Buscar

Monografia - Responsabilidade civil ambiental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE DIREITO
RESPONSABILIDADE CIVIL DO DANO AMBIENTAL
BELO HORIZONTE
2011
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal o estudo da responsabilidade civil ambiental, partindo da contextualização do que consiste o Direito Ambiental, apresentando a conceituação de meio ambiente e de dano ambiental, afim de analisar as hipóteses em que o causador do dano ambiental será responsabilizado, bem como quais são as formas de responsabilidade positivada pela Constituição e pelas Leis infraconstitucionais que tratam a matéria, e ainda quais são os meios processuais disponíveis no ordenamento jurídico nacional para garantir a defesa do meio ambiente.
Palavras-chave: Meio ambiente. Dano ambiental. Responsabilidade civil ambiental. 
ABSTRACT
The present work has as main objective the study of environmental liability, based on the context which consists of Environmental Law, with the concept of environment and environmental damage. In order to analyze the case where thecause of environmental damage will be held accountable, and what are theforms of liability positivity by the Constitution and the Laws that deal with the matter infra, and also what are the remedies available in national law to ensureenvironmental protection.
Keywords: Environment. Environmental damage. Environmental Liability.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO DE DEREITO AMBIENTAL
3 CONCEITO DE DANO AMBIENTAL
4 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
5 DO RISCO AMBIENTAL - TEORIA DO RISCO
6 DA RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
7 da responsabilidade de previnir
8 MEIOS PROCESSUAIS PARA DEFESA DO MEIO AMBIENTA
9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Vivemos em um período em que todos têm conclamado pela defesa e preservação do meio ambiente, estamos na era da sustentabilidade, a qual remete a um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema, para as gerações presentes e futuras.
Por essa razão, o estudo da questão referente à responsabilidade civil por danos ambiental é de extrema relevância, uma vez que a degradação do meio ambiente coloca em risco o equilíbrio ecológico, a qualidade do meio ambiente em todos os elementos essenciais à vida humana e a preservação da sadia qualidade de vida que envolve: saúde, bem-estar, segurança da população.
O ramo do direito que irá cuidar desses aspectos será o Direito Ambiental que compreende um conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organizados para assegurar a defesa do meio ambiente.
Tendo em vista a ampla proteção que se pretende dar ao meio ambiente, dada a sua importância para a vida humana, o ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81 quanto no artigo 225 da Constituição Federal. 
A opção do legislador brasileiro pela teoria objetiva é um importante passo para o sistema de prevenção e repressão dos danos ambientais, pois essa tende a alcançar certos danos, que não seriam reparados pelo critério tradicional da culpa - teoria subjetiva.
2 CONCEITO DE DIREITO AMBIENTAL
Pode se definir Direito Ambiental como o conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organicamente estruturados, para assegurar um comportamento que não atente contra a sanidade mínima do meio ambiente (FERRAZ).
Machado (2010) vai mais além na sua definição para Direito ambiental, afirmando que: O Direito Ambiental é um Direito sistematizador, que faz a articulação da legislação, da doutrina e da jurisprudência concernentes aos elementos que integram o ambiente. Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua abordagem antagônica. Não se trata mais de construir um Direito das águas, do solo, da atmosfera ou um Direito da biodiversidade. O direito ambiental não ignora o que cada matéria tem de específico, mas busca interligar esses temas com a argamassa da identidade dos instrumentos jurídicos de prevenção e reparação, de informação de monitoramento e de participação.
Nesse diapasão importante se faz destacar o conceito de meio ambiente. A definição legal de meio ambiente consta do art. 3º, I, da Lei n. 6.938/81 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente: 
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas
Com efeito, pode-se afirmar que a Constituição da República de 1988 também busca a tutela do meio ambiente natural, artificial, cultura e do trabalho, os quais podem ser conceituados da seguinte maneira:
Meio ambiente natural ou físico: É constituído pela atmosfera, pelos elementos da biosfera, pelas águas (inclusive pelo mar territorial), pelo solo, pelo subsolo (inclusive recursos minerais), pela fauna e flora. Concentra o fenômeno da homeostase, consistente no equilíbrio dinâmico entre os seres vivos e meio em que vivem;
Meio ambiente artificial: é compreendido pelo espaço urbano construído, consistente no conjunto de edificação (chamado de espaço urbano fechado), e pelos equipamentos públicos (espaço urbano aberto);
Meio ambiente cultural: é integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico, que embora artificial, em regra, como obra do homem, difere do anterior (que também é cultural) pelo sentido de valor especial.
