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MONOGRAFIA ARIETE 2 (Autosaved)

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Declaração de honra
Ariete Judite Mariquele, declaro por minha honra que, o presente trabalho de pesquisa é original e nunca foi apresentado na sua íntegra para a obtenção de qualquer grau. Declaro ainda que o mesmo é fruto da minha investigação, estando indicadas as referências bibliográficas e as fontes de informação utilizadas para a sua realização.
Candidata
_____________________________
(Ariete Judite Mariquele)
Dedicatória
Este trabalho é dedicado ao meu pai Adriano F. Mariquele e a minha mãe Judite Muianga por terem-me guiado nos meus primeiros passos. 
 
Agradecimentos
O meu maior agradecimento vai para Deus, o nosso criador, por ter me conhecido antes mesmo de ter me criado e pelas suas bênçãos na minha vida. Agradeço à minha família pelo todo esforço envidado para me apoiar emocional e financeiramente durante o curso e a vida toda.
Aos meus grandes amigos e colegas que me apoiaram os que, a cada dia, estiveram comigo e deram seu máximo para me fazer sorrir e acreditar numa vida melhor.
A minha supervisa pelo tempo e paciência para guiar da melhor maneira a consecução desta monografia, meu muito obrigado. Aos moradores do bairro Polana Caniço A pela sua paciência no preenchimento do inquérito meu kanimambo.
LISTA DE ABREVIATURAS
IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência
OMS – Organização Mundial da Saúde
SDA - Síndrome de Dependência do Álcool
UNICEF – United Nation Children’s Found
APA – American Psychiatric Association
HCM – Hospital Central de Maputo
HGM – Hospital Geral de Mavalane
OEDT – Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência 
EMCDDA – European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction Manuals
MINEDH – Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
UATAF – Unidade de Apoio Técnico para Alfabetização Funcional
USAID – Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional
NODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
Resumo
A presente monografia discute o impacto do consumo de substâncias psicoativas nos adolescentes no Bairro Polana Caniço “A” tendo como cerne as implicações do consumo de substâncias psicoativas para os adolescentes no Bairro Polana Caniço “A”. A revisão da literatura est’a identificada em três perspectivas a saber, a primeira analisa o consumo de substâncias psicoativas, sob o ponto de vista da saúde pública, onde considera-se o consumo de substâncias psicoativas sendo um mal que assola a nossa sociedade no Geral, o que leva a camada adolescente a graves doenças mentais que são mal vistas pela sociedade; a segunda é vista sob o ponto de vista económico, onde os adolescentes devem procurar uma melhor formação e qualificação para posteriorermente se engajarem no sector de emprego, ao invés deles refugiarem-se no uso e consumo de substâncias psicoativas e a terceira perspectiva é do ponto de vista familiar, onde os adolescentes necessitam de um suporte por parte da familia com vista a livrarem-se desse mal. Não obstante, pode-se concluir que o consumo de substâncias psicoativas criam distúrbios mentais e não são uma prática benéfica para a sociedade, sobretudo a classe de adolescentes. 
Palavra-chave:, Adolescente, Álcool, Substâncias Psicoativas
Summary
The theme analyzed the impact of alcohol consumption and narcotic use on youth and adolescents in Polana Caniço “A” Neighborhood, having as its core the implications of alcohol and narcotic consumption for youth and adolescents in Polana Caniço “A” Neighborhood during The literature review identified three perspectives to know that one analyzes from the point of view of public health, where it considers the consumption of alcohol and the use of narcotic drugs as an evil that plagues our society in general, which leads to the youth. with serious mental illnesses that are badly regarded by society the second is viewed from the economic point of view where young people and teenagers are clamoring for engagement in the employability sector, ie the reason they take refuge in the use and consumption of alcohol and drugs relieve stress. The third perspective is from the family point of view where these young people need support from the family to get out of these evils. Thus we can conclude that alcohol consumption and narcotic drugs create mental disorders and are not a beneficial practice for society.
Keyword: Young Teen, Alcohool, Narcotic and Schizophrenia
V
Índice
Declaração de honra	I
Dedicatória	II
Agradecimentos	III
LISTA DE ABREVIATURAS	IV
Resumo	V
Summary	VI
CAPITULO I: INTRODUÇÃO	1
1.1Delimitação Espacial e Temporal	2
1.1.1 Delimitação Espacial	2
1.1.2 Delimitação Temporal	2
1.2 Contexto:	2
1.1.Justificativa	3
1.2.Problematização	3
1.3.Hipóteses	4
1.4.Objetivo Geral	4
1.4.1.Objectivos Específicos	4
1.6. Estrutura do trabalho	4
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA	6
2.1.Breve historial da Esquisofrenia	6
2.2.Conceitos	7
2.2.1.Esquizofrenia	7
2.2.5.Estupefaciente	8
2.2.6.O impacto de consumo de estupefacientes	8
2.3.Drogas	10
2.3.1.Alcool	10
2.3.2.Alcoolismo	10
2.3.3.Adolescência	11
2.4.Toxicodependência	13
2.4.1.Definição e caracterização de Toxicodependências	13
2.4.2.O adolescente, a família e a rede de pares	14
2.4.3.Adolescência e toxicodependência	15
2.5.Adolescência e o uso do álcool	16
2.5.1.Efeitos Prejudiciais do Álcool	16
2.5.2.A Escola	17
2.5.3.Consumo de substâncias psicoativas: fatores de risco e de proteção	18
2.5.3.1. Fatores de risco	18
2.5.4.Reflexão sobre medidas de combate ao consumo de álcool nas escolas em Moçambique	19
2.5.6.Factores protectores e factores de risco	23
2.5.6.1.Prevenção da Toxicodependência	25
2.5.6.2.Programas de Prevenção	27
CAPITULO III: CONDUÇÃO DA PESQUISA	28
3. Metodologia	28
3.1. Natureza de Pesquisa	28
3.2. Tipo de Pesquisa	29
3.2.1. Social	29
3.2.2. Pesquisa documental	29
3.2.3. Método de pesquisa	29
3.4.3. Localização Geográfica Do Bairro Polana Caniço “A”	32
3.5. Considerações Éticas	32
3.6. Cronograma de Actividades	34
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO DOS RESULTTADOS	35
4.2.1. Motivações para o consumo de álcool e estupefacientes	36
4.2.2. Quais são as consequências do uso de estupefacientes e do álcool	36
4.2.3. Qual seria a solução para ajudar esses jovens e adolescentes consumidores	37
4.2.4. Estudo de caso do consumo de Álcool e estupefaciente na esquizofrenia	37
4.2.4.1. Proporção da associação juvenil no Bairro da Polana Caniço “A”	37
4.3. A associação com a principal fonte de acolhimento e reintegração dos jovens no sector	38
CAPITULO – V: Conclusão e Recomendações	41
5.1. CONCLUSÃO	41
5.2. RECOMENDAÇÕES	42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA	43
APENDICES	1
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A presente monografia tem como tema: Percepção dos Adolescentes em Relação ao Impacto do Consumo de Substâncias Psicoativas, uma abordado no âmbito de obtenção de grau académico de Licenciatura em Psicologia Clínica. Esta visa a aplicação das ferramentas teóricas para a compreensão da temática que se aborda, de modo aferir um contributo valioso na problemática da percepção do impacto do consumo de substâncias psicoactivas no desenvolvimento da esquizofrenia.
segundo Moura (2009), a adolescência, palavra que vem do latim “adolesco”, que significa crescer, é uma fase da vida que traz questionamentos e instabilidade, uma busca da própria identidade. 
Essa fase engloba todos individuos entre 12 aos 18 anos de idade, é um estágio de crescimento muito conturbado, pois existe uma variedade de escolhas no meio onde o adolescente se encontra inserido (OMS apud ALAVARSE; CARVALHO, 2006, p. 409).
Dos 12 aos 18 anos de idade, trata-se de um estágio de transformações biológico, físico e psicológico. Embora em alguns casos, vivenciados este estágio é tido como “um momento conturbado na trajectória do adolescente podendo gerar conflitos pessoais, familiares e sociais” (Alavarse; Carvalho, 2006), por esta representar uma época de descobertas, mudanças de humor, desenvolvimento de atitudes, fragilidade, e busca de afirmação da identidade. 
Neste âmbito, o temafoca-se no impacto do consumo de estupefaciente e álcool na vida do próprio adolescente. é de referir que um dos principais impactos do consumo destas substancias é a esquizofrenia, esta que ao longo do trabalho foi classificada como um tipo de demência precoce, tendo como sintomas característicos: alucinações, perturbações de atenção, compreensão e fluxo de pensamento, esvaziamento afectivo e sintomas catatônicos. 
Que é considerado um problema mundial de saúde pública que acomete mais do que 21 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme dados recentes da Organização Mundial de Saúde, (2004) sendo mais comum entre homens do que em mulheres adolescentes. 
A monografia tem como motivação identificar os factores que induzem ao consumo de subistâncias psicoactivas, seu impacto e Medidas para a redução do consumo. 
Para a elaboração desta monografia, recorreu-se ao questionário para melhor colher dados referentes à busca pelos efeitos psicotrópicos, nesta fase de maturação cognitiva.
A iniciação do consumo alcoólico na adolescência pode contribuir, segundo Dawson et al. (2008, citada em IDT, 2010), para um incremento da possibilidade de desencadear problemas associados ao consumo excessivo de álcool na idade adulta, nomeadamente o risco de desenvolver dependência, perturbações psiquiátricas e comprometimentos a nível da saúde mental do adolescente.
Nesse sentido, Antunes (1998) defende que o adolescente que bebe fica com probabilidades de desenvolver comportamentos desviantes. pois, beber excessivamente interfere com as fases normais do seu desenvolvimento.
