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PLANEJAMENTO E DOCUMENTAÇÃO PARA A QUALIDADE DO PROCESSO: EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA Giselle Reis Antunes (1) ; *Ana Carolina Kamura de Lucca (2) ; *Eduardo Luis Isatto (3) (1) Aluna de doutorado, *NORIE/UFRGS, e-mail: engcivil.giselle@gmail.com (2) Aluna de mestrado, *NORIE/UFRGS e-mail: aninhadelucca@hotmail.com (3) Professor Doutor, *NORIE/UFRGS, e-mail: isatto@ufrgs.br *Núcleo Orientado para Inovação da Edificação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Resumo O controle da qualidade tem sido implementado em diversas organizações brasileiras para ajudar na busca da qualidade de produtos, serviços e processos já existentes. Na construção civil, esta necessidade de controle não é diferente, refletindo na otimização de tempos e custos, diminuição de desperdícios de materiais, além da redução da ociosidade da mão de obra e equipamentos. De uma forma geral, a garantia da qualidade tem se pautado por mecanismos de controle, baseados na inspeção de produtos (sistemas) e componentes, sem todavia atentar devidamente para o planejamento da qualidade ao longo dos processos inerentes. Neste sentido, este trabalho aborda o planejamento da qualidade do processo de execução do revestimento cerâmico de fachada, utilizando-se, para tanto, de conceitos e ferramentas de gerenciamento como fluxograma, QFD (Quality Function Deployment) e procedimento operacional, a fim de atingir o resultado esperado; desde a seleção dos requisitos de qualidade dos usuários a serem considerados, até a listagem final nos procedimentos a serem realizados pela equipe executora. Como resultado, apresenta-se uma proposta de padrões técnicos para execução do revestimento cerâmico de fachada, apontando o procedimento operacional da etapa mais relevante no ato de execução do mesmo, no que tange os requisitos de qualidade, baseados numa matriz QFD, e contribui-se para a elaboração de um procedimento operacional padrão e por consequência, um manual técnico de treinamento. Palavras-chave: Planejamento da qualidade, Execução, Processo, Revestimento cerâmico de fachada. Abstract The quality control has been implemented in many Brazilian organizations to help in the search of quality products, services and existing processes. In civil construction, this necessity of control isn’t different, reflecting in the optimization of time and costs, reducing waste of materials, besides the decrease of idleness of manpower and equipments. In general, the guarantee of quality has been marked by control mechanisms, based on the inspection of products (systems) and components, without required attention to quality planning along the processes involved. This work approaches the quality planning of the process of execution of ceramic coating facade, using concepts and management tools such as flowchart, QFD (Quality Function Deployment) and operational procedure, in order to achieve the expected result, starting from considering the selection of quality requirements of the users, to the final listing of the procedures to be performed by the executing team. This paper is a proposal for technical standards for the execution of the ceramic coating façade indicating the operational procedure of the most relevant step in the implementing that action, regarding the quality requirements, based on QFD matrix, and contributes to the development of a standard operating procedure and therefore a technical manual training. Keywords: Quality Planning, Execution, Process, Ceramic coating facade. 