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Artigo sobre Autismo

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8
O LÚDICO NO ENSINO APRENDIZAGEM DO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Angela Martins Queiroz1
Ana Cristina Cantero Dorsa Lima2
RESUMO
A pesquisa será de cunho bibliográfico de fontes, sites e livros, tomando como fundamentação teórica e abordagens sobre o lúdico no ensino aprendizagem do autista na educação infantil. A atividade lúdica é essencial para a criança, pois favorece o seu desenvolvimento e suas habilidades. É uma ferramenta eficaz de aprendizagem e vital no desenvolvimento de todo individuo, abordá-la de forma ampla e adaptada às características e necessidades de cada criança. O objetivo deste trabalho foi observar como as atividades lúdicas promovem os processos de inclusão escolar de crianças com espectro autista na educação infantil.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Atividade Lúdica. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
O artigo busca contribuir para que as crianças com transtorno do espectro autista possam encontrar-se e conviver em ambientes lúdicos agradáveis, com foco no brincar como estratégia fundamental ao desenvolvimento da criança na educação infantil. 
Pretende-se enfatizar a importância do lúdico no desenvolvimento e no fortalecimento do vínculo da criança com transtorno do espectro autista com outras crianças e com os professores que fazem parte do seu ensino aprendizagem.
Brincar é o direito de toda criança. É seu modo de interagir e aprender sobre o mundo e as pessoas. É sua forma privilegiada de expressão, por meio da qual ela começa a compreender os fatos que acontecem em sua vida. Para a criança, brincar é sinônimo de aprender e se desenvolver. Para o professor, observar e apoiar a criança brincando é aprender a respeitar seus sentimentos, emoções, bem como aprender sobre a forma como a criança constrói seus conhecimentos.
___________________
1. Graduada em Pedagogia e em obtenção de Pós-Graduação em Educação Especial Inclusiva pela Faculdade Uniasselvi E-mail:animartins719@gmail.com.
1. Mestre em Educação. Uniasselvi E-mail:dorsalima@hotmail.com. 
Este artigo teve como objetivo refletir sobre o papel das atividades lúdicas dentro do processo de inclusão escolar de crianças com espectro autista, a importância da brincadeira e do brinquedo na educação infantil.
Considerar alguns critérios para a criação de ambientes alfabetizadores lúdicos analisando a realidade de cada aluno da educação infantil. Integrando conhecimento e informação a rotina da sala de aula com alunos no processo de inclusão.
Atuar de forma integrada promovendo acesso as informações sobre o papel da brincadeira no desenvolvimento das crianças, informações de como construir brinquedos e inventar brincadeiras, estar ao lado interagindo com as crianças enquanto elas brincam, adequando a rotina as diferentes fases do desenvolvimento.
2 ATIVIDADE LÚDICA
A ludicidade se desenvolve e se fortalece por meio de vivências relacionadas aos cinco sentidos. As brincadeiras com as crianças devem incluir atividades relacionadas à motricidade (andar, correr, subir, descer) e também aos cinco sentidos tato (tocar diferentes texturas); olfato (sentir cheiros de diferentes tipos); audição (identificar sons de intensidades e tipos diversos, ouvir músicas de diferentes estilos e ritmos); visão (perceber diferenças e semelhanças entre formas e cores); paladar (provar alimentos de sabores distintos). Desta forma, a capacidade da criança de explorar o mundo que a cerca irá enriquecer-se cada vez mais.
Ao brincar com a criança, os professores fortalecem seus vínculos com ela, favorecendo o desenvolvimento pleno de suas competências cognitivas, afetivas e relacionais. Para que isso ocorra é importante que os professores que lidam com crianças possam entrar em contato com o lúdico que trazem dentro de si (por exemplo, revivendo brincadeiras de sua infância). Uma formação que resgate a dimensão lúdica, tornam os professores mais sensíveis aos processos de desenvolvimento da criança, fazendo com que se sinta mais apto a atuar como mediador na brincadeira e em outras atividades infantis.
Os alunos dentro do transtorno do espectro autista encontram desafios significativos nas atividades lúdicas, o que pode abalar o seu desenvolvimento para toda a vida.Segundo às análises de Rodriguez (2012, p.07):
O desenvolvimento das habilidades da criança com transtorno do espectro autista é gradativo, e nele intervêm processos de aprendizagem e mecanismos diferentes, que a criança vai utilizando para construir, a partir de sua experiência, uma progressiva compreensão e adaptação ao mundo que o rodeia e que é muito importante para a sua futura socialização.
	
As crianças com transtorno do espectro autista manipulam constantemente os objetos, não os exploram, não os usam de acordo com o seu objetivo: o que não se pode afirmar é se há ou não prazer nessas manipulações. Elas tendem a ter interesses diferenciados.
