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Economia 4

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ECONOMIA
Daniele Fernandes 
da Silva
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
S586e Silva, Daniele Fernandes
Economia [recurso eletrônico] / Daniele Fernandes Silva ; 
Iraneide S. S. Azevedo. [revisão técnica: Luciana Bernadete 
de Oliveira]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
ISBN 978-85-9502-247-8
1. Economia. I. Azevedo, Iraneide S. S. II.Título.
CDU 330
Revisão técnica:
Luciana Bernadete de Oliveira
Graduada em Ciências Políticas e Econômicas
Especialista em Administração Financeira
Mestre em Desenvolvimento Regional
Concorrência perfeita 
e oligopólio
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identi� car as características que tornam um mercado competitivo.
 Listar as características de um oligopólio.
 Explicar como as � rmas decidem sair ou entrar no mercado compe-
titivo e no oligopólio.
Introdução
Nas formulações microeconômicas, as firmas são classificadas segundo 
características próprias. Essas características se chamam estruturas de 
mercados. Neste texto, você estudará as duas primeiras estruturas: a 
concorrência perfeita (mercado competitivo) e o oligopólio.
Mercado competitivo
Como você deve imaginar, existem diferentes formas de as empresas se or-
ganizarem no mercado. Esse modo de organização depende principalmente 
da quantidade de produtores e das características do produto em relação à 
sua homogeneidade. Cada um dos modos de organização é conhecido como 
estrutura de mercado.
A estrutura de mercado permite que a empresa identifique qual a forma 
de atuação por meio do mecanismo de preços. Existem aqueles em que o 
controle sobre os preços no mercado é maior. Mas também há aqueles que 
não possuem qualquer interferência sobre os mesmos. Nesse caso, os preços 
são definidos pelas forças de mercado.
O mercado é um ambiente em que uma determinada quantidade de bens ou serviços 
produzidos por empresários é oferecida a determinado nível de preços em certo 
período de tempo. Os consumidores se deslocam a esse mercado com o intuito de 
adquirir uma quantidade dos mesmos produtos por um nível de preços que considerem 
adequado, maximizando a sua satisfação.
Para os produtores, quanto mais alto o preço, maior é a quantidade de 
produtos que se interessam em dispor no mercado, de modo a aumentar a 
receita. Chama-se a isso lei da oferta. Para os consumidores, ocorre o con-
trário. Ou seja, quanto mais elevado o preço do bem, menos quantidades são 
desejadas. O poder de barganha que o produtor ou o consumidor tem sobre 
a determinação do nível de preços vai depender da estrutura de mercado à 
qual o produto pertence.
As estruturas de mercado podem ser de concorrência perfeita ou imperfeita. 
A principal diferença entre as duas estruturas está relacionada ao tipo de pro-
duto que cada segmento escolhe produzir. Enquanto na concorrência perfeita 
os produtos são caracterizados como homogêneos, na concorrência imperfeita 
eles são heterogêneos. Ou seja, há pelo menos uma mínima diferenciação que 
pode influenciar na tomada de decisão do consumidor.
A concorrência ocorre quando há disputa entre as várias empresas atuantes no mesmo 
segmento de mercado. Essas empresas têm o intuito de atrair fatias maiores de clientes 
e, portanto, obter lucros mais elevados.
A homogeneidade significa que os bens produzidos são substitutos entre 
si. Ou seja, possuem características muito similares, podendo ser facilmente 
substituídos uns pelos outros caso o preço não agrade ao consumidor. Desse 
modo, nenhuma empresa do mercado tem o poder de elevar o seu preço acima 
do que é praticado. Isso ocorre pois os consumidores podem imediatamente 
demandar produtos dos concorrentes que praticam valores mais competiti-
Concorrência perfeita e oligopólio198
vos. Assim, se o empresário decide elevar o preço, o negócio pode inclusive 
ficar comprometido, podendo ir à falência. Afinal, nesse caso a demanda cai, 
prejudicando a lucratividade.
Outra característica própria da concorrência perfeita se refere ao número 
elevado de atuantes no mesmo segmento. Esses atuantes incluem tanto ven-
dedores quanto compradores. Isso faz com que nenhuma empresa consiga 
influenciar o preço que é praticado no mercado. Considera-se, portanto, que 
o preço é dado, devido à alta competitividade. Ou seja, se diz que as empresas 
são tomadoras de preços. Assim, entre as principais características dessa 
estrutura está a aceitação dos preços.