1. INTRODUÇÃO 1.1. Planejamento da Qualidade de Processo na Construção Civil O planejamento da qualidade remete à identificação dos principais padrões de qualidade no desenvolvimento de produtos, serviços e processos essenciais para a satisfação das necessidades dos clientes. Para tanto, deve-se, em sequência, determinar metas de qualidade; identificar quais os clientes e suas necesidades; adequar as características dos produtos para atendimento das necessidades dos clientes; desenvolver processos para produção dos produtos com suas características e, por fim, definir controles dos processos e transferir os planos resultantes para a operação (JURAN, 1992). Segundo Ferreira (2006), o planejamento bem elaborado de um projeto é a atividade fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Permite, assim, assegurar, com base nas premissas assumidas, uma probabilidade favorável com relação aos resultados esperados, tanto na etapa da concorrência, quanto no início e durante todo o período da obra. Com relação aos revestimentos de argamassa externa das edificações, por exemplo, Maciel (1997) considera que, apesar destes serem bastante utilizados, costumam ser vistos como acabamento final para esconder imperfeições, de forma que suas outras funções não são valorizadas. Tal desconsideração da importância dos revestimentos externos costuma resultar em desperdícios de material, mão de obra e tempo, além da incidência de manifestações patológicas em razão de problemas de execução. A tendência de empresas construtoras buscarem melhores resultados no processo de produção do edifício através da organização do processo de projeto já é apontada por Maciel (1997). Para isto, algumas medidas já estariam sendo tomadas, tais como: organização de um departamento técnico vinculado às empresas, com função de coordenar os diferentes projetos de forma a serem compatíveis; contratação de projetos específicos para subsistemas até então não considerados (como o de alvenaria de vedação); elaboração de manuais de procedimentos de execução e controle nessas empresas, consolidando a tecnologia construtiva que embasa a atividade de projeto. Com isto, percebe-se a importância da utilização de padrões técnicos para execução de processos nas obras de construção civil que contenham parâmetros de controle de qualidade. Eles ajudam a diminuir perdas, garantindo a qualidade do produto, além de contribuírem para a melhoria contínua dos processos de produção na construção civil, como previsto por Ribeiro et al. (2000), por meio da melhoria nas especificações, detalhamento e estudos de engenharia, implantação de monitoramento estatístico e projetos de experimento. Em outras palavras, no desenvolvimento ou controle da Qualidade, do todo e das partes, algumas características devem ser cuidadosamente monitoradas e, para facilitar as melhorias nos processos, são necessárias equipes qualificadas e infraestrutura adequada. A implementação dessas melhorias pressupõe a elaboração de um plano que contemple emprego, treinamento ou redistribuição da mão-de-obra, bem como aquisição ou racionalização de materiais ou equipamentos e eventuais mudanças de leiaute (RIBEIRO et al., 2000). Este plano pode ser desenvolvido através de prévia coleta das informações e das condicionantes envolvidas, elaborando-se um planejamento organizacional para desenvolver futuras ações de forma sistemática e eficaz. 1.2. Coleta de Documentação para um Gerenciamento de Processo Bem-Sucedido A consolidação da Qualidade na indústria da Construção Civil tem exigido grandes esforços. Isto se deve ao fato de o setor produzir produtos complexos, envolvendo longo período de maturação e diversas equipes, com processos muitas vezes fragmentados e temporários. Somados a estes, estão os efeitos de flutuações da economia e o emprego de mão-de-obra desqualificada, que acabam por gerar desperdícios ao longo dos processos e imprevisibilidade nos custos finais. Assim, a coleta de informações prévia bem feita é essencial para que haja um nítido entendimento das necessidades de uma obra, tanto no que se diz respeito a planejamento, como no projeto e execução. Segundo Silva et al. (2010), a documentação normativa é uma ferramenta que deve ser usada para alcançar os efeitos desejados da qualidade, uma vez que dispõe de parâmetrose informações necessárias para monitorar cada etapa produtiva. Com base nesta consideração, a fim de se regulamentar parâmetros para o setor da Construção Civil, foi instituída a Norma de Desempenho para a Construção Civil NBR 15.575 (ABNT, 2012). O principal objetivo da mesma é garantir aos consumidores um padrão mínimo de qualidade