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Linguagem juridica Aula 8 resumo

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Aula 8 - Noções básicas de Argumentação Jurídica: formulação de tese, argumentos e tipos de argumentos
Argumentação Jurídica: Linguagem Jurídica
Os textos jurídicos têm enraizadas características da retórica, são enunciados textualmente ricos, por vezes altamente persuasivos. Isso se justifica uma vez que, na essência, os textos jurídicos nascem de uma disputa de interesses entre as partes do processo e, por isso, a linguagem argumentativa é intensificada e condiciona às teses apresentadas para determinada conclusão, além de estruturarem o texto.
O mundo do Direito é o mundo da linguagem, falada e escrita. Em qualquer meio de manifestação nessa área o texto se faz presente, com o objetivo de persuadir e convencer seu receptor. É fundamental que o profissional do Direito conheça e domine o uso da palavra, sua ferramenta básica de trabalho, indispensável para sua vida profissional e para a garantia da cidadania.
Entretanto, a escrita jurídica deve ser simples e objetiva, porque sua eficácia está na escolha e utilização de palavras precisas: escrever pouco, mas com a noção exata do que se quer dizer, sem perder a qualidade do texto.
Noções Básicas de Argumentação Jurídica: Razões, provas e raciocínios coerentes
A argumentação é um dos elementos mais importantes da Ciência Jurídica, pois praticamente todas as atividades dos operadores do Direito envolvem, de alguma maneira, a apresentação de razões com o intuito de fundamentar, argumentar, justificar, convencer, persuadir o auditório de que aquilo que se afirma é válido e verdadeiro.
O que define um bom advogado ou jurista é sua capacidade de construir argumentos e manejá-los com habilidade.
a argumentação pressupõe a existência de uma linguagem em comum, isto é, de uma técnica que possibilite a comunicação entre os participantes e, por meio dessa linguagem comum (auditório), haverá um contato intelectual entre os participantes para que possa tentar persuadir o ouvinte da tese pretendida.
No que se refere à força de argumento, a conclusão ou a pretensão, pode ser afirmada com um grau de certeza maior ou menor, o que irá caracterizar a força do argumento.
Todo argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis. Observe a seguir.
1- Considerar esses contextos
2- Ater-nos aos fatos, às provas, às circunstâncias em que os fatos ocorreram;
3- Limitarmo-nos aos indícios, extraídos do caso concreto, sustentando a interpretação;
4- Precisarmos a argumentação nos limites impostos pelas fontes do direito.
Os argumentos podem ser avaliados da seguinte maneira:
Na prática forense, o operador do Direito busca sempre superar os argumentos contrários à sua tese, de forma a invalidar a tese contrária e, por isso, a argumentação constitui, em todos os sentidos, a principal ferramenta dos profissionais do Direito.
Por essa razão, o objeto da argumentação jurídica é visar à sustentação de uma tese, de tal modo que cada tese é passível de uma antítese, o que determina que as escolhas dos argumentos aspiram a superar ou a minimizar as fragilidades dos sentidos da linguagem e a reforçar os procedimentos de sustentação da tese, já que a verdade dos argumentos é sempre parcial, pois não há verdade absoluta (PERELMAN, 2000, p. 11).
Argumentação Jurídica: formulação de Tese(s) e Argumento(s)
Produzir um texto argumentativo equivale a inserir-se em um debate, em uma disputa de teses conflitantes. Ao argumentar a favor de uma determinada tese, estamos também, ao mesmo tempo, argumentando contra todas as possíveis teses contrárias. Em um texto argumentativo, portanto, o argumentador não apenas defende o seu ponto de vista, mas também ataca os pontos de vistas contrários.
É por isso que, nesse tipo de texto, estão presentes pelo menos estas duas vozes ou pontos de vista distintos:
· A voz do argumentador (que defende a tese apresentada no texto);
· A voz do seu adverso, que defende a tese contrária.
Caso concreto
Analisemos esta situação fática:
O cliente de um determinado hotel fica ferido porque, enquanto ele dormia, se soltou do teto um pedaço de gesso. Surge, então, a questão de se a administração do hotel se comportou negligentemente e deve, por isso, indenizar o cliente.
Cada uma das partes (o advogado do hotel e o do cliente) deve formular uma tese e desenvolver uma argumentação, que poderia ser assim sintetizada:
O laboratório de sismologia informa que no dia D à hora H se registrou um terremoto de baixa intensidade.
