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Estudo dirigido ZIKA VIRUS E CHIKUNGUNYA

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Universidade Federal de Uberlândia
UFU
Saúde Coletiva II:
Estudo dirigido sobre Zika Vírus e Chikungunya
Uberlândia – MG
2018
· O que é?
O Zika Vírus é do gênero Flavivírus e o Chikungunya é uma infecção causada por um arbovírus do gênero Togaviridae, ambos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. O Chikungunya também pode ser transmitida pelo Aedes albopictus.
· Sintomas
Os sinais de infecção pelo Zika Vírus começam a partir de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A maior parte dos indivíduos, cerca de 80%, após se infectar, não desenvolverá qualquer sintoma da doença. Os sintomas de Zika Vírus, quando presentes, são:
· Febre baixa (entre 37,8 e 38,5ºC)
· Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
· Dor muscular (mialgia)
· Dor de cabeça e atrás dos olhos
· Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés;
· Conjuntivite: quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas que não ocorre secreção.
Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem:
· Dor abdominal 
· Diarréia
· Constipação
· Fotofobia
· Pequenas úlceras na mucosa oral
Os sintomas do Chikungunya são parecidos com o do Zika. São eles:
Fase aguda
· Febre alta, igual ou superior a 39ºC, que surge de maneira repentina e tem duração de 2 a 3 dias
· Dor e inchaço intensos nas articulações, que podem afetar os tendões e ligamentos em mais de 90% dos casos
· Manchas vermelhas na pele, que surgem no corpo todo após 2 a 5 dias do início da febre, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés
· Dor nas costas (dorsalgia) e nos músculos em geral
· Coceira por todo o corpo, podendo haver descamação da pele
· Fadiga extrema
· Hipersensibilidade a luz 
· Dor de cabeça constante
· Vômito, diarréia, dor abdominal
· Calafrios
· Vermelhidão nos olhos
· Dor intensa atrás dos olhos
Em raros casos, distúrbios neurológicos também já foram notificados, como a síndrome de Guillain-Barré.
Fase Crônica
· Artrite de longo prazo
· Dores musculoesqueléticas de longa duração
· Juntas doloridas
· Artralgia
· Dores musculares, dores articulares e astenia (tipo de fraqueza orgânica)
· Transmissão
Zika Vírus: o contágio principal se dá pela picada do mosquito que, após se alimentar com sangue de alguém contaminado, pode transportar o ZKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika causar sintomas.
A transmissão raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16ºC, sendo que a temperatura mais propícia gira em torno de 30 a 32ºC – por isso ele se desenvolve preferencialmente em áreas tropicais e subtropicais.
Chikungunya: é transmitido através do mosquito Aedes aegypti (mesmo mosquito transmissor da dengue e do zika) e também do Aedes albopictus. Embora façam parte da mesma espécie, os dois mosquitos apresentam algumas diferenças entre si:
	
· Aedes aegypti: vive em áreas urbanas e a fêmea alimenta-se, de preferência, de sangue humano. Suas larvas são encontradas normalmente em depósitos artificiais, como pratos de vasos, lixo acumulado, pneus e garrafas com água parada.
· Aedes albopictus: presente principalmente em áreas rurais, suas larvas são encontradas em depósitos naturais, como buracos em árvores e cascas de frutas. Porém, isso não impede com que recipientes artificiais abandonados em florestas também não sirvam como criadouros do mosquito.
Após a picada, o vírus pode apresentar os sintomas entre 4 a 8 dias (tempo de incubação).
· Diagnóstico
Zika vírus e Chikungunya: pode ser feito apenas através dos sinais e sintomas em regioes onde sabidamente há circulação da doença e/ou por exames laboratoriais específicos.
Os exames laboratoriais atualmente estão mais disponíveis, e são basicamente de 3 tipos:
· Isolamento viral: técnica complexa, normalmente restrita a laboratórios de pesquisa
· RT-PCR: detecção do material genético do vírus, usualmente realizada nos primeiros dias de doença
· Sorologia: com vários métodos disponíveis, podendo ser realizada mesmo depois do RT-PCR ter se tornado negativo. A sorologia pode apresentar reações cruzadas, ou seja, resultados falsos positivos em pessoas com dengue e pessoas vacinadas para febre amarela.
· Vacina
Infelizmente, ainda não há nenhum tipo de vacina contra o Zika vírus e Chikungunya. Apenas métodos de prevenção, como: uso de telas nas janelas, não deixar água parada e o uso de repelentes de insetos.
· Distribuição mundial
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 58 países e territórios reportaram a transmissão do vírus Zika pelo mosquito Aedes aegypti dos quais 45 relataram o primeiro surto do vírus a partir de 2015 e outros 13 apontam evidências da transmissão do micro-organismo entre 2007 e 2014.
Durantes os últimos 50 anos foram documentadas varias reemergências de Chikungunya na África e na Ásia, com intervalos irregulares de 2 a 20 anos entre surtos. Em 2004, a chikungunya reemergiu no Quénia. Em 2007, na Itália, ocorreu o primeiro surto registrado. Em 2014 identificou-se a febre de chikungunya em 40 países.
· Casos no Brasil
Zika vírus: a transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirmação laboratorial no município de Camaçari (BA). A região Sudeste teve 35.505 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (30.286); Centro-Oeste (17.504); Norte (6.295) e Sul (1.797). Considerando a proporção de casos por habitantes, a regiao Centro-Oeste fica à frente, com incidência de 113,4 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (53,5); Sudeste (41,4); Norte (36,0); Sul (6,1).
Chikungunya: os primeiros casos confirmados no Brasil, em 2010, referem-se a dois pacientes do sexo masculino (de 41 e 55 anos, em São Paulo) que apresentaram os sintomas depois de uma viagem à Indonésia. A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.
Em junho de 2014 foram confirmados seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti. Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, no dia 15 de outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Em 2015, foram registrados 4.890 casos prováveis. Apenas os estados do Rio de Janeiro e do Mato Grosso não notificaram casos suspeitos em 2016. O nordeste concentra a maior parte de doenças (11.170), seguido pela região Norte (1.108) e Sudeste (769). No Sudeste, São Paulo é o campeão no número de notificações: 653. 
· Outros aspectos relevantes
Uma gestante pode transmitir o ZKV para o feto durante a gravidez e essa forma de transmissão esta relacionada a ocorrência de microcefalia e outros problemas cerebrais graves do feto, além disso, alterações articulares, oculares e outras má formações vem sendo relacionadas a transmissão do ZKV da mãe para o feto.
O Zika vírus pode ser transmitido através de relação sexual de uma pessoa com Zika para os seus parceiros ou parceiras, mesmo que a pessoa infectada não apresente os sintomas da doença. Existem estudos em andamento para descobrir por quanto tempo o ZKV permanece no sêmen e nos fluidos vaginais das pessoas contaminadas e por quanto tempo ele pode ser transmitido aos parceiros sexuais. No sêmen, alguns trabalhos científicos relatam um longo tempo de permanência do ZKV, mesmo muito depois do desaparecimento dos sintomas.

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