Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANTIMICROBIANOS Faculdade de FARMÁCIA Disciplina: Farmacologia II 02 Roteiro da aula • INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA: - Tetraciclinas; - Glicilciclinas; - Aminoglicosídeos; - Macrolídeos; - Cloranfenicol. • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 04 Inibidores da síntese proteica 05 Muitos antimicrobianos exercem seu efeito antimicrobiano agindo nos ribossomos microbianos, INIBINDO A SÍNTESE PROTEICA. Antimicrobianos Sítio A (Aminoacil) e Sítio P (Peptidil) 06 Antimicrobianos A seletividade pelos ribossomos bacterianos minimiza potenciais consequências adversas 13 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica 08 • As tetraciclinas consistem em QUATRO ANÉIS FUNDIDOS com um sistema de ligações duplas conjugado. TETRACICLINAS Antimicrobianos que afetam a síntese proteica M ec an is m o de aç ão TETRACICLINAS As tetraciclinas se ligam à subunidade ribossomal 30S ligação do aminoacil-RNAt ao ribossomo. 09 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica U so te ra pê ut ic o 11 Bactérias gram-positivas, gram-negativas, protozoários, espiroquetas, micobactérias e espécies atípicas. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica 12 U so te ra pê ut ic o • Infecções do trato respiratório; • Infecções cutâneas e de tecidos moles; • Infecções intra-abdominais; • Infecções GI ( Shigella, Salmonella ou outras Enterobacteriaceae); • Infecções do trato urinário; • Doenças sexualmente transmissíveis (C. trachomatis); • Infecções por riquétsias (febre maculosa); • Antraz (Bacillus anthracis). TETRACICLINAS X 13 TETRACICLINAS Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Fa rm ac oc in ét ic a 1. ABSORÇÃO: oral – CUIDADO: formação de quelatos (cátions di e trivalentes) - Doxiciclina e minociclina – oral e IV; 2. DISTRIBUIÇÃO: boa distribuição (bile, fígado, rins, líquido gengival, pele) atravessam BP; 3. ELIMINAÇÃO: inalteradas – Minociclina (fígado – eliminação: rins). Doxiciclina (uso: comprometimento renal – eliminação: biliar). Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Re aç õe s ad ve rs as 14 TETRACICLINAS CONTRAINDICAÇÕES: gestantes ou lactantes nem em crianças com menos de 8 anos de idade. 15 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica TETRACICLINAS Re si st ên ci a • Bomba de efluxo; • Inativação enzimática... Antimicrobianos que afetam a síntese proteica 16 GLICILCICLINAS TIGECICLINA membro da classe glicilciclina. M ec an is m o de aç ão AÇÃO BACTERIOSTÁTICA = ligando-se reversivelmente à subunidade ribossomal 30S, inibindo a síntese de proteínas. Via de administração: IV – Nome comercial: Tygacil® Antimicrobianos que afetam a síntese proteica 17 GLICILCICLINAS INDICAÇÃO: no tratamento de INFECÇÕES COMPLICADAS de pele e tecidos moles, bem como infecções complicadas intra-abdominais. U so te ra pê ut ic o INFECÇÕES: • Estafilococos resistentes à meticilina (MRSA); • Estreptococos resistentes a múltiplos fármacos; • Enterococos resistentes aprodutoras de -lactamase vancomicina; • Bactérias gram-negativas; • Acinetobacter baumannii; • Vários microrganismos anaeróbicos; SEM AÇÃO: Morganella, Proteus, Pseudomonas (infecções hospitalares). Antimicrobianos que afetam a síntese proteica 18 GLICILCICLINAS O BS ER VA ÇÕ ES • RESISTÊNCIA: principalmente superexpressão de bombas de efluxo; • FARMACOCINÉTICA: IV – grande volume de distribuição (aparente)/excreção: biliar e fecal; • EFEITOS ADVERSOS: náuseas e êmese, fotossensibilidade, hipoplasia dentária, dano fetal. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica O BS ER VA ÇÕ ES AMINOGLICOSÍDEOS 19 • Usados para o tratamento de infecções graves decorrentes de bacilos gram-negativos aeróbicos; • Utilidade clínica é limitada por graves toxicidades; Antimicrobianos que afetam a síntese proteica M ec an is m o de aç ão AMINOGLICOSÍDEOS O antibiótico interfere na montagem do aparelho ribossomal funcionante e/ou pode provocar que a subunidade 30S do ribossomo completo leia incorretamente o código genético. 20 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Ex em pl os AMINOGLICOSÍDEOS 21 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Ex em pl os AMINOGLICOSÍDEOS 22 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica U so te ra pê ut ic o e fa rm ac oc in ét ic a 23 Policatiônica *neomicina – tópica/oral Aminoglicosídeos são eficazes contra a maioria dos bacilos aeróbicos gram-negativos São frequentemente utilizados em combinação com um agente ativo na parede celular ( -lactâmicos) para a terapia de infecções bacterianas sérias suspeitas ou conhecidas. EXISTEM TRÊS FUNDAMENTOS LÓGICOS PARA ESTA ESTRATÉGIA • Expandir o espectro empírico de atividade do regime antimicrobiano para assegurar a presença de pelo menos um fármaco ativo contra um patógeno suspeito; • Proporcionar efeito sinérgico na morte bacteriana; • Impedir que se desenvolva resistência aos agentes individuais. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Cl ín ic a AMINOGLICOSÍDEOS 24 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Re aç õe s ad ve rs as 25 AMINOGLICOSÍDEOS Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Re si st ên ci a 26 AMINOGLICOSÍDEOS • Bomba de efluxo; • Diminuição da captação; • Modificação e inativação por síntese de enzimas associada a plasmídeos. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica O RI GE M MACROLÍDEOS 27 Antibióticos com uma estrutura lactona macrocíclica a qual um ou mais açúcares desoxi estão ligados. Metabólito de Streptomyces erythreus Amplo espectro (bactérias gram positivas, negativas, anaeróbicas, micoplasma, protozoários...) MACROLÍDEOS CETOLÍDEOS ERITROMICINA TELITROMICINA (KETEC®) CLARITROMICINA AZITROMICINA Alternativa às penicilinas Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Es pe ct ro an ti ba ct er ia no 28 NÃO possuem nenhum efeito sobre vírus, leveduras ou fungos ORGANISMOS ERITR. AZITR. CLARITR. Gram positivos Coco • Estafilococos (grupos A,B, C, G e S. bovis) • Estreptococos (Streptococcus viridans) Gram negativos Cocos • Moraxella catarrhalis Bastonetes • Haemophilus influenzae • Legionella spp OUTROS • Chlamydophila pneumoniae • Chlamydia trachomatis • Mycoplasma pneumoniae • Borrelia burgdorferi ERITR. = eritromicina; AZITR. = azitromicina; CLARITR. = claritromicina. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica U so te ra pê ut ic o 29 • Amebíase; • Endocardite bacteriana; • Bronquite crônica; • Conjuntivite; • DPOC e INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO; • Difteria; • Doença ulcerosa péptica causada por H. pylori; • Doença dos legionários; • Doença inflamatória pélvica; • Coqueluche (B. pertussis); • Pneumonia; • Prevenção da disseminação de M. avium-intracellulare (micobactéria) complexo em pacientes com infecção por HIV avançada; • Mycobacterium leprae; • Febre reumática (profilaxia das recidivas); • SINUSITE; • Infecções na pele e na estrutura da pele; • Sífilis (não é o de escolha); • Infecções urogenitais (clamídia) e úlceras genitais; Usos terapêuticos Antimicrobianos que afetam a síntese proteica M ec an is m o de aç ão 31 Ligação a um local na subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo, assim, etapas de translocação na síntese de proteínas; BACTERIOSTÁTICO (altas dose = bactericida) Antimicrobianos que afetam a síntese proteica M ec an is m o de aç ão MACROLÍDEOS 33 TELITROMICINA A telitromicina atua ligando-se aos domínios II e V do 23S rRNA da subunidade ribossômica 50S – grande afinidade (25 X). Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Re aç õe s ad ve rs as 34 • Hepatotoxiddade: hepatite colestática - icterícia colestática (estolato da eritromicina); • Ototoxicidade: surdez transitória (Eritr.) • Toxicidade GI: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (distresse epigástrico); • Toxicidade cardíaca: arritmias cardíacas - prolongamento do QT com taquicardia ventricular (Eritr, Clar, Telitr.); • Reações alérgicas: febre, eosinofilia e erupções cutâneas; Antimicrobianosque afetam a síntese proteica Re si st ên ci a 35 • Incapacidade do microrganismo de captar o antimicrobiano; • Presença de uma bomba de efluxo; • Diminuição da afinidade da subunidade ribossomal 50S (metilação de uma adenina no RNA ribossomal bacteriano 23S); • Mutações cromossômicas - proteína ribossômica 50S; • Eritromicina esterase - microrganismos gram-negativos (Enterobacteriaceae). MACROLÍDEOS Antimicrobianos que afetam a síntese proteica In te ra çõ es 36 A eritromicina, a claritromicina e a telitromicina inibem a CYP3A4 e estão associadas a interações medicamentosas clinicamente significativas. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Ra zõ es pa ra es co lh a 37 • Escolha para hipersensibilidade à penicilina/cefalosporina; • Escolha para infecções causadas por microrganismos atípicos, incluindo Legionella e Mycoplasma pneumoniae; • Fármacos sistêmicos de escolha para o tratamento do impetigo; • Escolha para o tratamento de pneumonia adquirida comunitariamente. MACROLÍDEOS Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Cl or an fe ni co l Ativo contra uma ampla variedade de microrganismos gram-positivos e gram-negativos. Uso: limitado a infecções ameaçadoras à sobrevida para as quais não existem alternativas; ALTA TOXICIDADE CLORANFENICOL 38 Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Es pe ct ro de aç ão 39 • O cloranfenicol é ativo contra vários tipos de microrganismos, entre os quais clamídias, riquétsias, espiroquetas e anaeróbios. • Ele é primariamente bacteriostático, mas, dependendo da concentração e do microrganismo, pode ser bactericida. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica O cloranfenicol se liga à subunidade ribossomal bacteriana 50S e inibe a síntese proteica na reação de peptidiltransferase; AMPLO ESPECTRO • A resistência é oferecida pela presença de enzimas que inativam o cloranfenicol. • Outros mecanismos incluem diminuição da capacidade de penetrar no microrganismo e alterações do local de ligação ribossomal. Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Re si st ên ci a 41 • ANEMIAS – anemia hemolítica (deficiência G6PD) – anemia aplástica; • SÍNDROME DO BEBÊ CINZENTO - excreção acúmulo (interferência mitocondrial) = cianose. • INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA – inibidor enzimático P450 ( [varfarina e fenitoína]). Antimicrobianos que afetam a síntese proteica Ef ei to s ad ve rs os 42 43 Fi m .. . Referências • CLARK, M. A.; FINKEL, R.; REY, J. A.; WHALEN, K. Inibidores da síntese proteica. In: Farmacologia ilustrada. 5ª Edição. Porto Alegre: Artmed. cap. 32, p. 395-408. • BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012: capítulos: 54 (Aminoglicosídeos), 55 (Inibidores da síntese de proteínas e agentes antibacterianos diversos).
Compartilhar