-patogênicas; 
FATORES PSICOSSOCIAIS: dentre os fatores 
psicossociais aos quais pode ser imputada a 
característica de pré-patogênese, encontram-se: 
marginalidade, ausência de relações parentais 
estáveis, desconexão em relação à cultura de origem, 
falta de apoio no contexto social em que se vive, 
condições de trabalho extenuantes ou estressantes, 
promiscuidade, transtornos econômicos, sociais ou 
pessoais; 
FATORES SÓCIO-ECONÔMICOS: existe uma associação 
inversa, que não é somente de ordem estatística, entre 
capacidade econômica e probabilidade de adquirir 
doença. 
 
Cadeia Epidemiológica: 
 
Índices Epidemiológicos: 
 
 Morbidade: conjunto de indivíduos que adoeceram 
num determinado intervalo de tempo, numa 
determinada população exposta; 
Incidência: intensidade da doença (novos casos); 
Prevalência: número total de casos da doença na população 
(força da doença); 
Taxa de ataque: coeficiente de uma doença em um grupo 
expostoao mesmo risco (surtos); 
 
 Mortalidade: conjunto de indivíduos que morreram 
num determinado intervalo de tempo, numa 
determinada população exposta; 
Letalidade: total de óbitos numa população exposta ao risco; 
Taxa geral: número de óbitos e pessoas acometidas por uma 
determinada doença (gravidade). 
 
Tipos de Enfermidades: 
 
 Endêmica: é algo esperado. Doenças que ocorre com 
freqüência em uma região. É típica; 
 
 Epidêmica: é algo ocorrido de forma inesperada. O 
aimento do número de casos, de determinada doença, 
ultrapassa o limite de uma região; 
 
 Pândemica: pode se tornar uma catrástofe. São 
extremamente letais. Há aumento no número de casos 
de dada doença, que ultrapassa países e continentes. 
 
 
 
 
 
Objetivos da Epidemiologia: 
 
 Determinação da origem da doença de causa 
conhecida; 
 
 Investigação e controle da doença de causa 
desconhecida ou pouco conhecida; 
 
 Aquisição de informações da ecologia e da história 
natural da doença; 
 
 Planejamento e monitoramento de programas de 
controle da doença; 
 
 Avaliação econômica dos efeitos da doença e dos 
custos e benefícios das campanhas alternativas de 
controle. 
 
Tipos de Investigações epidemiológicas: 
 
 Descritiva: Observações e registros; Descrevem 
padrões de ocorrência; Elaboração de hipóteses a 
serem testadas; Teoria de Darwin; 
 
 Analítico: Análise das observações realizadas; Testes 
diagnósticos; Testes estatísticos; 
 
 Experimental: Desenvolveu-se em 1920 e 1930; 
Animais de laboratório (vida tem duração curta) 
estudo do comportamento de doenças epidêmicas. 
Importância da proporção de indivíduos suscetíveis na 
população. Controle de grupos. Primeiras hipóteses de 
transmissão de doenças por alimentos; 
 
 Teórica: Representação da doença usando modelos 
matemáticos; Simular padrões naturais da ocorrência 
da doença. 
 
Fatores Determinantes da Doença: 
 
 Endógenos: fatores determinates que são modelos ao 
organismo e estabelecem a receptividade, como a 
herança genética, anatômica, fisiológica, etc; 
 
 Exógenos: fatores determinantes que dizem respeito 
ao ambiente, como o ambiente biológico, físico, 
natural, etc; 
 
 Primários: são causas necessárias. São fatores que 
exercem maiores efeitos na indução da doença – vírus 
de cinemões, cinomose canina; 
 
 Secundários: fatores predisponentes, que reforçam e 
habilitam os animais a desenvolver a doença – 
hipomagnesia; 
 
 Intrínsecos: são os determinantes internos/endógenos 
ao hospedeiro – genética, raça, sexo; 
 
 Extrínsecos: são os determinates externos/exógenos 
ao hospedeiro – traumas, acidentes e transporte. 
 
 
 
 
Fatores Relacionados aos Agentes: 
 
 Virulência: é a capacidade do agente infeccioso de 
produzir casos graves e fatais; 
 
 Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de 
poder alojar-se e multiplicar-se dentro de um 
hospedeiro; 
 
 Patogenicidade: é a capacidade de um agente 
infeccioso de produzir doença em pessoas infectadas. 
 