A partir do caso analisado, vamos, agora, conceituar com maior precisão ainda Raciocínio e Argumento.
RACIOCÍNIO
É uma operação mental, uma forma de reflexão ordenada e coerente que pode ser comunicada por uma expressão verbal. Caracteriza-se por um encadeamento lógico de proposições, que forma a matéria argumento.
ARGUMENTO
Significa convencimento, persuasão, refutação (negação), afirmação, declaração. É vocábulo que se usa para designar o raciocínio ou arrazoado, seja escrito ou oral, por meio do qual se quer tirar a consequência de uma ou mais proposições, isto é, em virtude do qual se procura provar, mostrar ou evidenciar a veracidade, procedência ou exatidão de afirmação feita, ou seja, da(s) tese(s) apresentada(s). O argumento tem a finalidade de defender a(s) tese(s) proposta(s) e a construir provas ou destruí-las.
Assim, argumentar é apresentar argumentos; aduzir os raciocínios que constituem uma argumentação; tirar ilações; deduzir, concluir.
Dessa maneira, os argumentos devem se basear em fatos (exemplos, comparações, ilustrações, decla­rações, narrações, citações). Também devem ser fundamentados os argumentos contrários à tese apresentada, momento este em que o argumentador passa à contestação ou à refu­tação da possível tese contrária àquela formulada por ele, para que sua argumentação se torne mais convincente e persuasiva, conforme já assinalado.
Ressaltamos que em muitos contextos argumentativos, um único bom argumento vale mais do que muitos argumentos melhores.
Construção dos Argumentos: Raciocínios Dedutivo e Indutivo
A Lógica estuda o silogismo ou argumento. Este possui formas próprias capazes de evidenciar que uma conclusão é derivada daquilo que fora estabelecido nas premissas ou proposições dadas anteriormente. Há duas formas de se proceder quando se pretende formar uma argumentação, são elas:
Silogismo ou Argumento Dedutivo
É aquele que procede de proposições cada vez mais universais para proposições particulares, proporcionando o que chamamos de demonstração, pois sua inferência (a conclusão extraída das premissas) é a inclusão de um termo menos extenso em outro de maior extensão.
Indutivo
Este é o segundo tipo de argumento. Ele procede de proposições particulares ou com termos relativamente menores do que os que estão na conclusão, e chega a termos mais universais ou mais extensos 
A vantagem da dedução é que todos os termos envolvidos nas premissas estabelecem relações que podem ser encontradas na conclusão. No entanto, suas premissas são indemonstráveis, pois isso nos levaria a uma regressão ao infinito.
Como transformar Fatos em Argumentos?
Todo discurso jurídico comporta necessariamente três valências:
DESCRITIVA
Refere-se à exposição dos fatos. Essas proposições estabelecem que algo é ou não é, quer dizer, que sucedeu algo que afetou uma coisa ou uma pessoa.
VALORATIVA
Refere-se à qualificação dos fatos que são transformados em argumentos por meio da interpretação. As proposições valorativas apreciam as pessoas e as condutas, qualificando-as de valiosas ou desvaliosas à luz do ordenamento jurídico e do contexto social. Consequentemente, as proposições e os juízos descritivos são proposições ou juízos racionais que se podem qualificar de verdadeiros ou falsos, acabando por ser o tópico basilar da argumentação forense.
Os valores, juridicamente considerados, não se confundem com os modismos nem com a comoção pública, pois estes são inconstantes. Ao contrário, os argumentos de valor impõem-se como instrumentos de estabilidade, demolindoconduta ultrapassada, em busca da vivificação e da efetivação do Direito e da forma mais justa, razoável e humana, por isso deve estar sempre interpretado à luz do contexto histórico político-social em que o homem está inserido.
NORMATIVAS
Refere-se ao Direito. Elas mandam, permitem ou proíbem as pessoas de fazer algo ou alguma coisa.
Vejamos as etapas para transformar um fato em argumento:
Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos
ARGUMENTO POR VÍNCULO CAUSAL OU CAUSA E CONSEQUÊNCIA
O tipo de argumento mais adequado para a introdução é o argumento por vínculo causal ou argumento de causa e consequência, que é muito elucidativo, porque contém as partes processuais envolvidas (autor e réu), nexo causal (conduta e resultado ou obrigação/dever e descumprimento da obrigação/inadimplência, por exemplo) e a tese a ser defendida. Esse tipo de argumento já esclarece toda a situação fática ocorrida entre as partes. O conector argumentativo adequado para esse tipo de argumento é o causal.
