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1 Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento 3.1 - Introdução As propriedades fundamentais do músculo estão relacionadas à força, ao comprimento, a freqüência de estimulação e a velocidade de contração. Musculatura estriada esquelética - atividade voluntária. O movimento que um segmento descreve no espaço depende da quantidade de força, união do tendão ao osso e da articulação. O tendão muscular é responsável pela união do músculo ao osso. Transmite aos ossos os esforços que são gerados pela musculatura. 3.2 – Organização estrutural do músculo esquelético 3.2.1 - Estrutura das Fibras musculares Músculo – Fascículo – Fibra muscular – Miofibrila – Sârcomero Sarcômero – Menor unidade de contração muscular. 2 O mecanismo de encurtamento e estiramento de um músculo leva a entender a capacidade de elasticidade do músculo. Epimísio, perimísio e endomísio são tecidos de conexão que revestem respectivamente músculo, fascículo e fibra muscular. 3.3 – Unidade motora e recrutamento Unidade Motora - Um único neurônio motor e todas as fibras por ele inervadas. Espalham-se por uma área grande e são entremeadas por fibras de outras unidades motoras. Pode conter de menos de 100 a aprox. 2000/2200 fibras. Movimentos precisos – unidades motoras pequenas. Movimentos vigorosos – unidades motoras grandes. 3.4 - Tipos de Fibras Musculares Relacionadas com o Comportamento Mecânico - Fibras de Contração Lenta (tipo I) – pico de tensão com relativa lentidão. Apresentam: Baixa velocidade de contração, alta resistência à fadiga, diâmetro pequeno, baixa concentração 3 de ATPase e enzimas glicolíticas, alta concentração de mitocôndrias. - Fibras de Contração Rápida (tipo IIa; IIb) – pico de tensão com relativa rapidez. As fibras do tipo IIa apresentam: alta velocidade de contração, média resistência à fadiga, diâmetro médio, alta concentração de ATPase e de mitocôndrias, média concentração de enzimas glicolíticas. As fibras do tipo IIb apresentam: alta velocidade de contração, pouca resistência à fadiga, diâmetro grande, alta concentração de ATPase e enzimas glicolíticas, baixa concentração de mitocôndrias. 3.5 – Arquitetura da fibra muscular (Fibra muscular paralela e oblíqua) Fibra paralela ou fusiforme É aquela em que o sentido das fibras acompanha o sentido longitudinal do músculo. Exemplo: - bíceps braquial; - porção do reto abdominal. 4 Fibra penada ou oblíqua É aquela que está disposta obliquamente ao sentido longitudinal do músculo. Exemplo: - semimembranoso; - reto femoral. 3.6 – Unidade músculo-tendínea Componente contrátil ou ativo Propriedade do músculo que torna possível o desenvolvimento de tensão nas fibras musculares estimuladas. Componente elástico ou passivo Propriedade elástica passiva do músculo. Dividem-se em Componente elástica em série (CES) – tendões e pontes cruzadas; Componente elástica em paralelo (CEP) – membranas musculares. 3.7 – Inserção muscular (Tendão/aponeurose/osso) Tendões e ligamentos são tecidos conjuntivos densos conhecidos como tecidos colagênicos fibro-paralelos. São constituídos de colágeno (elastina) e sustância de base ( proteoglicanos). 5 3.8 – Características mecânicas do tendão São estruturas viscoelásticas. Sustentam principalmente cargas de tensão 3.9 - Propriedades comportamentais da unidade musculotendinosa Irritabilidade – capacidade de responder ao estimulo. Eletroquímicos ou mecânicos. Capacidade de desenvolver tensão – característica comportamental especifica do tecido muscular. Componente contrátil da função muscular. Contratibilidade – capacidade de diminuir de comprimento. Extensibilidade – capacidade de aumentar de comprimento. Elasticidade – capacidade de retornar ao seu comprimento normal de repouso após um estiramento/encurtamento. Torna possível a transmissão uniforme de tensão do músculo ao osso. 3.10 - Abordagem mecânica das ações musculares 1 - Ação isométrica – desenvolvimento de tensão sem alteração no comprimento do músculo. Velocidade = zero. 6 2 - Ação Concêntrica – desenvolvimento de tensão com encurtamento muscular. Aceleração 3 - Ação Excêntrica – desenvolvimento de tensão com estiramento muscular. Desaceleração. A - Ação isotônica – movimentação de um peso especifico por uma amplitude de movimento. Peso constante x carga real imposta ao músculo varia pela amplitude de movimento. B - Ação isocinética – velocidade controlada e constante (0 graus/s a 600 graus/s); resistência variável e força contínua. Necessidade de um dinamômetro isocinético. 3.11 - Funções do músculo Agonista – músculo que atua para causar o movimento. Motor primário. Acessórios: ajudam ao motor primário a realizar a ação muscular. 7 Antagonista – músculo que atua para tornar mais lento ou interromper um movimento. Função sinergista – músculo que atua juntamente com outro ou com um grupo de músculos. Estabilizador (fixador) – músculo que atua para estabilizar uma parte do corpo, para que um outro músculo ativo tenha uma base firme sobre a qual possa exercer tração. Neutralizador – músculo que atua para eliminar uma ação indesejada produzida por um outro músculo que se contrai. Músculos biarticulares e poliarticulares Insuficiência ativa – Menor capacidade de gerar tensão. Insuficiência passiva – Maior capacidade de resistir ao estiramento. 3.12 - Fatores mecânicos que afetam a força muscular 3.12.1 - Área de secção transversal fisiológica Quanto maior a área de corte maior será a força. 8 3.12.2 - Ângulo de inserção do músculo Ângulo de tração x Aproveitamento da força. 3.12.3 - Relação comprimento-tensão A tensão total presente em um músculo é a soma da tensão ativa e passiva, quando esta existir. Retardo eletromecânico (REM) – período de tempo entre a chegada do estímulo neural e o desenvolvimento de tensão pelo músculo. 3.12.4 - Relação força-velocidade Quando o músculo desenvolve tensão concêntrica contra uma carga elevada, a velocidade do encurtamento deverá ser relativamente baixa e, contra uma carga baixa, a velocidade do encurtamento deverá ser relativamente alta. Quando o músculo desenvolve tensão excêntrica contra uma carga elevada, a velocidade de estiramento tenderá a relativamente alta. Quanto mais alta for a carga, mais alta tenderá a ser a velocidade. 3.12.5 - Relação tempo-tensão Estímulo simples – intervalo suficiente para recuperação entre os estímulos. 9 Somação – elaboração de uma forma aditiva de estímulos. Tetania – tensão máxima sustentada como resultado da estimulação repetitiva. 3.12.6 - Pré-estiramento (ciclo excêntrico-concêntrico) Ação excêntrica seguida imediatamente de ação concêntrica. 3.13 - Efeitos da fadiga As características da fadiga muscular incluem a duração na capacidade de produção de força muscular, na velocidade de encurtamento, no relaxamento prolongado da unidades motoras entre os períodos de recrutamento. A fadiga absoluta é encontrada quando a fibra muscular torna-se incapaz de desenvolver tensão ao ser estimulada por seu axônio motor, podendo também ocorrer no neurônio motor, tornando-o incapaz de gerar um potencial de ação.
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