e vida útil dos sistemas que compõem e edificação. Ao determinar os parâmetros de desempenho das edificações, a norma faz com que o trabalho de projetistas e especificadores de materiais e acompanhamento da obra se tornem ainda mais importante. Desta forma, garante a necessidade de os construtores realizarem o controle da obra, podendo se valer de ferramentas oriundas do Sistema de Gestão da Qualidade. Entende-se por documento do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) os procedimentos operacionais, as instruções de trabalho, os manuais para normas de assistência ao cliente, os padrões de qualidade, as folhas de processo e os formulários (ROTHERY, 1993). A documentação do sistema de qualidade está dividida em quatro etapas (SILVA et al., 2010): manual da qualidade: aborda a política, a missão, os objetivos e o porquê da qualidade; documentos administrativos: descrevem o que fazer, quando fazer, onde fazer, e quem irá fazer cada atividade dentro da empresa; procedimento operacional padrão: instrui os operadores de como a operação deve ser executada, apresentando os critérios de qualidade, as ferramentas a serem utilizadas e os planos de ação em caso de peças fora do especificado; registros da qualidade: registram os dados, confirmando que as operações e os produtos estão de acordo com a especificação. Este trabalho focou o planejamento e a documentação para o controle da qualidade do processo de execução do revestimento cerâmico de fachada, através primeiramente da definição da etapa mais crítica, com o auxílio do QFD; seguido da determinação dos padrões técnicos de operação desejáveis ao produto. Na elaboração do conteúdo desses padrões se buscou abrangência e clareza estrutural, resultando em requisitos e respectivos critérios de avaliação, para, então, elaborar-se o procedimento operacional padrão, tendo por base as normativas existentes adaptadas ao sistema construtivo a que se destina numa obra específica. Para tanto, é fundamental o conhecimento global dos processos produtivos por parte dos agentes envolvidos e toda documentação criada deve sofrer atualização periódica, com a incorporação das inovações e mudanças ocorridas no processo produtivo, assegurando que os registros estejam legíveis e identificados. Da mesma forma, os futuros usuários da edificação, tendo em mãos a base documental previamente elaborada, têm autonomia para verificar o atendimento dos parâmetros estabelecidos. 1.3. Q.F.D – Desdobramento da Função Qualidade O QFD (Quality Function Deployment - Desdobramento da Função Qualidade), segundo Akao (1996), se trata da conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade de produto e o desenvolvimento da qualidade de projeto para o produto acabado. O autor propõe inicialmente uma Matriz de Qualidade, através de gráficos conhecidos como House of Quality (Casa da Qualidade), resultante de relação entre o desdobramento das características de qualidade, que traduzem as necessidades dos usuários, e o desdobramento da qualidade exigida, referindo-se aos requisitos técnicos necessários no sentido de atender os desejos do cliente. A correlação entre as variáveis em cada matriz é feita com auxílio de símbolos, como é possível conferir na figura 1. Figura 1 – Matriz de qualidade segundo Akao (LORENZON et al., 2011) Baseado no estudo de Akao (1996), Lorenzon et al. (2001) propõem o preenchimento das matrizes de desdobramento da Qualidade Exigida e de desdobramento das Características da Qualidade, através de valores numéricos estabelecidos como pontuação para definir o graus de importância, variando de 1 a 5. A partir do preenchimento de uma Matriz Qualidade resultante desta correlação, são obtidos os requisitos de maior relevância no sistema de planejamento de um empreendimento. 