A monografia obedece 4 capítulos, estando estes da seguinte ordem: 
Capitulo I - introdução, onde está apresentado o tema, o problema levantado, os objectivos, hipóteses e as justificativas;
Capitulo II- Fundamentação Teórica e Conceptual, onde se apresenta a revisão bibliografia, sustentadas pelos conteúdos e confrontação de autores que abordam sobre o uso de drogas e álcool nos adolescentes e jovens.
Capitulo III - aborda a metodologia usada desde o método da pesquisa, as técnicas e instrumentos usados na recolha de dados, a descrição do campo, a população, bem como a amostra recolhida.
Capitulo IV – far-se-á a discussão dos resultados, confrontando as principais teorias e modelo apresentado no referencial teórico do trabalho.
Por fim a conclusão da pesquisa, deixando-se algumas sugestões à mitigação do problema e a respectiva bibliografia. 
1.1.Delimitação Espacial e Temporal 
1.1.1 Delimitação Espacial
A pesquisa será realizada ao nível da Cidade de Maputo, em sintonia com a Estruturas do bairro e moradores do bairro que realizam várias actividades em prol dos adolescentes consumidores de substâncias psicoativas. 
A Cidade de Maputo é a capital de Moçambique, localizada na zona sul, na margem ocidental da Baia de Maputo e a zona norte encontra-se o Distrito de Marracuene, a Sul Matola, a este o oceano Indico e a Oeste Matola.
1.1.2 Delimitação Temporal 
O período de análise estende-se desde 2017 à 2018, este horizonte é analisado por ter sido o período que registou maior índice de adolescentes tóxicos dependentes, segundo dados estatísticos dos relatórios anuais da psiquiatria do Hospital Central de Maputo (HCM). 
1.2 Contexto:
Pretende-se com esta Monografia, compreender o impacto do uso de substâncias psicoativas nos adolescentes consumidores de forma a perceber o nível de actuação dos técnicos de saúde, dos moradores, da estruturas do bairro na busca da solução consoante a essa prática que tanto afecta a imagem do bairro Polana Caniço “A”. 
1.1.Justificativa
A escolha do tema prende-se na necessidade de analisar a precepção do uso substâncias psicoativas pelos adolescentes, isto é, partindo das vivências quotidianas em que vezes sem conta assistimos e acompanhamos estas formas de uso e consumo de substâncias psicoativas e que inquietam a sociedade moçambicana e o mundo em geral. É nesta pretensão e expectativa que se assenta a escolha do tema desta monografia que é: A Percepção dos Adolescentes Sobre o Impacto do Consumo de Substâncias Psicoativas. 
Pode se pensar, que muitas vezes, os adolescentes encontram no consumo de subistâncias psicoativas o refúgio para problemas de integração em grupos de pertença, ou de natureza familiar, escolar ou de emprego. Do ponto de vista de IREFREA apud GUAL (2002), existe uma evidente associação entre consumo de álcool e outras drogas na adolescência. Muitas das vezes tem-se como motivos que levam os jovens a ingerir álcool, a curiosidade, à imitação, à pertença a um grupo de pares e até à sugestão dos familiares. Aquí, há assumidamente, uma tolerância social para os consumos moderados de álcool, que acabam por evoluir para formas de risco.
Assim a escolha do tema é relevante porque vai fazer uma abordagem do uso de substâncias psicoativas nos adolescentes. 
Problematização 
A palavra Adolescente tem origem no latim, é entendida como Adolescer e significa crescer, amadurecer, alcançar a maturidade. É a fase onde se encontram intensas transformações biológicas e psicossociais. como é o caso do aparecimento das vontades, das afirmações grupais, da maior vulnerabilidade e das contestações. Enfim, a adolescência é o período onde o jovem tem um corpo em mudanças, capta ainda atitudes de criança, experimenta várias sensações e vive tudo ao mesmo tempo (FIER, 2007).
Para o Ministério da Saúde (MS), adolescência é o período de progressão que abrange a faixa de 10 a 19 anos, onde acontecem importantes mudanças biopsicossociais que influenciam tanto nas características emocionais quanto nas comportamentais. (BRASIL, 2003).
Drogas são substâncias psicoativas, que ao serem ingeridas mudam as funções cerebrais, e o seu uso frequente, pode acusar transtornos temporários, de humor, consciência e percepção. O uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA´s) leva a mudanças de comportamentos, muitas vezes adicionado à agressividade e falta de controle (NASCIMENTO, AVALLONE, 2013). Para além do referenciado, o uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA) leva o indivíduo a desenvolver um síndrome de dependência, o qual se caracteriza-se por agrupamento de fenómenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, que se desenvolvem após o uso contínuo destas substâncias e que normalmente gera uma dificuldade em controlar o seu uso e às vezes um estado de abstinência física. (WHO, 2014).
O consumo excessivo de algumas drogas – a overdose – pode levar à morte, Segundo ZAGURY (1999). Nos tempos de hoje existe várias ferramentas que permitem os adolescentes o acesso à comunicação que pode influenciar ou facilitar o acesso rápido do mercado de estupefacientes e álcool, daí que surge a necessidade de desenvolvimento desse tema como forma de mitigação do problema. 
Existe um reconhecimento da existência deste problema, embora inúmeros esforços sejam feitos para a redução do mesmo, através de alguns trabalhos científicos, que procuram estudar o fenómeno de forma relativa. Face aos problemas levantados, teremos como pergunta de partida: 
· Até que ponto o uso de subistâncias psioactivas tornam-se elementos prejudiciais nos Adolescentes?
1.1. Objetivo Geral
· Compreender a percepção dos adolescentes sobre o impacto do consumo de subistâncias psicoativas.
1.1.1. Objectivos Específicos 
· Identificar os conhecimentos dos adolescentes em relação ao impacto do consumo de substâncias psicoativas; 
· Descrever as causas de consumo de substâncias psicoativas;
· Perceber as estratégias que os adolescentes têm de modo a reduzir ou parar com o consumo de substâncias psicoativas;
· Avaliar as percepções que os adolescentes têm em relação ao seu futuro;
	 
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Breve historial de Substâncias Psicoativas
O consumo de substâncias psicoativas é um fenómeno histórico-cultural com implicações médicas, políticas, religiosas e económicas (MINAYO e DESLANDES, 1998). Do ponto de vista histórico, sabe-se que a relação da humanidade com os psicoativos, para os quais utilizaremos aqui também a denominaçãogenérica drogas, é um fenómeno antigo e persistente: com excepção de populações habitantes de zonas árticas, completamente desprovidas de vegetação, não há um só grupo humano que não tenha se relacionado com substâncias psicoativas (Escohotado, 1998). As motivações existentes para o estabelecimento de uma relação tão prolongada foram diversas: a busca do prazer, o alívio de preocupações e tensões, o controle do humor e a expansão da consciência, com alteração de seus estados ordinários (FILEV, 2015).
Ao longo do século XX, tornou-se hegemónica uma forma específica de actuação do Estado no que se refere à problemática das drogas, o proibicionismo. Trata-se de um modelo que incorpora diversos aspectos de pânico moral em relação às substâncias psicoativas. Um de seus marcos internacionais importantes aconteceu em 1961, na Convenção Única sobre Entorpecentes, sob chancela da Organização das Nações Unidas (ONU) e com patrocínio dos Estados Unidos (FIORE, 2012).
2.2. Conceitos
2.2.1. O que São Subistâncias Psicoativas 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o termo “droga refere-se a qualquer entidade química ou mistura de entidades que altere a função biológica e possivelmente a estrutura do organismo” (OMS, 1981). As chamadas substâncias psicoativas ou drogas psicotrópicas são aquelas que actuam sobre o cérebro, modificando o seu funcionamento, podendo provocar alterações no humor, na percepção, comportamento e estados da consciência.
2.2.2.Tipos de (drogas) Subistâncias Psicoativas 
2.2.3.Depressores
Segundo AZEVEDO, (2015) Depressores são drogas que inibem a função do sistema nervoso central e estão entre as drogas mais amplamente utilizadas no mundo. Drogas que são classificadas como depressoras incluem:
1. álcool
1. barbitúricos
1. benzodiazepínicos
2.2.4.Estimulantes
Estimulantes são uma classe de droga psicoativa que tende a aumentar a actividade no cérebro. Estes medicamentos podem elevar temporariamente o estado de alerta, humor e consciência. Mesmo que algumas drogas estimulantes sejam  legais e amplamente utilizadas, podem ser viciantes.
Drogas que são classificadas como estimulantes:
1. cafeína
1. nicotina
1. cocaína
1. anfetaminas
1. alguns medicamentos prescritos
2.2.5.Psicodélicos
Drogas psicodélicas, ou alucinógenos, possuem substâncias psicoativas que afectam o pensamento, alteram seu comportamento e distorcem as percepções. Drogas que são classificadas como psicodélicas incluem:
1. Cannabis 
1. psilocibina (derivado de um tipo de cogumelo)
1. mescalina (encontrada no peyote cactus)
2.2.6.Consequências prejudiciais do consumo de substâncias Psicoativas
O uso de drogas, incluindo álcool e nicotina, altera o Sistema Nervoso Central (SNC) e está entre os principais problemas de Saúde Pública no mundo. Além do comprometimento das estruturas cerebrais, as drogas podem causar problemas físicos, psicológicos, sociais, ocupacionais e legais. Segundo SEIDL (1999), as drogas podem ser classificadas de acordo com a produção e com a Lei.
Segundo (OMS, 2012), Droga é "toda a substância que, introduzida num organismo vivo, pode modificar uma ou mais funções do mesmo", englobando substâncias lícitas que são legais, como o álcool, apenas condicionada a sua venda à idade, e ilícitas ou ilegais como o haxixe, a heroína, a cocaína, o ecstasy e outras.
