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Tipos de Estrógenos na IATF

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Uso de diferentes tipos de estrógenos na IATF 
 
Temos hoje vários protocolos de IATF sendo divulgados por várias empresas no mercado 
brasileiro. Nesses diferentes protocolos, existem alguns onde são indicados diferentes 
tipos de estrógenos, que se diferenciam quanto ao efeito farmacológico. 
Buscamos neste artigo esclarecer, de forma técnica e imparcial, as vantagens e 
desvantagens da utilização de cada um deles nos programas de IATF. 
 
1. Farmacologia dos diferentes Ésteres de Estradiol disponíveis: 
Temos no mercado 3 diferentes tipos de estrógenos disponíveis. 
• Benzoato de Estradiol (RIC-BE®) que se caracteriza por ser de meia vida mais 
curta (3 dias). 
• Valerato de Estradiol (contido no sistema Crestar®) que se caracteriza por ter meia 
vida mais longa, variando entre 7 a 9 dias. 
• Cipionato de Estradiol (ECP®) que se caracteriza por ter meia vida muito longa, 
variando entre 10 a 12 dias. 
 
Figura 1. Farmacologia dos diferentes tipos de estrógenos. 
17ββββ estradiol
Benzoato de estradiol
Valerato de estradiol
Cipionato de estradiol
Dias após tratamento
1 2 3 4 5 6 7 8 9
 
 
 
2. Sincronização de onda folicular com diferentes tipos de estrógenos 
 
a) Sincronização com Benzoato de Estradiol + Progesterona: 
A associação de BE + P4, induz atresia de todos os folículos presentes nos ovários da 
vaca tratada, com emergência de nova onda folicular em 3,5 a 4 dias após, de uma forma 
bem sincronizada e com regularidade de efeito, nos diferentes tipos raciais e categorias 
animais de bovinos. Retirando-se o dispositivo de progesterona 7 a 8 dias depois, todos 
os animais (em condição cíclica normal), terão um folículo dominante de grande diâmetro, 
apto a responder à indução ovulatória. 
 
 
Figura 2. Dinâmica folicular da associação BE + P4 no programa de IATF. 
Sincronização de onda – P4 + BE
2
6
10
14
Dia 9Dia 8
mm
Dia 0 Dia 3,5 a 4
BE 
P4
PGF BE IATF
Dia 10
 
 
 
b) Sincronização com Valerato de Estradiol + Progestágeno: 
A associação de VE + Norgestomet, também é capaz de induzir atresia de todos os 
folículos ovarianos presentes, contudo, a emergência de nova onda folicular ocorre mais 
tardiamente, (comparando-se ao BE), e com maior variação, devido à maior duração de 
efeito do VE. Em vacas a emergência folicular ocorre dia 5 ou 6 após o início do 
programa. Em novilhas, pela metabolização mais lenta, a emergência ocorrerá dia 7 a 9 
após o início. Animais cuja emergência da nova onda atrasarem além de 6 dias, terão um 
tempo menor para o crescimento folicular, e após a retirada do dispositivo (d9 ou d10) o 
diâmetro do folículo dominante será menor que o indicado para responder 
adequadamente à indução ovulatória. Não havendo ovulação, teremos interferência na 
taxa de prenhez final do programa. Por esse motivo, não se indica a utilização de VE em 
novilhas. 
Figura 3. Dinâmica folicular da associação VE + Norgestomet no programa IATF. 
Sincronização de onda – VE + Norgestomet
2
6
10
14
Dia 9
mm
Dia 0 Dia 5 - 8
VE 
Norgestomet
IATF
Dia 11
 
Notar que os animais que atrasam o início da nova onda folicular não terão diâmetro folicular capaz 
de ovular próximo ao momento preconizado para realizar-se a IATF, comprometendo a taxa de 
prenhez. 
 
c) Sincronização com Cipionato de Estradiol + Progesterona: 
Associando-se CE + Progesterona ocorre atresia folicular de todos folículos presentes nos 
ovários, contudo a emergência de uma nova onda folicular sofre a interferência da vida 
média muito prolongada do CE. Além de a emergência ser muito mais demorada, (se 
comparada ao BE), ocorre grande variabilidade de momento. Em vacas espera-se 
emergência folicular variando entre 6 a 8 dias e, em novilhas, 8 a 12 dias após o início do 
programa. Devido a estes fatos, a grande maioria dos pesquisadores contra-indica sua 
utilização na sincronização de onda folicular, já que, o atraso de início de onda, tanto em 
vacas quanto novilhas, prejudica os resultados de prenhez do programa, (a maioria das 
vacas não terá um folículo de diâmetro capaz de responder ao estímulo ovulatório no 
momento preconizado para IATF). 
 
Figura 4. Dinâmica folicular da associação CE + P4 no programa IATF: 
Sincronização de onda – CE + P4
2
6
10
14
Dia 9 (Retirada P4)
mm
Dia 0 Dia 6 - 10
CE 
P4
CE + PGF IATF 
Dia 11
 
Notar que os animais que atrasam o início da nova onda folicular não terão diâmetro folicular capaz 
de ovular próximo ao momento preconizado para realizar-se a IATF, comprometendo a taxa de 
prenhez. 
 
Conclusão: Dentre os 3 tipos de ésteres de estradiol disponíveis no mercado brasileiro, o 
Benzoato de Estradiol se mostra o mais adequado para a sincronização de onda folicular 
na IATF, pois proporciona uma maior sincronia da emergência de onda e possibilita 
resultados mais consistentes na IATF de diferentes tipos raciais (zebus, taurinos e 
mestiços) e categorias de fêmeas bovinas (vacas e novilhas). 
 
Referências bibliográficas: 
BO, G.A.; ADAMS, G.P.; PIERSON, R.A.; TRIBULO, H.E.; CACCIA, M.; MAPLETOFT, R.J. 
Follicular wave dynamics after estradiol 17b treatment of heifers with or without a progestogen implant. Theriogenology, 
v.41, p.1555 – 1569, 1994. 
WILTBANK, J.N.; KASSON, C.W. 
Synchronization of oestrus in cattle with an oral progestational agent and a injeccion of an estrogen. 
J. Anim. Sci., v.24, p.990-994. 
BO, G.A.; ADAMS, G.P.; CACCIA, M.; MARTINEZ, M.; PIERSON, R.A.; MAPLETOFT, R.J. 
Ovarian follicular wave emergence after treatment with progestogen and estradiol in cattle. 
Anim. Reprod. Sci., v.39, p 193-204, 1995. 
 
BO, G.A.; ADAMS, G.P.; CACCIA, M.; MARTINEZ, M.; PIERSON, R.A.; MAPLETOFT, R.J. 
Effect of estradiol valerat on ovarian follicles emergence of follicular waves and circulating gonadotropin in heifers. 
Theriogenology, v.40, p. 225-239, 1993.

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