2. METODOLOGIA Foram considerandas três etapas para a sistematização do processo de execução do revestimento cerâmico de fachada as quais resumidamente são: escolha do processo: através de uma matriz QFD, defini-se a etapa mais crítica do processo analisado; planejamento da qualidade: nesta etapa são determinadas características da qualidade desejáveis ao produto, resultando em requisitos e respectivos critérios de avaliação; elaboração do procedimento operacional da etapa mais crítica: contém, de forma sucinta e objetiva, todos os materiais e equipamentos necessários, as atividades para a execução, além de considerações quanto ao manuseio de material e sobretudo os resultados esperados e as ações corretivas no caso do não cumprimento das especificações. 2.1. Escolha do processo A execução do revestimento cerâmico de fachada foi dividida em: 1. Preparo da base e chapisco convencional; 2. Execução do emboço externo; 3. Assentamento das placas cerâmicas; 4. Rejuntamento; 5. Execução das juntas de dilatação. A partir da decisão do nível de cada etapa de execução do sistema, tendo como base a sequência de execução de uma obra convencional multipavimentar, desdobraram-se os critérios de qualidade exigidos, relacionados a cada fase, conforme a tabela 1, do Anexo. Para a escolha do processo mais crítico, construiu-se uma Matriz de Qualidade QFD da execução do revestimento cerâmico de fachada (tabela 2, do Anexo). A ordem de prioridade estabelecida para os requisitos do cliente, variando de 1 a 6, considerou a percepção de um usuário típico aleatório como principal critério e serviu como ponderação para o grau de importância de cada requisito do cliente. As correlações entre os requisitos do cliente e os parâmetros de qualidade das etapas do processo foram realizadas do mesmo modo que Lorenzo et al. (2001), ou seja, de acordo com seu grau de intensidade, com pontuação variando de 1 a 5. Em seguida, foi possível a avaliação da importância de cada uma das etapas ou processos intermediários (limpeza da base, preparo do chapisco, preparo do emboço, assentamento da cerâmica) e quais aspectos são mais relevantes (tempo em aberto, planeza, espessura constante de cada camada, ausência de fissuras, resistência do sistema construtivo, resistência às intempéries, etc.). Seguindo as somatórias dos requisitos ponderados, inerentes a cada etapa apresentada no QFD do processo executivo do revestimento cerâmico de fachada, foi possível quantificar a qualidade e estabelecer quais são prioritárias e qual processo merece maior relevância (atenção gerencial). Como mostra a tabela 1, a fase de execução do emboço externo apareceu como a de maior relevância. Tabela 1 – Relevância dos processos Processos Relevância Preparo da base e chapisco 656 Execução do emboço externo 1784 Assentamento das placas cerâmicas 1161 Rejuntamento 625 Execução das juntas de dilatação 794 2.2. Planejamento da Qualidade Sabendo a relevância do processo de execução do emboço externo em relação aos demais processos, elaborou-se a tabela 3, do Anexo, seguindo as recomendações da metodologia de avaliação de desempenho proposta pela NBR 15575-1 (ABNT, 2012). Assim, identificaram- se algumas fases e parâmetros necessários e inerentes ao processo selecionado para este estudo. A partir deste ponto, foram definidos os requisitos e critérios a serem atendidos em cada etapa do processo, expressos de forma qualitativa e quantitativa. Por fim, foram definidos os métodos de avaliação a serem adotados em cada caso específico. Conforme constata-se na tabela 3, do Anexo, entre as as principais características da qualidade do processo em questão destacam-se: prumo (medido em mm/m); planeza (medidoem mm/m); espessura (medida em mm) e capacidade de manter-se íntegra, sem fissuração (compatibilidade com o substrato). 2.3. Procedimento Operacional Padrão Foi elaborado o Procedimento Operacional Padrão do processo de execução de emboço externo (tabela 4, do anexo) onde definiram-se: os materiais necessários; as atividades críticas para a execução; as considerações referentes ao manuseio de material; os resultados esperados e as ações corretivas no caso do não cumprimento das especificações. Este procedimento auxilia na rotina de execução, facilitando a consulta referente aos passos a serem seguidos e verificação do produto acabado. Pode ser utilizado para a capacitação e qualificação da mão-de-obra, pois descreve de forma didática e detalhada os passos para a execução, explicando os pré-requisitos e as finalidades de uma determinada ação, evitando que alguma etapa seja efetuada de forma inadequada. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificou-se a importância e a aplicação do planejamento do controle de qualidade do processo de execução do revestimento cerâmico de fachada. A partir do procedimento operacional, do mesmo, identificado após do cruzamento de dados do método QFD, identificou-se a seguinte ordem de relevância entre as etapas construtivas: 1. Execução do emboço externo; 2. Assentamento das placas cerâmicas; 3. Execução das juntas de dilatação; 4. Preparo da base e chapisco; 5. Rejuntamento. Cabe observar que esta ordem não coincide com a seqüência de etapas intrínsecas ao processo construtivo, demandando um rigor diferenciado no acompanhamento de cada uma. A execução do emboço externo, seguida do assentamento das placas, correspondem às etapas de maior relevância a serem monitoradas, representando quase o dobro das demais. Essa identificação e documentação dos resultados, a partir da precisa análise do procedimento operacional realizado, permitirá que melhorias e ajustes venham a ser agregados à reprodução da atividade, em etapa futura, garantindo a meta de melhoria contínua no SGQ da equipe. 4. REFERÊNCIAS ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) NBR 15575-1: Edifícios habitacionais até cinco pavimentos – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2012. AKAO, Y. Introdução ao Desdobramento da Qualidade. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1996. FERREIRA, M. A. B. Importância do Planejamento na Construção Civil. Téchne, n. 112, julho de 2006. JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Pioneira, 1992. LORENZON, I. A.; MIGUEL. P. A. C. Metodologia para desenvolvimento e implantação de sistemas de gestão da qualidade em empresas construtoras de pequeno e médio porte. Boletim Técnico: BT/PCC/190. São Paulo: EPUSP, 1997, 46p. MACIEL, Luciana L. A inserção do projeto dos revestimentos de argamassa de fachada no processo de produção do edifício. Boletim técnico: BT/PCC/189. São Paulo: EPUSP, 1997, 22p. RIBEIRO, J.L.D., ECHEVESTE, M.E., DANILEVICZ, A.M.F. A utilização do QFD na otimização de produtos, processos e serviços. Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, UFRGS, 2000. ROTHERY, B. ISO 9000. São Paulo: Makron Books, 1993. SILVA, A. S. da; TORRES, K. A.; BORBA, É. L.; ZWICK, E; MARTINS, P. L.; DAIA, R. T. C. A importância da documentação da qualidade para o setor produtivo: um estudo de caso. In: VII SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 2010, Rio de Janeiro. Anais... Resende: VII SEGET, 2010. p. 1-12. ANEXO Tabela 1 – Requisitos técnicos contidos nos processos Requisitos técnicos Preparo da base e chapisco Execução do emboço externo Assentamento das placas cerâmicas Rejuntamento das placas cerâmicas Execução das juntas de dilatação M ed id a s d e co n tr o le d e d es em p en h o tempo em aberto da argamassa X X tempo de cura X X resistência estrutural X X X tempo de ajustabilidade da arg. X X tempo de espera da argamassa X X X limpeza do substrato X X X X X prumo e planicidade das mestras X nivelamento das taliscas X espessura do emboço X qualidade de fixação da tela metálica X fator de forma das juntas de dilatação X diâmetro do limitador de profund. X espessura da argamassa colante X lançamento e espalhamento do chapisco X lançamento e espalham. arg de emb. X qualidade do sarrafeamento X qualidade do desempeno X X espalhamento da argamassa colante X aplicação do rejunte X selamento das juntas de dilatação X D et a lh es t éc n ic o s tipo de rejunte X tipo de argamassa externa X tipo de argamassa colante X tipo de malha e espessura do fio da tela metálica X qualidade da mão de obra X X X X X condições do terreno X X X X espaçamento do rejunte e das juntas de dilatação X X X tipo de selante X espaçamento das taliscas X Q u a li d a d e d o s m a te ri a is e fe rr a m en ta s estado da colher de pedreiro X X estado da régua X estado da desempenadeira X X integridade da