Meio ambiente do trabalho: Constituído pelo local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais relacionadas à saúde, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente da condição que ostentem (homens, ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetista, servidores públicos, autônomos etc.). Caracteriza-se pelo complexo de bens imóveis e móveis de uma empresa ou sociedade, objeto de direitos subjetivos privados e invioláveis da saúde e da integridade física dos trabalhadores que a freqüentam. (FIORILLO, 2010, p. 72 e 73)
Logo, segundo melhor doutrina, meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. E o Direito Ambiental por sua vez, é o conjunto de normas e institutos jurídicos pertencentes a vários ramos do Direito, reunidos por sua função instrumental para a disciplina o comportamento do homem em relação ao seu meio ambiente.
3 CONCEITO DE DANO AMBIENTAL
Não encontramos no ordenamento jurídico brasileiro uma definição expressa do termo dano ambiental, pois a legislação ambiental utiliza as seguintes expressões: poluidor, degradação ambiental e poluição.
A Lei 6.938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelece no seu artigo 3, inciso IV que poluidor “é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,responsável,direta ou indiretamente,por atividade causadora de degradação ambiental”. Ainda, conceitua a degradação ambiental como a “alteração adversa das características do meio ambiente” (inciso II, do artigo 3 da citada lei).
Em sendo assim, é importante mencionar a definição legal de poluição prevista no artigo 1º, da Lei 6.938/81: 
“Poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante das atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudicam a saúde e o bem estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”
Como se vê, a legislação define poluidor como a pessoa, física ou jurídica, causadora da degradação ambiental, por conseguinte, poluidor é o degradadorambiental ou a pessoa que altera adversamente as características do ambiente. O tratamento legal atribuído a esses conceitos jurídicos (poluidor, poluição e degradação ambiental) dá ensejo a afirmação de que a poluição não está restrita à alteração do meio natural, portanto, o meio ambiente a ser considerado pode ser tanto o natural quanto o cultural e o artificial.
Para Paulo Bessa Antunes dano é o prejuízo - uma alteração negativa da situação jurídica, material ou moral - causado a alguém por um terceiro que se vê obrigado ao ressarcimento. A doutrina civilista tem entendido que só é passível de ressarcimento o dano que preencha aos requisitos da certeza, atualidade e subsistência.O dano ambiental, é o prejuízo ao meio ambiente
Sendo assim, pode se concluir que para fins de reparação, dano ambiental é o dano decorrente de atividade poluente que tem como pressuposto básico o prejuízo patrimonial ou não patrimonial causado a outrem. 
4 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Conforme Caio Mário (2000, p. 1) o termo responsabilidade civil foi construído ao longo de casos em espécie, decisões dos juízes, resposta a jurisconsultos, sendo difícil precisar o marco histórico deste instituto.
A responsabilidade civil consiste na efetivação da reparabilidade abstrata do dano em relação a um sujeito passivo da relação jurídica que se forma. Neste conceito estará sempre presente o binômio reparação e sujeito passivo. Neste ponto não importa se o fundamento é a culpa, ou se é independente desta. Em qualquer circunstância, onde houver a subordinação de um sujeito passivo à determinação de um dever de ressarcimento, aí estará a responsabilidade civil.