Dizer que os preços são dados significa afirmar que existe um equilíbrio 
natural de mercado, o qual é determinado pelas forças de oferta e de demanda. 
Assim, nesse tipo de mercado não existe qualquer intervenção do governo que 
influencie as tomadas de decisão, tanto dos consumidores (lado da demanda) 
quanto dos empresários (lado da oferta). Você pode ver essa situação no 
gráfico da Figura 1.
Figura 1. Equilíbrio de mercado.
199Concorrência perfeita e oligopólio
Você deve saber que, na concorrência perfeita, há livre entrada e saída 
de empresas, a qualquer momento. Isso significa que não existem barreiras 
à entrada, nem à saída. Assim, muitas empresas podem entrar no mercado, 
aumentando a concorrência. Por outro lado, muitas podem fechar, saindo 
do mercado. Diz-se que esse tipo de empresas não exige elevado montante 
de capital inicial, nem elevados gastos para encerrar as atividades, por 
exemplo.
Existe transparência no mercado de concorrência perfeita. Ou seja, todos 
os participantes sabem as informações a respeito dos preços e dos lucros uns 
dos outros, por exemplo. Desse modo, definir estratégias para adquirir maiores 
fatias de mercado se torna inútil. Caso alguma empresa resolva desenvolver 
alguma estratégia, todas as demais organizações do segmento saberão, podendo 
também estabelecer estratégias de defesa. Portanto, investir em qualquer tipo 
de estratégia não surtirá os efeitos desejados, podendo inclusive prejudicar os 
negócios de todos os participantes.
Um exemplo de produtores pertencentes ao mercado de concorrência perfeita são 
os agrícolas. Seus produtos também são conhecidos no mercado por commodities 
agrícolas. A palavra commodities significa “mercadorias” em inglês. Essas mercadorias 
possuem características homogêneas, são produzidas em larga escala e comercializadas 
mundialmente. Negociadas em bolsas de mercadorias, seus preços são definidos pelo 
mercado internacional. Assim, um produtor não consegue praticar preço mais elevado, 
pois outros produtores estão ofertando a um preço mais baixo, que foi determinado 
pelo mercado.
Oligopólio
No tópico anterior, você viu que a principal diferença entre as estruturas de 
concorrência perfeita e imperfeita está relacionada ao tipo de produto que cada 
segmento escolhe produzir. Na concorrência perfeita, os produtos são carac-
terizados como homogêneos. Na concorrência imperfeita, por outro lado, os 
produtos são heterogêneos. Ou seja, há pelo menos uma mínima diferenciação 
que pode infl uenciar na tomada de decisão do consumidor.
A heterogeneidade significa que os bens produzidos não são substitutos 
entre si. Ou seja, possuem características diferentes, que permitem diferen-
Concorrência perfeita e oligopólio200
ciação de mercado entre empresas do mesmo segmento. Esse fato possibilita 
que o empresário possua um maior poder de barganha na formação do seu 
preço. Na concorrência imperfeita, uma vez que o cliente é conquistado, 
dificilmente outro concorrente irá atraí-lo. Isso ocorre pois existe uma ou 
mais características que fidelizam esse cliente, fazendo inclusive com que 
ele pague um valor superior ao cobrado pelos demais produtores. Assim, se 
o empresário de uma barraca de cachorro-quente decide tornar o seu produto 
gourmet, diferenciando o sabor dele, poderá elevar o seu preço. Como você 
deve imaginar, haverá clientes que não se importam de pagar um preço maior 
por um produto diferenciado, de melhor qualidade. O resultado disso é uma 
lucratividade mais elevada.
A concorrência imperfeitaapresenta diferentes tipos de estrutura, entre as 
quais se encontra o oligopólio. Nesse mercado, diferentemente do que ocorre 
na concorrência perfeita, apenas um pequeno número de empresas detém a 
maior fatia de clientes do segmento. O número de vendedores é inferior, o que 
lhes permite um maior poder de barganha em relação à formação de preços 
frente a um mercado de muitos compradores.
