Buscar

16930980-lei-n-7-210-84-lei-da-execucao-penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO
LEI n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Livro Eletrônico
PÉRICLES MENDONÇA
Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente 
da Polícia Civil do Distrito Federal (aprovado no 
concurso realizado pelo CESPE em 2013).
Hoje, com 32 anos, tem em seu histórico apro-
vações em concursos como o do BRB, Serpro 
(Analista), Secretaria de Educação (Analista de 
Gestão Educacional), MPU (Técnico e Analista), 
PMDF/2009 e PCDF/2013 (Agente e Escrivão).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Conceitos Iniciais ........................................................................................5
Individualização .........................................................................................7
Exame Criminológico ...................................................................................9
Banco de Dados Genético ..........................................................................10
Assistência ..............................................................................................11
Trabalho do Preso .....................................................................................13
Disciplina ................................................................................................21
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) ........................................................24
Do Procedimento ......................................................................................27
Dos órgãos da Execução Penal....................................................................28
Estabelecimentos Penais ............................................................................38
Das Penas Privativas de Liberdade ..............................................................44
Dos Regimes ............................................................................................45
Das Penas Restritivas de Direito .................................................................53
Execução das Medidas de Segurança ...........................................................57
Dos Incidentes de Execução .......................................................................58
Questões de Concursos .............................................................................64
Gabarito ..................................................................................................70
Gabarito Comentado .................................................................................71
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Meu(minha) querido(a), vamos estudar agora a Lei de Execução Penal, a LEP, ou 
ainda, como vem em seu edital, Lei n. 7.210/1984.
Como digo sempre no curso de legislação especial, é muito importante a leitura 
da letra da lei, da “lei seca”, e não seria diferente aqui.
Essa é uma lei muito ampla e, portanto, abordaremos a lei inteira mas daremos 
prioridade para os pontos principais para que você consiga fazer a sua prova.
O examinador não tem muita criatividade quando cobra a LEP nas provas e cos-
tuma, na maioria das vezes, se valer da letra da lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
CONCEITOS INICIAIS
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou 
decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social 
do condenado e do internado.
O artigo 1º da nossa lei traz o objetivo do legislador, veja que a intenção é de 
proporcionar condições harmônicas de integração social.
O que seria isso, professor?
Quando o legislador fala sobre as condições harmônicas, estaria falando sobre a 
ressocialização, a intenção do nosso sistema penal não é simplesmente punir, mas 
sim evitar que o sujeito volte a delinquir.
Já te adianto logo que encontraremos alguns dispositivos da Lei n. 7.210/1984 
que são perfeitos na teoria, porém na prática nem tanto.
Como você imagina que uma pessoa seja ressocializada num presídio superlo-
tado? Os agentes penitenciários com péssimas condições de trabalho, enfim, isso 
é apenas um comentário pessoal que não cairá em sua prova, então voltemos a 
comentar sobre a nossa lei, rsrsrs.
Fique atento(a), que a LEP deverá ser aplicada tanto para os condenados, que 
são os imputáveis, como para os internados, que são aqueles inimputáveis que es-
tão cumprindo medida de segurança.
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Terri-
tório Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do 
Código de Processo Penal.
Parágrafo único. Esta Lei aplicar–se–á igualmente ao preso provisório e ao condenado 
pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição 
ordinária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Outro detalhe que temos que ficar atentos é sobre os presos provisórios.
Como o artigo anterior fala em “condenado” algumas pessoas, erroneamente, 
entendem que a LEP não se aplicaria a esta “modalidade” de cumprimento de pena.
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingi-
dos pela sentença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou 
política.
Esses direitos não atingidos pela sentença ou pela lei estão previstos no artigo 
41 da lei, que traz os direitos assegurados ao preso.
Além dos direitos trazidos pela LEP, o preso tem assegurado os seus direitos 
constitucionais, mas devemos lembrar que não existem direitos absolutos.
Por exemplo, o preso tem direito à inviolabilidade do sigilo da correspondência?
Sim, porém, existe uma ressalva, onde “a administração penitenciária, com 
fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de 
preservação da ordem jurídica, pode sempre excepcionalmente, e desde que 
respeitada a norma inscrita no artigo 41, parágrafo único, da Lei n. 7.210/1984, 
proceder a interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, 
eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade no sigilo epistolar não pode 
constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.“ (HC 70814/SP)
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de exe-
cução da pena e da medida de segurança.
Essa cooperação da comunidade foi ressaltada na exposição de motivos da LEP, 
vejamos:
Muito além da passividade ou da ausência de reação quanto às vítimas mortas ou 
traumatizadas, acomunidade participa ativamente do procedimento da execução, quer 
através de um Conselho, quer através das pessoas jurídicas ou naturais que assistem 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
ou fiscalizam não somente as reações penais em meios fechados (penas privativas da 
liberdade e medida de segurança detentiva) como também em meio livre (pena de mul-
ta e penas restritivas de direitos).