Na responsabilidade civil estará presente uma finalidade punitiva ao infrator aliada a uma necessidade que eu designo como pedagógica, a que não é estranha à idéia de garantia para a vítima, e de solidariedade que a sociedade humana lhe deva prestar. (PEREIRA, 2000, p. 11)
Nesse sentido eis que surgem duas teorias para justificar obrigação da reparação do dano, são elas: a responsabilidade objetiva que diz respeito à culpa, ou ausência de culpa e se concentra mais na teoria do risco, e a responsabilidade subjetiva – teoria da culpa. A primeira será abordada mais detidamente no tópico seguinte, quanto a responsabilidade subjetiva tem-se as seguintes considerações a fazer:
O ordenamento jurídico brasileiro trabalha como regra geral com a Responsabilidade Civil Subjetiva, ou seja, para que possa surgir a necessidade de qualquer reparação deve restar comprovada a existência de culpa, tal preceito surge expresso no Código Civil/2002 no seu artigo 186.
Do qual pode-se depreender que a ação do agente deve ser voluntária, negligente ou imprudente, portanto necessário se faz a comprovação da culpa.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
A responsabilidade subjetiva, portanto, funda-se na idéia de culpa e de dolo, sendo que com relação a este último, sempre haverá responsabilidade.
Assim considerando, a teoria da responsabilidade subjetiva assenta em pressuposto da obrigação de indenizar, ou de reparar o dano, o comportamento culposo do agente, ou simplesmente a sua culpa, abrangendo no seu contexto a culpa propriamente dita e o dolo do agente.
5 DO RISCO AMBIENTAL - TEORIA DO RISCO
Para fundamentar a responsabilidade civil do dano ambiental existem algumas teorias, dentre as quais, destaca-se a Teoria do Risco, que se divide em várias outras classificações de acordo com à modalidade do risco. Na presente pesquisa será limitado o estudo das duas consideradas as mais importantes, a saber: Teoria do Risco Criado e Teoria do Risco Integral. 
Para a Teoria do Risco Criado, apenas os responsáveis por atividades que intrinsecamente geram algum perigo ou que possam efetivamente gerar lesão ao meio ambiente poderão responder objetivamente. Contudo, essa regra não é absoluta, pois nas situações em que a atividade não apresenta potencialidade de dano ambiental, admite-se excludentes de responsabilidade, como são os casos de, caso fortuito ou de força maior, que conforme melhor doutrina a noção dessa excludente decorre de dois elementos: um interno, de caráter objetivo, ou seja, a inevitabilidade do evento; outro externo, ou subjetivo, a ausência de culpa (MEDEIROS, citado por MACHAD, 2010, p. 377-378)
Por sua vez, a teoria do risco integral é a modalidade mais extremada da teoria do risco, pois essa teoria sugere a inaplicabilidade das excludentes de responsabilidade e a obrigação de reparar decorre apenas do fato dano. 
O Brasil adotou em matéria de direito ambiental a teoria da responsabilidade civil objetiva, sendo assim, não é necessário à comprovação da culpa para que haja a obrigação de indenizar. A responsabilidade civil objetiva foi fundamentada na teoria do risco integral. A vinculação da responsabilidade objetiva à teoria do risco integral é a forma mais rigorosa de imputação de responsabilidade por dano ambiental, tendo em vista que, segundo essa teoria o dever de indenizar existe quando ocorre o dano, mesmo nos casos de culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior.
A vinculação da responsabilidade objetiva à teoria do risco integral expressa a
grande preocupação dos doutrinadores brasileiros em estabelecer um sistema de responsabilidade o mais rigoroso possível, o que se justifica em face do alarmante quadro de degradação existente no Brasil.(BARACHO, 2000, p. 322).
Segundo Edis Milaré:
A adoção da teoria do risco da atividade, da qual decorre a responsabilidade objetiva, traz como conseqüências principais para que haja o dever de indenizar: a) a prescindibilidade de investigação da culpa; b) a irrelevância da licitude da atividade; c) a inaplicação das causas de exclusão da responsabilidade civil. (MILARÉ, 2005, p.834).
Ainda sobre o assunto Edis Milaré entende que: “segundo a teoria do risco integral, qualquer fato, culposo ou não-culposo, impõe ao agente a reparação, desde que cause um dano” (MILARÉ, 2005, p.827).