Cabe aos professores criarem atividades lúdicas nas quais todas as crianças possam ter acesso significando oferecer-lhes a possibilidade de conviver com as diferenças individuais e viver experiências das quais são muitas vezes privadas por suas condições sociais. As atividades lúdicas têm o potencial de congregar as crianças e os professores oferecendo-lhes a oportunidade de troca, lazer e aquisição de informações a respeito do período de desenvolvimento das crianças, assim como de orientações sobre quais estímulos e atividades são mais adequados para a faixa etária.
2.1 ATIVIDASDES LÚDICAS EO SEU FORTALECIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
As atividades lúdicas adaptadas às crianças com o transtorno do espectro autista atuam como facilitadores na compreensão de sua situação pelos professores que às atendem. Observar a criança com o transtorno do espectro autista em interação com os brinquedos e as outras crianças, expressando sentimentos e emoções, é útil não apenas para os professores, mas também para a família. 
Crianças na educação infantil devem ser preservadas do contato excessivo com a televisão, pois precisam ser agentes ativos e não sujeitos passivos de uma intervenção que se pretende lúdica. No entanto, atuando como mediadores, os professores podem escolher alguns programas de curta duração, especialmente desenhos, filmes, visando promover a percepção visual, auditiva e coordenação motora e, ainda conhecimentos sobre a natureza e educação para valores. Para essas crianças, a televisão também pode ser divertida, contanto que seja utilizada por curtos períodos e com uma escolha prévia.
O lúdico na educação infantil é um dos instrumentos que dar força há um aprendizado de qualidade para a criança, a partir de várias técnicas que promove o desenvolvimento das habilidades.
A Educação infantil e o lúdico se completam, pois o brincar está diretamente ligado à criança, a recreação é parte integrante da rotina diária e ficar fora deste momento é impossível para os pequenos, porque “além de muitas importâncias o brincar desenvolve os músculos, a mente, a sociabilidade, a coordenação motora e além de tudo deixa qualquer criança feliz” (MALUF, 2003, p.19).
Na infância que surge a vontade do ato de brincar. A brincadeira, o brinquedo, a música e os jogos traz uma nova realidade do mundo infantil, desenvolvendo inúmeras habilidades. Assim no novo mundo a criança poderá associar, criar, imaginar, recriar e descobrir. O professor deverá ser capacitado para trabalhar o lúdico na sala de aula e disponibilizar tempo e espaços para desenvolver jogos e brincadeiras dentro e fora da escola.
É através das atividades lúdicas que a criança reproduz situações vividas no seu dia-a-dia, pela imaginação ou faz de conta. Estas representações do dia-a-dia surgem por meio da combinação de experiências passadas, mas com novas possibilidades de interpretação.
O contato da criançacom o sol, o ar, a terra e os sons da natureza impulsiona seu desenvolvimento físico e cognitivo. Pelo menos uma vez por dia (antes das 10h e/ou depois das 16h), as crianças precisam do banho de sol. Daí a importância dos espaços externos da escola.
2.2 O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Os jogos são parte fundamental na educação. É através do jogo que a criança constrói grande parte de seu conhecimento, caracterizado pelo aspecto lúdico e prazeroso, e a interação com o outro é espontânea. Com o jogo a criança ultrapassa seus próprios limites, adquirindo autonomia na aprendizagem.
O professor poderá utilizar-se de jogos em atividades de leitura e escrita, matemática e outros conteúdos. O jogo tem um significado essencial para o desenvolvimento e não apenas para divertir. Através dos jogos a criança melhora a socialização, vive situações de competição e colaboração, aprende a trabalhar em grupo, desenvolve a capacidade de observação.
Por intermédio do jogo a criança cria uma situação imaginária, são recursos privilegiados de desenvolvimento da criança pequena por acionar e desenvolver processos psicológicos, como a memória e a capacidade de expressar elementos com diferentes linguagens, de representar o mundo por imagens, de tomar o ponto de vista de um interlocutor e ajustar seus próprios argumentos por meio do confronto de papéis que nele se estabelece, de ter prazer e de partilhar situações plenas de emoção e afetividade. (HUIZINGA, 2000, p.45).
Não propiciar à criança a possibilidade de jogar, é estar deixando uma lacuna em seu desenvolvimento, é dificultar sua capacidade de lidar com seus impulsos, controla-los ou avaliá-los.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os teóricos citados no presente trabalho e pelas observações realizadas na leitura dos demais autores, constatou-se claramente a relevância do brincar, considerando-o como parte fundamental e inerente à cultura da infância. As crianças necessitam da vivência dessa fase, sendo o ato pelo qual constroem relações e interagem com o outro e com o mundo, além de desenvolver sua imaginação, criatividade e autonomia.
