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METODOS DO DIREITO TRABALHO

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UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES 
 
ADRIANO REBECHI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÉTODOS DO DIREITO 
DEDUÇÃO – INDUÇÃO – ANALOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mogi das Cruzes, SP 
2020
 
 
 
 
 UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES 
 
ADRIANO REBECHI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÉTODOS DO DIREITO 
DEDUÇÃO – INDUÇÃO – ANALOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mogi das Cruzes, SP 
2020
Trabalho ao Curso de Direito da UMC no 
1º semestre na disciplina de Introdução 
ao Estudo do Direito, 
Prof.ª Maria de Lourdes Colacique da 
Silva Leme. 
 
 
 
1 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo dar exemplos dos métodos científicos do direito. 
Sendo os seguintes métodos: método indutivo, método dedutivo, método analógico. 
 
 
2. MÉTODO INDUTIVO: Segundo o doutrinador Miguel Reale temos como 
conceito do método de indução: 
 
INDUÇÃO - Método indutivo se caracteriza por ser um processo 
de raciocínio que se desenvolve a partir de fatos particulares, até 
atingir uma conclusão de ordem geral, mediante a qual se possa 
explicar o que há de constante ou comum nos fatos observados 
e em outros da mesma natureza. Não se trata, porém, de 
simples conhecimento que proceda do particular até o geral, 
porque é essencial que a passagem do particular ao geral se 
funde na experiência, realizando como que “o retrato sintético” 
dos fatos observados. A lei física, que explica, por exemplo, a 
propagação do som, é uma antecipação e previsão do que vai 
acontecer, toda vez que a fonte sonora entrar em ação, nas 
mesmas condições e circunstancias. (Lições Preliminares de 
Direito – Miguel Reale, pag. 71) 
Assim, conclui-se, que o método de indução não é um modo de pensamento único, 
ele se baseia em um conjunto de conhecimentos: alguns empíricos outros lógicos e 
ou intuitivos. 
 
2.1. EXEMPLO JURIDICO DO METODO INDUTIVO: Como pode se observar, 
no voto do julgamento do recurso abaixo foi utilizado o método indutivo para a sua 
conclusão. Trata-se de um julgamento para um recurso de dispensa de licitação. No 
voto o relator utiliza o método baseado no Art. 89, lei N. 8.666/93, em suma o réu 
apela pela dispensa na necessidade de licitação por conta de um fracionamento, mas 
pelo raciocínio lógico e método indutivo, e mesmo sem apresentação de prova 
documental e ou testemunhal, parte do particular para o geral, ou seja, o entendimento 
é de que, independente dos contratos serem fracionados o montante excede o valor 
que a Lei assim determina ser o máximo para contratos sem licitação portanto, e por 
lógica, novamente partindo da parte particular(réu) para o geral(todo) teve o 
improvimento do recurso. 
 
APELAÇÃO. DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
FORA DAS HIPÓTESES PREVISTAS EM LEI. ART. 89, 
"CAPUT", DA LEI N. 8.666/93. MATERIALIDADE E AUTORIA 
COMPROVADAS. CONTRATOS SUCESSIVOS. CRIME 
CONSUMADO E FORMAL. CONTINUIDADE DELITIVA. 
IMPROVIMENTO DO RECURSO MINISTERIAL E PARCIAL 
PROVIMENTO DO RECURSO DEFENSIVO. 1. Materialidade e 
autoria comprovadas com relação ao crime de dispensa de 
licitação fora das hipóteses previstas em lei. Circunstâncias do 
2 
 
 
 
