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Redes Sociais em Educação

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25/04/2020 Roteiro de Estudos
https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 1/15
A sala de aula tradicional, com seu modelo convencional ultrapassado, centralizador e com a
�gura autoritária do professor, já não funciona mais. Precisamos compreender que as
instituições de ensino tradicionais já não são mais as únicas fontes de aprendizado, porque,
com o acesso facilitado à Internet e aos dispositivos móveis, os contextos de aprendizagem
extrapolaram os limites da sala de aula. Atualmente, aprendemos assistindo a vídeos no
YouTube, realizando comentários em postagens no Facebook, visualizando conteúdos
publicados no Instagram, interagindo em comunidades virtuais de aprendizagem etc.
Diante desse novo cenário, é fundamental que os educadores repensem suas práticas
pedagógicas, deixando para trás as estratégias de aprendizado baseadas meramente na
transmissão de conteúdo. O novo per�l de educador deve buscar novas formas de criar
conexão com seus alunos, para que assim a aprendizagem ocorra de forma simples,
espontânea e prazerosa.
O uso das redes sociais é um exemplo de como o educador pode estender a interação com
seus alunos para fora da sala de aula, gerando novas formas de avaliação e inclusão. Contudo,
apenas utilizar as tecnologias não basta, é preciso conhecê-las a fundo, para saber como
incorporá-las aos projetos educacionais. Essa e outras re�exões você verá a partir de agora.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
conhecer o conceito de rede social, veri�cando as potencialidades dessas plataformas na
educação;
Redes Sociais em Educação
Roteiro deRoteiro de
EstudosEstudos
Autor: Ma. Pâmella de Carvalho Stadler
Revisor: Ma. Débora Vilela
25/04/2020 Roteiro de Estudos
https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 2/15
conhecer as principais ferramentas das redes sociais (YouTube, Instagram e Facebook),
analisando alguns de seus recursos e como utilizá-los como apoio ao ensino;
compreender os princípios para a disponibilização de materiais nos ambientes virtuais de
forma mais atraente e e�caz ao processo de ensino e aprendizagem;
veri�car como elaborar projetos educacionais que promovam a utilização de plataformas
digitais no ensino;
identi�car recursos disponíveis nas redes sociais para auxiliar na inclusão social.
Introdução
A era digital deixou ainda mais explícito o descompasso que existe entre a educação formal e o
aprendizado externo ao ambiente escolar, permeado por tecnologias. Basta observarmos, por
exemplo, adolescentes que assistem, diariamente e por horas a �o, a vídeos no YouTube. No
entanto, enquanto esse jovem, em casa, aprende com youtubers e outras mídias, quando chega
à sala de aula começa a ser formatado para fazer vestibular.
A tecnologia está gerando grandes mudanças na economia, no modo como nos relacionamos
uns com os outros, como nos comunicamos e, também, como aprendemos. No entanto, muitas
instituições educacionais permanecem com seu modelo tradicional de ensino, baseado na era
industrial, em vez de digital (MORAN, 2012). Dessa forma, professores e instrutores são
confrontados, constantemente, com o desa�o da mudança. A�nal: como podemos formar os
alunos para que estejam preparados para um futuro cada vez mais incerto e volátil? O que
devemos manter em nossos métodos de ensino e o que precisamos mudar com urgência?
Com frequência, vemos, por exemplo, professores que reclamam que seus alunos utilizam
smartphones em sala de aula. E assim �cam algumas re�exões: se a maioria dos alunos possui
esses dispositivos, por que não incentivar o uso, realizando atividades que utilizem, por
exemplo, vídeos em sala para serem postados no YouTube? Por que não produzir podcasts
para serem publicados no Facebook para depois os alunos comentarem sobre o conteúdo
postado? Por que não realizar uma aula na qual os alunos precisem utilizar seus whatsapps
para conversar em inglês com alunos de outros países?
As redes sociais, como as citadas anteriormente, oferecem diversas possibilidades de ensino. O
desa�o, portanto, é mudar o paradigma educacional, que em algumas instituições de ensino
permanece focado na exposição de conteúdos e na �gura centralizadora do professor, para um
paradigma no qual os alunos sejam protagonistas no processo de ensino e aprendizagem.
