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1 Biotecnologia e Obstetrícia Aplicadas a Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados Prof. Me. Baltazar A Silva Jr CURSO MEDICINA VETERINÁRIA Aula 7: Intervenções Obstétricas 2 Intervenções Obstétricas • Procedimentos não cirúrgicos e cirúrgicos de auxílio a partos distócicos: – Manobras obstétricas – Fetotomia – Cesariana Intervenções Obstétricas • Objetivo: Liberar, através da via natural, uma prole viva e sem causar danos à mãe, tendo a fetotomia e a cesariana como alternativas. • Cuidados – Assepsia – Material adequado Manobras Obstétricas • Bovinos e equinos – Tronco de contenção – Maca • Membros pélvicos em plano mais elevado que torácicos • Não utilizar anestesia geral – Aproveitar contrações maternas • Relaxantes musculares e uterinos • Anestesia epidural – Retarda a involução uterina – Descoordenação de membros posteriores Retropulsão • Ato de pressionar o feto insinuado no canal de parto para dentro do útero, • Intuito de criar espaço que permita a correção da estática fetal. • Pressão manual ou forquilha obstétrica 7 8 Extensão • Ato de estenderem-se as partes flexionadas (cabeça ou membros) do feto, quando estão presentes alterações na postura. • É executada através da aplicação de força tangencial à extremidade do membro alterado. • Força manual ou auxiliada por cordas e ganchos Tração • Ato de tracionar o feto pelas suas partes insinuadas, com o objetivo de suplementar ou substituir as forças maternas de expulsão. • Força manual ou com auxílio de cordas e ganchos • Força equivalente? – 2 ou 3 homens Tração • Fixação de correntes e cordas – Acima do espessamento articular (boleto) mais distal • Gancho – Mandíbula • Cordas – Enlace da cabeça • Tração alternada Tração Não fazer esse tipo de tração!! Rotação • Ato de girar o feto sobre seu eixo longitudinal, com o intuito de alterar sua posição. • Mais frequentemente exigida em equinos • Força manual – Membros estendidos e cruzados – Forquilha obstétrica Rotação 19 20 Versão • Ato de alterar a apresentação transversal para a longitudinal. • Anestesia epidural baixa • Bastante mucilagem • Forquilha obstétrica – Retropulsão + tração 22 Episiotomia • Aplicação: Estenose ou dilatação insuficiente da vulva e vestíbulo • Conceito: Incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto. • Procedimento – Higienização do períneo – Antissepsia – Infiltração de anestésico local – Incisão 24 25 Fetotomia • Fragmentação do feto no interior do útero, utilizando-se equipamento específico e removendo as secções correspondentes. • Total ou parcial • Aplicações – Usual em Grandes Animais – Restrita em Pequenos Ruminantes – Não aplicável a Suínos e Caninos e Felinos Indicações para Fetotomia • Feto morto • Fetos absolutos ou relativamente grandes • Fetos enfisematosos • Monstruosidades fetais • Fetos que sofreram mutilações por tração inadequada • Distocias de impossível correção • Casos de adiantada putrefação Contraindicações para Fetotomia • Feto vivo • Estreitamento da via fetal • Ruptura uterina • Graves lacerações vaginais • Hemorragia • Doenças graves da parturiente Preparatório Fetotomia • Animal em estação ou decúbito • Irrigação do útero com mucilagem • Lubrificação (Vagina e braço do operador) • Tipos de técnica – Subcutânea • Desestruturação do esqueleto • Espátula de Keller – Transcutânea tradicional Cortes Transversais Longitudinais Diagonais Fetotomia • Ao término do procedimento • Exame obstétrico – Avaliação de lesões • Lavagem do útero com água aquecida • Sifonagem do conteúdo • Antibioticoterapia uterina e sistêmica • Reposição hidroeletrolítica Cesariana • Caesa matris utero – Abertura do útero materno • Definição – Consiste em uma laparotomia com a finalidade de retirar um ou mais fetos, vivos ou mortos, de fêmeas uníparas ou multíparas por ocasião do parto. – Podendo ser conservativa ou radical (histerectomia) Indicações para Cesariana • Feto preferencialmente vivo • Anomalias pélvicas da fêmea • Estática fetal anômala não possível de correção via vaginal • Hipertrofia fetal • Monstruosidades fetais • Hidropisia (principalmente nos bovinos) • Inércia uterina Indicações para Cesariana • Lesões no canal de parto • Morte seguida de retenção fetal • Prolapso do canal de parto • Obstruções na via fetal mole • Lacerações ou perfurações uterinas • Tempo prolongado de parto • Torções uterinas irreversíveis Contraindicações para Cesariana • Distocia possível de correção por via vaginal • Inércia uterina sujeita a tratamento medicamentoso • Ocasiões onde o estado geral da paciente é grave – Endometrite crônica com espessamento da parede – Áreas de necrose – Ruptura uterina Procedimento • Anestesia – Geral (Equinos, canino e felino) centro cirúrgico – Local com leve sedação (ruminantes) • Tricotomia e antissepsia. • Preparo do campo operatório. Cesariana Decúbito dorsal (Equinos, canino e felino) • Linha alba do abdômen • Incisão na pele, linha branca e peritônio • Exteriorização do útero • Incisão na face dorsal da curvatura maior do útero • Tração do feto • Sutura • Antibioticoterapia criteriosa • Curativo • Cuidados na liberação da placenta e involução uterina 41 Cesariana Estação • Via flanco (ruminantes) • Pele, oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdômen e peritônio Decúbito lateral • Via flanco (ruminantes) • Pele, oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdômen e peritônio • Região paramamária (ruminantes) • Pele, reto do abdômen e peritônio Cesariana • Exteriorização do útero • Incisão na face dorsal da curvatura maior do útero • Tração do feto • Sutura • Antibioticoterapia • Curativo • Cuidados na liberação da placenta e involução uterina 45 46 47 Sutura do útero Cushing Lembert Complicações • Metrite • Queda na produção de leite • Rejeição do bezerro • Possível prolapso vaginal e uterino • Retenção placentária • Maior intervalo entre partos e menor índice de fertilidade 50 E-mail: baltazar.junior@anhanguera.com mailto:baltazar.junior@anhanguera.com
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