A primeira conseqüência que se pode observar da adoção da responsabilidade civil objetiva ambiental fundamentada na teoria do risco da atividade, é a dispensa de investigação de culpa, consistente em que, não há a necessidade de verificar a discussão da culpa do poluidor, ou seja, basta que a conduta do agente tenha contribuído para o prejuízo. A obrigação de investigação e de indenizar decorre da mera ocorrência de um resultado prejudicial ao meio ambiente, sem qualquer aferição subjetiva da contribuição da conduta do poluidor para a realização da lesão ao meio ambiente. Outra conseqüência é a irrelevância da licitude da atividade, uma simples lesão ao meio ambiente é suficiente para caracterizar a responsabilização do poluidor, pois não se indaga da licitude ou não da atividade. Para a responsabilização do agente não se contempla se a atividade desenvolvida é legal ou ilegal basta à comprovação da “potencialidade de dano que a atividade possa trazer aos bens ambientais”. Por fim, a terceira conseqüência, pela inaplicação das causas de exclusão de responsabilidade civil, as excludentes de responsabilidade, como o caso fortuito e a força maior, não serão invocadas como causas exonerativas de responsabilidade.
A grande vantagem da adoção da teoria do risco integral para o Direito Ambiental é a não admissão das excludentes de responsabilidade civil e a independência na análise se a atividade desenvolvida pelo agente é lícita ou ilícita, pois mesmo a licitude da atividade desenvolvida pelo agente não lhe isenta da obrigação de reparar e responder pelo dano causado ao meio ambiente.
Diante disso, pela teoria do risco integral o poluidor deve arcar com todos os riscos advindos de sua atividade, ele assume todo risco do empreendimento, visto que, o simples fato de existir a atividade enseja o dever de reparar o dano ambiental, uma vez provado a relação causal entre a atividade e o dano dela decorrente.
O tema responsabilidadecivil ambiental, a despeito de seu indiscutível caráter objetivo, ainda é sede de muitas controvérsias, no que tange ao tipo de teoria do risco adotada à espécie. Toshio Mukai conclui em sua obra,Direito ambiental sistematizado (2002, p. 61-65), após análise dos dispositivos legais, de posições doutrinárias e jurisprudenciais, que a responsabilidade objetiva pelos danos ambientais é a da modalidade do risco criado (admitindo as excludentes da culpa da vítima, da força maior ou do caso fortuito).
Embora o posicionamento me MUKAI tenha relevância jurídica, o entendimento crescente de que o bem jurídico protegido, ou seja, o meio ambiente, já ultrapassou em muito a esfera do interesse individual, chegou à categoria de interesse coletivo e, agora, já alcança o status de interesse da humanidade, a adoção da teoria do risco integral; parece ser a mais adequada.
6 DA RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL 
O artigo 225, § 3º da Constituição Federal previu a tríplice responsabilidade do poluidor do meio ambiente: a sanção penal, por conta da chamada responsabilidade penal (ou responsabilidade criminal), a sanção administrativa, em decorrência da denominada responsabilidade administrativa, e a sanção civil, em razão da responsabilidade vinculada à obrigação de reparar danos causados ao meio ambiente (FIORILLO, 2010).
Conforme afirma Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2010, p. 124):
Num primeiro ponto de análise, temos que os ilícitos civil, administrativo e penal encontram-se absortos num mesmo conceito: a antijuridicidade. Inexiste uma distinção embrionária; todos os tipos estão relacionados como uma reação do ordenamento jurídico contra a antijuridicidade praticada. Todavia, há diferenças entre essas três penalidades. Dentre os critérios identificadores da natureza dos ilícitos, podemos indicar: a) o reconhecimento do objeto tutelado por cada um; e b) o reconhecimento do órgão que imporá a respectiva sanção.
Com efeito, afirma o referido autor que o elemento identificador da sanção, é o objeto precípuo de tutela, ou seja, se tratar de sanção administrativa é porque o objeto principal é de interesse da administração. O elemento de distinção da sanção administrativa com os demais tipos – civil e penal – se da no regime jurídico a que está sujeita.
