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DIFERENÇA ENTRE FATO JURIDICO E NEGOCIO JURIDICO

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DIFERENÇA ENTRE FATO JURIDICO E NEGOCIO JURIDICO.
Fato Jurídico é Todo acontecimento, natural ou humano e suscetível de produzir efeitos jurídicos..  fatos Jurídicos constituem gênero que inclui eventos puramente naturais (fatos jurídicos em sentido restrito), e atos humanos de que derivam efeitos jurídicos, quais sejam, atos jurídicos e atos ilícitos. Tal a classificação adotada pelo Código Civil ao considerar que, no ato Jurídico ou lícito, o efeito jurídico deriva da vontade do agente (contratos, testamentos), ao passo que no ato ilícito o feito independe da vontade do agente, que, ao agir com dolo ou culpa e ocasionar dano a outrem, ocasionará efeitos jurídicos que, em absoluto, desejou, porque sempre sujeito às sanções legais.
O negócio jurídico é todo ato decorrente de uma vontade auto regulada, onde uma ou mais pessoas se obrigam a efetuar determinada prestação jurídica colimando a consecução de determinado objetivo. O negócio jurídico mais comum é o contrato, apesar de existirem outros tipos de atos negociais, como o testamento, etc.. Como em todo ato jurídico, os efeitos do negócio jurídico são previamente instituídos pelas normas de direito, porém, os meios para a realização destes efeitos estão sujeitos à livre negociação das partes interessadas, que estabelecem as cláusulas negociais de acordo com suas conveniências, claro que sem ultrajar Os limites legais.
A classificação mais comum dos negócios jurídicos é a seguinte:
Negócios receptícios e não receptícios: o negócio jurídico receptício é aquele em que a manifestação da vontade de uma parte deve estar em consonância com a outra parte para que o negócio se constitua e produza efeitos. Há a necessidade de duas vontades dirigidas em sentidos opostos, ou seja, à vontade de uma parte deve ser direcionada à outra parte, que, por sua vez, deve recebe-la e manifestar suas intenções ao outro interessado, produzindo então o acordo de vontades.
Já os negócios não receptícios são aqueles que se realizam com uma simples manifestação unilateral de vontade, não havendo a necessidade de seu direcionamento a uma pessoa especifica para que se plenifique e produza efeitos.
O negócio deve ser unilateral, bilateral ou plurilateral.
Negócio unilateral acontece quando há declaração de vontade de apenas uma das partes (ex: testamento). Ele pode ser receptício, que ocorre quando quem recebe o efeito sabe a intenção/vontade da outra parte (exemplo: oferta de recompensa), ou não receptício, quando não se sabe da vontade da outra parte;
Negócio bilateral ocorre com a declaração de vontade de ambas as partes, tendo efeitos no momento por elas determinadas enquanto vivas. E por fim,
Negócio Plurilateral se forma mediante associação de interesses em regime de comunhão de direitos.
Negócios onerosos e gratuitos: Negócio jurídico oneroso (há contraprestação) é aquele em que as partes acordam uma prestação e uma contra prestação pecuniária, produzindo, para ambas, vantagens e encargos.
O negócio gratuito (apenas uma das partes tem vantagem patrimonial) ou gracioso caracteriza-se pela presença de vantagens para somente uma das partes, enquanto que para a outra há somente encargos.
Negócios de disposição são os que se implicam o exercício de amplos direitos sobre o objeto, como doação; Negócios de simples administração são os concernentes ao exercício de direitos restritos sobre o objeto, sem que haja alteração em sua substância (mútuo, locação de uma casa, por exemplo).
EXISTENCIA DOS ELEMENTOS DOS NEGOCIOS JURIDICOS E
VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO.