caso concreto comprovam o dolo adequado à espécie. 2. Em se 
tratando de contratos sucessivos, a doutrina entende que os 
seus valores devem ser somados, para, então, analisar se é 
caso de dispensa ou não de licitação, sendo equivocado o 
entendimento de que os contratos devem ser vistos em sua 
singularidade. A determinação da obrigatoriedade de licitação e 
a escolha da modalidade cabível devem fazer-se em face do 
montante conjunto de todas as contratações, 
independentemente de fracionamento. No caso em tela os 
contratos ultrapassam o limite de R$ 8.000,00. Inteligência do 
art. 24, II, da Lei n. 8.666/93. Inteligência da doutrina de Marçal 
Justen Filho. 3. Os indícios são as circunstâncias conhecidas e 
provadas a partir das quais, mediante um raciocínio lógico, pelo 
método indutivo, se obtém a conclusão, firme, segura e sólida 
de outro facto; a indução parte do particular para o geral e, 
apesar de ser prova indireta, tem a mesma força que a 
testemunhal, a documental ou outra. Validade da utilização dos 
indícios como prova da autoria criminosa. Precedentes do STF 
(AP 470/MG – Pleno – Voto Min. Cezar Peluso – j. 28.08.12 – 
Revista Trimestral de Jurisprudência – Volume 225 – Tomo II – 
pág. 1.218/1.220 e AP 470/MG – Pleno – Voto Min. Luiz Fux – j. 
28.08.12 – Revista Trimestral de Jurisprudência – Volume 225 – 
Tomo II – pág. 838/842). 4. Crime de natureza formal, sendo 
desnecessária, inclusive, a obtenção de vantagem na prática do 
crime (resultado naturalístico), bastando, apenas, que o réu, por 
ato voluntário e consciente, dispense ou não exija licitação fora 
das hipóteses previstas em lei, ou deixe de observar as 
formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade, nos 
exatos termos do art. 89, "caput", da Lei n. 8.666/93. 
Precedentes do STJ (HC 139.946/PR – 5ª T. – Rel. Min. Jorge 
Mussi – j. 08.11.2011 – DJU 17.11.2011; AgRg no REsp 
1.094.785/DF – 6ª T. – Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura 
– j. 20.09.2011 – DJU 09.11.2011 e HC 1.073.676/MG – 5ª T. – 
Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho – j. 23.02.2010 – DJU 
12.04.2010). 5. Dosimetria da pena fixada de modo escorreito, 
exceto quanto ao cálculo da pena de multa, nos termos do art. 
99, da Lei n. 8.666/93. Correção. 6. Improvimento do recurso 
Ministerial e parcial provimento do recurso defensivo. 
(TJ-SP 00037177320158260073 SP 0003717-
73.2015.8.26.0073, Relator: Airton Vieira, Data de Julgamento: 
05/12/2017, 3ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 
12/12/2017) 
https://tj-
sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/531298485/37177320158260
073-sp-0003717-7320158260073?ref=serp 
 
3 
 
 
 
 
3. MÉTODO DEDUTIVO: Segundo o doutrinador Miguel Reale temos como 
conceito do método de dedução: 
 
DEDUÇÃO: Ao contrário do processo indutivo, temos o 
dedutivo, que se caracteriza por ser uma forma de raciocínio 
que, independentemente de provas experimentais, se 
desenvolve, digamos assim, de uma verdade sabida ou admitida 
a uma nova verdade, apenas graças às regras que presidem à 
inferência das proposições, ou, por outras palavras, tão-somente 
em virtude das leis que regem o pensamento em sua 
“consequencialidade” essencial. Deve-se lembrar também que 
há duas espécies de dedução, a silogística e a amplificadora. A 
primeira, a do silogismo, se distingue porque, postas duas 
proposições, chamadas premissa maior e premissa menor, 
delas resulta necessariamente uma conclusão, a qual, se 
esclarece ou particulariza um ponto, nada acresce 
substancialmente ao já sabido. Na dedução amplificadora, que 
muitos erroneamente atribuem somente às Matemáticas, do 
cotejo lógico de duas ou mais proposições podemos elevar-nos 
a uma verdade nova, que não se reduz, ponto por ponto, às 
proposições antecedentes. (Lições Preliminares de Direito – 
Miguel Reale, pag. 71) 
No método dedutivo conclui-se que analisando as premissas maior e menor se 
chega a conclusão, premissa maior (a lei), premissa menor (o caso concreto) e 
conclusão (a aplicação da norma jurídica ao fato), sendo assim analisa-se os fatos e 
aplica-se a norma jurídica. 
3.1. EXEMPLO JURIDICO DO METODO DEDUTIVO: Observando ação 
abaixo(premissa menor), premissa maior (Arts. 1012 e 1013 CPC 2015) a autora da 
ação indica que houve um defeito no produto que a mesma descartou sem que 
houvesse a pericia, assim a ré sujeita ao método dedutivo forneceu 35 amostras que 
foram coletadas e periciadas, não havendo sido encontrado defeito em nenhum dos 
35 produtos similares. A conclusão (aplicação da norma jurídica ao fato, ação abaixo) 
é de que com as amostras fornecidas e coletadas pelos peritos em nenhuma delas foi 
encontrado o mesmo defeito, deduzindo (método dedutivo) que não havia também 
defeito no produto descartado e assim o recurso da ré sendo conhecido e provido pelo 
relator. 
 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS ESTÉTICO, MORAL E 
MATERIAL. RELAÇÃO DE CONSUMO. INCIDENTE. 
RESPONSABILIDADECIVIL OBJETIVA. COMPROVAÇÃO 
DOS DANOS. NEXO CAUSAL. PERÍCIA INDIRETA. 
INEXISTÊNCIA DE DEFEITO NA COISA. MÉTODO 
DEDUTIVO. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. 1. A 
4 
 