Individualização
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e persona-
lidade, para orientar a individualização da execução penal.
Como bem sabemos, o nosso sistema penal não busca somente a punição do 
agente, como também a sua ressocialização, a sua recolocação na sociedade.
Quando o legislador fala em classificação e individualização, ele está buscando 
de certa forma ressocializar o indivíduo.
Na prática, seria uma classificação dos presos, de acordo com os seus antece-
dentes, o crime que praticou e sua personalidade.
Essa classificação será realizada por uma comissão técnica que será respon-
sável por elaborar um programa individualizador da pena privativa de liberdade 
adequada ao condenado.
É o que preceitua o artigo 6º da lei em comento.
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará 
o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou 
preso provisório.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será 
presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) 
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado 
à pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será 
integrada por fiscais do serviço social.
Essa comissão técnica tem o objetivo de orientar a individualização da execução 
penal, classificando os condenados conforme alguns critérios preestabelecidos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Complementando essa ideia de individualização, temos o artigo 84 da LEP, que 
traz algumas classificações.
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada 
em julgado.
§ 1º Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I – acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II – acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pes-
soa;
III – acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados 
nos incisos I e II.
§ 2º O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça 
Criminal ficará em dependência separada.
§ 3º Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I – condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II – reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa;
III – primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa;
IV – demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação 
diversa das previstas nos incisos I, II e III.
§ 4º O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela con-
vivência com os demais presos ficará segregado em local próprio.
De uma maneira geral temos que os presos provisórios ficam separados dos 
presos condenados, ou presos definitivos.
Logo depois o legislador faz uma separação ainda dentro dos presos provisórios.
Podemos observar que ele basicamente dividiu os presos conforme a gravidade 
do delito, veja que os que cometeram crimes hediondos não se misturarão com 
aqueles que praticaram crimes com violência ou grave ameaça a pessoa, que por 
óbvio estão separados também daqueles que cometeram outros tipos de delitos 
menos graves.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
O legislador tomou cuidado ao separar os funcionários da administração da jus-
tiça criminal, como por exemplo um policial. Caso um policial cometa um crime e 
seja preso, ele deverá cumprir sua pena em estabelecimento separado dos demais.
Logo em seguida ele faz outra separação, só que agora dentre os presos conde-
nados, seguindo a mesma lógica utilizada com os presos temporários.
Por fim, ocorre a separação daqueles presos que correm algum tipo de perigo, 
na linguagem dos presos, seria o que eles chamam de “seguro”.
Exame Criminológico
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime 
fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos 
necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o conde-
nado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi–aberto.
O artigo 6º que acabamos de ver traz a previsão do exame de classificação, que 
não é a mesma coisa prevista no artigo 8º, sobre o exame criminológico.
No exame criminológico temos uma avaliação psicológica e psiquiátrica do con-
denado, com o objetivo de avaliar a agressividade, a periculosidade e ainda a ma-
turidade do agente e seus vínculos afetivos.
A intenção é avaliar a probabilidade de que esse indivíduo ao sair do presídio 
voltará a delinquir.
Somente ao ler o artigo podemos entender que o exame criminológico é obri-
gatório para os presos em regime fechado, e esse era o entendimento doutrinário 
anteriormente.
Porém, o entendimento que prevalece nos tribunais superiores é que se trata de 
um estudo facultativo, independente do regime de cumprimento da pena, devendo 
o magistrado fundamentar a sua necessidade ao caso concreto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Sobre esse assunto temos posicionamento sumulado tanto do STJ quanto do 
STF, vejamos:
Súmula n. 439 – STJ
Admite–se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em 
decisão motivada.
Súmula Vinculante n. 26 – STF
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime 
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionali-
dade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de ava-
liar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do 
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a reali-
zação de exame criminológico
Art. 9º A Comissão, no examepara a obtenção de dados reveladores da personalida-
de, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do 
processo, poderá:
I – entrevistar pessoas;
II – requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a res-
peito do condenado;
III – realizar outras diligências e exames necessários
Para uma melhor classificação da personalidade do preso, o legislador trouxe o 
artigo 9º, possibilitando “outras diligências e exames necessários”, ou seja, temos 
uma forma ampla para realizar essa classificação.
Banco de Dados Genético
Art. 9º–A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de na-
tureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 
8.072, de 25 de julho de 1990 (crimes hediondos), serão submetidos, obrigatoria-
mente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA – ácido desoxirri-
bonucleico, por técnica adequada e indolor.