Afinal, não podemos nos esquecer de que situar o juiz sobre o assunto que o advogado irá desenvolver na Ação (processo) deve ser feita logo no parágrafo introdutório da argumentação para que haja maior clareza textual, motivando o juiz a ter interesse pela leitura da peça processual.
ARGUMENTO POR SENSO-COMUM
É o argumento que traz declarações aceitas pela maioria, sendo difícil combatê-las. No Direito, poucas teses específicas são de senso comum, porque a concordância quanto à interpretação da lei é rara. Ainda podemos dizer, segundo Rodriguez (2004, p.263), que essas declarações trazidas pelo argumento de senso comum não podem ser negadas pela parte contrária, pois são óbvias. Apesar, de parecer convincente, até porque não aceita réplica, esse argumento tem força de persuasão fraca, “pois seu alcance é por demais vago, obtuso” além de as duas partes do litígio poderem utilizá-la.
Dessa forma, para garantir a eficácia desse argumento, ele deve estar acompanhado de outros argumentos que lhe venham a dar sustentação. Nas demandas judiciais, o argumento de senso-comum funciona, dando mais ênfase ao texto, “como um recurso retórico”, sua utilização deve ser com o objetivo de reforçar o contexto do que se pretende. Caso contrário, a argumentação aproxima-se do lugar comum. O combate desse tipo de argumento pela parte contrária é feito, pedindo-se argumentações mais pertinentes ou exigindo comprovação de que houve “violação aos princípios aceitos por unanimidade”.
ARGUMENTO DE AUTORIDADE
Argumentar por autoridade significa trazer ao discurso a opinião de pessoa reconhecida em determinada área do saber, para que suas palavras funcionem como reforço à veracidade da tese que se apresenta. Quando o argumentante usa esse tipo de técnica, toma de empréstimo o conhecimento e o renome da autoridade citada e acrescenta-os a seu próprio discurso - por assim dizer, enchendo-o de razão. Por seu alto valor, o argumento de autoridade é um dos mais utilizados nos textos jurídicos, por meio da citação da doutrina, jurisprudência.
ARGUMENTO DE PROVA
A argumentação jurídica apresenta duas pretensões: comprovar os fatos e comprovar as consequências jurídicas advindas desses mesmos fatos.
Os argumentos que persuadem a respeito das ocorrências dos fatos de determinada forma são chamados de provas e elas só têm a capacidade de persuadir porque são transformadas pelos advogados das partes em argumentos de prova.
Todo argumento, entretanto, pode ser contestado; a parte adversa pode trazer outras arguições que busquem comprovar tese contrária.
Podemos contra-argumentar o argumento de prova de duas formas:
• Apresentar argumento que “diminua a força do valor pela parte contrária à prova que traz”;
• Apresentar outro elemento de convencimento “mais forte que a prova da parte adversa”.
Portanto, a prova é capaz de convencer quando elaborada como argumento de prova, se o advogado a transforma em argumentos convincentes e persuasivos.
ARGUMENTO DE CONCESSÃO: CONECTORES CONCESSIVOS E ADVERSATIVOS
Concessão, no sentido retórico do termo, é a aceitação de um argumento do adversário, que não se refuta, mas que se faz seguir de um argumento em sentido inverso, a partir do qual se conclui. É um tipo de manobra argumentativa muito utilizada na argumentação jurídica, por ser um meio persuasivo muito importante.
Concordando “aparentemente” com o adversário que sua tese é justa e pertinente, o advogado, de um lado, concilia-se com ele, de outro, torna-lhe menos penoso admitir os argumentos contrários a ele.
A concessão surge, assim, como um passo feito em direção ao adversário; ela é constitutiva de um ethos positivo (abertura, atenção para com o outro), mas para tirar a força da tese do adversário.
Esclarecemos, portanto, o fato de que o valor de concessão não é veiculado somente por estruturas com conectores que, tradicionalmente, são chamados de concessivos (embora, apesar de, mesmo que, ainda que), mas também pode ocorrer com conectores adversativos (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto).
ARGUMENTO POR ANALOGIA
É o argumento que pressupõe que se deve tratar algo de maneira igual, em situações iguais. As citações de jurisprudência são os exemplos mais claros do argumento por analogia, que é bastante útil porque o juiz será, de algum modo, influenciado a decidir de acordo com o que já se decidiu, em situações anteriores.