A brincadeira faz parte da cultura da criança. Entretanto, ela precisa estabelecer relações com o mundo para se apropriar da cultura que a cerca. Essas relações se dão por meio de movimentos, gestos e sons, conjunto de atributos presentes no brincar. Sendo assim, atribuímos ao brincar o papel de inserir a criança no mundo real.
Este trabalho nos mostra os benefícios do lúdico como facilitador do ensino aprendizagem, salientando como as práticas de atividades lúdicas irão contribuir para enriquecer o ambiente escolar. Através do lúdico o professor conseguirá propor uma aprendizagem significativa e de qualidade as crianças, sem que elas se sintam “forçadas” a adquirir conhecimentos. A aprendizagem acontecerá naturalmente com o auxílio destes recursos que estão à disposição e as crianças já se sentem atraídas ao que prende sua atenção, sendo esse um incentivo a mais para ser inserido no ambiente escolar, desta forma a criança fará uso do divertimento para aprender.
Concepções do senso comum geralmente não valorizam a brincadeira e acreditam que ela é destituída de significados. Nesse sentido, o brincar perde seu espaço, sendo, na maioria das vezes, substituído por atividades supostamente “mais produtivas”, atribuindo à criança um conceito de aprendizes em prol do futuro. Pior que isso, é que algumas concepções pedagógicas legitimam que as aprendizagens importantes e necessárias às crianças devem ter um caráter produtivo, que as prepare para a vida futura. Nesse cenário, o brincar livre fica circunscrito a poucos momentos da rotina escolar.
Questionamentos acerca dos caminhos que estão sendo trilhados, tanto pelo sistema educacional, e no modo de como a criança com transtorno do espectro autista constrói o seu conhecimento, surgem durante o desenrolar deste trabalho. A sociedade estabelece um padrão de comportamento e tenta enquadrar as crianças com transtorno do espectro autista nesse padrão. Considerando a criança como ser onírico, podemos nos valer de posições que reprimem ou impossibilitam a vivência de suas expressividades por meio do brincar, a fim de que padrões socioculturais sejam seguidos, voltados à produtividade, tornando a infância apenas um momento de preparar a criança para o futuro?
Para atender as crianças com transtorno do espectro autista, são necessários métodos e técnicas adaptadas para que a inclusão aconteça. Um planejamento sistematizado em que as brincadeiras e jogos sejam aplicados constantemente ajudando as crianças com transtorno do espectro autista a reconhecerem o mundo ao seu redor.
Mediante as inúmeras contribuições disponibilizadas pelos diversos autores que discutem o tema, este estudo vem salientar a importância do brincar ser valorizado pelos adultos (pais e professores), frente a atual sociedade, que se apresenta cada vez mais opressora da liberdade infantil, das brincadeiras e do lúdico.
Conclui-se que o brincar se constitui na forma mais prazerosa e divertida para a criança conhecer a si e ao mundo. Desse modo, quantas mais possibilidades forem oferecidas à criança para que ela possa vivenciar a infância e o brincar livre e espontâneo, disponibilizando-lhes tempo, espaço e acompanhamento adulto consciente dos benefícios que essas experiências podem agregar à criança, mais plena será sua formação.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção às pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo e suas famílias na Rede de Atenção Psicossocial do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
______. Decreto N° 6571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2008. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm#art11. Acesso em 08/09/2018.
DE BIASI, Mari. Brincar e aprender na educação infantil. 1. ed. São Paulo: Clube dos Autores, 2012.
DSM-IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e de Comportamento: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre, Artes Médicas,1994.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2000.
MALUF, A.C MUNHOZ. A importância de Atividades Lúdicas na Educação Infantil.2008. Artigo disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos.
PIAGET, J. (1946) A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Christiano Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. Piaget, Julgamento mora.
______. Psicologia e Pedagogia. 3. ed. (Trad. D. A. Lindoso e R. M. R. Silva). Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1976. (Orig.: 1969).
RODRÍGUEZ, C. H. (2012) Influencia e importancia del juego em el desarrollo de niños con autismo de 0 a 6 ãnos. Instituto Superior de Estudios Psicologicos. Disponível em: https://www.isep.es/wp-content/uploads/2014/07/influencia-e-importancia-del-juego-en-eldesarrollo-de-ninos-con-autismo-de-0-a-6-anos.pdf. Acesso em Outubro de 2018.
UNESCO. Orientações para a inclusão. Assegurar o acesso à Educação para Todos. Paris, UNESCO, 2005.
WOLFBERG, Pamela(2013). Juego u el Espectro Autista: Fomentando Experiencias Sociales Significativas con Familia y Amigos. Disponível em: http://fundacionsoycapaz.org.pa/images/blogs/simposios/simposio7/Juego%20y%20el%20esp ectro%20autista%20-%20Dra%20Pamela%20Wolfberg.pdf. Acesso em Outubro de 2018.

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