A sanção civil, via de regra, visa uma limitação patrimonial, enquanto a penal normalmente importa numa limitação da liberdade, perda de bens, multa, prestação social ou suspensão/interdição de direitos.
Importante se faz destacar mais detalhadamente a distinção entre o ilícito civil e o ilícito penal no dano ambiental. A distinção fundamental, trazida pelos doutrinadores, está baseada numa sopesagem de valores, estabelecida pelo legislador, ao determinar que certo fato fosse contemplado com uma sanção penal, enquanto outro com sanção civil ou administrativa (FIORILLO, 2010, p. 138)
Conforme Nélson Hungria citado por Fiorillo (2010, p. 138):
O ilícito penal é a violação do ordenamento jurídico contra a qual, pela sua intensidade ou gravidade, a única sanção adequada é a penal, enquanto o ilícito civil é a violação da ordem jurídica para cuja debelação bastam as sanções atenuadas da indenização, execução forçada, restrição in specie, breve prisão coercitiva, anulação do ato etc.
Como se observa, a distinção está concentrada essencialmente aos valores atribuídos a determinadas condutas, em vista das circunstâncias da época, da potencialidade do dano objetivo e do clamor social.
Não obstante a previsão de sanções administrativas, penais e civis, inexiste bis in idem, pois o art. 225, § 3º da CR/88, ao preceituar que as condutas e atividade lesivas ao meio ambiente sujeitarão seus infratores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, a infração penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados, consagra a regra da cumulatividade das sanções, até mesmo porque, como já salientado, as sanções penais, civis e administrativas, além de tutelarem bens distintos, estão sujeitos a regimes jurídicos diversos.
Ainda de acordo com o art. 225, §3º da CR/88, pode-se depreender que a responsabilidade civil pelos danos causados ao meio ambiente é do tipo objetiva, eis que a obrigação de reparar os danos causado ao meio ambiente, independe de qualquer elemento subjetivo para a configuração da responsabilidade civil. 
Conforme inteligência do artigo 14, §1º da Lei 6.938/81, recepcionado pela Constituição Federal de 1988, em se tratando de dano ao meio ambiente, incluído nesse todos os seres humanos que o integram e que tenham sido afetados pela atividade degradadora, não se aprecia subjetivamente a conduta do poluidor, mas a ocorrência do resultado prejudicial ao homem e seu ambiente.
Art. 14 Sem obstar à aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
A responsabilidade jurídica atualmente orienta-se para os seus objetivos que são aqueles do Direito, qual seja, a utilidade social e a justiça em relação às partes em conflito.
Conforme assinala MACHADO (2010, p. 361):
A atividade poluente acaba sendo uma apropriação pelo poluidor dos direitos de outrem, pois na realidade a emissão de poluente representa um confisco do direito de alguém em respirar ar puro, beber água saudável e viver com tranqüilidade. Por isso, é imperioso que se analisem oportunamente as modalidades de reparação do dano ecológico, pois muitas vezes não basta indenizar, mas fazer cessar a causa do mal, pois um carrinho de dinheiro não substitui o sono recuperador, a saúde dos brônquios, ou a boa formação do feto. 
Dessa forma a responsabilidade objetiva, significa que quem danificar o meio ambiente tem o dever jurídico de repará-lo. Restando presente o binômio dano e recuperação. Não existe nesse caso a necessidade de se perguntar a razão da degradação para que haja o dever de indenizar ou de reparar. Não interessa para tanto, qual é o tipo de obra ou atividade, busca-se quem foi atingido e se foi o meio ambiente ou o homem, inicia-se o processo lógico-jurídico da imputação civil objetiva ambiental.