Atividades
Questão 1 - (Enade 2012)- No diálogo entre Calvin e seu pai reproduzido acima, a discussão das personagens pode ser relacionada a temas da filosofia do Direito. Assim, considerando-se uma suposta norma que houvesse instituído o mandato de pai:
A) a afirmação de Calvin acerca da necessidade de um novo pai suscita a questão da validade da norma.
B) a resposta do pai de Calvin, que nega o término de seu mandato, constitui questão referente à vigência da norma.
C) a afirmação do pai de Calvin sobre a impossibilidade de recontagem de votos evoca um problema de eficácia da norma.
D) a pergunta feita por Calvin sobre a autoria da “Constituição” levanta questões acerca da eficácia da norma.
E) a informação de que a mãe de Calvin teria participado na redação da “Constituição” evoca questão acerca da vigência da norma.
Questão 2 - (Enade 2012)- Chamamos de julgamento (isto é, a faculdade graças à qual dizemos que uma pessoa julga compreensivamente) a percepção acertada do que é equitativo. Uma prova disso é o fato de dizermos que uma pessoa equitativa é, mais que todas as outras, um juiz compreensivo, e identificamos a equidade com o julgamento compreensivo acerca de certos fatos. E julgamento compreensivo é o julgamento em que está presente a percepção do que é equitativo, e de maneira acertada; e julgar acertadamente é julgar segundo a “verdade”. ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Trad.: Mário da Gama Kury. 4. ed. Brasília: EDUnB, 2001, p. 121-123.
Na direção do que aponta o texto de Aristóteles, verifica-se que o ser humano, de modo constante, exerce a arte de julgar. Assim o faz em situações determinadas do cotidiano, decidindo acerca de suas condutas e das dos outros, analisando medidas e fatos e avaliando situações. Com o operador do direito não é diferente, mormente com magistrados, agentes responsáveis pela tomada de decisões nas relações processuais.
Com base nesse entendimento e no texto acima apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. A relação processual pressupõe o julgamento, o qual representa, para o magistrado, um agir com deliberações, uma vez que, ao decidir, esse operador jurídico se baseia na antecedente análise dos fatos e, de modo reflexivo, atinge o seu convencimento diante das provas apresentadas pelas partes no âmbito do processo.
PORQUE
II. Ao analisar os fatos apresentados na relação processual, o magistrado deve ser equânime e aproximar-se das partes envolvidas, para formar o seu convencimento com base nas opiniões por elas emitidas, o que lhe permite deliberar de modo mais sensato, justo e compreensivo com todos. A respeito dessas asserções, assinale a opçãocorreta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 3- No argumento por analogia defende-se que, se duas coisas são semelhantes em alguns aspetos, é provável que também sejam semelhantes noutros. Uma das premissas é uma analogia entre duas coisas, ou seja, apresenta semelhanças conhecidas entre elas.
Como podemos combater o argumento por analogia?
Resposta:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão 4 - O uso da jurisprudência ou doutrina é determinante e persuasivo como argumento de autoridade? Justifique.
Resposta:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão 5- Com base nos estudos feitos sobre ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA, a única alternativa CORRETA é:
A) É fundamental para o Direito enquanto ciência porque demonstra pontos de vista sem a interferência de outras ciências.
B) Pode ser considerada uma forma de exercício de poder diante daqueles que não dispõem da mesma capacidade argumentativa ou contra-argumentativa.
C) Não apresenta características peculiares em frente à argumentação geral, apesar da utilização de expressões próprias do Direito.
D) Pode ser realizada pelos mais diversos profissionais da área jurídica, cada qual com sua especificidade, mas é mais importante nos Pareceres e nas Petições Iniciais.
E) É a forma da máxima expressão da evidente supremacia intelectual dos juristas sobre profissionais de outras áreas do conhecimento.
Questão 6- Marque a única alternativa que NÃO condiz com o que se entende por ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA:
A) Uma teoria argumentativa, dentro das exigências atuais, necessita de se basear em determinadas estruturas formais com o objetivo de proporcionar razoabilidade e sistematicidade aos argumentos. Sendo assim, a estrutura argumentativa é entendida, como um processo, a fim de que possa persuadir um auditório universal; tendo em vista um acordo racionalmente motivado; cuja intenção seja fundamentar a pretensão de validez por meio de argumentos.