Dado o menor número de empresas ofertantes, a quantidade de produto é 
inferior à da concorrência perfeita. Desse modo, você pode considerar que os 
consumidores ficam condicionados à qualidade e aos preços praticados nesse 
mercado. Esses consumidores, por se apresentarem em grande quantidade, 
não possuem influência na formação dos preços a serem praticados. Caso haja 
consumidores que não se interessam por determinado produto a um nível de 
preços qualquer, haverá outros demandantes. Estes são em um número muito 
maior do que as quantidades do bem disponíveis no mercado. No gráfico da 
Figura 2, você pode ver essa situação.
201Concorrência perfeita e oligopólio
Figura 2. Equilíbrio de mercado na estrutura oligopolista.
As poucas empresas atuantes podem optar pela concorrência de preços ou pela 
cooperação. Quando as empresas resolvem concorrer via preços, a margem de lucro 
pode ficar comprometida. Isso ocorre pois são muitos os gastos em propaganda e 
marketing, na tentativa de conquistar mais clientes. Da mesma forma, a quantidade 
de promoções é elevada, e as empresas deixam de ganhar pelo acirramento da 
concorrência. Então, como existe um número limitado de ofertantes, a grande 
maioria das empresas opta pela cooperação. Assim, acordam um preço ideal, 
de modo que todas as organizações ganhem com os seus negócios. Os clientes 
escolherão o produto com que mais se identificarem. Quando há concorrência por 
cooperação, para que uma organização tenha a oportunidade de cobrar alguma 
diferença no preço, é preciso alguma diferenciação significativa no produto.
Essa combinação de preços é conhecida como cartel, o que não é permi-
tido por lei, pois contraria a livre concorrência de mercado. Quanto maior 
a competição, maior será o esforço que as empresas farão para melhorar a 
qualidade dos seus produtos. Elas farão isso na tentativa de adquirir cada vez 
maiores fatias de mercado. Essa ação é benéfica para os consumidores. Além 
da melhoria na qualidade, existe uma busca maior pela prática de preços mais 
acessíveis, que conquistem o consumidor. Essa novamente é uma atitude com 
resultados positivos para os demandantes.
Concorrência perfeita e oligopólio202
Como você deve imaginar, é muito difícil identificar e provar a prática ilegal de combi-
nação de preços. Porém, é muito comum empresas atuarem por meio de carteis. São 
exemplos as empresas de telefonia e automobilísticas. Nesse caso, a intervenção do 
governo está direcionada à busca pela livre concorrência, formulando leis que inibem 
a formação de carteis. No oligopólio, as barreiras à entrada são um dos principais 
motivos da alta concentração dessas empresas. Você verá isso com mais detalhes na 
seção a seguir.
Barreiras à entrada e à saída
Barreiras à entrada e à saída de empresas no mercado pertencem a um con-
junto de fatores que infl uenciam a escolha da estrutura para a produção de 
bens ou serviços. As barreiras estão relacionadas aos obstáculos e entraves 
que as empresas podem ter que enfrentar para entrar no mercado ou deixar 
de atuar nele. Existem alguns setores em que essas questões são maiores e 
outros em que são menores. Ou seja, há maiores ou menores barreiras. Em 
síntese, quanto mais elevadas forem essas barreiras, menos competitiva será a 
estrutura de mercado. Então, os oligopólios se encaixam nessa situação, pois 
há um número reduzido de grandes empresas competindo.
As barreiras à entrada se referem às dificuldades que uma empresa tem 
em começar a atuar no mercado, que podem incluir:
  Patentes.
  Acordos de licenciamento.
  Acesso exclusivo aos recursos naturais.
  Fiscalizações governamentais.
  Deficiência de conhecimento técnico específico ao segmento em que 
se pretende atuar.
  Restrições a grandes financiamentos.
  Elevados montantes de recursos para produzir em determinado segmento.
  Grandes empresas que atuam em larga escala estabelecidas em deter-
minados setores.
Um modelo baseado em cinco forças competitivas foi desenvolvido por 
Michael Porter no final da década de 1970. Esse modelo está relacionado a 
203Concorrência perfeita e oligopólio
cinco fatores que o autor considera comprometer os negócios de uma empresa. 
Eles constituem, portanto, barreiras para as empresas. Você pode compreender 
isso melhor observando a Figura 3.
Figura 3. Cinco forças competitivas de Porter.
A primeira força trata da ameaça de novos entrantes no mercado, sendo 
o poder de negociação dos fornecedores o segundo fator. A ameaça de novos 
produtos (ou serviços) substitutos é outro elemento, seguido do poder de 
negociação dos clientes. A quinta força é a rivalidade entre os concorrentes. 