Acidentes ocorrem todos os anos, destas, 1,8 milhões estão associadas ao consumo de bebidas alcoólicas (MASCARENHAS, PORTO, 2011). 
Do ponto de vista da saúde o alcoolismo é uma doença crónica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. (VARELLA, 2011). O alcoolismo, se comparados os outros problemas de saúde, é responsável por gerar três vezes mais licenças médicas, aumentar em cinco vezes as probabilidades de acidentes de trabalho, aumentar em oito vezes a utilização de diárias hospitalares e levar as famílias recorrerem três vezes mais as assistências médica e social. Visto que o aumento de consumo de álcool eleva também a gravidade dos problemas decorrentes, consequentemente o custo social será maior. 
Os investimentos realizados não estão conseguindo reduzir os problemas decorrentes tais como criminalidade, acidentes, violência doméstica, absenteísmo, desemprego (MORAES, CAMPOS, FIGLIE, LARANJEIRA, FERRAZ, 2006).
Os sintomas da intoxicação aguda podem variar de pessoa para pessoa, como euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo, geralmente inadequado para o ambiente e emotividade exagerada, desenvolve maior agressividade ou, ao contrário sentemse sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. (MORAES et al.,2006) 
Segundo NODC (2003), Na maioria dos casos, as pessoas consomem substâncias psicoativas porque esperam tirar beneficio de tal consumo, seja por prazer ou para evitar dores, incluindo o consumo social. Mas o seu consumo também implica potencial de dano, a curto ou a longo prazo. Os principais efeitos nocivos do consumo de substâncias podem ser divididos em quatro categorias a saber:
a) Temos os efeitos crónicos para a saúde, no caso do álcool que inclui cirrose do fígado e uma serie de outras doenças crónicas; 
O tabaco fumado sob a forma de cigarro, inclui câncer do pulmão, enfisema e outras doenças crónicas;
O consumo de heroína injectável, com a partilha de agulhas é um vector importante da transmissão de agentes infecciosos tais como o HIV e os vírus das hepatites B e C em muitos países;
b) Em segundo lugar, temos os efeitos biológicos, agudos ou a curto prazo, da substancia sobre a saúde, que incluem principalmente dose excessiva (overdose), para drogas tais como os opioides e o álcool, Nesta categoria também estão classificados os acidentes devidos a efeitos dessas substâncias sobre a coordenação o física, a concentração e o discernimento, em circunstancias onde sejam necessárias tais qualidades. 
Os acidentes resultantes da condução de veículos depois de consumo de álcool ou de outra substanciação bem evidentes nesta categoria, mas também esta ̃o incluı ́dos outros acidentes, suicídios e (pelo menos no caso de álcool) agressões;
c) A terceira e quarta categoria de efeitos nocivos incluem consequências sociais prejudiciais: problemas sociais graves, tais como separações bruscas ou detenções, e problemas sociais crónicos, tais como incapacidade sem relação ao trabalho ou ao papel na família;
d) É salientar que é importante não esquecer que os critérios de dependência incluem consequências sanitárias e sociais.
Adolescência 
A adolescência segundo EISENSTEIN (2005), é um período de transição entre a vida adulta, caracterizado por impulso de desenvolvimento físico, mental, emocional sexual, e social pelos esforços do indivíduo é alcançar os objectivos relacionados as expectativas culturais da sociedade em que vive. A mesma se inicia com as mudanças corporais da puberdade e termina quando o individuo consolida o seu crescimento e sua personalidade, obtendo progressivamente sua independência económica, além da integração em seu grupo social além de integração social.
A definição de EISENSTEIN (2005), permite compreender que a adolescência é uma fase liminar e conturbada caracterizada por um desenvolvimento físico mental social do indivíduo que termina com a independência económica. Esse conceito perde de vista a variabilidade e a diversidade dos parâmetros biológicos e psicossociais que ocorrem nesta época em diferentes contextos que não concedem necessariamente com que o que se iniciou.
Para Figueiredo (1985) citado por Antunes (1998, p. 30), a adolescência é “o período de desenvolvimento que vai da puberdade até à maturação biopsicológica do indivíduo, período durante o qual ele atinge as características de adulto" acrescentando ERIKSON citado por HOUDE (1999), ser uma fase importante nos processos de identidade pessoal, psicossocial e sexual, sendo identificada como oestádio da “Identidade versus Confusão de papéis” em que a intimidade vai para além da mera realização sexual, podendo existir sob várias formas (relações de amizade, de partilha, de amor e união) com pessoas do mesmo sexo ou de sexo oposto. 
Inclui o desejo de envolvimento emocional e engloba também a definição do que significa “ser homem” ou “ser mulher”. Se estes sentimentos não são partilhados e o jovem se encontra só, sem ter ninguém com quem se preocupar e sem 34se preocuparem com ele há o risco de isolamento que pode estar disfarçado no espaço relacional.
Por sua vez LÂNGARO (2002), define adolescência, como sendo uma transformação bio-psico-social que a todos acontece, de forma voluntária e integrada. 
No entanto HAMBURG (1986) citado por OFFER e BOXER (1995, p. 283), consideram que ser “adolescente” hoje, é talvez mais complicado do que nunca. É uma fase difícil da vida, com grandes transformações mentais e físicas, em que se descobre uma entidade separada dos progenitores gerando sentimentos contraditórios; por um lado surge a curiosidade e a euforia e por outro verifica-se o medo e a insegurança. A descoberta do que é ser adulto entusiasma-o, enquanto a incapacidade de assumir tão repentinamente o seu novo papel e as responsabilidades a ele inerentes lhe causam insegurança e medo. Muitas das novas manifestações de comportamento que caracterizam esta fase reflectem apenas a busca de uma identidade própria.
Já NEIRICI, em 1967 dividia a adolescência em três grandes períodos: 
· Pré-adolescência: entre os 8 e os 10/11 anos seria caracterizada como uma etapa de vida tranquila e de crescimento diminuto, com poucos conflitos, estabilidade biológica e fisiológica em que, o organismo armazenava energia para o crescimento que se seguirá; 
· Período de rotura: desde os 10/12 anos aos 13/16 anos e seria caracterizado por um crescimento físico acelerado. A função sexual “desabrocha” e prepara-se para a maturidade reprodutora; Fase do 
· Reequilíbrio: de adolescência propriamente dita ou fase de afirmação que iria dos 13/16 aos 17/19. Nesta fase assistir-se-ia a um abrandamento das revoluções biológicas e começaria a haver uma adaptação às novas condições de vida o que lhe permitiria um trabalho intelectual mais intenso.	 
3.Toxicodependência
3.1.Definição e caracterização de Toxicodependências
A Toxicodependência é, segundo a Organização Mundial de Saúde: “Um estado psíquico, e por vezes também físico, resultante da interacção entre um organismo vivo e um produto tóxico, caracterizando-se por modificações do comportamento e por outras reacções, que incluem sempre a compulsão para tomar drogas dum modo contínuo ou periódico, a fim de experimentar efeitos específicos ou de evitar o mal-estar da privação” (OMS, 2012).
Droga é "toda a substância que, introduzida num organismo vivo, pode modificar uma ou mais funções do mesmo", englobando substâncias lícitas que são legais, como o álcool, apenas condicionada a sua venda à idade, e ilícitas ou ilegais como o haxixe, a heroína, a cocaína, o ecstasy e outras (OMS, 2012).
O DSM IV considera a dependência de substâncias como um padrão desadaptativo da utilização de substâncias, levando a um défice ou sofrimento que se manifesta por três (ou mais) dos seguintes sintomas, ocorrendo em qualquer ocasião, no mesmo período de 12 meses: 
· Tolerância, definida ou pela necessidade de quantidades crescentes de substância para atingir a intoxicação ou o efeito desejado, ou definida como a diminuição acentuada do efeito com a utilização continuada da mesma quantidade de substância; 
· Abstinência, manifestada por síndrome de abstinência característica da substância ou quando a mesma substância (ou outra relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência; 
· A substância é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um período mais longo do que se pretendia; 
· Existe desejo persistente ou esforços, sem êxito, para diminuir ou controlar a utilização da substância; 
· É despendida grande quantidade de tempo em actividades necessárias à obtenção e utilização da substância e à recuperação dos seus efeitos; 
· São abandonadas importantes actividades sociais, ocupacionais ou recreacionais devido à utilização da substância; 
A utilização da substância é continuada apesar da existência de um problema persistente ou recorrente, físico ou psicológico, provavelmente causado ou exacerbado pela utilização da substância (American Psychiatric Association [APA], 1996, p.185)
Em toda a nossa história, não parece que tenha havido alguma sociedade em que não houvesse à disposição substâncias que permitissem modificar os estados de consciência.
2.2.2. O adolescente, a família e a rede de pares
Para OLIVENSTEIN (1983, citado por BRACONNIER MARCELLI, 2000) define o toxicodependente como estando envolvido em diferentes relações específicas: relação com a lei, em que a transgressão e a maior violência é para o seu próprio corpo; a relação com o prazer, em que a substância determina um prazer de uma qualidade rara; a relação com o corpo onde o masoquismo é uma forma de procura da sua existência; a relação com a morte, em que no uso há uma procura de riscos. 
De acordo com BRACONNIER e MARCELLI (2000, p.198), “Actualmente, a maioria dos especialistas dá à droga um significado comum: o de proteger um Eu demasiado frágil contra sentimentos ansiosos ou depressivos demasiado fortes”, sendo as ligações entre produto, ansiedade e depressão que determinam, posteriormente, a toxicodependência.