B) As descrições servem para a constatação de fatos que podem ser asseverados ou negados sob o aspecto de “verdade” de uma proposição: as orações normativas ou orações de dever que servem à justificação de ações, sob o aspecto de justiça de uma forma de atuar; as avaliativas ou os juízos de valor que servem à valoração de algo, sob o aspecto de adequação dos princípios e as regras normativas que servem para julgar, fundamentar os casos concretos.
C) “A compreensão requerida pelo Direito poderá ser realizada e apresentada concretamente, mediante o recurso técnico da argumentação, enquanto a argumentação, como instância dialógica, permite o exercício da liberdade, do confronto e do amadurecimento de ideias, em direção a uma solução jurídica nem certa nem errada, mas razoável”.
D) A hermenêutica atual deve fazer apenas a operação de subsunção m busca de uma justiça mais justa, equânime e razoável, embora na decisão dos casos mais com-plexos, chamados de casos difíceis, há que se encontrar critérios para lidar com os princípios e regras, evitando-se, assim, uma excessiva ênfase na vontade do juiz.
E) No contexto da Teria da Argumentação Jurídica, justificar uma decisão significa algo mais do que efetuar uma operação dedutiva que consiste em extrair uma conclusão a partir de premissas normativas e fáticas.
Questão 7 - Leia o fragmento a seguir:
O ex-governador Sérgio Cabral é suspeito de participar de esquema de desvios de dinheiro público em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.
“O juiz federal Sérgio Moro, em sua fundamentação, citou a atual situação de crise financeira do Estado do Rio de Janeiro para justificar a prisão do ex-governador Sério Cabral (PMDB), ocorrida em 17/11/16. Moro afirmou que seria uma afronta deixar que o investigado continuasse usufruindo dos recursos das supostas propinas.”
“Essa necessidade da prisão faz-se ainda mais presente diante da notória situação de ruína das contas públicas do Governo do Rio de Janeiro. Constituiria afronta permitir que o investigado persistisse fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes, inclusive com aquisição, mediante condutas de ocultação e dissimulação, de novo patrimônio, parte em bens de luxo, enquanto, por conta da gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele estado tamanhos sacrifícios, com aumento de tributos, corte de salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres", disse o juiz.
Fonte: //estaticog1.globo.com/2016/11/17/decisao-moro-prende-cabral.pdf
A partir do texto, como advogado do ex-governador Cabral, formule uma tese de defesa e construa um parágrafo argumentativo (4 a 6 linhas) que a sustente, fazendo uso de um dos tipos dos argumentos estudados nesta aula.
Resposta:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão 8- Leia a Ementa da decisão dada pelo TJ-RS e, em seguida, responda às questões propostas:
TJ-RS – Recurso Cível 71005227798 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 01/12/2015
Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E LUCRO CESSANTE. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. PROVA INSUFICIENTE PARA CONFIGURAR O DEVER DE INDENIZAR. Trata-se de ação por meio da qual o autor objetiva o pagamento de indenização a título de danos materiais, danos morais e lucros cessantes, pelo fato de ter passado em um elevado quebra mola, situado na BR 428, na cidade de Petrolina/PE, julgada improcedente na origem. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - Nas hipóteses de omissão do Poder Público, aplica-se a Teoria da Responsabilidade Civil Subjetiva, exigindo, então, a comprovação da falha do ente público no dever de agir, consubstanciada na não adoção de medida efetiva e eficaz a fim de impedir o resultado danoso. Precedentes doutrinários e jurisprudenciais. No caso concreto, o julgamento de improcedência se deu, principalmente, pelo reconhecimento de que o autor foi o único responsável pelo evento danoso, pois foi ele quem não adotou as cautelas necessárias ao conduzir o seu caminhão em velocidade não compatível com a permitida naquela rodovia, no qual ocorreu o sinistro, e que o conjunto probatório coligido nos autos limitou-se a demonstrarque o autor experimentou danos, entretanto não trouxe elementos de prova suficientes que indicassem a culpa dos réus. RECURSO INOMINADO DESPROVIDO (Recurso Cível Nº 71005227798, Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais, Relator: Niwton Carpes da Silva, Julgado em 26/11/2015).
a) Identifique na Ementa lida a Tese apresentada pela decisão do colegiado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, fazendo a transcrição dela.
b) Descreva os argumentos apresentados na Ementa pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que justificam o porquê do não acolhimento do PEDIDO do AUTOR.
Resposta:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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