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TESTE DE CONHECIMENTO 4

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1.
		Joana em viagem aos Estados Unidos da América adquiriu uma máquina filmadora da loja  X, que possui rede credenciada no Brasil, em razão de apresentar defeitos e levando em conta a garantia do produto pela empresa estrangeira vendedora, foi até a autorizada da loja X para analisarem o produto. Para sua surpresa, foi informada que ao produto, por ter sido comprado no exterior, não seria assegurada assistência técnica pela rede credenciada da loja X no Brasil. Consultado por Joana você diria que:
	
	
	
	O produto adquirido no exterior não está sujeito às regas do Código de Defesa do Consumidor, eximindo a responsabilidade da loja X de assegurar a reparação técnica.
	
	
	A assistência técnica não é da responsabilidade da loja X credenciada no Brasil, pois fere às regras da economia globalizada e às regras do Código de Defesa do Consumidor.
	
	
	O produto adquirido no exterior não possui assistência técnica no Brasil devendo retornar para os Estados Unidos para realizar a troca, pois se trata de uma empresa multinacional não estando sujeita às regras do Código de Defesa do Consumidor.
	
	
	Que à aquisição de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, não será assegurada a reparação técnica do produto defeituoso pela loja X no Brasil.
	
	
	A aquisição de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, deverá ser assegurada a reparação técnica do produto defeituoso pela loja X no Brasil, já que se trata de uma empresa multinacional sujeita às regras de economia globalizada e às do Código de Defesa do Consumidor.
	
Explicação:
A assertiva D está correta, pois se trata de aplicação do princípio da solidariedade nas relações de consumo, o qual, no contexto da economia globalizada, inclui como responsáveis todos os fornecedores inseridos na cadeia produtiva de determinado produto ou serviço. 
	
	
	
	 
		
	
		2.
		(TJES - 2011 - CESPE/JUIZ DE DIREITO - adaptada) Na Lei n.º 8.078/1990, Código de Proteção e Defesa do Consumidor, consta expressamente o conceito de consumidor e o conceito de fornecedor, denominados elementos subjetivos da relação jurídica de consumo. Entretanto, nem sempre é possível certificar-se da existência de relação de consumo somente pela análise literal dos artigos do CDC, de modo que o julgador deve conhecer o entendimento dominante dos tribunais superiores. Nesse sentido, segundo a jurisprudência dominante do STJ, o CDC se aplica a:
	
	
	
	Serviços notariais, contrato de serviços advocatícios e contrato de plano de saúde.
	
	
	Pagamento de contribuição de melhoria, crédito educativo custeado pelo Estado ao aluno e na relação entre condomínio e condôminos.
	
	
	Contrato de locação, perícia judicial e contrato de trabalho.
	
	
	Contrato de cooperação técnica entre empresas de informática, contrato de franquia e envio de produto gratuito como brinde.
	
	
	Serviço de fornecimento de água, contrato bancário e contrato de previdência privada com entidades abertas.
	
Explicação:
GABARITO: E, consoante jurisprudência dominante do STJ, há incidência do CDC nos serviços públicos essenciais (CDC, art. 22), nos contratos do consumidor com instituições financeiras (Verbete 297 do STJ), bem como nos contratos de previdência privada com entidades abertas (STJ, Súmula 563: "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.").
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Analise as assertivas e, em seguida, marque a alternativa CORRETA.
I. O produtor de produtos naturais e agropecuários não estará sujeito à disciplina do Código de Defesa do Consumidor, quando o fornecimento de seus produtos não envolver industrialização. 
II. O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado nas relações entre entidades de previdência privada e seus participantes. 
III. O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado nas relações entre consumidores e instituições financeiras. 
IV. A pessoa jurídica integrante da administração pública indireta não está sujeita à disciplina do Código de Defesa do Consumidor.
 
Marque a assertiva que corresponde à resposta CORRETA
	
	
	
	Somente as proposições III e IV são corretas.
	
	
	Somente as proposições I e IV são corretas.
	
	
	As proposições I, II, III e IV são corretas.
	
	
	Somente as proposições I e II são corretas.
	
	
	Somente as proposições II e III são corretas.
	
Explicação:
 
Item : C
Explicação:
CDC, art. 3º; REsp 1.536.786-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/8/2015, DJe 20/10/2015 versus Súmula 321 STJ; Súmula 297 STJ; Incorreta, CDC, art. 22.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		(TCE/AL 2008 - FCC - PROCURADOR) O comerciante será responsável por fato do produto,
	
	
	
	 sempre que o consumidor preferir demandá-lo em lugar do fabricante, dada a responsabilidade solidária de ambos, podendo, porém, exercer direito de regresso contra o fabricante.
	
	
	 apenas se o fabricante ou produtor não puder ser identificado.
	