embalagem da argamassa X X X X condições mecânicas do balancim X X X X X integridade da argamassadeira X X X estado do gabarito de aplicação do limitador de profundidade X condições do carrinho X X X Tabela 2 – Matriz QFD dos requisitos para procedimento de revestimento cerâmico de fachada P r io r id a d e te m p o e m a b e rt o d a a rg a m a ss a te m p o d e c u ra re si st ê n c ia e st ru tu ra l te m p o d e a ju st a b il id a d e d a a rg a m a ss a te m p o d e e sp e ra d a a rg a m a ss a li m p e z a d o s u b st ra to p ru m o e p la n ic id a d e d a s m e st ra s n iv e la m e n to d a s ta li sc a s e sp e ss u ra d o e m b o ç o fa to r d e f o rm a d a s ju n ta s d e d il a ta ç ã o d iâ m e tr o d o l im it a d o r d e p ro fu n d id a d e e sp e ss u ra d a a rg a m a ss a c o la n te la n ç a m e n to e e sp a lh a m e n to d o c h a p is c o la n ç a m e n to e e sp a lh a m e n to d a a rg d e e m b o ç o q u a li d a d e d e f ix a ç ã o d a t e la m e tá li c a q u a li d a d e d o s a rr a fe a m e n to q u a li d a d e d o d e se m p e n o e sp a lh a m e n to d a a rg a m a ss a c o la n te a p li c a ç ã o d o r e ju n te se la m e n to d a s ju n ta s d e d il a ta ç ã o ti p o d e r e ju n te ti p o d e a rg a m a ss a e x te rn a ti p o d e m a lh a e e sp e ss u ra d o f io d a t e la m e tá li c a ti p o d e a rg a m a ss a c o la n te q u a li d a d e d a m ã o d e o b ra c o n d iç õ e s d o t e rr e n o e sp a ç a m e n to d o r e ju n te e d a s ju n ta s d e d il a ta ç ã o ti p o d e s e la n te e sp a ç a m e n to d a s ta li sc a s e st a d o d a c o lh e r d e p e d re ir o e st a d o d a r é g u a e st a d o d a r é g u a d u p la e f ri sa d o r e st a d o d a d e se m p e n a d e ra in te g ri d a d e d a e m b a la g e m d a a rg a m a ss a c o n d iç õ e s m e c â n ic a s d o b a la n c im in te g ri d a d e d a a rg a m a ss a d e ir a e st a d o d o g a b a ri to d e a p li c a ç ã o d o l im . d e p ro fu n d c o n d iç õ e s d o c a rr in h o Bonito 4 1 1 3 1 1 3 5 5 3 5 1 1 1 1 3 5 5 1 5 5 1 3 3 5 5 3 3 3 3 3 1 3 368 Nãoesteja torto 2 2 1 1 1 1 3 5 5 3 3 3 3 3 5 5 1 3 3 1 1 1 5 3 3 3 5 3 5 3 5 3 3 190 Uso Fácil de manter 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 5 1 1 1 5 5 5 5 5 3 1 5 1 1 5 1 1 5 204 Não descole 5 5 5 5 5 5 5 3 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 3 5 5 5 5 5 5 870 Dure bastante 6 5 5 5 5 5 5 3 3 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 3 5 5 5 5 3 5 5 5 5 5 5 1050 Custo Custo 1 3 5 3 3 5 5 3 3 3 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 1 3 3 3 3 5 3 3 5 1 111 69 64 77 67 67 76 66 66 69 90 85 68 59 68 80 88 80 68 93 ## 81 89 60 89 99 23 89 93 77 58 61 91 83 73 68 64 93 1 R e le v â n c ia d o s r e q u is it o s Qualidade dos materiais e ferramentasDetalhes técnicos Desempenho Aparência Medidas de controle de desempenho G r a u d e im p o r tâ n c ia Requisitos de projeto Requisitos do cliente Legenda : Correlações: Prioridade: 5=forte correlação; 6 = maior prioridade 3=moderada correlação; 1 = menor prioridade 1=baixa correlação; =não se aplica. Tabela 3 – Planejamento do controle de qualidade da execução do emboço externo Processo Requisito Critério Método de Avaliação Recebimento da argamassa na obra Argamassa em estado adequado para utilização Integridade da embalagem (não estar rasgada, estar dentro da validade) Observação visual Transporte da argamassa ao local de estoque Embalagem protegida e intacta até o estoque Estabilidade no percurso (terreno bem nivelado), empilhadeira sem partes perfurantes e em boas condições mecânicas, evitar exposição à chuva Observação visual Estoque Armazenamento em local protegido de umidade e chuva Local coberto e manter material afastado do chão por meio de pallets Observação visual Transporte dos materiais e equipamen-tos até o local de preparo Materiais e equipamentos bem conservados Estabilidade no percurso (terreno bem nivelado), carrinho de mão e balancim sem partes perfurantes ou rupturas e em boas condições mecânicas, Observação visual Preparo da argamassa Homogeneidade