Tal procedimento encontra guarida no art. 927, parágrafo único, do Código Civil de 2.002, in verbis:
Art.927 Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implicar por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Insta destacar os ensinamentos de MACHADO (2010, p. 362) a cerca do dispositivo supracitado:
Já temos a Lei 6.938/81, que institui a responsabilidade sem culpa. Quanto à segunda parte, quando nos defrontamos com atividades de risco, cujo regime de responsabilidade não tenha sido especificado em lei, o juiz analisará, caso a caso, ou o Poder Público fará a classificação dessas atividades. É a responsabilidade pelo risco da atividade. Na conceituação do risco aplicam-se os princípios da precaução, da prevenção e da reparação.
Assim, na responsabilidade civil objetiva basta a existência do dano e o nexo de causalidade com a fonte poluidora, porque não há necessidade da demonstração da culpa.
LANFREDI (2001) aponta três pressupostos para a responsabilidade civil: “ação lesiva, isto é a interferência na esfera de valores de outrem, decorrente de ação ou omissão, o dano, moral ou patrimonial, e o nexo causal, ou relação de causa e efeito entre o dano e a ação do agente”. 
A prova do nexo causal compromete a eficácia da responsabilidade objetiva no direito do ambiente, porque o estabelecimento do liame de causalidade é de grande dificuldade para a vítima interessada na reparação do dano. Isso se dá em função de dois fatores: os danos ambientais têm efeitos difusos e a relação entre o poluidor e a vítima é, via de regra, indireta e mediata. Por isso, em setratando de dano ambiental, a inversão do ônus da prova é bastante apropriada para se provar o nexo de causalidade, pois transfere-se para o potencial poluidor o dever de provar a não-levisidade de seu empreendimento. 
Ainda, a facilitação da prova do dano ambiental pode ocorre sem a inversão do ônus probandi, por meio do critério de verossimilhança da prova produzida, que reduz o grau de exigência para o onerado.
Como já mencionado anteriormente, um dos pressupostos para a configuração da responsabilidade é a existência do dano, por conseguinte, a obrigação de ressarcir só se concretiza onde há o que reparar. 
A legislação brasileira, Lei 6938/81, em seu artigo 3ª, IV, estabelece que poluidor é “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”, assim, a responsabilidade por dano ambiental, além de ser objetiva, e de risco integral e também é solidária, alcançando qualquer um de seus sujeitos (direto ou indireto), a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já afirmou tal entendimento da solidariedade do dano ambiental em seus julgados. Isso significa que cada um é integralmente responsável pelo dano , sendo possível acionar um sujeito, que poderá ser o indireto, sistemática totalmente benéfica para a proteção do meio ambiente, já que o poluidor não terá muitos alicerces para a sua impunidade, pois que o meio ambiente é um bem coletivo e a sua preservação um direito fundamental e de suma importância para a prosperidade da qualidade de vida das presentes e futuras gerações, o que torna legitima a aplicação da responsabilidade objetiva com risco integral, bem como a responsabilidade solidária, respeitando a interpretação constitucional da importância da proteção ambiental e da solidariedade para com ela.
7 RESPONSABILIDADE DE PREVENIR
Conforme ensinamentos de MACHADO (2010, p. 365) quem cria o perigo, por ele é responsável. O perigo, muita vezes, está associado ao dano; e, dessa forma, não é razoável tratá-lo completamente separado.
Perigo por sua vez, correspondente a situação, conjuntura ou circunstância que ameaça a existência de uma pessoa ou de uma coisa. Ou ainda, um risco, fortuna, ventura, em que alguém está, de sofrer algum dano, perda ou ruína.
A abordagem teórica mais comum no que tange ao tema responsabilidade civil tem se focado somente nos danos causados, deixando de tratar da potencialidade de causar o dano.
Como já salientado os danos causados ao meio ambiente são de difíceis reparações. É a saúde do homem e a sobrevivência das espécies da fauna e da flora que indicam a necessidade de prevenir e evitar o dano.
A responsabilidade de prevenir advém de um dos princípios mais importantes que norteiam o dano ambiental, o princípio da prevenção.