O Negocio Jurídico só irá existir se possuir todos os elementos estruturais da existência, também chamados de pressupostos de existência. Inexiste unanimidade na doutrina quais são os pressupostos, porém a maioria dos autores, dentre eles Carlos Roberto Gonçalves, menciona como tais:
MANIFESTAÇÃO DA VONTADE: Declaração de vontade com intenção de produzir determinados efeitos.
Declaração expressa: Verbal, por escrito, gestos ou mímica (forma direta)
Declaração Tácita: Conduta compatível com a de quem deseja determinado resultado (forma indireta). Obs: Será tácita apenas quando a lei não exigir que seja expressa.
FINALIDADE NEGOCIAL: Intenção de produzir certos efeitos, como adquirir, conversar, modificar ou extinguir direitos;
OBJETO IDÔNEO: Aquele que apresenta os requisitos ou qualidades que a lei exige para que o negócio produza efeito. Objeto adequado á lei. Quanto ao entendimento mais “simplista” do plano existencial, que entende como necessários para existência dos negócios, apenas? Agente, objeto, forma, vontade externa. Para estes, vale ressaltar que, caso não houver um desses elementos citados acima, o fato não ingressa no mundo jurídico e é assim, inexistente. Em outras palavras, se faltar um dos elementos mencionados, não há contrato. Outro ponto a ser ressaltado é que neste plano, não se pergunta quanto a sua validade ou eficácia.
· Eficácia e validade são independentes entre si
· Eficácia e validade são dependentes da existência de negocio 
· Só o que EXISTE pode ser válido ou inválido, eficaz ou ineficaz.
VALIDADE: O ato, sendo existente, deve ser analisado quanto á sua regularidade para ingressar no plano da validade. Para que um negócio produza efeito, o qual possibilite a aquisição, modificação, conservação ou extinção de um direito, deve atender aos requisitos da validade abaixo:
· Agente capaz: Capacidade é a aptidão para intervir em uma negociação. Portanto, para ser válido em relação ás qualidades da parte, o negócio jurídico deve constituir-se de declaração feita diretamente pela pessoa física capaz, pelo representante do absolutamente incapaz, pelo assistente do relativamente incapaz ou pelo representante legal (ativo e passivo, judicial e extrajudicial) da pessoa jurídica. Atendidos esses pressupostos, confere-se validade ao negocio jurídico.
· Objeto lícito, possível, determinado ou determinável.
Lícito: Que não atenta contra a lei, a moral e os bons costumes. Se for ilícito o objeto, nulo será o negócio jurídico (artigo 166, inciso II do Código Civil), não produzindo qualquer efeito jurídico.
Objeto Possível: a impossibilidade do objeto pode ser física ou jurídica. Impossibilidade física é a que emana das leis físicas ou naturais (deve ser absoluta, isto é, alcançar a todos, indistintamente, como, por exemplo, a que impede o cumprimento da obrigação de colocar toda a agua dos oceanos num copo d’água. A impossibilidade física relativa, que atinge o devedor, mas não outras pessoas, não constitui obstáculo ao negócio jurídico, conforme artigo 106 do Código Civil). A impossibilidade jurídica do objeto ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem, como a herança da pessoa viva (artigo 426 do Código Civil). Quando o objeto for impossível (física ou juridicamente), o negócio jurídico será nulo.
Objeto determinado ou determinável:
Suscetível de determinação no momento da execução;
Art.243 CC: Gênero e quantidade – Individualiza o objeto;
Determinável é aquele que pode ser suscetível de determinação no momento da execução. Admite-se, assim, a venda de coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (artigo 243 do Código Civil).
· Forma prescrita ou não defesa em lei (Condição formal)
Forma: conjunta de solenidade
Consensualismo: forma livre;
Formalismo: prescrito na lei
EFICÁCIA: É no plano da eficácia onde os fatos jurídicos produzem seus efeitos. Um negócio jurídico pode existir, ser válido, mas não ter eficácia, como por exemplo, por não ter ocorrido ainda o implemento de uma condição imposta. Obs.: Pode existir, mas não ser válido e assim, não ter eficácia, ou seja, seja ele existente, válido ou inválido, o negócio jurídico será eficaz quando os efeitos pretendidos pelos sujeitos declarantes se realizaram de forma espontânea ou por meio do Poder Judiciário.