Para LA VILLA MORAL JIMÉNEZ, e ANASTASIO (2009), eles fizeram uma pesquisa efectuado com adolescentes dos 12 aos 18 anos, com o objectivo de definir um perfil diferencial de consumo em função da idade, concluem haver uma tendência para o consumo de fim-de-semana com maior habituação e frequência da experimentação nos jovens mais velhos. Verificaram, ainda, uma percepção do risco distorcida, o que remete para a necessidade de se promoverem medidas preventivas.
MENDES E LOPES (2007), num estudo com 272 adolescentes, com média de idades de 15 anos, com o objectivo de analisar as diferenças entre géneros, em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, em relação ao meio onde vivem, à timidez, sociabilidade, vergonha e culpa, concluíram que os rapazes apresentam um nível médio maior de consumo de bebidas alcoólicas, nomeadamente, para cerveja e bebidas brancas em simultâneo, enquanto as raparigas consomem mais bebidas brancas. 
2.2.3. Adolescência e toxicodependência
Segundo MOREL, HERVÉ e FONTAINE (1997), salientam três elementos presentes em todas as abordagens da toxicodependência: “as substâncias que modificam intensamente a relação com o Eu e com o mundo; a adolescência, encruzilhada de experiências e ponto de partida de uma trajectória[footnoteRef:2]; [2: MOREL, HERVÉ e FONTAINE (1997) a dependência para caracterizar o facto de que há poderosos obstáculos internos que se opõem à vontade de parar o consumo” (p. 21).] 
Existem diferentes tipos de consumo entre os jovens: recreativo, em férias, festas, em que se procura um efeito euforizante; o auto-terapêutico, que é, por vezes, solitário em que se procura um efeito ansiolítico ou antidepressivo; e o toxicomaníaco, em que é o efeito anestésico que é procurado, um uso quotidiano e, também, muitas vezes, solitário (BRACONNIER & MARCELLI, 2000). 
Contudo (MOREL, HERVÉ & FONTAINE, 1997, p.61), a maioria dos adolescentes que usa drogas, tem motivações superficiais, não vai além da experimentação, e consome, sobretudo, em festas e encontros de 5 amigos. Mas, nos adolescentes mais vulneráveis, o consumo ganha uma forma mais sintomática, mais transgressiva, tem “o sentido de desafio: desafio a si mesmo (criar uma imagem em ruptura com a da infância) e o desafio aos adultos próximos”.
2.3. Adolescência e o uso do álcool
Adolescência, período da vida que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e começa aos 10 anos e termina antes de se completarem os 20 anos. Puberdade é uma fase do amadurecimento biológicoresultado da maturação neuro-hormonal que nomeia às mudanças morfológicas e fisiológicas do ser humano, sendo um processo contínuo e dinâmico.
Segundo PIAGET (1974), em sua teoria, aponta o desenvolvimento cognitivo na adolescência como período das operações formais o pensamento formal é aquele necessário para resolver problemas sistematicamente. Então o estudante adolescente tem um nível de pensamento que se mostra de forma lógica, sistemática e hipotética. É o ápice do desenvolvimento intelectual. 
Para VYGOTSKY (1996), o indivíduo se constrói a partir do meio social no qual esta inserido. Interagindo com os demais, ele participa activamente tanto na construção e na transformação do ambiente social, como também na de si mesmo. Isso equivale dizer que as funções complexas do comportamento humano são elaboradas conforme são utilizadas. Entende-se, portanto, que a natureza humana é essencialmente social, na medida em que ela se origina e se desenvolve pela actividade prática dos homens. Adolescentes recebem na escola o conhecimento, a amizade, a confiança, a responsabilidade. Mas eles são incríveis arrumando confusão, driblando regras, acabam por vezes estressando e se estressando. Neste estado psicológico e social, pode haver uma válvula de escape, utilizada muitas vezes em grupo, como o álcool. E o álcool é uma droga aceita, permitida, portanto, mais fácil de ser consumida. 
2.3.1. Efeitos Prejudiciais do Álcool
Os efeitos prejudiciais do álcool podem estar relacionados à quantidade, à frequência, à qualidade e à temporalidade e trazem consequências de curto e longo prazo, como acidentes de trânsito, traumatismos, atitudes agressivas, mortes acidentais, relacionamentos sexuais não planejados e/ou indesejáveis, problemas de saúde (cardiopatias, hepatopatias, psicopatias, neuropatias) e sociais (familiares, afectivos, profissionais). 
Para BOUZAS (2007), não se pode esquecer de que os motivos que normalmente levam as pessoas ao alcoolismo podem também levá-las a outros tipos de vício. E ainda: Por causa de sua estrutura molecular simples, e pelo fato de ser a única droga solúvel em gordura e água, o álcool pode permear o corpo inteiro de uma pessoa. Células ou se adaptam para sobreviver na presença da toxina, ou morrem. 
À medida que este processo de adaptação ocorre, o alcoólatra se encontrará tendo de beber quantidades cada vez maiores de sua droga para obter o mesmo efeito agradável que aprendeu a desfrutar e esperar.
(LAZO, p.61, 1989). Garantir que os adolescentes saibam dos efeitos prejudiciais do uso do álcool, pode ser feita com a orientação destes jovens de modo que eles saibam que alguém se importa, alguém está observando, alguém está disposto a ajudar, o que é fundamental. Ter acesso ao conhecimento correcto pode evitar o erro. O adolescente tem capacidade de abstracção e produção cultural, intelectual, científica e outras. Mas isto não está demonstrado nos baixos índices de IDH – Índice de Desenvolvimento Humano - impactando no desenvolvimento do país. 
2.3.2. A Escola
Os estudantes que não apresentam insucesso escolar, apresentam mais abstinência em comparação com os alunos que já têm insucesso escolar.
Segundo ARRIAGA E CORDEIRO (2005), ele faz um estudo sobre suporte social e comportamentos aditivos em adolescentes pré-universitários, concluem que a adopção de comportamentos aditivos na adolescência está negativamente associada à satisfação familiar. 
A escola oferece o necessário, conhecimento sistematizado e acumulado pela humanidade historicamente, mas está sempre em desvantagem na conquista do interesse do adolescente, pois reproduz o sistema socialmente estabelecido, um ensaio de vida adulta, cobra horários, produções, trabalho, isso tudo sem muita graça, monótono. Adolescentes frequentam a escola, estudam, tem êxito, mas o que podem contradizer aproveita. Os processos de maturação e de aquisição da capacidade de autocontrolo e de estima pessoal tendem a interromper-se, deixando o adolescente excessivamente vinculado aos factores externos, em detrimento dos factores internos, principalmente quando há baixa auto-estima, fazendo-o manter relacionamentos com base apenas no consumo de drogas, revelando dificuldades para a manutenção de relacionamentos verdadeiramente afectivos, como namorar, formar laços autênticos de amizade e participar de grupos e actividades sociais, atitudes que estão relacionadas a um desenvolvimento favorável da capacidade de cooperação (MAIA, p.1, 2012). 
A escola, como instituição de ensino, tem o dever de estimular o pensar, reflectir, criticar, conhecer, para formular a autonomia dos alunos. Sendo neste caso, o uso abusivo de álcool pelos adolescentes, a escola pode contribuir para a construção de conhecimento do que é e por que evitar este consumo, os riscos e comprometimento para a vida adulta. Se já há casos de alcoolismo a escola, pode dar apoio e estabelecer uma relação de confiança para que o adolescente se sinta acolhido e possa superar o vício. CARVALHO (1999), diz que em nossa vida resolvemos melhor o que conhecemos melhor.
Os resultados indicam, ainda, que o consumo de tabaco, álcool e haxixe aumenta com as actividades sociais com pares, a idade e com o nível de ensino. O facto de se verificar um consumo de álcool cada vez mais precoce, tem consequências significativas a nível individual, familiar e social, deixando sequelas que se irão repercutir no futuro destes jovens.
2.3.3. Consumo de substâncias psicoativas: factores de risco e de protecção
2.5.3.1. Factores de risco (OMS, 2011):
Ambientais
· Disponibilidade de drogas;
· Pobreza;
· Mudanças sociais;
· Cultura do círculo de amigos;
· Profissão;
· Normas e atitudes culturais;
· Políticas sobre drogas;
· Tabaco e álcool
Individuais
· Pré-disposição genética
· Vítima de maus-tratos
· Quando criança
· Transtornos da personalidade
· Problemas de ruptura familiar e dependência
· Fracos resultados escolares
· Exclusão social
· Depressão e comportamento
· Suicida
2.3.4. Reflexão sobre medidas de combate ao consumo de álcool nas escolas em Moçambique
O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão defende que o combate ao consumo excessivo do álcool por parte dos adolescentes e jovens nas escolas deve envolver todas as forças vivas da sociedade civil, com particular destaque para pais e encarregados, professores e gestores escolares. (Portal do Governo de Moçambique, 2015)
O apelo foi aquando do lançamento do projecto “smahsed” (quebrados) que visa despertar os riscos sobre o consumo de álcool na menor idade no seio da camada estudantil na faixa dos 12 aos 13 anos. (Portal do Governo de Moçambique, 2015)
A iniciativa promovida pela DIAGEO em parceria com o Ministério da Educação e Desenvolvimento da Humano (MINEDH) e o Consulado Britânico em Moçambique, pretende divulgar mensagens educativas por meio de peças teatrais nas escolas onde serão abordados os impactos negativos do consumo de bebidas alcoólicas. (Portal do Governo de Moçambique 2015)
No seu discurso o ministro da educação disse que os actuais níveis de consumo de álcool são preocupantes pois para além de criar sérios riscos a saúde dos alunos, estão a comprometer o seu aproveitamento pedagógico. (Portal do Governo de Moçambique, 2015)
“O álcool, o HIV, o tabaco e outras drogas são males sociais que e ameaçam destruir a juventude de numerosos alunos pelo país, e isto é um chamamento a união de todas as forças vivas da sociedade para que possamos enfrentar e erradicar estes males de modo proteger as gerações vindouras destes perigos ” alertou o ministro. (Portal do Governo de Moçambique, 2015)
Falando da exposição que os alunos encontram pelo facto de algumas escolas estarem próximas de mercados informais onde se vendem bebidas alcoólicas, Jorge Ferrão pediu uma maior responsabilidade por parte dos agentes informais, chamando estes a serem parceiros do Ministério da educação na erradicação do fenómeno. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015).