§1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, 
conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
§2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, 
no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil 
genético.
É nessa hora que você pensa que já evoluímos e estamos fazendo o mesmo que 
no CSI, rsrsrs.
Não chegamos a esse ponto, meu(minha) querido(a), porém eu acredito que 
essa previsão é muito importante para o combate ao crime, principalmente aqueles 
praticados contra a dignidade sexual.
Essa identificação não serve para subsidiar qualquer investigação criminal em 
curso, e nem para sanar alguma dúvida sobre a identidade civil, a ideia principal é 
abastecer esse banco de dados sigiloso que terá a sua regulamentação feita pelo 
poder executivo.
Assistência
Os artigos de 10 a 27 tratam sobre a assistência ao preso, que é um dever do 
Estado e busca a ressocialização do indivíduo, sempre buscando o seu retorno e 
convivência em sociedade.
Essa assistência será:
• Material (consiste no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações 
higiênicas);
• À saúde (compreende o atendimento médico, farmacêutico e odontológico);
• Jurídica (destinada aos presos sem recursos financeiros);
• Educacional (compreende a instrução escolar e a formação profissional do 
preso);
• Social (essa é a assistência responsável por preparar o condenado para o re-
torno à liberdade); e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
• Religiosa (é garantido ao preso o culto religioso e a posse de livros de instru-
ção religiosa).
Essa assistência é estendida ao egresso, que é aquele liberado definitivo pelo 
prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento e o liberado condicional, 
durante o período de prova.
Questão 1 (VUNESP/SEJUS–ES/AGENTE DE ESCOLTA/2013) Incumbe ao servi-
ço de assistência social:
a) estabelecer que o ensino profissional seja ministrado em nível de especialização 
ou de formação técnica.
b) acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias
c) proporcionar nos estabelecimentos penais locais apropriados destinados ao 
atendimento pelo Defensor Público.
d) cuidar para que nenhum preso ou internado deixe de participar de atividade 
religiosa
e) tratar da saúde do preso e do internado em caráter terapêutico e ressocializador.
Letra b.
Veja aí, meu(minha) querido(a), essa questão reforça a nossa ideia da leitura da 
legislação.
O artigo 23 da LEP traz as atribuições do serviço de assistência social:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I – conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II – relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades 
enfrentadas pelo assistido;
III – acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV – promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V – promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do 
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI – providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do 
seguro por acidente no trabalho;
VII – orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da ví-
tima.
Das opções trazidas pelo examinador a única que se encontra no rol do artigo 23 é 
a letra “b”.
Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/2015) De acordo 
com a LEP, são considerados egressos tanto o liberado definitivo, pelo prazo de um 
ano a contar da data de saída do estabelecimento prisional, quanto o liberado con-
dicional, durante o período de prova.
Certo.
Exatamente como acabamos de ver né?
A assistência é estendida ao egresso, que é aquele liberado definitivo pelo prazo 
de um ano a contar da saída do estabelecimento e o liberado condicional, durante 
o período de prova.
Trabalho do Preso
Como vimos durante toda nossa aula, a LEP busca sempre ressocializar o preso 
e é com essa intenção que trouxe a previsão do trabalho na Lei n. 7.210/1984.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade hu-
mana, terá finalidade educativa e produtiva.
O trabalho do preso é encarado na LEP como um dever social e condição de 
dignidade humana, com a finalidade educativa e produtiva, como acabamos de ver.
Conforme leciona Rogério Sanches, o trabalho do preso é uma das mais impor-
tantes “armas” na reinserção do preso ao convívio social.
Seria um misto de dever (art. 39, V) e direito (art. 41, II) do preso.
O preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Existem algumas regras mínimas trazidas pela ONU que consistem:
• que o trabalho penitenciário não deve ter natureza estressante (preceito 
97.1);
• na medida do possível deverá contribuir, por sua natureza, para manter ou 
aumentar a capacidade do preso para ganhar honradamente sua vida depois 
da liberação (preceito 98.1);
• sua organização e métodos devem assemelhar–se o mais possível à dos que 
realizam um trabalho similar fora do estabelecimento a fim de preparar o pre-
so para as condições normais do trabalho (preceito 99.1);
• devem ser tomadas nos estabelecimentos penitenciáriosas mesmas precau-
ções prescritas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores livres 
(preceito 101.1);
• devem ser tomadas as providências necessárias para indenizar os presos pe-
los acidentes do trabalho e enfermidades profissionais em condições similares 
àquelas que a lei dispõe para os trabalhadores livres (preceito 101.2).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
O presidiário será remunerado pelo seu trabalho, exceto quando na prestação 
de serviços à comunidade, e a esta remuneração, a LEP já deu uma vinculação, 
com uma ordem de preferência.
