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Aula 01 Auditoria p/ ICMS-RS (Auditor) Professor: Claudenir Brito Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 102 AULA 01: Planejamento da auditoria. Relevância. Risco de auditoria. Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos. SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 2 2. Planejamento da auditoria de demonstrações contábeis 4 3. Materialidade, relevância e risco na auditoria 21 4. Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos 64 Lista das questões comentadas durante a aula 75 Resumo do Prof. Claudenir Brito 99 Referências bibliográficas 102 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá, pessoal. Nossa aula de hoje vai tratar de um tema muito importante para nossa preparação - “Planéamento da Aud̀tor̀a”, bastante recorrente nas provas de concursos; além da “Mater̀al̀dade e relevância na auditoria” e do “Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos”, pouco menos cobrados, mas que nem por isso podemos deixá-los de lado. Se o tempo ficar muito apertado, concentrem-se nos exercícios mais recentes (2016, 2015, 2014). As questões de prova sobre esses assuntos não costumam ser muito complexas, sendo que em muitos casos possível resolvê-las com uma leitura atenta e bom senso. Dúvidas, perguntem no fórum, por email ou ainda uma mensagem: Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 102 (61) 98104-2123 Siga-nos nas redes sociais, pois publicamos diariamente temas referentes às técnicas de estudo e à Auditoria: profclaudenirbrito profclaudenirbrito Além disso, se quiser fazer parte da nossa lista exclusiva de e-mails, por meio da qual enviamos material gratuito: Receba dicas de estudo e conteúdo gratuito de Auditoria em seu email, cadastrando-se na nossa lista exclusiva, no link a seguir http://eepurl.com/caW9Pj Uma boa aula para todos nós. 1. Introdução Planejamento, execução e relatórios de Auditoria nada mais são do que as etapasfases pelas quais passa um processo de auditoria. Para efeito didático, vamos a algumas considerações. Após ter ciência de que realizará uma auditoria, a equipe designada (pública ou privada) vai iniciar o planejamento sobre como pretende conduzir a tarefa, a fim de aproveitar ao máximo os meios (tempo, recursos financeiros, pessoal) de que dispõe para alcançar seus objetivos. Embora denom̀nemos o planéamento como a “pr̀mèra fase” da auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois ao longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a alterar o que foi planejado, adaptando-se à novas realidade. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 102 “F̀nal̀zado” o planéamento, ̀ǹc̀a-se a execução dos trabalhos. Essa segunda fase se caracter̀za pelas at̀v̀dades “de campo”, nas quàs a equipe vai aplicar os testes de auditoria necessários para que a equipe chegue a uma conclusão sobre o objeto auditado. Por fim, a equipe vai materializar o que foi levantado, emitindo sua opinião de maneira formal, por meio de um documento a que denom̀namos, em regra, “Relatór̀o de Aud̀tor̀a”. Essas fases não são estanques, pois a equipe pode adiantar o início da elaboração do relatório durante os trabalhos de campo, sem falar no fato de que o planejamento é contínuo, como já vimos. Mas didaticamente, temos as fases de um processo de Auditoria: Planejamento, Execução e Relatórios. Na presente aula, vamos estudar apenas a primeira faseetapa: o Planejamento da Auditoria. Há alguns anos, em minhas aulas presenciais, eu explicava para meus alunos que planejamento não é um “b̀cho de sete cabeças”, pòs todos nós costumamos planejar nossas atividades diariamente, ainda que de forma superficial. Vocês, por exemplo: de posse do edital do concurso, verificaram quais matérias foram cobradas, em quais delas precisariam de materiais novos, em quais cursos iriam se matricular, e por aí vai. Ah, e quanto dinheiro teriam disponível para tudo isso, que faz parte do planejamento. Isso sem falar nas viagens a passeio, finais de semana, férias, momento no qual todos nós nos mostramos exímios planejadores, deixando para trás os mais cascudos Generais do Pentágono. Ou seja, qual seria a dificuldade em se planejar uma auditoria? Garanto que, na prática, com os conhecimentos necessários e alguma experiência no órgão, todos vocês terão condições de participar de um planejamento de forma bastante eficaz. Mas como a prática, por enquanto, não nos interessa tanto, vamos à teoria. Ajeitem-se na cadèra, peguem um copo d’água, e aprovètem a aula. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 102 Planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de se alcançar os objetivos definidos para o trabalho. 2. Planejamento da auditoria Um dos objetivos desta aula é explicar essa primeira fase da auditoria. Entretanto, conforme vimos, o planejamento não é uma fase isolada e estará presente ao longo de todo o processo de auditoria. As princ̀pàs normas que tratam do tema “Planéamento da aud̀tor̀a” são a NBC TA 240, a NBC TA 300, a NBC TA 320 e a NBC TI 01, que estou relacionando a título de conhecimento, pois não entendo como produtiva a lètura de “lès secas” para o nosso concurso. Nós já estudamos essas normas e seus aspectos principais estão sendo consideradas na elaboração das nossas aulas. Assim, o custo x benefício da leitura de tanto material, a meu ver, não é positivo. Portanto, foco nas aulas! Planejamento, segundo Att̀e (2010), é “uma metodolog̀a de preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas e os processos de avaliação de que se at̀ng̀ram as metas programadas”. De acordo com Franco e Marra (2011), “ao se ̀ǹc̀ar qualquer trabalho de auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu ob́et̀vo”, af̀rmando, ànda, que “o planéamento adequado pressupõe a formulação do programa de aud̀tor̀a”. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Ele define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 5 de102 tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em problemas na execução da fiscalização, que poderão provocar acréscimo no tempo total de realização, além de repercussões negativas em sua qualidade. Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que for possível, de acordo com o tempo disponível e com o objetivo determinado. Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas operacionais e administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, que diversas atividades poderiam ter sido realizadas na sede, em vez de ocuparem o precioso tempo de campo da equipe. Ou seja, planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de se alcançarem os objetivos definidos para o trabalho. Funciona mais ou menos assim: – você me diz o que você quer (o chefe, no caso, determina que seja realizado o trabalho); – eu realizo meu planejamento e digo o que é necessário para realizá- lo (trabalho em equipe, sobre o qual trataremos em seguida); – você me diz, daquilo que pedi, o que tem para fornecer; – com base no que você tem, eu te digo o que poderá ser feito. A partir daí, devem ser feitos diversos ajustes (o planejamento deve ser flexível), inclusive dos objetivos da auditoria, caso a empresa de auditoria não disponha dos meios necessários para a execução. Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar os seguintes procedimentos: - obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao princípio do custo-benefício; - obter o máximo de informações sobre a empresa a ser fiscalizada; - discutir o escopo, os procedimentos e as técnicas; - testar a documentação a ser utilizada. Não se pode fiscalizar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer o objeto da auditoria é um dos passos mais importantes do processo, a fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a serem utilizados. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 102 Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe, pois se cada auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances de sucesso serão sempre maiores. Algumas considerações iniciais sobre planejamento: 1 – é a primeira fase de um trabalho de auditoria; 2 – não se encerra com o início dos trabalhos de campo; 3 – é flexível. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. (CESPESTF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Informação muito importante. O planejamento deve ser flexível, e que, sempre que novos fatos o recomendarem, deve ser alterado para se adequar à nova realidade surgida. Gabarito: C 2. (CESPE/TCU/2007) Acerca das normas de auditoria do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item subsequente. Não é obrigatória a evidenciação de atualizações no planejamento e nos programas de auditoria em papéis de trabalho correspondentes. O auditor possui autonomia para modificar a estrutura de acordo com o andamento dos trabalhos. Comentários: É verdade que o pode (e deve) atualizar seu planejamento e os programas de auditoria, mas essas alterações devem ser evidenciadas nos papéis de trabalho, pois do contrário essa documentação perderia seu propósito, que é o de evidenciar a maneira exata como a auditoria foi conduzida. Gabarito: E Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 102 2.1 Atividades preliminares Na fase de planejamento, as atividades preliminares auxiliam o auditor na identificação e na avaliação de eventos ou situações que possam afetar sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras, das seguintes fontes de informação: - sistemas informatizados; - cadastros a que se vincula a empresa fiscalizada; - legislação e normas específicas; - demonstrações dos últimos exercícios; - fiscalizações anteriores, incluindo papéis de trabalho; - auditores que tenham participado de trabalhos recentes na empresa; - controle interno; - notícias veiculadas na mídia; - trabalhos acadêmicos publicados; - possíveis ações judiciais concernentes à empresa fiscalizada; - levantamentos anteriores. A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão da empresa a ser fiscalizada, bem como do ambiente organizacional em que está inserida. Em geral, é composta das seguintes informações: - descrição da empresa fiscalizada, com as características necessárias à sua compreensão; - legislação aplicável; - objetivos institucionais da empresa fiscalizada, se for o caso; - setores responsáveis, competências e atribuições; - riscos e deficiências em controles internos. Podemos definir essa análise preliminar como sendo o levantamento de informações relevantes sobre a empresa auditada, para se adquirir o conhecimento necessário à formulação das questões que serão examinadas pela auditoria. A compreensão permite identificar riscos e pontos críticos existentes e é indispensável à definição do objetivo e do escopo da auditoria. É importante assegurar que os aspectos centrais do objeto auditado tenham sido investigados, documentados e compreendidos. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 102 A extensão e o nível de detalhamento dos dados que serão coletados devem levar em consideração a natureza do objeto investigado, o tempo e os recursos disponíveis pela equipe. A equipe deve realizar investigação preliminar dos controles internos e dos sistemas de informação, assim como dos aspectos legais considerados significativos no contexto da auditoria. Nas auditorias operacionais, o exame da confiabilidade da base informativa e dos controles internos deve enfatizar os aspectos que possam comprometer a efetividade e/ou a eficiência das operações. A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3. (CESPE/TCE-AC/2008) A elaboracࡤaひo do trabalho de auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a extensaひo e a profundidade dos procedimentos que nele seraひo empregados, sendo dispensaばveis os exames preliminares. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentaばrios: Na fase de planejamento, as atividades preliminares servem para auxiliar o auditor na identificacࡤaひo e na avaliacࡤaひo de eventos ou situac oひes que possam afetar sua capacidade de planejar e realizarࡤ o trabalho. Como sabemos, soば eば poss ば̀vel auditar com eficiência aquilo que conhecemos, o que nos faz entender pela obrigatoriedade da realização de exames preliminares. Gabarito: E 4. (CESPE/SECONT-ES/2009) De modo a dar consistência ao processo de auditoria, os critérios empregados para avaliação devem ser fixos, independentemente da entidade auditada, embora possam ser adaptadosà realidade da cada caso na fase da elaboração da visão geral da entidade auditada. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 102 Cada empresa, entidade ou objeto a ser auditado é único, não importando quantas semelhanças tenham com outras empresas. Dizer que os critérios de avaliação devem ser fixos nos remete a desconsiderar as particularidades dos auditados, o que faria com que os diversos planejamentos se apresentassem bastante inflexíveis. E como já vimos, uma das características mais importantes do planejamento de auditoria é sua flexibilidade. Gabarito: E 2.2 Determinação de escopo Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis. A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do objeto de auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão investigadas. O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido previamente definidos na deliberação que determinou a realização da auditoria. Para determinar a extensão e o alcance da auditoria que será proposta, a empresa de auditoria deve dispor de informações relativas aos objetivos relacionados ao objeto que será auditado e aos riscos relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos controles adotados para tratar esses riscos. O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho, e envolve a definição das questões de auditoria, a profundidade e o detalhamento dos procedimentos, a delimitação do universo auditável (abrangência), a configuração da amostra (extensão) e a oportunidade dos exames. Durante a execução, os auditores podem se deparar com fatos que fogem ao escopo ou ao objetivo estabelecido para o trabalho ou que sejam incompatíveis com a natureza da fiscalização, mas que, dada a sua importância, mereçam a atenção da equipe. Nesses casos, as seguintes opções devem ser consideradas: Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 102 – Nas situações em que os fatos se relacionem de forma clara e lógica com o objetivo da auditoria, o planejamento é passível de mudanças durante a realização dos trabalhos pela própria equipe de auditoria, as quais deverão ser submetidas ao supervisor, para aprovação. – Nas situações em que, mesmo relacionados ao objetivo da auditoria, os fatos fogem ao escopo estabelecido, mas a consistência das evidências encontradas recomenda sua abordagem, a equipe, em conjunto com o supervisor e o titular da unidade técnica coordenadora, deve avaliar a oportunidade e a conveniência de realizar exames para desenvolver achados no trabalho em curso, levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados. – Nas situações em que os fatos sejam incompatíveis com o objetivo ou com a natureza da fiscalização, caberá ao titular da unidade técnica avaliar a conveniência e a oportunidade de aprofundar os exames acerca das constatações, a fim de que estas sejam devidamente fundamentadas, levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados, ou propor a realização de outra ação de controle com vistas a concluir os exames dos fatos identificados. ESCOPO é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis. O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho. 2.3 Programa de Auditoria De acordo com Peter e Machado (2008), Programa de Auditoria: “Const̀tù-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado previamente aos trabalhos de campo, embasado Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 102 em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando c̀rcunstânc̀as ̀mprev̀stas o recomendarem.” (Gr̀fei) Os autores afirmam que o programa de auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: 1) Específico: um plano para cada trabalho. 2) Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações. Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para cada trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver programas de auditoria que alcancem os objetivos de auditoria, e tais programas, e seus eventuais ajustes, devem ser registrados e aprovados antes do início da execução. Por constituir-se etapa de expressiva importância no resultado que se pretende alcançar com a auditoria, é imprescindível que se disponibilize o tempo necessário à fase planejamento, bem como que o planejamento elaborado atenda aos seguintes aspectos básicos: I. vise à consecução dos objetivos da auditoria mediante execução econômica, eficiente e oportuna dos trabalhos; II. considere, necessariamente, elementos de conhecimento prévio sobre a empresa auditada, seus sistemas mais importantes, seus objetivos e riscos e a eficácia de seus controles internos; III. explicite a natureza, a extensão e a profundidade dos exames a serem realizados e seja suficientemente detalhado de forma a não permitir equívocos na sua execução; IV. permita a atribuição, na fase de execução dos trabalhos, de tarefas e respectivos prazos compatíveis com a complexidade da tarefa e importância da informação buscada; V. seja objeto de supervisão por pessoa com perfil e competência profissional adequados e envolva suficiente discussão pela equipe; VI. seja adequadamente testado quanto à viabilidade de sua aplicação, quando necessário, e seja revisado, sempre que isso se revelar necessário, de forma a permitir a supervisão da execução e, a qualquer tempo, a avaliação das atividades desenvolvidas pelo auditor. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 102 Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimentos para identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser executados de modo suficiente para alcançar os objetivos da auditoria. Limitações de escopo em função de restrições de acesso a registros oficiais ou de outras condições específicas necessárias para planejar e conduzir a auditoria devem ser registradas para declaração no relatório de como isso afetou ou pode ter afetado os resultados do trabalho. O programade auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve evidenciar: I. o objetivo e o escopo da auditoria; II. o universo e a amostra a serem examinados; III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. O programa de auditoria deverá ser estruturado de forma que possa ser: - específico: um plano para cada trabalho; - padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 102 5. (CESPE/FUB-DF/2013) Os procedimentos de auditoria saひo definidos no proばprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As averiguac oひes e verificacࡤ oひes devem permitir que os auditoresࡤ formem uma opiniaひo que fundamente sua manifestacࡤaひo. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentaばrios: O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve evidenciar: I. o objetivo e o escopo da auditoria; II. o universo e a amostra a serem examinados; III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. A questão está de acordo com o que estudamos. Gabarito: C 6. (CESPE/UNIPAMPA/2009) O programa de auditoria deve ser estruturado de forma que possa ser espec ば̀fico ou padronizado. O programa espec ば̀fico eば mais apropriado para atividades que naひo se alterem ao longo do tempo ou para situac oひes que contenham dados e informacࡤ oひes similares. Julgueࡤ CERTO ou ERRADO. Comentaばrios: De acordo com Peter e Machado (2008), o programa de auditoria deveraば contemplar todas as informacࡤoひes dispon ば̀veis e necessaばrias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensaひo e a profundidade deste, e deveraば ser estruturado de forma que possa ser espec ば̀fico (um plano para cada trabalho) e padronizado (destinado aど aplicacࡤaひo em trabalhos locais ou em eばpocas diferentes, com pequenas alteracࡤoひes). A questaひo inseriu a definicࡤaひo de programa padronizado como sendo a de programa espec ば̀fico. Gabarito: E 2.4 NBC TA 300 A principal Norma de Auditoria que trata do Planejamento é a NBC TA 300, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que dispõe que a Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 102 natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. De acordo com a NBC TA 300, o Planejamento é um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de procedimentos adicionais. Por exemplo, o planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como: a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco; b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à entidade e como esta cumpre com os requerimentos dessa estrutura; c) a determinação da materialidade; d) o envolvimento de especialistas; e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da entidade). Atenção: Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo de responsabilidade do auditor. Na discussão de temas incluídos na estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente previsíveis (o auditado vai ficar sabendo com antecedência quais procedimentos serão aplicados). O envolvimento do sócio do trabalho (auditor responsável) e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 102 incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a eficácia e a eficiência do processo de planejamento. 2.4.1 Atividades preliminares do trabalho de auditoria Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar o trabalho; b) não há problemas de integridade da administração que possam afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho. A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o cliente e de requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo do trabalho de auditoria à medida que mudam as circunstâncias e as condições. A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cliente e a avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do trabalho de auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos antes da realização de outras atividades importantes para esse trabalho. No caso de trabalhos de auditoria recorrentes, esses procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. 2.4.2 Atividades de planejamento De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RSTeoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 102 a época da auditoria e as comunicações necessárias; (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Prosseguindo no estudo da norma, vemos que o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco; (b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria, pois, como vimos, a atividade de planejamento é um processo contínuo e flexível. O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão da supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 2.4.3 Estratégia global de auditoria O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como: (a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com experiência adequada para Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 102 áreas de alto risco ou o envolvimento de especialistas em temas complexos; (b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco; (c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base de corte; (d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as revisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle de qualidade do trabalho. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro. 2.4.4 Considerações específicas para entidades de pequeno porte Em entidades de pequeno porte, toda a auditoria pode ser conduzida por uma equipe pequena. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte envolvem o sócio trabalhando com um membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas. A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado, variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da auditoria e o tamanho da equipe. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 102 Quando a auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não se colocam questões de direção e supervisão dos membros da equipe de trabalho e de revisão do seu trabalho. Nesses casos, o sócio do trabalho, tendo dirigido todos os aspectos do trabalho, estará ciente de todos os assuntos relevantes. A formação de uma visão objetiva da adequação dos julgamentos feitos no decurso da auditoria pode gerar problemas práticos quando a mesma pessoa também executa toda a auditoria. Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a auditoria é realizada por um único profissional, pode ser recomendável a consulta a outros auditores com experiência adequada ou à entidade profissional dos auditores. 2.4.5 Plano de auditoria O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria, visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. O auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais para alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação antes de planejar todos os procedimentos. 2.4.6 Mudança nas decisões de planejamento durante o processo de auditoria (NBC TA 300) Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos, o auditor pode ter de modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, considerando a revisão dos riscos avaliados. Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere significativamente da informação disponível quando o auditor planejou os procedimentos de auditoria. Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 102 controle (sobre os controles internos). Falaremos mais desses testes numa próxima oportunidade. 2.4.7 Direcionamento, supervisão e revisão (NBC TA 300) A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo: (a) o porte e a complexidade da entidade; (b) a área da auditoria; (c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no risco de distorções para uma dada área de auditoria costuma exigir um correspondente aumento na extensão e no direcionamento e supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma revisão mais detalhada do seu trabalho); (d) a capacidade e a competência dos membros da equipe de auditoria. 