“Naturalmente que nós temos barracas em volta das nossas escolas, nos espaçosque foram tomados pelo comércio informal. Respeitamos as pessoas que exercem o comércio informal, mas gostaríamos de com eles fazer um pacto e apelar que somente vendam o álcool a maiores de 18 anos e não as crianças, pois a nossa área de jurisdição é até o limite da própria escola” exortou (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015).
Moçambique é o primeiro país africano a acolher esta iniciativa que surgiu no Reino Unido há sensivelmente 11 anos, tendo já escalado diversos países como a Irlanda, Vietname, Jamaica, entre outros. Na primeira fase o projecto vai abranger 45.000 alunos de 30 escolas do Distrito de Marracuene, onde actores profissionais da Escola de Comunicação e Artes (ECA) vão escalar duas escolas por dia. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
O gestor da escola deve assumir liderança do processo de construção de uma educação de qualidade e chamar de si a visão de transformar as dificuldades em desafios possíveis de ultrapassar. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
A tese foi defendida há dias por Emanuel Impissa, administrador do distrito de Ribáuè, província de Nampula, no acto da entrega de cinquenta telefones móveis celulares para igual número de presidentes de conselhos de escola, no âmbito da potenciação da sociedade civil para contribuir no controlo da assiduidade do professor. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
A iniciativa de capacitação da sociedade civil e no caso concreto da comunidade escolar para controlar a assiduidade do professor, um dos factores que, segundo estudos, concorre para a falta de habilidades para leitura e escrita por parte dos alunos que frequentam o nível básico, é promovida pela Unidade de Apoio Técnico para Alfabetização Funcional (UATAF), parceiro do sector de Educação e Desenvolvimento Humano nas províncias de Nampula e Zambézia. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
Na mesma cerimónia Emanuel Impissa apelou os gestores das escolas e das zonas de influência pedagógica (ZIP) para que adoptem comportamentos que possam ser seguidos ao nível das comunidades onde se encontram inseridos, na escola. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
Lembrou que o desempenho da escola nos domínios pedagógico e administrativo espelham o carácter do respectivo gestor, ou seja quando os resultados da administração escolar são positivos os louvores devem ser reconhecidos ao líder do processo como também no caso inverso. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
“Há gestores de escolas que permitem o registo de situações anárquicas sendo uma delas e que tem vindo a ganhar espaço que se consubstancia com pedido de um professor ao seu colega para leccionar a sua turma por um período mínimo de uma semana enquanto se desloca à cidade capital provincial para alegadamente efectuar operações junto a banca quando na verdade ele se encontra num convívio com a família e amigos”, referiu aquele dirigente. PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
Aconselhou, para situações similares, que a denúncia da comunidade seja feita através do presidente do conselho de escola, reforçando que só desta forma é que se pode pensar que está havendo contribuição para eliminar um dos factores que concorrem para a fraca qualidade do ensino. (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
A UATAF também procedeu a entrega de um telefone móvel celular ao administrador de Ribáuè como tem sido apanágio nos distritos da sua intervenção no âmbito do projecto fortalecimento de capacidades dos conselhos de escola para um desenvolvimento organizacional sustentável.
O momento foi igualmente aproveitado para promover concursos de leitura envolvendo crianças que frequentam o ensino básico naquele ponto sendo que os melhores receberam telefones celulares como recompensa, para se comunicarem com os seus pais e encarregados de educação. PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
Aquela organização da sociedade civil e parceira do governo nos programas da educação opera ao nível da província de Nampula nos distritos de Eráti, Muecate, Nacaroa e Ribáuè. 
A sua principal fonte de financiamento é a agência norte americana para o desenvolvimento internacional. (USAID). (PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE 2015)
2.3.5. A Família
No que refere ao desenvolvimento social dos adolescentes no contexto familiar e do grupo de pares, concluindo que o uso de substâncias. Por amigos é um bom preditor para o consumo nos adolescentes, embora os contextos e os factores individuais contribuam para explicar o poder de influência dos pares. Os resultados sugerem que a influência dos pares para o uso de substâncias é maximizada nos contextos sociais em que a independência dos adolescentes provém de uma base familiar fraca, sem autonomia. Os Adolescentes que se sentem seguros e confiam na família, quando sob stress, são menos propensos a ser influenciados pelos amigos, pois recorrem à família como apoio, ou seja, a relação familiar pode ser protectora de influências negativas dos pares ALLEN ( 2012).
em relação às mães, ou sentindo-se pouco apoiados e com pobres competências sociais. 
Por sua vez SILVA e DEUS (2005) realizaram um estudo sobre motivos para o consumo de haxixe com 211 adolescentes inseridos em meio escolar. Os resultados indicam que as razões mais frequentes enumeradas pelos que fazem um consumo esporádico (27,5%) foram: conquistar a admiração dos amigos, intenso desejo de não ser posto à margem do grupo, desafio à autoridade parental. Para os consumidores habituais e abusivos de haxixe (30%), o conjunto de razões enumeradas para o consumo estão ligadas à curiosidade pelo que é novo, à tentativa de integração grupal, à procura de diversão ou ao controlo da angústia para relaxar e esquecer preocupações. Concluem que, para os consumidores de haxixe, os pares têm uma maior influência nas suas decisões do que para o grupo que não consome haxixe. 
Assistir uma vida em crescimento, o desabrochar para a vida social, interferir somente quando necessário, atendendo todas as necessidades. A família está preparada? Muitas vezes, as famílias acontecem, não são planejadas antecipadamente. Nossa sociedade também, não dá o suporte necessário para que todos conquistem o melhor para suas vidas. Como pais e mães não devemos almejar que nossos filhos realizem nossos sonhos. Seria muito sensato se nos concentrássemos naquilo que eles estão fazendo para beneficiar seu próprio futuro, em vez de nos concentrarmos naquilo que queremos que façam para nos agradar. Não devemos esperar que cumpram nossos desejos, mas que descubram maneiras de concretizar suas próprias aspirações (NOLTE, p.1.2005).
Para NOLTE (2005), comenta, é difícil não interferir, querer viver pelos filhos, pois como pais, sabe-se o que pode dar errado por vivências anteriores e não se quer isso para os filhos. A família do século XXI tem vários pontos de preocupação, seja em estimular a escolarização mínima, ou dificuldades em oferecer oportunidades para o futuro como a faculdade, o básico é oferecer limites, um apoio.
 Percebe-se que o alcoolismo é uma doença que atinge toda a família, destruindo os sonhos e projectos tanto do alcoolista quanto de todos os que convivem com ele. É necessário construir novos caminhos na busca de uma melhor qualidade de vida, despir-se do preconceito de que alcoolismo é falta de carácter e oferecer alternativas de inclusão da família nos programas de tratamento e recuperação através do atendimento contínuo e permanente (SOUZA, 2013). 
Continuando com ideia do autor acima a família precisa trabalhar junto com a escola e seus educadores por um mesmo objectivo, chega de pensar que "na minha família isso não acontece, é o filho do vizinho." Conhecer o problema do alcoolismo, saber que está em nosso meio e simplesmente escolher não participar dele é trabalhar para que realmente ele fique longe de nós. Assim que a iniciativa for tomada, todos vão trabalhar junto por uma sociedade melhor, mais justa e igualitária.
Segundo ROVIRA, (2001). A família como primeiro agente socializador, a escola como oferta de educação e socialização, o grupo de pares que exerce forte influênciano adolescente e, por fim, a comunidade numa perspectiva macrossocial, são os principais contextos de risco ou de protecção relativamente ao consumo de substâncias. Com o objectivo de conhecer os factores aliados ao consumo de substâncias. 
Por sua vez BATISTA-FOGUET (2006) desenvolveu um modelo explicativo, utilizando os dados que fazem parte da pesquisa da Organização Mundial de Saúde, integrado na Rede Europeia Health Behaviours in School-aged Children, com 12881 estudantes com idades entre os e os 18 anos. Os resultados desta pesquisa mostraram que os factores aliados à família, amigos, colegas e professores, estão associados ao desenvolvimento de factores pessoais que inibem ou facilitam o envolvimento em comportamentos de risco.
2.3.6. Factores protectores e factores de risco
Os autores referem que a baixa resistência à pressão dos pares, a desorganização comunitária e a existência de normas e leis tolerantes ao uso de drogas são outros factores de risco, enquanto uma boa adaptação escolar, o envolvimento do jovem em actividades sociais, comunitárias e religiosas são factores protectores a considerar. 
Os factores de protecção do abuso de drogas parecem, assim, estar associados a competências sociais, mediadas pelo bem-estar psicológico (GRIFFFIN 2001). 
WITTCHEN (2008) estudou os períodos etários de maior risco para o uso e abuso de substâncias, concluindo que, durante a adolescência, a passagem do uso de drogas para o abuso ou dependência das mesmas, ocorre num período de poucos anos. A alta incidência de uso de tabaco e álcool ocorre entre os 10 e os 17 anos, enquanto o consumo de cannabis é bastante menos frequente antes dos 14 anos. 