 
 
responsabilidade civil do fornecedor é objetiva e prescinde da 
demonstração da culpa, sendo suficiente para sua 
caracterização a prova da conduta, dos danos e do nexo de 
causalidade. 2. As conclusões de perícia indireta, realizada em 
objeto similar à coisa indigitada, que foi descartada pela própria 
autora, está sujeita ao método dedutivo. Como os testes 
realizados em 35 amostras similares e coletadas pelo perito não 
constataram nenhum defeito no produto, deduz-se que não 
havia, também, defeito no produto consumido. 3. Impor à ré o 
ônus de provar que não havia defeito no produto, que foi 
descartado pela autora, mesmo não tendo sido encontrado 
defeito nas amostras periciadas indiretamente, seria uma prova 
diabólica (probatio diabólica). 4. Não havendo defeito no 
produto, não há responsabilidade do fabricante. 5. Recurso da 
ré conhecido e provido. Recurso da autora prejudicado. 
(TJ-DF 20150111045732 DF 0030709-24.2015.8.07.0001, 
Relator: DIAULAS COSTA RIBEIRO, Data de Julgamento: 
31/08/2017, 8ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado 
no DJE : 04/09/2017 . Pág.: 488/492) 
https://tj-
df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/501643739/20150111045732-
df-0030709-2420158070001/inteiro-teor-501643759?ref=juris-
tabs 
4. MÉTODO ANALOGIA: Segundo o doutrinador Miguel Reale temos como 
conceito do método analógico: 
ANALOGIA: Não se esqueçam, aliás, que é muito frequente em 
Direito o recurso à analogia. O processo analógico é, no fundo, 
um raciocínio baseado em razões relevantes de similitude. 
Quando encontramos uma forma de conduta não disciplinada 
especificamente por normas ou regras que lhe sejam próprias, 
consideramos razoável subordiná-la aos preceitos que regem 
relações semelhantes, mas cuja similitude coincida em pontos 
essenciais. Como demonstro em minha Filosofia do Direito, o 
processo analógico está como que a meio caminho entre a 
indução e a dedução, desempenhando função relevante no 
Direito, quando a lei é omissa e não se pode deixar de dar ao 
caso uma solução jurídica adequada. (Lições Preliminares de 
Direito – Miguel Reale, pag. 72) 
Neste método utiliza-se o raciocínio comparativo e similar encontrando-se em dois ou 
mais pontos. Como o doutrinador nos mostra em sua obra o método analógico esta 
entre a indução e a dedução. Exemplo simplificado: Uma arvore é um ser vivo. Tem 
um metabolismo e se reproduz. O ser humano é similar tem metabolismo e se 
reproduz. Ambos tendo a semelhança nestas coisas a arvore cresce, portanto, o 
homem também cresce. 
5 
 
 
 
4.1. EXEMPLO JURIDICO DO METODO ANALÓGICO: Neste caso um adicional 
de periculosidade, o entendimento é que o empregador pode deixar de pagar o 
empregado sem que isso lhe traga problemas posteriores por violação ao contrato de 
trabalho, a interpretação vem da analogia entre o artigo 4º, o decreto n. 7.369/83 e 
também da Súmula n. 248 do c. TST. Conforme a similaridade e analogia foi 
constatada a inexistência do adicional. 
 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. AUSÊNCIA DE PERIGO 
A JUSTIFICAR SEU PAGAMENTO. CESSAÇAO. ARTIGO 4º, 
DECRETO N. 7.369/83. SÚMULA N. 248, TST. Constatada a 
inexistência do direito à percepção do adicional de 
periculosidade, o empregador poderá deixar de pagá-lo sem 
que, com isso, implique em violação ao princípio da 
inalterabilidade lesiva do contrato de trabalho, tampouco a 
direito adquirido do trabalhador. Interpretação esta que se 
extrai do artigo 4º, do Decreto n. 7.369/83 e da Súmula n. 248 
do c. TST, por métodos analógicos. 
(TRT-14 - RO: 78020070411400 RO 00780.2007.041.14.00, 
Relator: JUIZA FEDERAL DO TRABALHO CONVOCADA 
ARLENE REGINA DO COUTO RAMOS, Data de Julgamento: 
12/02/2009, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: 
DETRT14 n.034, de 18/02/2009) 
https://trt-14.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/18932850/recurso-
ordinario-trabalhista-ro-78020070411400-ro-
0078020070411400?ref=serp

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