	
	A  quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador.
	
	
	se, embora identificado o fabricante, este vier a falir ou cair em insolvência, impossibilitando a indenização do consumidor.
	
	
	 somente se não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
	
Explicação:
Item: A- quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador.
Explicação: 
conceito de fornecedor em seu artigo 3º, o Código de Defesa do Consumidor considerou todos os partícipes da cadeia de consumo, incluindo desde aqueles que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, distribuição de produtos ou serviços, até os que realizam a comercialização destes mesmos produtos e\ou serviços.
Todavia, ao tratar de responsabilidade quanto ao fato do produto, o Código de Defesa do Consumidor discriminou quais dos fornecedores poderiam ser responsabilizados neste caso, indicando somente o fabricante, o produtor, o construtor, bem como o importador, excluindo, desta forma, a figura do comerciante.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		No tocante a garantia legal e complementar dispõe o CDC
	
	
	
	A garantia contratual é complementar a garantia legal
	
	
	A garantia legal é complementar a contratual
	
	
	A garantia contratual e a legal são direitos básicos do consumidor
	
	
	A garantia contratual está inserida na garantia legal
	
Explicação:
A  garantia contratual é complementar à garantia legal e não é obrigatória. O fornecedor pode fornecê-la ou não. Caso o faça, ela deve ser dada por escrito (termo de garantia) ao consumidor no momento da compra.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Bruno e Brenda, desejando passar a lua-de-mel em Las Vegas, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo Voe bem um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por seis noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela seguradora Nada Acontece. Após chegar à cidade, Brenda sofreu os efeitos de uma dor de cabeça severa e Bruno entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Brenda internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Las Vegas, tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta:
	
	
	
	O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora, já que a operadora de turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa.
	
	
	O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso.
	
	
	O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismojá que havia liberdade de contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótes
	
	
	O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Com relação à responsabilidade civil do fornecedor, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	a insuficiência ou inadequação de informação sobre a utlização e riscos dos produtos enseja a responsabilidade civil do fabricante pelo acidente de consumo;
	
	
	não há responsabilidade solidária entre os fornecedores pelos danos sofridos pelos consumidores.
	
	
	o fabricante e o comerciante sempre respondem solidariamente pelo fato do produto
	
	
	o produto defeituoso é pressuposto do vício de qualidade;
	
	
	a responsabilidade civil do fornecedor pelo vício do produto ou serviço demanda comprovação de culpa;
	
Explicação:
O termo responsabilidade é capaz de designar diversas situações no campo jurídico. A responsabilidade acarreta a alguém o dever de assumir as conseqüências de um evento ou uma ação.
A responsabilidade civil, é uma responsabilidade que implica na obrigação de indenizar.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		A respeito do conceito de fornecedor, é correto afirmar que
	
	
	
	a pessoa jurídica de direito público não pode ser considerada prestadora de serviços de fornecimento de água, por tratar-se de serviço público essencial.
	
	
	a pessoa física pode ser considerada fornecedora de serviços, mas não de produtos.
	
	
	serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
	
	
	produto é qualquer bem material, mas não imaterial.
	
	
	os entes despersonalizados serão considerados fornecedores, apenas se desenvolverem atividade de comercialização de produtos.
	
Explicação:
A primeira marca característica de um fornecedor é a habitualidade de suas atividades. Coloca no mercado de consumo os seus produtos ou serviços, objetivando o lucro ou não. Em geral, o ganho de dinheiro é a verdadeira finalidade. Porém, entidades filantrópicas, por exemplo, podem muito bem produzir e vender produtos para garantir o próprio sustento.
Nos termos do Código de defesa do Consumidor:
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Existem três classificações muito importantes no que tange ao fornecedor. 
Fornecedor real seria o fabricante, o construtor ou o produtor.
Fornecedor aparente como sendo aquele que não participa do processo de produção ou fabricação, mas em virtude seu nome ou marca constar no produto, passa a ser entendido como formatador deste, aplicando-se a teoria da aparência. Benjamin (2008), porém, menciona que seria o comerciante quando não identifica o fornecedor real. 
Fornecedor presumido seria o importador.
O fornecedor é aquele que distribui os riscos dentro da relação de consumo. A Análise Econômica do Direito é relevante para entender essa temática. Mendonça (2013) menciona que esse movimento ¿ Law and Economics ¿ teve seu início com Guido Calabresi e Ronald Coase e ajuda a compreender como as abordagens econômicas ajudam na elaboração de normas jurídicas.
Todo fornecedor tem custos com a sua produção/fornecimento. Muitas vezes, esses gastos englobam custos de acidentes e custos com segurança (CARNAÚBA, 2013). Eles serão diluídos e repassados ao preço final disponibilizado aos consumidores.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

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