O consumo precoce de cannabis aumenta significativamente a probabilidade de dependência. Para SCHENKER e MINAYO (2005), identificam como factores de risco para o consumo: efeitos cumulativos das substâncias e sua relação com a vulnerabilidade do indivíduo; a intensidade do uso de drogas; a atitude positiva da família em relação ao uso de drogas, reforçando a iniciação dos jovens; relação com os pares que demonstram aprovação ou consomem substâncias; a escola como espaço de encontros e interacções; o mau desempenho escolar; a presença e disponibilidade de drogas na comunidade de convivência; o glamour social associado ao uso de tabaco/álcool; factores stressantes da vida (morte, doença). 
Como factores protectores, os autores supracitados salientam: estratégias de coping adequadas; interacção familiar gratificante; grupo de pares com objectivos e expectativas de realização na vida sem uso de substâncias, a escola como potenciador da resiliência dos adolescentes; a comunicação social informativa.
Segundo (HU. 2011), a dependência de nicotina, nos adolescentes, verificou-se como principais factores de risco: sensação agradável na experimentação do tabaco, dependência de nicotina por parte dos progenitores, a percepção dos pares fumarem e os problemas de conduta. As conclusões sublinham a importância da primeira experiência com a substância e os factores familiares na dependência da nicotina em adolescentes, -alertando para a necessidade de se considerarem estes factores nas intervenções preventivas.
CIAIRANO (2008), num estudo transcultural com 970 adolescentes Italianos e Holandeses com média de idades de 16 anos, concluíram que, em ambos os países, o consumo de substâncias estava mais ligado à relação com os pares e às actividades em que participavam do que à adaptação psicológica. Sugerem-nos que as intervenções preventivas mais eficazes são as que incluem o grupo de pares e estão adaptadas ao contexto de vida dos jovens.
2.3.6.1. Prevenção da Toxicodependência
De acordo com a European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction Manuals (EMCDDA, 2011), prevenção é qualquer actividade destinada a impedir, retardar ou reduzir o uso de drogas e/ou as suas consequências negativas na população. Assim, inclui-se a educação sobre drogas e a chamada de atenção para os perigos associados à sua utilização.
Estratégias eficazes combinam informação sobre substâncias com técnicas comportamentais e cognitivas que têm efeitos preventivos no comportamento que leva ao uso de drogas (FLAY, 2000).
A EMCDDA (2011), refere que o desafio da prevenção se encontra em ajudar os jovens a adaptarem o seu comportamento, capacidades e bem-estar em áreas de múltiplas influências, tais como as normas sociais, a interacção com os pares, as condições de vida e os seus traços de personalidade. Tendo em conta as premissas anteriores, distinguem-se três abordagens na prevenção:
· Universal, onde todos os membros da população correm o mesmo risco para o uso de drogas e em que se pretende o desenvolvimento de competências a nível social. A intervenção é dirigida à população em geral, fornecendo a todos os indivíduos a informação e as competências necessárias para evitar o uso/abuso de drogas;
· Selectiva em que os indicadores sociais e demográficos são utilizados para identificar os níveis mais elevados de vulnerabilidade, como, por exemplo, determinados grupos em bairros desfavorecidos ou ambientes de diversão nocturna. O foco da intervenção é no grupo independentemente do grau de risco de cada um dos indivíduos;
· Indicada, que é dirigida aos indivíduos vulneráveis que apresentam sinais precoces de consumo de substâncias e outros problemas associados, visando prevenir o abuso, a continuação do uso e/ou a redução da severidade do abuso de substâncias.
Para MOREIRA (2001) uma perspectiva desenvolvimental, em que a toxicodependência se assume como uma construção que envolve o indivíduo e o ambiente, emergindo da dinâmica entre factores de risco e de protecção. O autor refere que a relação entre factores de risco e protecção é mediada por diferentes contextos – e.g. a família, os professores, os pares, a comunidade, as equipas de prevenção, o avanço dos conhecimentos -, os quais interagem, influenciando o desenvolvimento de vulnerabilidade ou resiliência dos indivíduos. Assim, uma prevenção que se pretenda eficaz, deve ser desenvolvimental, articulando estratégias preventivas ao longo dos vários estádios de desenvolvimento.
A revisão bibliográfica que temos vindo a levar a cabo, indica-nos que um programa ideal para a promoção da saúde e que previna o uso de drogas, deve incentivar a uma vida saudável e incluir, numa perspectiva multidisciplinar, a família, a escola, o grupo de pares, a comunidade, serviços educacionais e de saúde e os meios de comunicação social. 
De acordo com SILVA (2004, p.270), “O bom ambiente familiar, a qualidade do ensino e da educação, o meio ambiente, social, físico e cultural, a saúde física, psicológica e social dos indivíduos, as situações contextuais do dia-a-dia, podem ser excelentes factores protectores e todas as pessoas, em maior ou menor grau, com maiores ou menores responsabilidades, podem intervir preventivamente”. 
MENDES e LOPES (2007) referem, ainda a importância da prevenção que adopte estratégias ambientais integradas, implicando todos os intervenientes que interagem com o jovem, sendo imprescindível ajudá-los a reflectir sobre o uso e abuso de substâncias de forma crítica.
De acordo com os investigadores, existem diferentes possibilidades de intervenção preventiva: formação adequada aos barmans e staff dos bares e discotecas; envolvimento e mobilização da comunidade, na saúde, na educação; na escola, com professores alunos e pares; na internet; em hospitais e centros de saúde, no meio ambiente e espaços de lazer, reforçando a lei e actuando na oferta de substâncias; programas para a prevenção rodoviária e na formação dos agentes de intervenção policial (CALAFAT et al., 2010). 
Contudo, é privilegiado o papel da família na prevenção e promoção da resiliência, porque é a principal responsável pela socialização dos indivíduos e, sendo cuidadora, afectiva e comunicativa, promove o desenvolvimento saudável dos filhos (SCHENKER & MINAYO, 2005).
2.3.6.2. Programas de Prevenção
Os programas de prevenção devem incluir, como meta, a promoção do bem-estarfísico, psicológico e social, desenvolvendo as competências dos adolescentes para lidar com situações de risco, sendo indispensável, sempre que possível e pertinente, incluir pais, educadores e grupos de amigos no processo (TOZZI & BOUER, 1998).
HANSEN (1992) identificou onze princípios-guia utilizados em programas preventivos:
· Proporcionar actividades incompatíveis com o abuso de drogas;
· Desenvolver a auto-estima;
· Clarificar valores e ajudar a encontrar a relação entre valores pessoais e consequências das decisões;
· Desenvolver competências de comunicação e de resolução de conflitos;
· Trabalhar para o compromisso de não usar substâncias;
· Estabelecer de normas que dificultem a acessibilidade e disponibilidade das drogas;
· Informar sobre o uso de substâncias e seus efeitos;
· Lidar com o stress, desenvolvendo as estratégias de coping;
· Proporcionar o suporte para resolver os problemas que vão surgindo;
· Incentivar a selecção de objectivos e a orientação para o sucesso;
· Desenvolver a capacidade de decisão de forma racional.
ALMEIDA e MOURÃO (2010) apontam algumas estratégias essenciais para promover a eficácia e a eficiência de programas de prevenção das toxicodependências: adaptação das actividades e do espaço/instalações ao grupo-alvo; envolvimento do grupo-alvo na definição das actividades e na implementação do projecto; desenvolvimento de acções de promoção de competências pessoais, sociais e parentais; articulação com outras instituições da comunidade; e avaliação sistemática e estruturada do projecto que se concebeu para implementar o programa de acção preventiva.
Sobre a avaliação de Programas de Prevenção das Toxicodependências, os projectos devem melhorar o sistema de avaliação, para que sejam recolhidos os dados de forma a identificar os resultados e efeitos das actividades na prevenção das toxicodependências. O sistema de avaliação deve englobar: técnicos que possuam formação adequada em metodologias de recolha de dados; instrumentos adequados de recolha de dados; informação aos jovens e suas famílias sobre os resultados; definição de critérios para a análise da adequação do projecto às necessidades diagnosticadas e a suficiência dos recursos e dos meios; ser mensurável a formulação e implementação do projecto; avaliação da eficácia e eficiência; avaliação da evolução dos jovens; análise do impacto do projecto nos técnicos e, por fim, avaliação da satisfação dos grupos alvo (ALMEIDA & MOURÃO, 2010).
No presente trabalho, pretende-se propor, em contexto escolar, um programa de prevenção de consumos de álcool e substâncias psicoactivas, com a intervenção integrada de todos os agentes intervenientes e espaços envolventes, de modo a reduzir comportamentos de risco.
CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVA S DE ACORDO COM OS EFEITOS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SEIDL, 1999):
Depressoras do Sistema Nervoso Central: causam diminuição da actividade do SNC, o que pode afectar a actividade global do cérebro ou incidir sobre certos sistemas específicos. Há uma tendência à diminuição da actividade motora, da ansiedade e da reacção à dor. É comum um efeito de euforia inicial seguido de sonolência. Fazem parte deste grupo: o álcool, os benzodiazepínicos, os opioides e os solventes ou inalantes.
CAPITULO III: CONDUÇÃO DA PESQUISA
3. Metodologia
Segundo LAKATOS e MARCONI 2000, método é um instrumento básico que tem como objectivo ordenar o pensamento em sistemas, traçando e ordenando procedimentos a serem observados pelo pesquisador, ao perseguir o alcance de um objectivo.
3.1. Natureza de Pesquisa
Na pesquisa de natureza qualitativa procura se compreender as formas mais profundas dos problemas existentes onde as informações são recolhidas no seu ambiente natural (TEXEIRA, 2008).
A pesquisa é de natureza qualitativa, mas integra dados quantitativos, onde a pesquisa qualitativa visa compreender a natureza dos fenómenos sociais, através da compreensão e classificação dos dinamismos vividos por grupos sociais. Entretanto a pesquisa quantitativa faz uma discussão da ligação de dados interpessoais das situações analisadas a partir do significado que dão aos seus actos.