Diante da impossibilidade do sistema jurídico, restabelecer, em igualdade de condições, uma situação idêntica à anterior, adota-se o princípio da prevenção do dano ambiental como sustentáculo do direito ambiental, consubstanciando-se como o seu objetivo fundamental (FIORILLO, 2010, p. 112)
A Constituição Federal expressamente adotou o princípio da prevenção, ao preceituar, no caput do art. 225, o dever do Poder Público e da coletividade de proteger e preservar o meio ambiente para as gerações futuras.
É cediço que é a consciência ecológica que propiciará o sucesso ao combate preventivo do dano ambiental, contudo, a nossa realidade ainda não alcançou tal maturidade, de modo que outros instrumentos tornam-se importantes para a implementação do princípio da prevenção. Pode-se citar: o estudo prévio de impacto ambiental, o manejo ecológico, o tombamento, as liminares, as sanções administrativas dentre outros.
Com efeito, a efetiva prevenção do dano ambiental deve-se também ao papel exercido pelo Estado na punição correta do poluidor, pois dessa forma, ela passa a ser um estimulo negativo contra a prática de agressões ao meio ambiente. (FIORILLO, 2010, p. 113)
8 MEIOS PROCESSUAIS PARA DEFESA DO MEIO AMBIENTE
O acesso ao Poder Judiciário para a defesa do meio ambiente , poderá se dá por diversas vias judiciais: o procedimento sumário, o procedimento ordinário, o processo cautelar e o processo de execução, dentre outros meios cabíveis. Isso se dá pela amplitude que o Direito Ambiental vem adquirindo (MACHADO, 2010), na presente pesquisa serão abordadas somente a ação popular e a ação civil pública, pela acepção constitucional de defesa do meio ambiente.
Os meios processuais constituem, por regra, um sistema de controle sucessivo da proteção ambiental, servindo por vezes do controle preventivo, como é o caso da tutela cautelar, da ação popular ou da ação cautelar destinada a evitar o dano ambiental (Lei 7347/85, artigo 4º).
O mais típico meio processual de defesa ambiental é a ação civil pública que foi absorvida pelo texto constitucional, quando, em seu art. 129, III, prevê como função institucional do Ministério Público, promover a referida ação, objetivando a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de quaisquer outros interesses difusos ou coletivos.
O objeto mediato da ação civil pública, consiste a tutela do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado(art.1º da Lei nº. 7347/85) que em face do texto constitucional vigente, não pode mais ser considerado mero interesse difuso, mas formas de direitos humanos fundamentais, ditos de terceira geração. 
O objeto imediato é a condenação em pecúnia ou o cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não fazer (art. 3º da Lei nº. 7347/85).
Aqui é importante destacar também a participação do Ministério Público, que se dá no inquérito civil, pelas recomendações dessa Instituição e o compromisso de ajustamento de conduta.
O inquérito civil, embora não seja um instrumento indispensável para o exercício da ação civil pública em defesa do meio ambiente, é inegavel a sua importância para a preparação dessa ação perante o Judiciário.
O inquérito civil constitui procedimento administrativo exclusivo do Ministério Público Federal ou do Ministério Público Estadual. Os outros legitimados a proporem ações civis públicas, inclusive as organizações não governamentais, podem coletar provas de outra forma, mas não através do inquérito civil.
A Constituição da República de 1988, recepcionou a criação do inquerito civil, feita pela Lei 7.347/85, para a defesa do meio ambiente e atribuiu ao Ministério Público competência para a sua instauração (MACHADO, 2010).
As recomendações do Ministério Público, como o próprio nome diz, são recomendações, documentos, elaboradas pelo Ministério Público, que não têm a mesma natureza das decisões judiciais, dirigidas aos órgão públicos, aos concessionários e permissionários de serviço público estadual ou minicipal e às entidades que exerçam outras funções delegadas do Estado ou do Município, ou executem serviço de relevância pública, que tem por finalidade cientificar o órgão ou entidade pública da ilegalidade de seu procedimento. Após a ciência dada pela recomendação, se a entidade ou órgão permanecerem com a atividade, tal comportamente será considerado doloso, tendo reflexos no campo do Direito Penal Ambiental.
