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Natureza jurídica das decisões que criam titulo executivo nas ações monitórias

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Nome: Nathália Cristina de Souza Costa
Matrícula: 20171110097
Natureza jurídica da decisão que cria o título executivo na monitória
I – Do Título Executivo na Ação Monitória 
Por meio da Ação Monitória se procura dar força executiva a prova escrita que não tenha essa natureza jurídica (ou a tenha perdido, como é o caso do cheque não executado no prazo estabelecido por lei).
O autor propõe a demanda, o réu é citado para pagar no prazo estabelecido ou, ainda, pode opor Embargos Monitória ficando, nesse caso, a constituição do título executivo judicial suspensa, até julgamento da demanda em primeiro grau (artigo 701, caput, e §4º do artigo 702, todos do Novo Código de Processo Civil).
Pois bem, no tocante à Ação Monitória cabe afirmar que se não pago o débito o documento apresentado pelo autor é constituído em título executivo judicial.
Quatro formas de proceder são realizadas atualmente pelos Magistrados:
(i) o juiz transmuda (reclassifica) a demanda para Execução de Título Extrajudicial, prosseguindo-se o feito com tal rito procedimental;
(ii) o juiz encerra a “fase de conhecimento” da demanda monitória, determinando que se dê início ao Cumprimento da Sentença, com todas as formalidades legais existentes no Título II do Livro I da Parte Especial do NCPC;
(iii) o juiz transmuda (reclassifica) a demanda para Cumprimento da Sentença, com todas as formalidades legais existentes no Título II do Livro I da Parte Especial do NCPC;
(iv) o juiz transmuda (reclassifica) a demanda para Cumprimento da Sentença, sem a necessidade de intimação do devedor novamente para pagamento, dando início, de pleno direito, aos procedimentos expropriatórios.
II – Da Natureza jurídica da decisão que cria o título executivo na monitória
Dos temas mais tormentosos existentes no que tange ao procedimento monitório, a natureza jurídica do mandado monitório é, sem dúvida alguma, o mais controverso de todos. Várias são as teorias e posicionamentos a respeito do tema, encontrando-se as mais diferenciadas propostas, todas com embasamento legal e consentâneo. Sem pretender exaurir o tema, e levando-se em conta a importância de tal definição para se alumiar a constituição do título executivo, destaco o pensamento de alguns juristas.
Grande parte da doutrina entende que o mandado monitório tem o caráter de sentença suspensivamente condicionada. A corrente capitaneada por Chiovenda tem esse entendimento, afirmando que essa suspensividade se findará com o esgotamento do prazo sem a apresentação de embargos, ou, no caso de apresentação, quando o juiz julgue improcedentes os embargos.
Na mesma corrente, destaco o pensamento de Vicente de Paula Marques Filho, em brilhante trabalho, afirma que a natureza jurídica será a de uma sentença condenatória suspensivamente condicionada, defendendo esta teoria, com colocações interessantes principalmente ao fato de ser condenatória, contrapondo a diversos doutrinadores que entendem a natureza como sendo constitutiva.
Entendo também que depende da conduta do réu, ou seja;
1. Se o réu cumprir o mandado e pagar ou entregar a coisa (Art. 1.102 “b”): Decisão interlocutória.
2. Se opuser embargos (embargo no sentido de típica defesa): Decisão interlocutória.
3. Se o réu não pagar, não entregar a coisa, nem se defender, o mandado monitório converte-se em mandado executivo, e a decisão final ganha eficácia de sentença (sentença judicial – 475-J).

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