3.2. Tipo de Pesquisa
O estudo foi baseado na pesquisa Bibliográfica, uma vez que foi usada a literatura existente, que abordam sobre os fenómenos que o causam ou que estejam relacionados com o problema.
A pesquisa é do tipo Bibliográfico, Social e Documental. Trata-se de estudo bibliográfico que devido a sua, para sua consecução, merece ao método de leitura exploratória e selectiva do material de pesquisa, bem como sua revisão integrativa.
3.2.1. Social
A pesquisa social nada mais é que um trabalho que utiliza elementos metodológicos para realizar um estudo sobre a sociedade[footnoteRef:3]. [3: https://brainly.com.br/tarefa/14731942] 
3.2.2. Pesquisa documental
Pesquisa documental é um tipo de pesquisa que utiliza fontes primárias, isto é, dados e informações que ainda não foram tratados científica ou analiticamente. A pesquisa documental tem objectivos específicos e pode ser um rico complemento à pesquisa bibliográfica[footnoteRef:4]. [4: https://www.significados.com.br/pesquisa-documental/] 
3.2.3. Método de pesquisa
Método é um plano de acção, formado por um conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e a antecipar uma actividade na busca de uma realidade, o método esta relacionado a estratégias, que serão usadas durante a pesquisa, é o caminho que a pesquisa percorre (FACHIN, 2005).
A pesquisa usa o método de Pesquisa-Acção que consiste numa intervenção segundo as necessidades, procurando resolver um determinado problema, tendo em conta a teoria e pratica com a finalidade de mudar uma determinada realidade social, através da busca dos factores inerentes ao problema, e a implementação das soluções (CERVO E BERVIAN, 1996).
3.2.4. Técnicas de pesquisa
No que refere as técnicas de pesquisa, previlegio-se a observação directa e entrevistas, recorendo-se a perguntas abertas. Como instrumento de recolha de dados foi usado um guião de entrevistas, aplicado ao público alvo, constituida pelos moradores funcionários da saúde técnicos administrativos e secretários de bairros e da celulas. 
3.3. Instrumentos de Recolha de Dados
a) Entrevista semi-estruturada
De acordo com MARCONI & LAKATOS (2003: 174) a entrevista pode ser definida como “um encontro entre dua pessoas ou mais, afim de que uma delas optenha infprmaçõpes a respeito de um determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. A ptresente tecnica de pesquisa foi derigida aos tecnicos administrativos, moradores do bairro secretários do bairro e da celula de forma a obter as suas opiniões acerca do estudo.
b) Entrevista semi estruturada
Assim, este estrumento, facultou-nos no acesso as informações pretendidas, uma vez que se basea em perguntas abertas, onde os entrevistados têm a prorogativa de responder de forma livre as questões indicadas.
c) Questionário
O questionário foi aplicado a sessenta (30) adolescentes e moradores do bairro da Polana Caniço “A” e técnicos administrativos e da saúde.
d) Observação
A observação é uma tecnica de recolha de dados para determinada informação, usando os sentidos na obtenção de dados para determinada informação usando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade (LAKATOS e MARCONI, 2004: 274).
Esta tecnica usou-se na obtenção de determinados casos da realidade, com intuito de ver,ouvir e examinar os factos que se pretende estudar. Atravez desta tecnica foi-nos possivel observar de forma clara e objectivo como se manifesta o problema, o comportamento e observado no ambiente em que ocorre naturalmente. Tambem nos permitiu apurar e examinar a veracidade do problema em estudo, visto que o facto de mantaer contacto com o objecto em estudo, nos possibilitou não só ouvir o relato ou informação fornecida a varios niveis, mais tambem os movimentos faciais do nosso alvo.
Toda via o uso dessa tecnica fornece grande quantidade de informações da primeira mão com maior probabilidadede serem precisas do que do que nos relatos posteriores aos factos. Importa referir que comportamento do participante é mais natural espontaneo e variado do que o comportamento que ocorre em laboratório.
3.4.1. Amostra 
RUDIO (2007), entende que o termo população, usando no sentido vulgar, indica apenas um conjunto de pessoas que abitam numa determinada area geografica. Porem em pesquisa, o conceito é mais amplo designa a totalidade de individos que possuem as mesmas caracteristicas, definidas para um determinado estudo. 
Para os objectivos da pesquisa, a população foi estruida pelo universo de todos os intervenientes, formado por funcionários da saúde moradores do bairro secretários do bairro e das celulas na conduta da pesquisa adoptados amostragem não probabilista de tipo internacional. As amostragens não probabilistas são metodos de caracter programatico ou intuitivo e são largamento utilizados, possibilitam um estudo mais rapito e com menores custos.
3.4.2. Amostragem
Neste trabalho obtou-se pela amostragem aleatoria simples entendido na optica de (Marconi e LAKATOS, 2002) como aquela em que todos os elementos da população tem a mesma possibilidade de ser selecionado; é o processo mai elementar e muito frequentimente utilizado e, que varios meios podem ser usados, desde que oferessam a mesma probabilidade de selecção de um elemento de amostra. Tendo como vantagens: facilidade de compreensão; resultados podem ser projectados para a população-alvo.
É de considerar ainda que a selecção da amostra obtou-se pela amostragem aleatoria simples que é o tipo de amostragem propabilistica mas oferece isaltidão e eficacia à amostragem, alem de ser o procedimento mais facil de ser aplicado e que todos os elementos da população tenham amesmaprobalidade de pertenserem à amostra. Neste tipo de amostra a permissa é de que cada componente da população estudada tem a mesma chance de ser escolhida para compor amostra e a tecnica que garante esta igual probabilidade é a selecção aleatoria de indiviuo, por exemplo atravez de sorteios. A população alvo do presente estudo é constituída por universo de 13.75706, segundo as informações contidas na secretaria do Bairro Polana Caniço “A”
Como amostra entrevistamos 23 adolescentes, 16 moradores, 2 técnicos de saúde e 4 técnicos de administração do bairro da Polana Caniço “A” dos quais pertencem ao distrito de Kamaxaquene, distrito que regista mais ocorrências de adolescentes tóxicos dependentes.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
Ponto de vista os adolescentes sobre a percepção em relação ao impacto de consumo de substâncias 
Por substâncias psicoativa – entende-se que sejam drogas pesadas tais, como surruma, cocaína craque e bebidas secas, wisk, tentação, boss e cervejas (Roy; 16 anos).
Para Magda; entende que sejam drogas que deixam a mente da pessoa a viajar quando consome; segundo estas duas descrição estão em unanimidade de que as drogas psicoativas. 
Drogas são substâncias psicoativas, que ao serem ingeridas mudam as funções cerebrais, sendo, com o seu uso frequente, o motivo de transtornos temporários, de humor, consciência e percepção. O uso abusivo de substâncias psicoativas leva a mudanças de comportamentos, muitas vezes adicionado à agressividade e falta de controle (NASCIMENTO, AVALLONE, 2013).
O impacto que tem sobre o consumo de subistsncias psicoativas pode ser: a perda de dignidade, isolamento, perda da auto estiva, violação sexual e física, abandono (Magda 16 anos). 
Mais para Laura, 15 anos o impacto que tem sobre o consumo de substâncias psicoativas são a rejeição, a loucura, prostituir-se e roubar para poder ter dinheiro para consumir. 
Segundo Nascimento e Avallone (2013), por ter efeito direto no Sistema Nervoso Central, as substâncias psicoativas afetam significativamente a função cerebral, tendo como consequências transtornos temporários de humor, consciência, percepção e comportamento.
Para reduzir esses males ou ate parar acho que as estruturas do Bairro junto com as organizações da saúde e outros em conjunto em prole de identificar os focos de consumo e venda dessas substâncias psicoativas que tem machado a reputação do nosso Bairro ( Luna, 15 anos).
Para mim acho que ajuda dos nossos pais e família e apoio nas escolas por palearas pode-se reduzir essa mal de consumo de substância psicoativas. 
Segundo RAUPP e MILNITSKY-SAPIRO (2009), o consumo excessivo de drogas se dá pela falta de prioridade das políticas públicas referentes ao assunto juntamente com a falta de recursos destinados a condições básicas para o desenvolvimento de uma sociedade livre de drogas. Tais como o meio social desprovido de actividades culturais, esportivas, abandono de escolas, problemas familiares, enfim a falta de meios para se desenvolver actividades salutares.
O futuro desses adolescentes consumidores percebo que não tem horizonte para o futuro, praticamente só vivem o “ hoje e o agora” , não se preocupam e obter uma coisa por se conquistado, (MAGDA 16 anos).
Quando esses adolescentes usam essas substâncias psicoativas não tem nenhum futuro que lhe espera para ele o mundo é colorido e sem preocupações ( ROY, 16 anos) 
Para o Ministério da Saúde (MS), adolescência é o período de progressão que abrange a faixa de 10 a 19 anos, onde acontecem importantes mudanças biopsicossociais que influenciam tanto nas características emocionais quanto nas comportamentais. (BRASIL, 2003). 
Por mim não tem nenhuma vantagem no consumo de substâncias psicoativas, visto que só nos deparamos com enormes desvantagens que nos induzem a vários factores negativos, como infrequência juvenil, prostituição etc.. (Magda 16 anos) .
Para Luna no gesto de contradição refere que existe vantagem no consumo de substâncias psicoativas, sendo ela a satisfação do seu estado emocional. 
Segundo NASCIMENTO e AVALLONE (2013), por ter efeito direto no Sistema Nervoso Central, as substâncias psicoativas afectam significativamente a função cerebral, tendo como consequências transtornos temporários de humor, consciência, percepção e comportamento.
Sobre o abandono desses males acho bom mais é preciso ter uma ajuda da minha família porque eles já estão cansados de mim, acham que eu não tenho solução e é por essa razão que ainda continuo consumindo sem parar (Roy 16 anos ).