O plano de eficácia é onde os fatos jurídicos produzem seus efeitos.
CAPACIDADE DO AGENTE E LEGITIMIDADE.
Ressoa a capacidade de direito de todos os homens docomando insculpido no artigo 1º do novo Código Civil (artigo 2º do antigo), ao consagrar que toda pessoa é sujeito de direitos e deveres ma ordem civil. O dispositivo, contudo, não outorgou a todos os homens a capacidade de fato, nem poderia, porque nem todos os são, de vez que a sistematização legal do Direito Material arrola diversos fatores para que o exercício do direito reconhecido seja realizado, como o faz quanto à idade e ao estado de saúde da pessoa, ressaltando sempre a pessoalidade na aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.
E a legitimação, não está, a menos no nosso sentir, claramente exposta no Direito Positivo. Mas, impõe-se para saber se determinado indivíduo tem ou não capacidade para vincular-se regularmente à determinada situação jurídica. Atrelam-se os dois institutos, complementando-se a capacidade com a legitimação para a prática de determinados negócios jurídicos.
Não foi por outro motivo, certamente, que o Silvio Venosa ressaltou: "Não se confunde o conceito de capacidade com o de legitimação. A legitimação consiste em se averiguar se uma pessoa, perante determinada situação jurídica, tem ou não capacidade para estabelecê-la. A legitimação é uma forma específica de capacidade para determinados atos da vida civil. O conceito é emprestado da ciência processual. Está legitimado para agir em determinada situação jurídica quem a lei determinar. Por exemplo, toda pessoa tem capacidade para comprar ou vender".
"Contudo – prossegue Silvio Venosa--, o art. 1.1.32 do Código Civil estatui: ‘Os ascendentes não podem vender aos descendentes, sem que os outros descendentes expressamente o consintam.’ Desse modo, o pai, que tem capacidade genérica para praticar, em geral, todos os atos da vida civil, se pretender vender um bem a um filho tendo outros filhos, não poderá fazê-lo se não conseguir a anuência dos demais filhos. Não estará ele, sem tal anuência, ‘legitimado’ para tal alienação. Num conceito bem aproximado da ciência do processo, legitimação é a pertinência subjetiva de um titular de um direito com relação à determinada relação jurídica. A legitimação é um plus que se agrega à capacidade em determinadas situações". [1]
Nesse passo, fulcra-se o presente apenas em estudo dos institutos, de forma inclusive comparativa entre o novel e no vetusto Código Civil. A matéria, embora de relevante significado prático, será enfocada mais sob a ótica cientifico-acadêmica. Elaboraremos algumas abrangências, apenas para delimitar e rememorar alguns conceitos dantes estudados, como o começo e o fim da personalidade jurídica, quem é absoluta e relativamente capaz, efeitos dos atos praticados pelos incapazes, eventual distinção entre negócios e atos jurídicos e, às evidências, legitimação e capacidade, estudadas apenas ao cabo do trabalho, depois de ultrapassados os conceitos básicos, visando melhor compreendê-las. Anote-se que, salvante a questão da legitimação e capacidade para os negócios jurídicos, objeto do estudo, tudo o mais não terá a inteira atenção que merece, porquanto, no nosso sentir, suplantaria em muito os estreitos limites do presente.
Enfim, muito se poderia dizer a respeito do tema posto para estudo e de todas as consequências que dele resultam. Deixar-se-á de fazê-lo, contudo, por amor à brevidade, e porque a picada originária, a esta altura, pelos próprios subsídios a seguir esboçados, já se transformou em ampla avenida, restando-nos apenas vaticinar breves pinceladas, sem a audaciosa pretensão de esgotar a matéria.

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