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Redes Sociais e suas
Potencialidades no Contexto
Educacional
Para Raquel Recuero (2009, p. 24), pode-se de�nir rede social como “um conjunto de dois
elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações
ou laços sociais)”. Assim, a concepção de rede gira em torno da estrutura social, na qual atores
sociais e suas conexões caminham juntos. Boyd e Ellison (2007, p. 2) de�nem sites de redes
sociais como serviços baseados na web que permitem, às pessoas: “construir um per�l público
ou semipúblico em um sistema limitado; articular uma lista de outros usuários com os quais
compartilham uma conexão; visualizar uma lista de conexões e aquelas feitas por outras
pessoas dentro do sistema”.
As redes sociais on-line, como explicam Baranaukas, Martins e Valente (2013, p. 28), de�nem-se
como “uma categoria dos softwares sociais – software com recursos voltados para a
comunicação mediada por computador”. Essa possibilidade de interação e participação na web
pode gerar as comunidades virtuais ou on-line.
Comunidade virtual e rede social possuem conceitos distintos, sendo o de comunidade virtual
muito mais complexo, de�nido por Santaella (2007, p. 413) como “grupos de pessoas
globalmente conectadas com base em interesses e a�nidades, em lugar de conexões acidentais
ou geográ�cas”. A autora complementa a de�nição, a�rmando que as comunidades virtuais
consistem em agrupamentos de indivíduos, que podem ou não se encontrar pessoalmente,
além de compartilhar ideias e mensagens através da mediação possibilitada pelas redes
computacionais.
Um dos objetivos da comunidade virtual pode ser a aprendizagem, constituindo, dessa forma,
as comunidades virtuais de aprendizagem. Elas possibilitam que os participantes interajam
com especialistas ou outros usuários, compartilhando ideias, re�etindo sobre pontos de vista
diferenciados, formando comunidades, entre outros recursos, que podem contribuir para o
processo de aprendizagem (BARANAUKAS; MARTINS; VALENTE, 2013, p. 28).
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LEITURA
O livro “Ambiente virtual de aprendizagem: conceitos, normas, procedimentos e práticas
pedagógicas no ensino a distância”, de Deleni Mesquita, aborda sobre as mudanças no
processo de ensino-aprendizagem, oriundas, sobretudo, das tecnologias de informação e
comunicação (TICs). Dessa forma, apresenta os principais elementos na educação apoiada por
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs).
Fonte: MESQUITA, D. Ambiente virtual de aprendizagem: conceitos, normas, procedimentos
e práticas pedagógicas no ensino a distância. São Paulo: Érica, 2014.
Plataformas Virtuais e a
Articulação Entre a Educação
Presencial e On-line
Existem diversos ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) disponíveis atualmente no
mercado, alguns gratuitos e de código aberto, como o Moodle, e pagos, como Blackboard,
Canvas e Design2Learn. Dentre os gratuitos, o Moodle se tornou uma escolha muito utilizada,
em virtude, principalmente, dos recursos que disponibiliza aos usuários. Veja, a seguir, alguns
desses recursos.
Fórum: permite que os alunos interajam entre si ou com os tutores de forma assíncrona;
Glossário: compilação dos termos mais utilizados em uma disciplina, que é
disponibilizada, posteriormente, em formato de lista, dicionário, FAQ;
Questionário: permite criar questionários (provas), com diferentes estilos de perguntas,
como múltipla escolha, dissertativa,numéricas, dentre outras;
Wiki: refere-se à escrita colaborativa. A atividade Wiki permite que um grupo de alunos
acrescente ou reformule textos ao mesmo tempo;
Atividades condicionais: permitem ao tutor a criação de trilhas de aprendizagem, na
qual restringe-se o acesso a atividades, recursos ou tópicos com base em critérios pré-
de�nidos.
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Em um ambiente virtual de aprendizagem, podem ser disponibilizados, aos alunos, diferentes
materiais, como vídeos, animações, apostilas no formato .pdf, infográ�cos etc. O educador
pode ser o alimentador da plataforma, adicionando os materiais multimídia que deseja.
LEITURA
Andrea Filatro, em seu livro “Como preparar conteúdos para EAD”, apresenta as etapas de
planejamento, elaboração e validação de conteúdos para educação a distância.
Recomendamos, especialmente, a leitura do tópico 2.6 - Como fazer melhor uso das mídias?,
no qual a autora explica, com base em conceitos cunhados por Richard Mayer, sobre os
princípios da aprendizagem multimídia aplicáveis à preparação de conteúdos para EAD.