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo 
ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo.
§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente 
e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do conde-
nado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras an-
teriores.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão 
remuneradas
O preso poderá trabalhar dentro ou fora do estabelecimento prisional, e este 
trabalho constitui uma obrigação do preso.
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na 
medida de suas aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá 
ser executado no interior do estabelecimento.
Como assim, professor? Obrigação? Quando estudei direito constitucional eu vi 
um dispositivo que proibia o trabalho forçado.
Exatamente, meu(minha) querido(a), o trabalho forçado realmente é proibido 
no nosso ordenamento pátrio, porém esta não é a obrigação trazida pelo legislador 
na LEP.
Esse “trabalho forçado” seria por exemplo, por meio de castigos físicos ou mes-
mo sem o recebimento de algum tipo de benefício, como a remuneração, o que não 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
é o caso do trabalho do preso. Inclusive a recusa injustificada ao trabalho constitui 
falta grave como veremos a seguir.
O preso provisório não está obrigado a trabalhar, e ainda, conforme previsão do 
artigo 200 da LEP, o condenado por crime político não será obrigado ao trabalho.
Trabalho Interno
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condi-
ção pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas 
pelo mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômi-
ca, salvo nas regiões de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua 
idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropria-
das ao seu estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior 
a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados 
para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal.
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com au-
tonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado.
§ 1º. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a 
produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar–se de sua comercialização, 
bem como suportar despesas, inclusive pagamento de remuneração adequada.
§ 2º Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a inicia-
tiva privada, para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos 
presídios.
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territó-
rios, Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, 
os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não for possível ou recomendável 
realizar–se a venda a particulares.
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em fa-
vor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do 
estabelecimento penal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Deverá ser levado em consideração a habilitação, a condição pessoal e as ne-
cessidades futuras do preso, aptidões identificadas no início da execução penal 
através do exame de classificação.
Inclusive é garantido ao maior de 60 anos uma ocupação adequada as suas 
condições.
A jornada de trabalho não deverá ser inferior a 6 horas e nem superior a 8, com 
a previsão de descansos aos domingos e feriados.
Como veremos mais adiante, o trabalhador tem direito a remissão da pena, en-
tão quanto mais trabalha menos o indivíduo fica preso.
Surge então o questionamento sobre o presidiário trabalhar menos que 6 horas 
ou mais que 8 horas.
O STJ entende que nesse caso as horas trabalhadas além da jornada, quando 
somarem oito horas, contarão como um dia para fins de remição.
Esse trabalho poderá ser feito por fundação ou empresa pública, tendo como 
objetivo a formação profissional do condenado.
Trabalho Externo
O legislador trouxe no trabalho uma das formas de ressocialização do preso, 
e por isso mesmo, permite que ocorra o trabalho externo, já que não tem condições 
de fornecer trabalho interno para todos.
A autorização para o trabalho externo não se insere no rol de atos jurisdicionais 
do juiz da execução, cabendo ao diretor do estabelecimento autorizar essa 
forma de labor.
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado 
somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração 
Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a 
fuga e em favor da disciplina.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total 
de empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remu-
neração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso 
do preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabele-
cimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade,além do cumprimento 
mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar–se–á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a 
praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver compor-
tamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
O Supremo entendeu que a exigência objetiva de prévio cumprimento do mínimo 
de 1/6 da pena, para fins de trabalho externo, não se aplica aos condenados que se 
encontrarem em regime semiaberto. (Informativo n. 752 do STF)
Deveres e Direitos
Nos artigos de 38 a 43 temos elencado os deveres e os direitos (rol exemplifica-
tivo) dos presos, visando sempre uma boa convivência entre as partes processuais, 
bem como entre os integrantes do sistema prisional.
Ao ingressar no sistema prisional, o recluso terá que tomar ciência das normas 
e regulamentos para que possa cumpri-las da melhor forma possível.
O artigo 39 traz de forma exaustiva (conforme a doutrina) os deveres dos pre-
sos, dentre os quais temos a obediência ao servidor e qualquer pessoa.
A não obediência pode inclusive caracterizar crime ou falta grave. Ainda no viés 
da boa convivência, o preso deverá tratar com urbanidade e respeito os demais 
condenados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Higiene pessoal e asseio da cela e conservação dos objetos de uso pessoal são 
outros deveres dos presos.
Aplica–se ao preso provisório, no que couber, o disposto no artigo 39.