O conhecimento desses cinco elementos é fundamental para que se possa 
traçar com mais rigor as ações ou estratégias que deverão ser realizadas para 
enfrentá-los da forma mais eficiente possível. A empresa tem a opção de avaliar 
tais fatores e utilizá-los em seu favor, ou simplesmente se defender dos seus 
riscos potenciais e ameaças.
No Quadro 1, você pode ver de forma mais detalhada quais são essas 
cinco forças competitivas de Porter e o que cada uma delas representa para 
as organizações:
Concorrência perfeita e oligopólio204
Força 
competitiva Descrição
Ameaça 
de novos 
entrantes
Os novos entrantes representam uma ameaça por trazerem 
consigo o desejo de obter grandes fatias de mercado. 
Eles também trazem novos conceitos e técnicas para 
conquistar os seus clientes. Além disso, normalmente 
estão mais preparados financeiramente e dispostos a 
investir no seu próprio marketing ou naquilo que seja 
necessário para obter maiores participações no mercado.
Poder de 
negociação 
dos 
fornecedores
Essa ameaça ocorre em determinados setores de atividade 
em que a quantidade de fornecedores é muito pequena. 
Isso torna os empresários dependentes das condições 
impostas pelos mesmos. Havendo pouca concorrência, 
os fornecedores podem identificar uma oportunidade de 
aumentar os seus lucros se aproveitando do aumento dos 
seus preços. Assim, prejudicam a lucratividade dos seus 
clientes, ou seja, das empresas do setor, que não conseguem 
recuperar esses altos custos por meio dos seus preços. 
Outra desvantagem da falta de (ou baixa) concorrência 
entre os fornecedores é a possibilidade de acomodação 
com relação ao aprimoramento dos seus processos de 
produção. Nesse caso, os fornecedores aumentam a 
qualidade apenas para não perder suas margens de lucro. 
Assim, os empresários ficam sujeitos a produtos com menor 
qualidade, o que compromete a própria qualidade dos 
seus produtos finais e prejudica os seus ganhos de lucro.
Ameaça de 
produtos 
substitutos
Os produtos substitutos são aqueles que possuem 
características muito similares. Eles dificultam o aumento de 
preços por parte dos empresários que desejam aumentar a 
sua lucratividade, uma vez que o cliente optará por opções 
mais acessíveis. Nesse caso, a entrada de uma nova empresa 
em um setor caracterizado por esse tipo de produto limita 
ainda mais a possibilidade de estabelecer alguma estratégia 
de aumento de lucro baseada no aumento de preços.
Poder de 
negociação 
dos clientes
O poder de negociação dos clientes ocorre quando há 
poucos clientes no mercado para poucas empresas. 
Estas, no sentido de conquistar a maior fatia possível 
dessa clientela, acabam perdendo margens na sua 
lucratividade ao conceder benefícios a esses clientes, 
ou simplesmente ao reduzir os seus preços.
 Quadro 1. As cinco forças competitivas de Porter em detalhe. 
(Continua)
205Concorrência perfeita e oligopólio
Força 
competitiva Descrição
Rivalidade 
entre 
concorrentesA ameaça que esse fator oferece é a possibilidade de 
perda nos lucros pela competitividade via redução 
de preços, ou simplesmente pelo aumento dos 
custos. Isso ocorre quando a empresa está disposta 
a aumentar ou manter a sua posição no mercado, 
investindo, por exemplo, em marketing, no aumento 
da qualidade sem aumento de preços, entre outros.
Quadro 1. As cinco forças competitivas de Porter em detalhe.
(Continuação)
Cada força competitiva é relevante no momento em que se estabelecem 
estratégias empresariais. Essas estratégias podem ser de crescimento de fa-
tias de clientes, de lucratividade ou apenas de manutenção da posição no 
mercado. Desse modo, é importante destacar a importância de cada uma no 
processo de análise das ameaças, transformando-as em aspectos positivos 
para a organização.
As empresas, como você já sabe, não enfrentam obstáculos apenas quando 
pretendem entrar em determinado segmento de mercado. Dependendo da es-
trutura de mercado escolhida, é possível que se tenha que passar por barreiras 
ao se optar por deixar de atuar. Tais barreiras podem ser de diversas naturezas, 
passando pelas de ordem econômica, estratégica ou até mesmo emocional. 