Fonte: FILATRO, A. Como preparar conteúdos para EAD. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
Redes sociais como Facebook, YouTube e Instagram, também são utilizadas como ambientes
virtuais de aprendizagem, possuindo até mesmo alguns recursos similares. O YouTube, como
informa Mattar (2014), ao permitir que os usuários realizem comentários nos vídeos,
possibilita, parcialmente, uma reprodução dos fóruns de discussão dos AVAs.
Conforme Bettio et al. (2012), o Facebook disponibiliza algumas ferramentas que podem ser
utilizadas como apoio ao ensino, como mostra o quadro a seguir.
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Quadro 1 - Sugestões de como utilizar ferramentas do Facebook para o ensino
Fonte: Bettio et al. (2012, p. 6).
Ferramenta Como usar?
Chat
Tirar dúvidas em tempo real, Professor e Professor,
Aluno e Professor, Secretaria e Aluno, Comunidade
juntamente com alunos, professores e secretários.
Fotos e vídeos
Divulgar os trabalhos e atividades realizadas. Por
exemplo: um vídeo de uma palestra ocorrida no
campus, ou fotos de um estudo de campo. É importante
buscar a melhor qualidade da imagem a ser publicada.
Compartilhamentos
Difundir informações e conhecimentos relevantes para
os usuários do Facebook que não participam
diretamente dos grupos criados.
Eventos Divulgar e receber a con�rmação da participação emreuniões, viagens, palestras, entre outros.
Comentários/Mensagem
Lembrar as provas, trabalhos e resolver dúvidas
individuais. Criar um ambiente de interação/debate
sobre determinadas temáticas.
Enquetes Coletar a opinião dos alunos ou demais atores a respeitode um determinado assunto.
Conteúdo
Criação de novas páginas dentro de um grupo. Podem
ser colocados assuntos diversos que �cam armazenados
por tempo inde�nido. Exemplos: notas de exames,
resumos de aula, planos de ensino.
Marcação de imagens,
vídeos e comentários
Sempre que possível marcar todos os envolvidos no
conteúdo exposto para explicitar e estimular
participação.
Debates
Quando o professor divulgar algum material é possível
divulgar também um espaço para debate do assunto,
orientando os alunos a deixarem apenas um comentário
e depois debaterem sobre o assunto com seus colegas e
professores para uma melhor �xação do conteúdo.
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O Facebook pode ser utilizado para criar grupos de discussões, enviar mensagens a alunos que
estão ausentes, elaborar lembretes de cronograma de atividades, organizar eventos do curso,
dentre diversas possibilidades. Lima (2018), após realizar uma pesquisa com seus alunos de
Sociologia, observou algumas vantagens e desvantagens da utilização do Facebook como
ambiente virtual de aprendizagem. Como benefícios, o pesquisador destacou: a maior
interação dos alunos com o docente; possibilidade de uma aprendizagem de forma mais
divertida e �exível, contribuindo para que os alunos exponham suas opiniões; e maior
possibilidade de aprofundar os conhecimentos. Quanto às desvantagens, destacaram-se: a
falta de acesso de alguns alunos à Internet, principalmente os moradores da região rural, e a
di�culdade de concentração, considerando os diversos atrativos que a rede oferece.
O Instagram, por sua vez, possui ferramentas como story, direct, IGTV, e post, que também
podem ser utilizadas como apoio ao processo de ensino e aprendizagem. O Instagram Stories,
por exemplo, permite ao usuário compartilhar momentos do cotidiano em imagem ou vídeo,
podendo personalizá-los com recursos de textos e desenhos. As postagens, nesse caso, �cam
disponíveis para visualização por até 24 horas, porém há a possibilidade de serem colocadas
em destaque no per�l, mantendo-as �xas para a visualização a qualquer momento. Já a
ferramenta Direct consiste em um espaço para bate-papo, na qual também é possível o
compartilhamento de imagens e vídeos. Nesse caso, as trocas de mensagens são privadas. A
ferramenta IGTV possibilita o envio de vídeos de até 60 minutos ao vivo, que após �cam
disponíveis no canal. Por �m, o Post consiste em um espaço destinado a publicação de
recursos audiovisuais, como imagens e vídeos curtos.
Veja, a seguir, as funções do Instagram e algumas sugestões de uso, citadas por David et al.
(2019).
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Quadro 1 - Sugestões de como utilizar ferramentas do Facebook para o ensino
Fonte: Bettio et al. (2012, p. 6).