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, 
submeter–se às normas de execução da pena.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I – comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II – obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar–se;
III – urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV – conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão 
à ordem ou à disciplina;
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI – submissão à sanção disciplinar imposta;
VII – indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII – indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua ma-
nutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX – higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X – conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica–se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Já quanto aos direitos, temos na doutrina que o rol trazido pela LEP é meramen-
te exemplificativo.
O legislador já inicia falando que é garantido ao preso a sua integridade física e 
moral.
Sobre esse aspecto temos que lembrar que a violação à integridade do preso 
poderá inclusive constituir o crime de tortura.
Agora iniciando o rol dos direitos, o primeiro deles é a garantia a alimentação 
suficiente e vestuário. Essa alimentação é o que os presos chamam de “xepa”.
A remuneração do trabalho é também um direito do preso, como vimos ante-
riormente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Algumas pessoas questionam a entrevista pessoal e reservada com o advogado, 
porém, mesmo que não concordemos com isso, temos que entender que trata–se 
de uma garantia do preso e deverá ser respeitada.
O direito à visitação é tido como fundamental para a ressocialização dos presos, 
já que ele terá contato com a família.
Pode reparar que na maioria das vezes que os agentes penitenciários querem 
reivindicar alguma melhoria, a primeira coisa que eles fazem é cancelar a visita dos 
parentes.
Pode não parecer tão importante, mas o preso tem o direito de ser chamado 
pelo nome, não sendo tratado de forma pejorativa e desumana.
Art. 40. Impõe–se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos 
condenados e dos presos provisórios.
Art. 41. Constituem direitos do preso:
I – alimentação suficiente e vestuário;
II – atribuição de trabalho e sua remuneração;
III – Previdência Social;
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recre-
ação;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anterio-
res, desde que compatíveis com a execução da pena;
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI – chamamento nominal;
XII – igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de 
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade 
da autoridade judiciária competente.
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspen-
sos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 42. Aplica–se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que 
couber, o disposto nesta Seção.
Art. 43. É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado 
ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim 
de orientar e acompanhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas 
pelo Juiz da execução.
Disciplina
Todo agrupamento humano necessita de disciplina para que a ordem seja es-
tabelecida, para que seja possível a convivência harmônica entre os integrantes 
desse agrupamento.
Portanto, os presos devem colaborar com a disciplina e com a ordem, obedecen-
do as determinações emanadas das autoridades e seus agentes.
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determina-
ções das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade 
ou restritiva de direitos e o preso provisório.
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão 
legal ou regulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do conde-
nado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
Veja que a LEP trouxe no artigo 45 a garantia da legalidade e da anterioridade, 
já que o preso só poderá ser punido se a falta ou sanção estiver prevista anterior-
mente a prática da conduta.
Mais uma vez temos que reforçar que a integridade físicae moral do preso de-
verá ser mantida, sob pena de o agente responder até mesmo por tortura.
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, 
será cientificado das normas disciplinares.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido 
pela autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares.
Como vimos anteriormente, ao ingressar no sistema penitenciário, o custodiado 
será cientificado das regras do estabelecimento.
Esse poder disciplinar será exercido pelo diretor do presídio, conforme prevê o 
artigo 47.
Faltas Disciplinares
As faltas disciplinares podem ser leves, médias ou graves, e o legislador somen-
te trouxe a previsão das graves, sendo que a legislação local deverá especificar as 
leves e médias.
O artigo 50 traz um rol taxativo de faltas graves, sendo que a criação de uma 
falta grave por outro instrumento que não a lei configura uma afronta ao princípio 
da legalidade.
Fique atento ao disposto na Súmula n. 526 do STJ:
Súmula n. 526 do STJ
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido 
como crime doloso no cumprimento da pena, prescinde do trânsito em julgado 
de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração 
do fato.
O cometimento de faltas graves poderá gerar sérios prejuízos ao preso, como a 
regressão de regime e a perda de dias remidos.
Temos outras duas súmulas que tratam sobre esse assunto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Súmula n. 535 – STJ
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de 
pena ou indulto.
Súmula n. 441 – STJ
A falta grave não interrompe o prazo para a obtenção de livramento condicio-
nal.
Sobre as faltas graves eu queria ter uma notícia diferente para te dar, mas in-
felizmente não tenho.
É importante que você saiba quais são essas faltas, porque elas podem ser ob-
jeto de prova.
Art. 49. As faltas disciplinares classificam–se em leves, médias e graves. A legislação 
local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune–se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II – fugir;
III – possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de ou-
trem;
IV – provocar acidente de trabalho;
V – descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, 
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica–se, no que couber, ao preso provisório.