Estudos Epidemiológicos: 
 
 Relato de caso ou série de casos: apenas um ou 
número pequeno de pacientes. Não compara, apenas 
descreve. Costuma descrever assuntos pouco 
esclarecidos. Uso de casos raros; 
 
 Transversal: doença e exposição. Medidas 
simultaneamente ou em curto período de tempo. 
Observacional, que analiza dados coletados ao longo 
do tempo de um período de tempo; 
 
 Ecológico: focaliza a comparação de grupos ao invés 
de induviduos; 
 
 Caso controle: modelo retrospectivo onde 
participantes são selecionados entre indivíduos que já 
tem a doença/casos e entre indivíduos que não 
tem/controle; 
 
 Coorte: indivíduos são classificados/selecionados 
segundo a status de exposição (expostos e não 
expostos) sendo seguidos para avaliar a incidência da 
doença em determinado tempo; 
 
 Ensaio clínico: experimentos controlado em 
voluntários para avaliar a segurança e eficiência de 
tratamentos ou intervenção contra doenças; 
 
 Correlação: variantes relacionadas ao mesmo 
problema. 
 
Evolução da Infecção: 
 
 Portador incubador: são os animais que secretam o 
agente etiológico durante o período incubatório da 
doença; 
 
 Portador convalescente: são animais que eliminam os 
agentes etiológicos quando estam se recuperando da 
doença; 
 
 Agente patogênico: organismo que produz infecção ou 
doença infecciosa nos hospedeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colonização Microbiana do Hospedeiro: 
 
 Patógeno exógeno: não são encontrados no 
hospedeiro. São adquiridos a partir de um animal 
infectado e produzem a doença; 
 
 Patógeno endógeno: encontrados em animais 
saudáveis. Causam doenças, a mesma que o 
hospedeiro seja submetido a situação de estresse; 
 
 Patógeno oportunista: quando alguns microrganismos 
causam doenças apenas quando o hospedeiro esta 
com baixa resistência. 
 
Displasia Coxofemural: 
 
 Sua transmissão é hereditária, recessiva, intermitente 
e poligênica. Fatores nutricionais, biomecânicos e de 
meio ambiente, associados à hereditariedade, pioram 
a condição da dysplasia; 
 
 A Displasia Coxofemoral (DCF) caracteriza-se por ser 
de natureza poligênica, quantitativa, multifatorial e 
extremamente complexa, que comumente resulta em 
alterações degenerativas irreversíveis; 
 
 É uma enfermidade articular freqüente em cães, 
principalmente em raças de médio e grande portes, 
como pastor alemão, labrador retriever, dogue 
alemão, rottweiler, entre outros; 
 
 Pode ser assintomática ou sintomática; 
 
 O diagnóstico definitivo é feito somente através do 
exame radiográfico, obedecendo padrões de execução 
e interpretação; 
 
 A displasia coxofemoral canina ou displasia de quadril 
canina é uma doença de má-formação genética, com 
degeneração da articulação do quadril dos cães e que 
envolve principalmente estruturas como a cabeça do 
fêmur, a cápsula articular e o acetábulo (local onde se 
encaixa a cabeça femoral); 
 
 Não apresenta predisposição quanto ao sexo, acomete 
machos e fêmeas igualmente, pode afetar uma ou 
ambas as articulações (mais comum); 
 
 Trata-se de uma doença genética sendo portanto 
transmitida de pai para filho, assim, é necessário que o 
macho ou a fêmea tenha a doença ou pelo menos o 
gene recessivo para que os filhotes apresentem a 
displasia. A genética não é o único fator determinante 
da doença, o ambiente e a forma de manejo do animal 
também interferem no aparecimento da deformidade 
articular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos principais para chegar na hipótese: 
 
 Método da diferença: frequência da doença é 
diferente em duas circunstancias diferentes e um fator 
está presente numa, porém ausente noutra. – Fator 
causal – Encefalopatia espongiforme bovina (doença 
da vaca loca); 
 
 Método de concordância: se um fator é comum em 
diferentes circunstancias onde a doença está presente, 
esse fator pode ser o fator causal dela - Hiperquertose 
bovina; 
 
 Método da variação concominante: a frequência do 
agravo varia de acordo com o fator causal suspeito; 
 
 Método da analogia: o modo de transmissão de uma 
doença de etiologia desconhecida pode ter um padrão 
similar a de um agravo conhecido. O que sugere 
mecanismo de transmissão e etiologia similares - 
Capim Kikuyu. 
 
Estrutura de população animal: 
 
 População contígua: é aquela na qual há muito 
contato entre os animais de uma população e 
membros de outras populações. Predispõe a 
transferência e persistência de doenças infeciosas em 
grandes áreas; 
 
 População separada: 
 Fechada: não há movimento de animais para dentro ou 
fora da unidade (exceto abatedouro); 
 Aberta: há movimentação limitada de animais para 
dentro ou fora da unidade. 
 
 
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