Limpeza e condições mecânicas da betoneira, mistura correta da argamassa (mínimo de 3 min) Inspeção visual/Atendi-mento às recomendações existentes no rótulo da embalagem da argamassa Transporte até o balancim Homogeneidade, conservação e evitar desperdício Estabilidade no percurso (terreno bem nivelado), carrinho de mão e balancim sem rupturas e em boas condições mecânicas. Armazenamento adequado. Observação visual Espera Argamassa adequada ao uso Não ultrapassar o tempo de ajustabilidade de até 2 horas (antes da formação de um filme) Controle do tempo com relógio Execução da camada de emboço Prumo e planeza Taliscas com espessura de 2,5cm Mestras com largura de 5cm Espessura do emboço de 2,5cm Medição da espessura com régua e avaliação com prumo. Ausência de fissuras Uso de tela metálica com 1cm de argamassa entre chapisco e tela Medição com régua Aderência ao substrato Quantidade de argamassa e lançamento com força adequados Observação visual Acabamento levemente poroso e sem irregularidades (desempeno grosseiro) Uso de régua e desempenadeira em bom estado Observação visual Cura da camada Ausência de fissuras Curar o emboço com mangueira adaptada com aspersores nos 2°, 3°, 4° e 5° dias Observação visual Tabela 4 – Procedimento operacional padrão: execução de emboço externo Materiais necessários Água Argamassa industrializada Tela metálica Pinos de fixação Equipamentos necessários Mangueira adaptada com aspersores (cura) Pistola de fixação de pinos 2 Réguas metálicas (2m e 20cm) Desempenadeira (de madeira ou PVC) Argamassadeira Enxada Colher de pedreiro Prumo de face Carrinho de mão Masseira Brocha Relógio Balde graduado de 12 e 20 litros Torquês Trena Marreta de 1 kg Pá Taliscas Pregos Martelo 2 Vassouras Frisador Fio de nylon Atividades críticas 1- Verificar se a quantidade de argamassa industrializada existente no estoque atende à necessidade 2- Transportar até o local de execução do revestimento: 3- Transportar até o local de preparo da argamassa: 4- Verificar se a argamassadeira está limpa 5- Colocar água (quantidade especificada na embalagem) e argamassa industrializada na argamassadeira 6- Misturar durante no mínimo 3 minutos até ficar uma pasta uniforme 7- Transferir argamassa misturada para o local de execução do revestimento com o carrinho de mão 8- Fixar as taliscas com argamassa de espessura máxima de 2,5cm no chapisco. O espaçamento horizontal entre elas deve ser de 1,5 a 1,8m, estando no mínimo a 30cm das bordas das paredes 9- Fazer as mestras, preenchendo com argamassa uma faixa de 5cm de largura entre as taliscas 10- Posicionar e fixar entre as mestras as telas metálicas de reforço com pinos de fixação através de pistola 11- Aplicar a argamassa no espaço entre as mestras, respeitando a espessura definida por elas 12- Sarrafear a argamassa com a régua metálica adequada, retirando o excesso de massa e as taliscas 13- Esperar no mínimo 15 minutos para a argamassa "puxar” 14- Desempenar grosseiramente a argamassa 15- Regular o frisador para espessura do revestimento 16- Posicionar a régua dupla sobre as linhas onde foram previstas juntas de dilatação 17- Para fazer as juntas, colocar o frisador sobre a régua dupla e pressioná-lo, retirando o excesso de argamassa ao longo da extensão prevista pra junta de dilatação 18- Retocar o acabamento das juntas de dilatação 19- Curar o emboço com mangueira adaptada com aspersores nos 2°, 3°, 4° e 5° dias Manuseio de Material Após cada atividade limpar a área de trabalho e equipamentos utilizados Evitar movimentos bruscos no carrinho de mão para impedir segregação da argamassa Resultados Esperados Argamassa de emboço totalmente aderida ao chapisco em toda extensão do revestimento, com aspecto rígido, sem fissuras, saliências, rebaixos ou outros defeitos. Prumo deve atender nível de tolerância de 1cm Ondulações de no máximo 2mm Resistência de aderência à tração superior a 0,30MPa Ações corretivas Em caso de locais onde não houver atendimento dos resultados esperados, refazer o revestimento. Em dúvida, consulte o engenheiro responsável
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