Utilizar o argumento de que a rentabilidade está sendo muito baixa, insuficiente 
para a recuperação do capital investido, ou inclusive negativa, pode não ser o 
suficiente. Novamente, empresas oligopolistas se enquadram nessa situação. 
Já para as que pertencem ao mercado competitivo, as facilidades ao deixar o 
mercado são maiores.
Concorrência perfeita e oligopólio206
Entre as principais barreiras à saída, você pode considerar:
  Ativos especializados, que apresentam baixo valor de liquidação ou elevados custos 
ao se realizar a conversão ou transferência;
  Elevados custos de saída, por exemplo, as indenizações aos funcionários e até mesmo 
aos fornecedores, que devem ser realizadas para o encerramento das atividades;
  Possibilidade de prejudicar a imagem de parceiros de negócios, inclusive de ne-
gócios em paralelo que envolvem o próprio nome da empresa;
  Acesso ao mercado de capitais, em que pode haver aplicações com prazo de 
maturidade posterior à data de encerramento, levando a um resgate antecipado 
e, consequentemente, correndo o risco de perda de parte ou de todo o capital 
investido;
  Restrições impostas pelo governo;
  Obrigações contratuais, como o período contratado para aluguel do estabeleci-
mento, ou de contratação dos produtos de determinado fornecedor, em quantidade 
e/ou prazo definido;
  Barreiras emocionais, como a necessidade versus o orgulho ferido ao ter de encerrar 
as atividades.
Atualmente, os governos buscam proporcionar ao consumidor um mercado 
competitivo, diminuindo as barreiras à entrada ou à saída. Isso ocorre pois 
assim os benefícios são maiores em termos de preço e qualidade. Onde há 
maior concorrência, há maiores esforços por parte das organizações em ter-
mos de melhoria da qualidade dos insumos utilizados no processo produtivo, 
visando a um produto final de qualidade. Também há a adoção de preços mais 
atraentes ao consumidor, visando a aumentar a fatia de mercado. Existem leis 
que limitam atitudes abusivas de preços, por exemplo. Contudo, por vezes se 
torna difícil a identificação de atitudes, por parte das empresas, que prejudicam 
a concorrência de mercado.
A evolução dos meios tecnológicos constitui um dos fatores que têm redu-
zido cada vez mais as barreiras à entrada no mercado. Há uma maior quantidade 
de informações disponíveis em relação ao que é preciso saber para atuar no 
mercado ou deixá-lo. Além disso, diversas ferramentas têm reduzido as barrei-
ras burocráticas, facilitando a entrada ou a saída em determinados segmentos.
207Concorrência perfeita e oligopólio
1. A ciência econômica tem 
por objetivo estudar como a 
sociedade toma as suas decisões 
econômicas. Para facilitar, o estudo 
da ciência se divide em diferentes 
campos. Um desses campos é a 
microeconomia, que, por sua vez, 
busca explicar as estruturas de 
mercado entre as firmas. Nesse 
sentido, indique a alternativa que 
corresponde à diferença básica 
entre as firmas que operam em 
concorrência perfeita e as firmas que 
operam em oligopólio. 
a) O oligopolista não pode cobrar 
o preço que lhe convier, pois 
é um tomador de preço e, na 
concorrência perfeita, sempre 
pode ter o lucro desejado.
b) No mercado competitivo, a 
firma pode vender quanto 
quiser a determinado preço, 
assim como no oligopólio, 
pois as firmas sempre mantêm 
acordos de preços.
c) A elasticidade-preço da 
demanda do oligopolista tem 
uma magnitude menor que 
a da firma em concorrência 
perfeita, já que nesta última a 
elasticidade-preço da demanda 
é infinitamente elástica.
d) As firmas oligopolistas são 
tomadoras de preços e as 
firmas do mercado competitivo 
são administradoras de 
preços, portanto não buscam 
maximizar o lucro do negócio.
e) A firma em concorrência 
perfeita (mercado competitivo) 
pode administrar o preço, por 
isso consegue gerir o lucro 
esperado. No oligopólio, apesar 
de ter um número reduzido 
de vendedores, a firma tem 
um comportamento igual, ao 
administrar os seus preços.