O legislador trouxe também a previsão das faltas graves para os condenados a 
penas restritivas de direitos, que basicamente, o autor dessas faltas estará sujeito 
à sanção prevista na própria LEP em seu artigo 181, §1º, “d”, e §2º, que é a con-
versão da restritiva de direitos em restritiva de liberdade.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I – descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
II – retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando 
ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou con-
denado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com 
as seguintes características:
I – duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da 
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena 
aplicada;
II – recolhimento em cela individual;
III – visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas 
horas;
IV – o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios 
ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou 
o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, 
a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
Esse artigo trata sobre as hipóteses em que o preso será submetido ao RDD e 
como será esse regime.
Perceba que esse é um regime mais severo, que traz duras medidas aos presos, 
e por isso só poderá ser aplicado caso ocorra alguma das situações trazidas pelo 
legislador no artigo 52, ou seja:
• A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando 
ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisó-
rio, ou condenado;
• Presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresen-
tem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da 
sociedade;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
• Preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de 
envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, 
quadrilha ou bando.
Sobre o RDD existe um grande debate doutrinário sobre a sua constitucionali-
dade, porém não tem muita relevância para a nossa prova.
Questão 3 (MPE–SC/MPE–SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) A Lei n. 7.210/84, 
ao tratar da disciplina do preso, previu a existência do regime disciplinar diferen-
ciado, caracterizando–o. Dispôs que estarão sujeitos a tal regime tanto os presos 
provisórios como os condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto 
risco para a ordem e para a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
Certo.
O legislador trouxe o que está previsto no §1º do artigo 52 da LEP, portanto temos 
o item como certo.
Sanções e Recompensas
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
I – advertência verbal;
II – repreensão;
III – suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafoúnico);
IV – isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que pos-
suam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V – inclusão no regime disciplinar diferenciado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Essas sanções também estão previstas em um rol taxativo, não sendo admitida 
a sua ampliação.
Perceba que as sanções se dão em ordem crescendo, vindo da mais branda para 
uma mais severa que é a inclusão no RDD.
Conforme prevê o artigo 54, as sanções de I a IV poderão ser aplicadas por um 
ato motivador do diretor do presídio, porém quando for necessário a inclusão no 
RDD, é necessário um prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do 
diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do 
juiz competente.
§ 1º A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de reque-
rimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade 
administrativa.
§ 2º A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de 
manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo 
de quinze dias.
Quando o legislador trouxe a palavra “regalias” ele não estava se referindo as 
regalias que temos visto todos os dias nos presídios do Brasil.
Infelizmente é comum vermos celas com cafeteiras, aparelhos de televisão, ge-
ladeiras e demais eletrodomésticos.
Não vou entrar no debate se o custodiado merece ou não ter esses itens, o pro-
blema é que só existe a concessão para um grupo específico de presos enquanto os 
outros dormem no chão, por isso é chamado de regalia.
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor 
do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
I – o elogio;
II – a concessão de regalias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a for-
ma de concessão de regalias.
Visando a individualização da pena, o legislador definiu que quando da aplicação 
das sanções, levar–se–á em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as 
consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão.
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar–se–ão em conta a natureza, 
os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso 
e seu tempo de prisão.
Nas faltas graves, aplicam–se as sanções previstas nos incisos III a V do artigo 53 
desta lei.
Salvo Regime Disciplinar Diferenciado, o isolamento, a suspensão e a restrição de 
direitos, não poderão exceder trinta dias.
Do Procedimento
Praticada a falta grave, a aplicação da sanção não é a bel prazer do agente pú-
blico, é necessário que seja instaurado um procedimento de apuração e garantido 
o direito de defesa do preso.
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua 
apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso 
pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no 
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz com-
petente.
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime dis-
ciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção 
disciplinar.
Dos órgãos da Execução Penal
O artigo 61 prevê diversos órgãos que integram a execução penal, são eles:
• o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
• o Juízo da Execução;
• o Ministério Público;
• o Conselho Penitenciário;
• os Departamentos Penitenciários;
• o Patronato;
• o Conselho da Comunidade;
• a Defensoria Pública.
Os artigos seguintes vêm descrevendo a composição e competência de cada um 
desses órgãos.
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na 
Capital da República, é subordinado ao Ministério da Justiça.
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado 
por 13 (treze) membros designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre 
professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário 
e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade e dos Ministé-
rios da área social.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) 
anos, renovado 1/3 (um terço) em cada ano.
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício 
de suas atividades, em âmbito federal ou estadual, incumbe:
I – propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, adminis-
tração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança;
II – contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo 
as metas e prioridades da política criminal e penitenciária;
III – promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação 
às necessidades do País;
IV – estimular e promover a pesquisa criminológica;
V – elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento 
do servidor;
VI – estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos 
penais e casas de albergados;
VII – estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal;
VIII – inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar–
se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros 
meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e 
Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias 
ao seu aprimoramento;
IX – representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para ins-
tauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das 
normas referentes à execução penal;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgaçãoou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
X – representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em par-
te, de estabelecimento penal.