2.4.8 Documentação A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões-chave consideradas necessárias para planejar adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe. Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia global de auditoria na forma de memorando contendo as decisões-chave relativas a alcanceglobal, época e condução da auditoria. A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, em resposta aos riscos avaliados. Também serve para registrar o apropriado planejamento dos procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes da sua aplicação. O registro das mudanças significativas na estratégia global e no plano de auditoria, e respectivas mudanças na natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria explicam o motivo das mudanças significativas, a estratégia global e o plano de auditoria adotado para a auditoria, e também reflete a resposta apropriada a mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria. 5 Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 102 2.4.9 Considerações adicionais em auditoria inicial A finalidade e o objetivo do planejamento não mudam caso a auditoria seja inicial (primeira vez na entidade) ou em trabalho recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da experiência anterior que é normalmente utilizada durante o planejamento. Nesse caso, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia e do plano: - manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; - quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de princípios contábeis ou de auditoria e normas de elaboração de relatórios) discutidos com a administração e relacionados à escolha do auditor, à comunicação desses temas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria; - os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência relativa aos saldos iniciais (NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais); - outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial (por exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio ou profissional experiente). O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 2 Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 102 3. Materialidade, relevância e risco em auditoria As principais normas relacionadas ao tema são a NBC TA 200, a NBC TA 315, a NBC TA 320 e a NBC TA 330, e estão valendo as mesmas considerações que fiz no tópico anterior, ou seja, que não recomendo a lètura da “lè seca” para nosso concurso em espec̀al. 3.1 Relevância em auditoria De acordo com a Resolução CFC nº 1.213/09, que aprovou a NBC TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria - as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos. A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. Distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. 3.2 Materialidade em Auditoria Como já vimos no decorrer do curso, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. 0 Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 102 Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. Em outras palavras, a materialidade na auditoria está diretamente ligada à relevância de um fato em relação ao objeto do exame, ou seja, o quanto aquele fato poderá distorcer a materialidade das demonstrações contábeis verificadas. Podemos observar a materialidade em auditoria sob dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. O primeiro caso normalmente é evidenciado pelo valor das contas envolvidas nas Demonstrações Contábeis, e as distorções identificadas podem ser detectados através de testes substantivos, que vamos estudar em outra oportunidade. Sob o aspecto qualitativo, o auditor deve se preocupar com a veracidade das informações transmitidas aos usuários da informação contábil. A estrutura de relatórios financeiros, ao discutir o tema materialidade, costuma resumir que: - distorções são consideradas relevantes quando puderem influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis; - julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos; e - julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações contábeis são baseados em a Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 102 considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Atenção: A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção das necessidades de informações financeiras dos usuários. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas naavaliação da materialidade de distorções encontradas. Comentários: No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da auditoria. Gabarito: E 3.2.1 Materialidade no planejamento e para a execução da auditoria Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se houver uma ou mais classes de transações ou saldos contábeis para as quais as distorções de valores menores que a materialidade influenciem as decisões econômicas dos usuários, o auditor deve determinar, também, o nível de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações, e não somente para as demonstrações como um todo. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 102 O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: Ativo circulante 30.000 Passivo circulante e não circulante 50.000 Ativo não circulante 70.000 PL 50.000 Ativo Total 100.000 Passivo Total 100.000 Fonte: Brito e Fontenelle (2015). A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$1.000,00 serão considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade de que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas demonstrações como um todo. 3.2.2 Revisão no decorrer da auditoria Como já vimos no decorrer da aula, o planejamento de auditoria é uma atividade mutável e contínua, o que inclui a determinação da materialidade. Assim, o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que o teriam levado a determinar um valor (ou valores) diferente no início do planejamento. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa do que inicialmente determinado, deve determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam apropriados. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 102 3.2.3 Documentação O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados em sua determinação: (a) materialidade para as demonstrações como um todo; (b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; (c) materialidade para execução da auditoria; (d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 8. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas. Comentários: No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da auditoria. Gabarito: E 9. (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue o item seguinte. O planejamento e a execução de uma auditoria devem ser realizados com base no conceito de materialidade, a fim de que se avaliem o efeito das distorções identificadas em relação às demonstrações contábeis e à formação da opinião expressa no relatório do auditor. Comentários: Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter segurança razoável de que as Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 102 demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Gabarito: C 3.3 Risco em auditoria 3.3.1 Risco de Distorção Relevante (Risco Inerente e Risco de Controle) e Risco de Detecção Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um trabalho complexo, que envolve a aplicação de sofisticados procedimentos, o que torna inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou irregularidades existentes possam não ser detectados durante o processo. O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes nas atividades auditadas, mesmo porque sabemos que seu trabalho sofre limitações quanto aos recursos disponíveis, em comparação com a gama de atribuições a que é submetido. Nunca é demais lembrar que o auditor trabalha por amostragem, razão pela qual terá sempre uma segurança razoável, e não absoluta, acerca do objeto auditado. Quando os erros não são significativos, não há tanto problema. Entretanto, quando forem relevantes e não tenham sido descobertos, esse fato pode prejudicar a confiabilidade em seu trabalho. Assim, faz-se necessário o conhecimento das diversas variáveis envolvidas no risco de auditoria, para que se possa minimizar seus efeitos. A NBC TA 200 define Risco de Auditoria como sendo o “r̀sco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção”. (Grifei) Trouxemos a definição literal da norma, porque veremos na resolução das questões que várias delas cobram apenas esse conhecimento. Em relação à definição anterior, atenção! O risco de o auditor considerar que há distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando na verdade elas não existem é, segundo a mesma norma, insignificante. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 102 3.3.2 Tipos de Risco Risco de detecção É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existenteque possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. Risco de distorção relevante É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações: Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados. Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. Em outras palavras, o risco inerente não depende da atuação do controle interno ou da auditoria. Ele vai existir pela simples existência do processo ou entidade a ser auditado. Nesse ponto, não se consideram a existência dos controles ou do trabalho do auditor, ou seja, não estamos falando em controle e auditoria. O risco de controle diz respeito ao trabalho do controle interno. É o risco de que, mesmo que os controles sejam efetivos, não consigam evitar ou detectar um erro ou fraude no processo. Como exemplo, vamos citar um processo de compra no qual, ainda que haja a devida segregação de funções entre os responsáveis (um dos princípios do controle interno), pode envolver fraude não detectada, elaborada por meio de conluio entre dois ou mais funcionários. Por fim, o risco de detecção está diretamente relacionado ao trabalho do auditor. Como já vimos, haja vista as limitações naturais a que um trabalho de auditoria está submetido, é possível que o auditor não detecte erros e fraudes no processo, ainda que pareçam graves. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 102 Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada e avaliada por ocasião do planejamento da auditoria, para que sejam incluídos, nos programas, procedimentos específicos a fim de detectá-los. Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos administrativos, menor será a vulnerabilidade dos riscos inerentes à gestão propriamente dita. Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção relevante (inerente e controle). Quanto maior o risco de distorção relevante, menores os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor. Para ilustrar, observemos o quadro a seguir. A avaliação do risco de controle pelo auditor é: Alto (2) Médio Baixo A avaliação do risco inerente pelo auditor é: Alto (3) Menor (1) Menor Médio Médio Menor Médio Maior Baixo Médio Maior Maior - RISCO INERENTE: o erro ou irregularidade ocorreu nos registros ou nas demonstrações contábeis. - RISCO DE CONTROLE: o erro ou irregularidade não foi detectado pelo sistema de controle interno da entidade auditada. - RISCO DE DETECÇÃO: ao aplicar os procedimentos de auditoria, o auditor também não detecta os erros. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 102 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 10. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de auditoria. Sobre o planejamento da auditoria, assinale a afirmativa correta. (A) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria. (B) A experiência anterior dos membros - chave da equipe de trabalho com a entidade não influenciam a natureza e a extensão das atividades de planejamento. (C) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração da entidade auditada. (D) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano. (E) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de auditoria. Comentários: De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Gabarito: D 11. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) Para fins das normas de auditoria, os valores fixados pelo auditor, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 102 detectadas em conjunto excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo, são denominados (A) materialidade para execução da auditoria. (B) objetividade para execução da auditoria. (C) relevância para execução da auditoria. (D) limites relacionados a empresas do mesmo setor. (E) parâmetros das demonstrações contábeis Comentários: De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Gabarito: A 12. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) A natureza e a extensão das atividades de planejamento de auditoria variam conforme o porte e a complexidade da entidade auditada. Um fator a ser considerado é que a fase do planejamento (A) constitui um processo sem influência na determinação dos testes substantivos. (B) deve ser realizada antes da avaliação dos controles internos. (C) se estende até a conclusão do trabalho de auditoria. (D) corresponde a um processo que é concluído com o início dos procedimentos da auditoria. (E) tem foco primordial na avaliação de riscos. Comentários: Questão muito simples, pois deixamos bem claro no decorrer da aula que, embora denom̀nemos o planéamento como a “pr̀mèra fase” da auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois ao longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a alterar o que foi planejado, adaptando-se à nova realidade. Ou seja, o planejamento se estende até a conclusão do trabalho de auditoria. Gabarito: C 13. (IADES/PCDF-Perito/2016) Com relação ao planejamento de auditoria, entendido como a etapa inicial da auditoria, assinale a alternativa correta. (A) Esse planejamento consiste em uma fase isolada que começa e se encerra antes de iniciada a execução da auditoria. (B) A referida etapa envolve três fases distintas: a definição da estratégia global; o desenvolvimentodo plano de auditoria; e, a contratação da equipe de auditoria. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 102 (C) O detalhamento dos passos que o auditor deverá seguir, durante a execução da auditoria, é feito na fase de desenvolvimento do plano de auditoria. (D) A estratégia global apresenta um nível de detalhamento maior que o plano de auditoria. (E) A determinação da natureza, da época e da extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho é de responsabilidade da administração da entidade e não do auditor. Comentários: A – ERRADA. O planejamento de auditoria é uma atividade contínua e mutável. B – ERRADA. Em geral, duas fases: a definição da estratégia global e o desenvolvimento do plano de auditoria. C – CERTA. D – ERRADA. É exatamente o contrário. O plano de auditoria apresenta um nível de detalhamento maior que a estratégia global. E – ERRADA. É responsabilidade do auditor. Gabarito: C 14. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever: A) a avaliacࡤaひo da conformidade com os requisitos eばticos, inclusive independe .ncia, conforme exigido pela NBC TA 220ࡂ B) a natureza, a eばpoca e a extensaひo dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no n ば̀vel de afirmacࡤaひo, conforme previsto na NBC TA 330. C) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA 210. D) os processos para auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais. E) as medidas para facilitar a direcࡤaひo e a supervisaひo dos membros da equipe de trabalho e a revisaひo do seu trabalho. Comentaばrios: De acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever “a natureza, a eばpoca e a extensaひo dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no n ば̀vel de afirmacࡤaひo”. As demais alternativas estão incorretas, tendo que vista que: A – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao planejamento. B – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao planejamento. D – apresenta consequências do planejamento, não item a ser descrito no plano de auditoria. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 102 E – apresenta consequências do planejamento, não item a ser descrito no plano de auditoria. Gabarito: B 15. (FGV/ISS-Recife/2014) Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estrateばgia global que defina seu alcance, sua eばpoca e sua direc aひo, a fim de orientar oࡤ desenvolvimento do plano de auditoria. Os procedimentos a serem adotados estaひo listados a seguir, aど excec .aひo de um. Assinale-oࡤ A) Identificar as caracter ば̀sticas do trabalho para definir o seu alcance. B) Definir os objetivos do relatoばrio do trabalho, de forma a planejar a eばpoca da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. C) Considerar, para orientar os esforcࡤos da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do auditor, saひo irrelevantes. D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria. E) Determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo dos recursos necessaばrios para realizar o trabalho. Comentaばrios: Segundo vimos em aula, ao definir a estratégia global, de acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Gabarito: C 16. (FGV/ISS-Recife/2014) Um planejamento adequado eば benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada aどs áreas importantes da auditoria. II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente. III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz e eficiente. IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com n ば̀veis apropriados de capacidade e competência Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 102 para responderem aどs evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos. Assinale: A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentaばrios: Segundo o ̀tem 2 da NBC TA 300, “O planéamento da aud̀tor̀a envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: • auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; • auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; • auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; • auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; • facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho; • auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros aud̀tores e espec̀al̀stas.” Assim, podemos concluir que apenas os itens I, II e III estão corretos. Gabarito: B 17. (FGV/INEA-RJ/2013) O objetivo de auditoria de “padronizar os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma organizac֚aひo” refere-se: A) ao papel de trabalho. B) ao teste de procedimentos. C) ao programa de auditoria. D) aど interpretacࡤaひo de informacࡤoひes auditadas. E) ao procedimento de auditoria em aばreas espec ば̀ficas. Comentaばrios: De acordo com o item A 17 da NBC TA 300, “O aud̀tor pode ut̀l̀zar programas de auditoria padrão ou listas de verificação de conclusão da auditoria, adaptados de forma a refletirem as circunstâncias part̀culares do trabalho”. Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 102 Ou seja, uma firma de auditoria pode utilizar programas-padrão para “padroǹzar os proced̀mentos de aud̀tor̀a” de seus prof̀ss̀onàs. Gabarito: C 18. (FGV/Sefaz-RJ/2011-Adaptada) O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando ostestes substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. Quando da auditoria pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados, tais como os listados a seguir, À EXCEÇÃO DE UM. Assinale-o. a) Leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhec̀mento” da auditada). b) Uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro presumido para real, por exemplo). c) Valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta. d) Identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não. e) Levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno. Comentários: A realização de uma primeira auditoria numa entidade pode ocorrer em três situações básicas: a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção do auditor independente, visto que ela não tem experiência anterior de um trabalho de auditoria; b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por outro auditor independente, situação que permite uma orientação sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente; e c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente anterior, situação que requer atenção do auditor independente, porquanto as Demonstrações Contábeis que servirão como base de comparação não foram auditadas. Quando da realização da primeira auditoria, o auditor independente deve incluir no planejamento de auditoria: análise dos saldos de abertura, procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos procedimentos contábeis, identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior e revisão dos papéis de trabalho do auditor Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 102 anterior. Além disso, é essencial que o auditor avalie o sistema de controle interno da empresa. Dessa forma, a única opção não prevista na norma é a verificação do valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta. Gabarito: C 19. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) Um elemento que deve ser considerado tanto no planejamento quanto na execução dos procedimentos da auditoria é a materialidade, mas esta constitui um elemento subjetivo, concebido a partir de julgamento profissional. Para exercer esse julgamento, alguns referenciais devem ser considerados. Há vários fatores que podem afetar a identificação de um referencial para determinar a materialidade para as demonstrações contábeis. O seguinte fator NÃO afeta tal identificação: (A) conclusões de trabalhos de auditoria anteriores. (B) elementos das demonstrações contábeis. (C) estrutura de financiamento da entidade. (D) ambiente econômico em que atua. (E) fase do ciclo de vida da entidade. Comentários: Questão literal, semelhante a uma questão de um concurso da FGV em 2014 (CGE-MA). De acordo com o d̀sposto no ̀tem A3 da NBC TA 320, “os fatores que podem afetar a identificacࡤaひo de referencial apropriado incluem: (a) os elementos das demonstrac oひes contaばbeis (porࡤ exemplo, ativo, passivo, patrimo nio lࡂ ば̀quido, receita, despesa); (b) se haば itens que tendem a atrair a atenc aひo dos usuaばriosࡤ das demonstracࡤoひes contaばbeis da entidade espec ば̀fica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operacࡤoひes, os usuaばrios tendem a focar sua atencࡤaひo em lucro, receita ou patrimo nio lࡂ ば̀quido); (c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua; (d) a estrutura societaばria da entidade e como ela eば financiada (por exemplo, se a entidade eば financiada somente por d ば̀vida em vez de capital proばprio, os usuaばrios daひo mais importância a informacࡤoひes sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e (e) a volatilidade relativa do referencial.” (Gr̀famos) Gabarito: A Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 102 20. (FGV/ISS-Cuiabaば/2014) Sobre a materialidade no contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta. A) Os julgamentos sobre materialidade saひo afetados por um fator entre a magnitude ou a natureza das distorcࡤoひes. B) O julgamento sobre relevância deve considerar o poss ば̀vel efeito de distorcࡤoひes sobre usuaばrios individuais. C) A determinacࡤaひo de materialidade pelo auditor naひo deve ser afetada por suas percepcࡤoひes pessoais. D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorcࡤoひes podem levar o auditor a avaliaば-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. E) A materialidade naひo pode ser modificada no decorrer da auditoria. Comentaばrios: De acordo com o disposto na NBC TA 320, item 6, “A mater̀al̀dade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do l̀m̀te de mater̀al̀dade.” Gabarito: D 21. (FGV/ISS-Recife/2014) A respeito da materialidade, assinale a afirmativa incorreta. A) A determinacࡤaひo de materialidade pelo auditor eば uma questaひo de apuracࡤaひo cient ば̀fica e eば afetada pela percepcࡤaひo do auditor das necessidades de informacࡤoひes financeiras dos usuaばrios das demonstracࡤoひes contaばbeis. B) O conceito de materialidade eば aplicado pelo auditor no planejamento e na execucࡤaひo da auditoria, bem como na avaliacࡤaひo do efeito de distorcࡤoひes identificadas na auditoria e de distorcࡤoひes naひo corrigidas, se houver, sobre as demonstracࡤoひes contaばbeis. C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorcࡤoひes que saひo consideradas relevantes para determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo de procedimentos adicionais de auditoria. D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria naひo estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorcࡤoひes naひo corrigidas, individualmente ou em conjunto, seraひo sempre avaliadas como naひo relevantes. E) Ao estabelecer a estrateばgia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstracࡤoひes contaばbeis como um todo. Comentaばrios: Auditoria Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul ʹ SEFAZ-RS Teoria e Questões Comentadas Prof. Claudenir Brito ʹ Aula 01 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 102 Segundo o d̀sposto na NBC TA 320, “A determ̀nacࡤaひo de materialidade para execucࡤaひo de testes naひo eば um caばlculo mecânico simples e envolve o exerc ば̀cio de julgamento profissional”. Eば afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execucࡤaひo dos procedimentos de avaliacࡤaひo de risco, e pela natureza e extensaひo de distorcࡤoひes identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relacࡤaひo a distorcࡤoひes no per ば̀odo corrente. Gabarito: A 22. (FGV/CGE-MA/2014) O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a magnitude das distorc oひes que saひoࡤ consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para: A) determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo de procedimentos de