Perfil do Instagram: O per�l no Instagram eva.stories, criado pelo empresário israelita Mati
Kochavi e sua �lha Maya, apresenta, por meio de diversos stories, momentos da vida de Eva
Heyman, uma menina judia húngara de 13 anos que foi enviada para Auschwitz no ano de
1944. O objetivo? Causar uma re�exão sobre esse período da história. A história foi contada
por meio de vídeos, nos quais atores e �gurantes utilizam roupas da época, e interagem com
base no diário que a própria jovem escreveu. Vale a pena conferir, re�etindo, também, de que
forma o Instagram pode ser utilizado de forma criativa para o aprendizado.
STORY
Possibilita ao professor um método avaliativo intuitivo através das
enquetes, no qual é possível obter uma resposta em tempo real da
porcentagem das perguntas realizadas aos alunos. Outra proposta é a
divulgação científica que pode ser disponibilizada de forma simples e
rápida.
DIRECT
Possibilita estabelecer uma comunicação particular e privada entre professor
e aluno, de forma que o aluno possa se comunicar sem medo de sofrer
retaliação pela turma, e isso facilitará o aprendizado pela parte do aluno
tendo o auxílio do professor.
IGTV
Ferramenta que pode ser explorada como reforço escolar e disponibilização
de conteúdos em forma de vídeos para os alunos, tendo a característica de
disponibilizar esse conteúdo somente para os seguidores da página.
POST
Função que serve de disponibilização de conteúdos e divulgação cientí�ca, e
possibilita uma interação entre postagem-aluno-professor, através do feed
de notícias.
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ARTIGO
Este artigo apresenta um estudo acerca da utilização das redes sociais Facebook e YouTube no
processo de ensino e aprendizagem de alunos nascidos em meados da década de 1990, os
denominados estudantes da Geração Z, em uma universidade de Salvador. Enquanto o
Facebook foi utilizado como canal de comunicação entre alunos e professor, o YouTube atuou
como um canal para que os alunos compartilhassem vídeos produzidos por eles
mesmos.Fonte: QUINTANILHA, L. F. Inovação pedagógica universitária mediadapelo Facebook
e YouTube: uma experiência de ensino-aprendizagem direcionado à geração-Z. Educ. rev.,
Curitiba, n. 65, p. 249-263, set.
A C E S S A R
Projetos Educacionais e o
Incentivo ao uso de Plataformas
Digitais
Como vimos, as diversas aplicações e serviços de mídias sociais, como blogs, Facebook,
Instagram, YouTube, dentre outras, possuem alto potencial de utilização no contexto educativo,
uma vez que dispõem recursos que favorecem a comunicação entre professores e alunos fora
dos limites da sala de aula, o compartilhamento de conhecimento, a pesquisa e o debate entre
os discentes. Porém, como argumenta Hartley (2009), uma das falhas da escola formal é não
incluir, ou incluir muito pouco, mídias sociais em seu currículo. O problema, conforme o autor,
ocorre – “em grande parte porque o sistema de ensino respondeu à era digital com a proibição
de acesso aos ambientes digitais nas escolas, inclusive ao YouTube” (HARTLEY, 2009, p. 170).
Ao mesmo tempo em que há escolas que proíbem a utilização de mídias em sala de aula, há
também instituições que, apesar de incentivarem o uso, não modi�cam suas práticas
pedagógicas. Para Martín-Barbero (2014), isso ocorre porque a escola, mais preocupada com
seu prestígio - que estaria comprometido sem a utilização de novas tecnologias - tenta
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602017000300249&lng=en&nrm=iso
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introduzir e fazer uso dos meios sem antes identi�car a melhor forma para projetá-los e aplicá-
los para facilitar a aprendizagem.
Dessa forma, um dos grandes desa�os é que docentes e alunos utilizem essas tecnologias de
maneira e�ciente, enriquecendo suas formas de construção de conhecimento. Mas como
incorporar, de forma e�caz, essas mídias nos projetos educacionais?
LEITURA
O livro “Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática”,
apresenta, aos educadores, possibilidades para transformarem suas aulas em experiências
mais vivas e signi�cativas aos estudantes, utilizando práticas pedagógicas inovadoras.
Fonte: BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
Segundo Moran (2012), um dos fatores que devem ser considerados antes de inserir
tecnologias, como as redes sociais, em sala de aula, é a formação dos docentes para que
obtenham domínio técnico e pedagógico. Ou seja, é fundamental que os professores tenham
acesso e domínio dos recursos que pretendem utilizar. Muitas vezes, se o docente se sente
inseguro ou com falta de preparo para usar a nova ferramenta, ele não se arrisca, justamente
para evitar constrangimentos diante dos alunos que, na maioria das vezes, dominam as novas
tecnologias.