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização 
judiciária e, na sua ausência, ao da sentença.
Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
I – aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o 
condenado;
II – declarar extinta a punibilidade;
III – decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
b) progressão ou regressão nos regimes;
c) detração e remição da pena;
d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
IV – autorizar saídas temporárias;
V – determinar:
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua exe-
cução;
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liber-
dade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por 
medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, des-
ta Lei.
i) (VETADO); (Incluído pela Lei n. 12.258, de 2010)
VI – zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
VII – inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando provi-
dências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apu-
ração de responsabilidade;
VIII – interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver fun-
cionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
IX – compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de se-
gurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução.
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:
I – fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamen-
to;
II – requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por 
medida de segurança;
d) a revogação da medida de segurança;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação 
da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior.
III – interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante 
a execução.
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os estabe-
lecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio.
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução 
da pena.
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo Governador do 
Estado, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da 
área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem 
como por representantes da comunidade. A legislação federal e estadual regulará 
o seu funcionamento.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 
(quatro) anos.
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
I – emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de 
pedido de indulto com base no estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei 
n. 10.792, de 2003)
II – inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III – apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional 
de Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício 
anterior;
IV – supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da 
Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administra-
tivo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional:
I – acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Ter-
ritório Nacional;
II – inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços pe-
nais;
III – assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos prin-
cípios e regras estabelecidos nesta Lei;
IV – colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implanta-
ção de estabelecimentos e serviços penais;
V – colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de for-
mação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do 
internado.
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro 
nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumpri-
mento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade 
federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar. (Incluído pela Lei 
n. 10.792, de 2003)
VII – acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progres-
são especial de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração 
social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a realização de 
avaliações periódicas e de estatísticas criminais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
34 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos 
estabelecimentos penais e de internamento federais. (Redação dada pela Lei n. 
13.769, de 2018)
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações perió-
dicas previstas no inciso VII do caput deste artigo serão utilizados para, em função 
da efetividade da progressão especial para a ressocialização das mulheres de que 
tratao § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar eventual desnecessidade do regime fe-
chado de cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de crimes cometi-
dos sem violência ou grave ameaça.
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão 
similar, com as atribuições que estabelecer.
Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por finalida-
de supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da Unidade da Federação 
a que pertencer.
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo realizarão o acompa-
nhamento de que trata o inciso VII do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão 
ao Departamento Penitenciário Nacional os resultados obtidos.
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer 
os seguintes requisitos:
I – ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciên-
cias Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
II – possuir experiência administrativa na área;
III – ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximida-
des, e dedicará tempo integral à sua função.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
35 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado em diferentes cate-
gorias funcionais, segundo as necessidades do serviço, com especificação de atri-
buições relativas às funções de direção, chefia e assessoramento do estabeleci-
mento e às demais funções.
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instrução téc-
nica e de vigilância atenderá a vocação, preparação profissional e antecedentes 
pessoais do candidato.
§ 1º O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a progressão ou a ascensão 
funcional dependerão de cursos específicos de formação, procedendo–se à recicla-
gem periódica dos servidores em exercício.
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de 
pessoal do sexo feminino, salvo quando se tratar de pessoal técnico especializado.
Art. 78. O Patronato público ou particular destina–se a prestar assistência aos 
albergados e aos egressos (artigo 26).
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
I – orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
II – fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade 
e de limitação de fim de semana;
III – colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do 
livramento condicional.
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no 
mínimo, por 1 (um) representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) 
advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor 
Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
36 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais. (Redação 
dada pela Lei n. 12.313, de 2010).
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério 
do Juiz da execução a escolha dos integrantes do Conselho.
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:
I – visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na 
comarca;
II – entrevistar presos;
III – apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Peniten-
ciário;
IV – diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assis-
tência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento
Art. 81–A. A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da me-
dida de segurança, oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, 
para a defesa dos necessitados em todos os graus e instâncias, de forma individual 
e coletiva. (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
Art. 81–B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: (Incluído pela Lei n. 12.313, 
de 2010).
I – requerer: (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executi-
vo; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favore-
cer o condenado; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
c) a declaração de extinção da punibilidade; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 
2010).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
37 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
d) a unificação de penas; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
e) a detração e remição da pena; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; (Incluído pela 
Lei n. 12.313, de 2010).