As recomendações são utilizadas para “solicitar” que o poder elabore um estudo prévio de impacto ambiental, ou para que o reformule, por exemplo.
O compromisso de ajustamento da contuda, por sua vez, consiste no documento formulado pelos ógãos públicos legitimados para proporem a ação civil pública, onde se toma o compromisso de ajustamento de sua conduta às exigência legais, e prevê sanzões em caso de descumprimento.
A ação popular a seu turno, é regulada pela Lei nº. 4717/65, que, embora a anterior à Constituição Federal de 1988, continua em vigor, mas naquilo em que o objeto da ação foi ampliado, deve ser entendida à vista das novas exigências constitucionais.
A legitimação nessa ação é, de qualquer cidadão, ou seja, qualquer cidadão que esteja no gozo de seus direitos políticos.
O objeto imediato da demanda consiste na anulação do ato lesivo aomeio ambiente e na condenação dos responsáveis pelo dano, sendo o objeto mediato a proteção necessária ao meio ambiente, o que envolve em si a própria idéia de conservação.
9 CONCLUSÃO
Na atual conjuntura do ordenamento jurídico brasileiro, em matéria de direito ambiental, a responsabilidade civil do agente poluidor, via de regra, é do tipo objetiva, na qual aquele que através de sua atividade cria um risco de dano para terceiro deve obrigatoriamente repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamento sejam isentos de culpa.
A teoria adotada no Brasil para justificar a responsabilidade civil objetiva pelo dano ambiental é a teoria do risco integral, pela qual, o poluidor deve arcar com todos os riscos advindos de sua atividade, ele assume todo risco do empreendimento, visto que, o simples fato de existir a atividade enseja o dever de reparar o dano ambiental, uma vez provado a relação causal entre a atividade e o dano dela decorrente.
Tal acepção advêm do bem jurídico violado, qual seja, o meio ambiente e as dificuldades encontradas para a sua reparação.
Os danos causados ao meio ambiente são de difíceis reparações. É a saúde do homem e a sobrevivência das espécies da fauna e da flora, e para assegurar esses bens a Constituição Federal positivou o princípio da prevenção, sua aplicação se dá nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos, restando certo a obrigatoriedade do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental (EIA), estes uns dos principais instrumentos de proteção ao meio ambiente.
Firma-se o entendimento de que é a consciência ecológica que propiciará o sucesso ao combate preventivo do dano ambiental, contudo, a nossa realidade ainda não alcançou tal maturidade, de modo que outros instrumentos tornam-se importantes para a implementação do princípio da prevenção.
Os principais meios processuais para a defesa do meio ambiente são a ação popular e a ação civil pública.
A efetiva prevenção do dano ambiental deve-se também ao papel exercido pelo Estado na punição correta do poluidor, pois dessa forma, ela passa a ser um estimulo negativo contra a prática de agressões ao meio ambiente.
REFERÊNCIAS
COLOMBO, Silvana. Dano ambiental. Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 4, no 176. Disponível em: <http://www.boletimjuridico.com.br/ doutrina/texto.asp?id=1256> Acesso em: 8  ago. 2011.
________Direito Ambiental. 4. ed. rev., ampl. e atualiz. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000. p. 156 e 157.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco– Curso de Direito Ambiental Brasileiro – 11ª edição – Saraiva 2010
HIRONAKA, Giselda Maria F. Novaes – Responsabilidade pressuposta – Del Rey 2005
LANFREDI, Geraldo Ferreira. A objetivação da teoria da responsabilidade civil e seus reflexos nos danos ambientais ou no uso anti-social da propriedade. Revista de Direito Ambiental, São Paulo, n.6,ano 2,os.87-96,abri/jun.2001,esp.p.89
MACHADO, Paulo Affonso Leme 18ª Ed. Revista atualizada e ampliada. Malheiros editores 2010
MUKAI Toshio – Direito Ambiental Sistematizado – 4ª edição – Editora Forense Univertiária - 2002
PEREIRA, Caio Mário da Silva – Responsabilidade Civil – 9ª Edição – Editora Forense - 2000

Outros materiais