Outro fator que deve ser analisado é a disponibilidade de uma boa conexão com a Internet.
Como expõe Lorenzo (2013), um dos principais motivos para que professores não façam uso de
novas tecnologias em sala de aula é a falta de estrutura da instituição de ensino.
Outro fator, segundo Lorenzo (2013), são alguns contratempos que podem ocorrer com a
utilização das redes sociais na educação. Muitos alunos podem se dispersar acessando
assuntos pessoais, por exemplo. Nesse caso, Moran (2012) salienta a importância do docente
como mediador da turma, tendo como responsabilidade orientar os alunos a selecionarem,
compararem e sintetizarem as informações.
Por �m, é fundamental que as atividades que envolvam as redes sociais sejam muito bem
planejadas e organizadas, de preferência de forma participativa entre professores e alunos.
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Plataformas Virtuais como
Instrumentos de Inclusão Digital
A quantidade de plataformas disponíveis hoje em dia exige novas formas de pensar o design.
Isso porque, para uma sociedade mais justa, é urgente e necessário que sejam desenvolvidas
soluções mais inclusivas e acessíveis ao maior número possível de indivíduos. Conforme
Baranaukas, Martins e Valente (2013), umas das características fundamentais para sistemas
inclusivos é que eles sejam �exíveis, ou seja, que permitam intervenções em seu
comportamento, visando atender a diferentes necessidades de interação.
Utiliza-se, na literatura, a expressão tailoring, para de�nir a “atividade de modi�car uma
aplicação computacional de acordo com o seu contexto de uso” (BARANAUKAS; MARTINS;
VALENTE, 2013, p. 120). Assim, sistemas computacionais que permitem tailoring possibilitam,
aos usuários, que realizem pequenos ajustes no software, como: alterar cores e tamanhos dos
controles, modi�car tarefas, entre outros, após o sistema já ter sido implementado.
Além da �exibilidade, Litto e Mattar (2017) apresentam dez princípios de acessibilidade, que
podem ser empregados nos ambientes virtuais de aprendizagem para facilitar o acesso de
pessoas com de�ciência.
1. Operação de teclado: a capacidade de operar sistemas computacionais completamente
por meio do teclado, como as teclas de atalho Alt+F4 para fechar uma janela, por
exemplo.
2. Compatibilidade com tecnologias assistivas: leitores de tela e leitores de texto,
ampliadores de tela, entrada de voz, entrada de switch. Isso signi�ca, por exemplo, a
utilização de imagens com alta resolução, para que, ao serem ampliadas, não percam a
qualidade.
3. Acesso ao leitor de tela: permitindo que imagens e objetos da interface sejam lidos por
um leitor de tela.
4. Descrição de material visual: esse quesito deve ser considerado dependendo da função
do recurso visual. Se for um grá�co, por exemplo, com informações relevantes ao
aprendizado, é necessário que haja descrição, para não prejudicar a compreensão do
conteúdo.
5. Personalização: a capacidade de personalizar a exibição do sistema.
6. Controle sobre a saída do áudio: a capacidade de ajustar volume e tom da voz.
7. Alternativa à entrada de fala: em uma videoconferência, por exemplo, é importante que
haja a opção de entrada de escrita, fala e áudio.
8. Alternativa à saída de texto: para pessoas surdas que não conseguem ler ou escrever
texto, pode-se inserir informações pictóricas como saída em um menu, ou um avatar
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animado de linguagem gestual.
9. Alternativa à cor: pessoas daltônicas podem exigir que informações transmitidas por
cores sejam alteradas. Assim, o ideal é inserir etiquetas nos objetos coloridos, para que as
cores sejam diferenciadas.
10. Design claro e consistente: uso de ferramentas de navegação comuns, como menus, e
ícones signi�cativos.
Ou seja, apenas oferecer acesso à tecnologia não basta. É necessário criar oportunidades para
que as pessoas compreendam as tecnologias da informação e comunicação (TICs) de maneira
tal que consigam incorporá-las nas atividades que desenvolvem. Para isso, as tecnologias
devem propiciar: facilidades de comunicação, seja por meio da escrita, áudio e vídeo;
possibilidades para os usuários compartilharem suas produções e, com isso, criar conteúdo; e
recursos de acessibilidade, que permitam às pessoas com algum tipo de de�ciência utilizar as
ferramentas e ter acesso à informação (BARANAUKAS; MARTINS; VALENTE, 2013).