2. Sabe-se que as estruturas 
de mercado representam o 
enquadramento das firmas 
existentes de acordo com 
características e parâmetros 
microeconômicos específicos. Com 
base nisso, é possível afirmar que 
o “oligopólio” se caracteriza por:
a) Ter o mesmo número de 
empresas do mercado 
competitivo.
b) Representar firmas que 
buscam vender o mesmo 
produto, tendo em vista o 
baixo poder de mercado.
c) Apresentar-se como uma 
situação em que as firmas 
estão dispostas em um número 
reduzido de concorrentes. 
O poder de mercado 
oligopolista é caracterizado 
pela administração de preços.
d) Comercializar produtos, 
exclusivamente produtos 
heterogêneos.
e) Não possuir barreiras para 
entrada de concorrentes.
3. Considerando as características 
específicas do mercado competitivo 
(concorrência perfeita) e do oligopólio 
como estruturas de mercado 
distintas, é correto afirmar que:
a) A barreira para a entrada de 
novas firmas é uma característica 
das firmas oligopolistas.
Concorrência perfeita e oligopólio208
b) As firmas em mercado 
competitivo apresentam como 
estratégia a diferenciação 
de seus produtos.
c) Na estrutura oligopolista, 
os produtos apresentam 
muitos substitutivos e 
baixa essencialidade para 
consumo. Isso faz com 
que a curva de demanda 
oligopolista seja elástica.
d) Para as firmas em concorrência 
perfeita, os obstáculos para 
firmas concorrentes ocorrem 
pela estrutura de custos.
e) Na estrutura oligopolista, a 
alta concorrência faz com 
que as firmas apresentem 
produtos diferenciados.
4. As estruturas de mercado 
classificadas entre concorrência 
perfeita e oligopólio assumem 
características próprias, assim como 
estratégias de formação de preço 
distintas. Nesse sentido, indique 
a característica corretamente 
atribuída entre as estruturas de 
mercado mencionadas. 
a) Empresas distribuidoras de 
gasolina para o mercado de 
transportes correspondem 
ao mercado competitivo.
b) Empresas operadoras de 
telefonia móvel, em Minas 
Gerais, correspondem a uma 
concorrência perfeitamente 
distribuída, portanto de 
concorrência perfeita.
c) Montadoras de automóveis, 
no Brasil, são oligopolistas, 
apesar de produzirem 
produtos heterogêneos, 
praticando preços 
diferenciados.
d) Produtores de soja, assim 
como produtores de hortaliças, 
são firmas oligopolistas.
e) Mercados ilegais, como 
de venda de DVDs e CDs 
falsificados, não podem ser 
classificados como mercados 
competitivos, apesar das 
características enquadrantes.
5. No ano 2000, o Sr. José de Almeida 
possuía uma pequena barraca na 
qual vendia sandálias artesanais, 
feitas de couro e destinadas ao 
público masculino. Como seu 
produto era bem aceito, recebia 
muitas encomendas. Contudo, 
produzia artesanalmente, 
portanto não conseguia atender 
a esses pedidos. Até que, no 
final de 2005, alugou um grandegalpão, adquiriu maquinário 
especializado e contratou mão 
de obra adequada. O empresário 
teve tanto sucesso, que em 
2008 lançou sua marca própria 
e aumentou o mix de produtos, 
inclusive para o público feminino. 
Com a mesma gana, o Sr. José de 
Almeida passou a competir com 
as marcas de sandália tradicionais 
no País e com cobertura nacional.
Esse exemplo representa apenas 
uma situação hipotética, que 
já se repetiu algumas vezes 
em diferentes mercados no 
Brasil. Ele mostra a mudança no 
tamanho e na complexidade da 
estrutura de uma empresa.
De acordo com as características 
apresentadas, como você 
classificaria a empresa do 
Sr. José de Almeida? 
a) Tanto no início quanto no 
final da década, a empresa 
209Concorrência perfeita e oligopólio
compunha o mercado 
competitivo de sandálias.
b) Como oligopolista, 
independentemente do período.
c) Como concorrência perfeita 
no início da década e como 
participante do mercado 
competitivo no final da década.
d) Não existem características 
suficientes para classificar 
a empresa.
e) Embora não esteja claro, o 
fato de competir com grandes 
marcas revela que a empresa 
venceu uma barreira de mercado 
existente, se aproximando 
do mercado oligopolista.
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014.
Concorrência perfeita e oligopólio210
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