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substi-
tuição da pena por medida de segurança; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional 
da pena, o livramento condicional, a comutação de pena e o indulto; (Incluído pela 
Lei n. 12.313, de 2010).
i) a autorização de saídas temporárias; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; (In-
cluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; (Inclu-
ído pela Lei n. 12.313, de 2010).
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º do art. 86 desta Lei; 
(Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
II – requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; (Incluído pela Lei 
n. 12.313, de 2010).
III – interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou ad-
ministrativa durante a execução; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
IV – representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para ins-
tauração de sindicância ou procedimento administrativo em caso de violação das 
normas referentes à execução penal; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
38 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
V – visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado 
funcionamento, e requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
(Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
VI – requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de 
estabelecimento penal. (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os es-
tabelecimentos penais,registrando a sua presença em livro próprio. (Incluído pela 
Lei n. 12.313, de 2010).
Estabelecimentos Penais
Como você já estudou no direito penal, nem todo preso cumprirá sua pena em 
regime fechado, e por isso existe a previsão de outros estabelecimentos prisionais.
Os estabelecimentos penais são destinados aos condenados (regime fechado, 
semiaberto e aberto), aos submetidos à medida de segurança, ao preso provisório 
e ao egresso.
Temos algumas outras observações são quanto aos idosos e mulheres, que fica-
rão recolhidos separadamente.
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam–se ao condenado, ao submetido 
à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
§ 1º A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a 
estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal. (Redação dada pela 
Lei n. 9.460, de 1997)
§ 2º O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de des-
tinação diversa desde que devidamente isolados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
39 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em 
suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, 
trabalho, recreação e prática esportiva.
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários.
§ 2º Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de ber-
çário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá–los, 
no mínimo, até 6 (seis) meses de idade.
§ 3º Os estabelecimentos de que trata o § 2º deste artigo deverão possuir, ex-
clusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências inter-
nas. (Incluído pela Lei n. 12.121, de 2009).
§ 4º Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e pro-
fissionalizante. (Incluído pela Lei n. 12.245, de 2010)
§ 5º Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei n. 
12.313, de 2010).
Art. 83–A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais 
acessórias, instrumentais ou complementares desenvolvidas em estabelecimentos 
penais, e notadamente: (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
I – serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recep-
ção, reprografia, telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instala-
ções e equipamentos internos e externos; (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
II – serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso. (Incluído pela Lei 
n. 13.190, de 2015).
§ 1º A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poder 
público. (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
40 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
§ 2º Os serviços relacionados neste artigo poderão compreender o fornecimento 
de materiais, equipamentos, máquinas e profissionais. (Incluído pela Lei n. 13.190, 
de 2015).
Art. 83–B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no 
âmbito do sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do 
poder de polícia, e notadamente: (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
I – classificação de condenados; (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
II – aplicação de sanções disciplinares; (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
III – controle de rebeliões; (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
IV – transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros lo-
cais externos aos estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei n. 13.190, de 2015).
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença 
transitada em julgado.
§ 1º Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguin-
tes critérios: (Redação dada pela Lei n. 13.167, de 2015)
I – acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluído pela 
Lei n. 13.167, de 2015)
II – acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça 
à pessoa; (Incluído pela Lei n. 13.167, de 2015)
III – acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos 
apontados nos incisos I e II. (Incluído pela Lei n. 13.167, de 2015)
§ 2º O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça 
Criminal ficará em dependência separada.
§ 3º Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguin-
tes critérios: (Incluído pela Lei n. 13.167, de 2015)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
41 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
I – condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluído pela 
Lei n. 13.167, de 2015)
II – reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou 
grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei n. 13.167, de 2015)
III – primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou 
grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei n. 13.167, de 2015)
IV – demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em 
situação diversa das previstas nos incisos I, II e III. (Incluído pela Lei n. 13.167, 
de 2015)
§ 4º O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada 
pela convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio. (Incluído 
pela Lei n. 13.167, de 2015)
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua es-
trutura e finalidade.
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária de-
terminará o limite máximo de capacidade do estabelecimento, atendendo a sua 
natureza e peculiaridades.
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade 
Federativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou 
da União.
§ 1º A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante 
da condenação para recolher os condenados, quando a medida se justifique no in-
teresse da segurança pública ou do próprio condenado. (Redação dada pela Lei n. 
10.792, de 2003)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
42 de 84www.grancursosonline.com.br
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Prof. Péricles Mendonça
§ 2º Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os libera-
dos ou egressos que se dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de terras 
ociosas.
§ 3º Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa 
definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou 
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos. (Incluído pela Lei 
n. 10.792, de 2003)
• Penitenciária (art. 87 a 90)
A penitenciária

Continue navegando