ARTIGO
Este livro aborda diferentes temáticas relacionadas aos processos de aprendizagem de pessoas
com de�ciência visual e auditiva em ambientes virtuais de aprendizagem. Recomendamos,
especialmente, a leitura do capítulo 8, que trata sobre o desenvolvimento de interfaces para
ambientes virtuais voltados para surdos.
ULBRICHT, V. R.; VANZIN, T.; QUEVEDO, S. R. P. de. (orgs.). Conceitos e Práticas em Ambiente
Virtual de Aprendizagem Inclusivo. São Paulo: Pimenta Cultural, 2014. 327p.
A C E S S A R
Estudos de Caso: Diálogos entre
Ensino Presencial e On-line
http://via.ufsc.br/wp-content/uploads/2019/05/Conceitos-e-Praticas-em-Ambiente-Virtual-de-Aprendizagem-Inclusivo.pdf25/04/2020 Roteiro de Estudos
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Romero Tori (2018), na introdução de sua obra “Educação sem distâncias: as tecnologias
interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem”, discorre sobre seus desejos
em relação à escola do futuro. Para o autor, no futuro, a escola deve ser “sem limites”, ou seja,
sem divisão entre virtual e presencial, entre teoria e prática. O aluno deve ter a possibilidade de
realizar suas atividades tanto in loco quanto virtualmente, além de poder realizar trabalhos
colaborativos de forma on-line. Será que estamos tão distantes desse conceito ideal de Tori?
A seguir, apresentaremos dois estudos de caso, nos quais houve uma articulação entre os
ensinos presencial e on-line a partir da utilização das redes sociais no ensino presencial.
Guimarães e Costa (2017) descrevem, no artigo “Metodologias ativas no ensino superior: o uso
da rede social Facebook em sala de aula”, de que forma ocorreu a utilização do Facebook nas
aulas de Ciência Política de uma universidade, para o desenvolvimento de seminários com
temas presentes na ementa da disciplina. A autora conta que, primeiramente, a turma foi
dividida em equipes e, posteriormente, cada time criou o grupo com o nome de GT de Ciência
Política, adicionando dia e turno da disciplina. Uma pessoa de cada equipe foi escolhida para
adicionar os colegas e, após todos estarem conectados ao grupo, foram apresentadas as regras
de postagem, para que o foco do estudo não se perdesse. Os alunos, então, passaram a
publicar, durante as aulas, fotos de trabalho, ideias, apresentações de slides, fotos ou vídeos
temáticos, entre outros conteúdos.
Ferreira e Otero (2019) também discorrem sobre a utilização do Facebook em sala de aula,
especi�camente de um curso de idioma de língua inglesa. Para isso, primeiramente a
professora criou um grupo na rede social, que recebeu o nome de Tim Burton’s group, formado
por um total de 20 alunos, na faixa etária entre 12 e 19 anos. Em seguida, postou um vídeo na
rede social, que abordava sobre a vida de Tim Burton. Posteriormente, os alunos responderam
a um questionário elaborado no Google Docs e disponibilizado na página do grupo.
LEITURA
Esta obra aborda sobre a aplicação da educação híbrida em modelos pedagógicos inovadores e
de como otimizar o espaço escolar para o ensino híbrido.
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. de M. (orgs.). Ensino híbrido: personalização e
tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
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Conclusão
As redes sociais fazem parte da rotina de milhares de pessoas. Elas possuem grande potencial
no processo de ensino e aprendizagem, contudo, cabe aos professores o desa�o de orientar e
facilitar o aprendizado por meio desses novos ambientes. Dessa forma, levantamos, aqui, a
necessidade de que professores passem por formações continuadas, para que compreendam
as ferramentas já existentes, preparando-se, também, para as futuras tecnologias.
Referências Bibliográ�cas
BARANAUKAS, M. C. C.; MARTINS, M. C.; VALENTE, J. A. Codesign de redes digitais: Tecnologia e
educação a serviço da inclusão social. Porto Alegre: Penso, 2013.
BETTIO, R. W. de et al. Utilização das redes sociais na educação: guia para o uso do Facebook
em uma instituição de ensino superior. Revista Renote Novas Tecnologias na Educação, v.
10, n. 3, p. I-XI, 2012. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/36434/23529>. Acesso em: 22 out. 2019.
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