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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFANOR WYDEN – CAMPUS DUNAS DISCIPLINA: CITOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA PROFª LUANA SILVA KARLA INGRYD SOUZA DA SILVA - 2010115400 NICOLE MOTA DE FARIAS NEVES - 2010112044 ROSA ADYLLA DE SÁ TORRES - 2010114866 SARANA MARIA DE ABREU MARTINS - 201011203 VITORIA MARIA ALMEIDA DA ROCHA - 2010114863 EMBRIOLOGIA NA ATUALIDADE: REPRODUÇÃO ASSISTIDA FORTALEZA, CE 2020 A reprodução humana assistida consiste no conjunto de técnicas que contribuem para a solução dos problemas de infertilidade, sejam eles em homens ou em mulheres. A reprodução assistida se tornou importante para a evolução da saúde como um todo a partir do momento em que no ano de 1978 (25 de Julho de 1978) nasceu o primeiro bebê gerado por fertilização in vitro, conhecido popularmente como “1º Bebê de Proveta”. Com isso, portas foram abertas e diversas possibilidades surgiram para que houvesse um avanço científico que levou a modernização e reforço aos métodos de fertilização existentes, sendo eles: - Inseminação artificial: é a mais conhecida e antiga nesse meio. Consiste na fertilização dentro do corpo da mulher, ou seja, o espermatozoide é implantado no óvulo sem que haja relação sexual; - Fertilização in vitro: é um processo em que o ovócito e o espermatozoide são fecundados fora do corpo, após isso, gerado o embrião, ele é implantado no útero. Vale ressaltar que esse tratamento geralmente é realizado quando outros tratamentos tenham falhado; - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides: acontece quando os espermatozoides não conseguem fertilizar os óvulos da forma natural (relação sexual). Nesse caso, um único espermatozoide é implantado/injetado diretamente em um óvulo. Segundo fontes bibliográficas – a título de curiosidade, essa técnica é considerada mais eficaz que a fertilização in vitro; - Relação sexual programada: nesse método a mulher faz um tratamento hormonal com para estimular o desenvolvimento folicular. Quando o folículo atinge o tamanho ideal, a mulher consome outro hormônio para induzir a ovulação. Após a indução da ovulação, o casal deverá manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, cerca de 36 horas após a indução; * Técnica não indicada e eficaz em todos os casais. - Transferência intratubária de gametas: é um procedimento em que os óvulos são coletados do mesmo modo que em in vitro, após o preparo em laboratório e a união dos espermatozoides, os óvulos são recolocados na tuba uterina por meio de videolaparoscopia; - Transferência intratubária de zigoto: semelhante ao procedimento descrito acima, este acontece ao ocorrer de fato a fertilização para a transferência intratubária dos embriões por meio de videolaparoscopia; * Os dois últimos métodos citados atualmente estão sendo considerados em desuso por apresentarem resultados similares à fertilização in vitro e apontar risco cirúrgico. Nos dias de hoje, devido à ascensão tecnológica na ciência é possível que haja manipulação de gametas e pré-embriões para que não possuam doenças hereditariamente transmissíveis, conhecida também por ser uma técnica para escolher o embrião mais forte, método esse chamado de Diagnóstico Genético Pré - Implantacional. Essa inovação possibilita que doenças que são consideradas hereditárias, ou seja, passa dos pais para os filhos, sejam diagnosticadas ainda no embrião e modificadas no intuito de ser gerado um embrião saudável. A reprodução humana assistida ainda gera discussão no âmbito das leis, pois ainda não há normatização e leis específicas no Brasil referente a esse assunto tão amplo e complexo. Em 2017 foi feita a resolução CFM nº 2168, dá o direito de doação de óvulos, que garante o anonimato de doadores, sendo ele rompido apenas em caso de doença e somente para a equipe médica responsável. Outra mudança foi o tempo de armazenamento de embriões, que era de cinco anos e passou para três anos. Entre diversas alterações, mais uma é de que filha e sobrinha agora podem ceder temporariamente seus úteros, já que antes só era permitido a mãe, avó, prima, tia e irmã. Um fato importante que pouco se fala é de que o SUS pode custear esse tratamento, pois infertilidade é considerada uma doença já que está classificada no CID-10 e saúde no Brasil é um direito concedido ao cidadão e estar na Constituição. Outro ponto é que por ser um tratamento de alto valor econômico, nem todos podem pagar por ele, sendo assim, até mesmo quem tem plano de saúde pode ter esse tipo de procedimento negado. Tendo como única opção recorrer judicialmente contra o plano de saúde ou contra o Estado para que assim possa ser custeado pelo SUS. • Curiosidades sobre Reprodução Humana Assistida: - Em 2010, o criador do método de fertilização in vitro, Robert G. Edwards recebeu o prêmio Nobel de Medicina por essa técnica, além de ser considerado um dos ‘pais’ da reprodução assistida; - No dia 25 de Julho é comemorado o Dia Internacional do Embriologista; - Segundo a Anvisa, em 2018 foram realizados 43.098 ciclos, aumento de 18,7% em comparação a 2017; - A Dinamarca é o país que tem a maior proporção de bebês nascidos por meio de reprodução assistida no mundo. Cerca de 10% de todos os nascimentos do país envolvem alguma técnica; • Referências Bibliográficas: - Artigo científico: ▪ “REPRODUÇÃO ASSISTIDA: a evolução da ciência no campo da reprodução humana”; Iris Penna Rodrigues Rêgo, Lívia Pena Ferreira, Fabiano Uba Azevedo, Rafaela Ferreira França; Revista Saúde em Foco – Edição nº11 – Ano: 2019; - Demais referências: ▪ YouTube: “STJ Notícias #199 – Reprodução Assistida (17/03/2018)", a partir do oitavo minuto até o vigésimo minuto; ▪ Site fertilidade.org – Clínica de Fertilidade e Reprodução Humana: Reprodução assistida; Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides; ▪ Site fertilidade.org: PDF gratuito “Tratamentos em Reprodução Humana”; ▪ Site febrasgo.org.br – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia: “Conselho Federal de Medicina atualiza as normas para Reprodução Assistida Resolução n°2.168/2017; ▪ Site portal.cfm.org.br – Conselho Federal de Medicina: “REPRODUÇÃO ASSISTIDA: CFM anuncia novas regras para o uso de técnicas de fertilização e inseminação no País”; ▪ Site nilofrantz.com.br – Nilo Frantz Medicina Reprodutiva: Atualidades e Blog; ▪ Site bbc.com – BBC News | Brasil: “Por que a reprodução assistida é tão popular na Dinamarca”;
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