Luna afirma que o abandono desses males implica ter ajuda dos familiares e dos serviços de saúde tais como psicólogos e psiquiatras de modo ater adesão ao tratamento; confirma que viu e ouviu na TV Miramar no programa “contacto directo”. 
A comunidade e a família são peças fundamentais e de muita relevância como sendo parte integrante de qualquer projecto. Pode-se evitar o uso abusivo de drogas, adotando o uso de práticas como a valorização de um estilo de vida saudável, elevação da autoestima, cuidado familiar, boa inserção e vínculos com colegas escolares. É de grande importância a abordagem precoce dos usuários. As breves intervenções também são bastante indicadas. O acesso à informação não se torna demais em qualquer que seja a situação (MARQUES, 2010).
Sobre varias definições de substancias psicoativas basicamente, posso dizer em poucas palavras sobre as causas do consumo que provem de varias maneiras tais como, a falta de vigilância por perante dom seio familiar, violação sexual física, falta de apoio financeiro e muito amais; mais para Rui a mais companhias e a rebeldia tem sido a causa maior para o consumo dessas substâncias. 
A vida dos adolescentes é definida, em sua maioria, por influência social, como a maneira de se vestirem, de se posicionarem, os vícios de linguagens, enfim o meio social interfere na conduta dos adolescentes. Visto que, a necessidade de se afirmarem em grupos de amigos está directamente ligada a esta forma “positiva” de agirem, pelo fato de serem aceitos naquele ambiente. Com isso, pode haver maior afastamento da família, fazendo com que o jovem se desligue das funções afectivas e do ambiente protector que é oferecido pelas relações parentais. (FERREIRA; MATOS; DINIZ, 2011).
Os efeitos notóriose imediatos no consumo de substâncias psicoativas são agressividade, criminalidade e falta de respeito com os mais velhos (Rui 12 anos).
Luna comunga da mesma ideia que as substâncias psicoativas geram agressividade.
Drogas são substâncias psicoativas, que ao serem ingeridas mudam as funções cerebrais, sendo, com o seu uso frequente, o motivo de transtornos temporários, de humor, consciência e percepção. O uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA´s) leva a mudanças de comportamentos, muitas vezes adicionado à agressividade e falta de controle (NASCIMENTO, AVALLONE, 2013).
Perfil sócio demográfico 
Na tabela abaixo propomo-nos a fazer a discrição do perfil dos nossos entrevistados. A mesma contempla o nome, idade, ocupação e sexo. 
Sabemos das implicações que o uso dos nomes fictícios pode ter uma pesquisa que tem uma localização específica, uma das que reconhecemos é que pode coincidir com a existência de alguém com o mesmo nome no local. Realizamos o maior esforço de controlar quaisquer possibilidades de coincidência, em termo de nome, não é intencional e muito menos real ou por outra, não correspondente a pessoa com a qual possa coincidir.
Durante o trabalho etnográfico dez (10) conversas foram anotados em um caderno de notas, todos foram anotados com consentimento dos participantes. Concluída as notações, as conversas e as observações foram passadas a limpo. Depois procurou-se analisar porque os participantes disseram e pensaram sobre a percepção dos adolescentes no impacto do consumo de substâncias psicoactivas no Bairro da Polana Caniço A. Por este procedimento ajudou-nos a compreender as motivações, consequências e as desvantagens do consumo de substâncias psicoactivas. 
 
Tabela: 1 Perfil sócio – demográfico dos entrevistados
	Ordem
	Nome dos entrevistados
	Ocupação
	Idade
	01
	Fátima 
	Técnica Psiquiátrica 
	43
	02
	Miguel 
	Técnico Psiquiátrico
	32
	03
	Langa
	Tecnico Adminitractivo 
	36
	04
	Luna 
	Aluna 
	15
	05
	Paulo
	Moradora 
	12
	06
	Roy
	Morador
	16
	07
	Mágda
	Moradora
	16
	08
	Rui
	Aluno
	15
	09
	Lidia 
	Secretaria do Bairro 
	----
	10
	Teresa 
	Moradora 
	68
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
A percepção dos adolescentes no impacto do consumo de substâncias psicoactivas, implicam que os adolescentes lidam com os desafios que não lhes são inerentes, isto é, com ambientes e locais específicos onde haja perigo, e o perigo é iminente e propicio para o uso e consumo de substâncias psicoactivas o que vai implicar modificações nos diversos domínios de existência do adolescente, quer em termos do seu desenvolvimento individual, quer nos seus contextos de vida significativa. 
Apesar de deparamo-nos com o facto de que as representações sociais dominantes em prole de redução o a paragem do consumo de substâncias psicoactivas, grosso modo reflectiram uma ideia deste fenómeno como negativo e desviante na actualidade os dados mostram que o consumo de substâncias psicoactivas pelos adolescentes não resultam necessariamente em défice ou problemas mesmo ocorre que se converta numa má convivência social. 
O discurso do adolescente evidencia incertezas quanto a sua realidade na sua vida, denotando uma atitude oscilante, pouco coerente, relativamente a centralidade e a satisfação que esse tipo de problemas representa para eles no modo como se define enquanto pessoa, pode dizer que se sente bem no papel do consumidor ou usuário de substâncias psicoactivas mais com tudo isso obriga a grandes reajustamentos, porem avaliados podendo encontrar evidencias na entrevista em como eles lidam com a sociedade havendo dificuldade na comunicação e em outros papeis. 
Em alternativas, o adolescente reconhece as transformações pessoais do uso dessas substâncias, implicou porem concentrar-se no aspectos negativo e no modo como este problema interfere nos restantes papéis (colega, amigo, namorados e família), e no seu nível de autonomia pessoal. 
Nesta medida, destaca-se as reestruturações, perdas e limitações decorrentes da incorporação de consumo de substâncias psicoactivas, vivendo com dificuldades em dar conta as exigências que a sociedade lhes obriga a telas e assim acaba vivendo angustiado e com fortes sentimentos de culpabilidade por não conseguir lidar com a sociedade. 
Com tudo os dados colhidos mostram que o consumo de substâncias psicoactivas é um fenómeno homogéneo, pois ela está patente em todas as esferas sócias em que o adolescente vive problemática do consumo dessas substâncias, assim como o impacto dessa experiencia de vida implicam muitas transformações no modo de vida dos adolescentes, o que acabam limitando o seu desenvolvimento ao longo da vida, como escola e no lazer. 
Deste modo a analise de fenómenos da percepção de adolescente no impacto dom consumo de substâncias psicoactivas resume-se, sim aos impactos negativos quando a perspectiva da vida. 
Trabalho do Campo 
Terminada a etapa de revisão bibliográfica passamos a etapa de pesquisa no terreno através de visitas de estudo exploratório no Bairro Polana Caniço A no Distrito Kamaxaquene ( Maputo). As visitas de estudo dera-nos conhecer os sentimentos que os adolescentes têm perante a problemática que lhes afligem. O nosso primeiro contacto com os órgãos administrativos. As informações que colhemos submetemos a uma análise, classificação e interpretação de acordo com a noção de significado teórico. 
Neste estudo, as entrevistas dirigidas e livres, conversas abertas e a observação directa não participante constituíram a nossa base de recolha de informações e, preferimos fazer ligação dirigida e livres de forma a “levar a pessoa interrogada a exprimir-se de forma muito livre a cerca dos temas sugeridos o número de restrito de perguntas relativamente amplas para deixar o campo aberto de respostas (...) QUIVY e COMPENHOUDT”, 2003:1983. 
Nesse sentido as entrevista são semi-estruturadas levaram-nos a inquerir os autores da comunidade, especificamente moradores que possuem habilidades de alguns conhecimentos próprios que puderam enriquecer a pesquisa.
Nesta Monografia baseamo-nos na amostra de 30 indevidos seleccionados de forma aleatória, que segundo LAKATOS e MARCONI, (1992:108), cada membro da população tivesse a mesma probabilidade de ser escolhido: dos 4 grupos entrevistados é constituindo por membros administrativos locais, moradores, técnico de HCN, adolescentes e outros; e, referir que em relação ao estudo no terreno tínhamos como finalidade de presenciar-mos os factos através do contacto directo com os indivíduos sociais locais, com vista a conseguir-mos conhecera realidade local e do curso pesquisado.
3.4.3. Localização Geográfica Do Bairro Polana Caniço “A”
Segundo informação contida pela secretária administrativa do bairro da Polana Caniço A, esta localizada na periferia da cidade de Maputo. No sul é limitado pelo bairro Costa de Sol, Mercado de Peixe; parte Oeste limitado por Bairro da Coop; Norte Bairro Polana Caniço B; parte Leste Bairro de Maxaquene. 
Bairro da Polana Caniço “A” tem população certa de 46.774 mil habitantes, 77 quarteirões incluídos os quarteirões em anexos, conhecidos por casas brancas.
Na maior parte dos habitantes é composta por jovens, estes na sua maioria são desempregados, o consumo de Álcool e estupefaciente tem sido uma prática rotineira dos jovens do bairro da Polana Caniço “A”, e até tem levado a demência “loucura” em alguns jovens consumidores desse mesmo. No que diz respeito a minha monografia como solução a este problema que assola os jovens e Adolescentes residentes do bairro Polana Caniço “A” seria: Actividade sabia de recrutamento dos jovens para alguns trabalhos para beneficiar os pais e a eles próprios.
3.5. Considerações Éticas
A realização do estudo foi mediante a uma solicitação para a projeção a estruturas do bairro da Polana Caniço “A”. Posteriormente submetido a aprovação no Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande. A participação no presente estudo será de caracter voluntário, neste estudo, os intervenientes neste estudo serão fornecidos uma

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