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ABSENTEÍSMO TCC RIO DOCE

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE 
 Curso de Especialização 
 MBA Gestão Integrada da Qualidade 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO IMPACTO DO ABSENTEÍSMO EM UMA 
EMPRESA DO SEGMENTO FINANCEIRO 
 
 
 
Bruna Aiala de Barros 
Carlos Augusto Pinheiro de Carvalho 
Nicolina Martins Barbosa 
Jackson Duarte Silva 
 
 
 
 
Governador Valadares 
Janeiro / 2009 
 
 
 
Bruna Aiala de Barros 
Carlos Augusto Pinheiro de Carvalho 
Nicolina Martins Barbosa 
Jackson Duarte Silva 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO IMPACTO DO ABSENTEÍSMO EM UMA 
EMPRESA DO SEGMENTO FINANCEIRO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, como 
requisito parcial à conclusão do curso MBA Gestão 
Integrada da Qualidade, da Universidade Vale do Rio 
Doce (UNIVALE). Orientador: Jaqueline Martins de 
Carvalho Vasconcelos. 
 
 
 
 
 
Governador Valadares 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Todo Ser humano que tem a sensibilidade de ver e reconhecer JESUS na sua 
história de vida é por conseqüência naturalmente feliz." 
 
Jackson Duarte 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao Sicoob Crediriodoce que acreditou na capacidade de seus colaboradores 
oferecendo ferramenta para melhoria profissional. 
 
Análise do Impacto do Absenteísmo em uma Empresa do 
Segmento Financeiro. 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do 
curso de Pós Graduação lato sensu MBA Gestão Integrada da 
Qualidade da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE). 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 RESUMO 
 
 
O absenteísmo tem muito a ver com as condições de trabalho encontradas nas 
empresas. O estilo de liderança e controle, a repetitividade das tarefas, o ambiente 
de trabalho e a falta de integração entre os colaboradores, podem levar a 
desmotivação, o desestímulo e conseqüentemente provocam o impacto na 
assiduidade ao trabalho. A freqüência de pequenos acidentes provocados pela 
sobrecarga de rotina, excesso de horas extras, impropriedade de horários, as metas 
difíceis de alcançar, a insatisfação gerada pela exigência das chefias e as altas 
rotatividades nas empresas são consideradas fatores desencadeantes do 
absenteísmo. 
 
A maioria das empresas tem arcado um custo muito alto pela falta de assiduidade de 
seus colaboradores, gerando atrasos na produção, custo maior no produto final 
devido às horas extras, menor margem de lucro, perda de motivação dos demais 
profissionais, atraso na entrega gerando insatisfação do cliente, remanejamento de 
mão-de-obra na produção, influência na qualidade da produção devido à falta de 
mão-de-obra e perda de tempo gerencial na gestão do problema. 
 
Algumas causas do absenteísmo podem ser atribuídas exclusivamente à decisão 
individual/pessoal do trabalhador, quanto à insatisfação e, por conseqüência, a baixa 
motivação para o trabalho, às quais podem estar vinculadas à organização do 
trabalho (sobrecargas). A satisfação do funcionário é algo indispensável à 
organização. Portanto, as empresas devem sempre buscar novos incentivos e novas 
formas de gerenciamento para que as empresas tenham com isso certa vantagem 
competitiva e como conseqüência direta, um retorno significativo. 
 
 Palavras-chave: Assiduidade, Motivação, Desempenho, Liderança, Gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 ABSTRACT 
 
 
The absenteeism has much to see with the found conditions of work in the 
companies. The style of leadership and control, the repetition of the tasks, the 
environment of work and the lack of integration between the collaborators, can take 
the desmotivation I discourage, it and consequently they provoke the impact in the 
assiduity to the work. The frequency of small accidents provoked for the routine 
overload, excess of overtime, impropriety of schedules, the difficult goals to reach, 
the insatisfation generated for the requirement you command of them and the high 
rotations in the companies are considered desencade factors of the absenteeism. 
 
The majority of the companies has arcades a very high cost for the lack of assiduity 
of its collaborators, having generated delays in the production, bigger cost in end 
item the had to the overtime, lesser edge of profit, loss of motivation of the 
excessively professional ones, delay in the delivery generating insatisfation of the 
customer, of man power in the production, influence in the quality of the production 
due to man power lack and loss of managemental time in the management of the 
problem. 
 
Some causes of the absenteeism can be attributed personal to the individual 
decision/of the worker, how much to the insatisfation and, for consequence, low the 
motivation for the work exclusively, which can be entailed to the organization of the 
work (overloads). The satisfaction of the employee is something indispensable to the 
organization. Therefore, the companies must always search new incentives and new 
forms of management so that the companies have with this certain competitive 
advantage and as direct consequence, a significant return. 
 
Word-key: Assiduity, Motivation, Performance, Leadership, Management. 
 8 
AGRADECIMENTOS 
 
Nossos sinceros agradecimentos a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, 
colaboraram para a execução deste trabalho, em especial: 
♦ A Nosso Senhor pela oportunidade e pelo privilégio que nos foram dados em 
compartilhar tamanha experiência e, ao freqüentar este curso perceber e atentar 
para a relevância de temas que não faziam parte, em profundidade, das nossas 
vidas. 
♦ Aos Professores, Alex Barboza Tittoto, Moacir Porto Ferreira, Geraldo Guimarães 
Tanure, Adriana de Oliveira Leite Coelho, Marle Ferrari, Cláudia Gonçalves 
Pereira pelo incentivo, simpatia, dedicação e entusiasmo demonstrado ao longo 
do curso. 
♦ Especialmente a Professora Jaqueline Martins de Carvalho Vasconcelos, pelo seu 
espírito inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos. 
♦ Aos demais idealizadores, coordenadores e funcionários da Universidade Vale do 
Rio Doce. 
♦ Aos colegas de classe pela espontaneidade e alegria na troca de informações e 
materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade 
♦ Às nossas famílias pela paciência em tolerar nossa ausência. 
♦ Ao Sicoob Crediriodoce, pelo apoio, credibilidade e confiança depositada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
SUMÁRIO
 
RESUMO ........................................................................................................................................................ 6 
ABSTRACT.................................................................................................................................................... 7 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 10 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 13 
2.1 ASPECTOS GERAIS ............................................................................................................................ 13 
3 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL .......................................................................................... 16 
3.1 CONCEITOS ......................................................................................................................................... 16 
3.2 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 17 
3.3 RESULTADOS ...................................................................................................................................... 18 
3.4 PROJETO ............................................................................................................................................. 20 
3.4.1 ERGONOMIA ....................................................................................................................................20 
3.4.2 STRESS ............................................................................................................................................... 26 
3.4.3 GINÁSTICA LABORAL ................................................................................................................... 29 
3.4.4 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ......................................................................................................... 32 
3.4.5 SALAS DE DESCANSO .................................................................................................................... 37 
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................................................... 39 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 40 
ANEXO A ..................................................................................................................................................... 41 
ANEXO B ..................................................................................................................................................... 44 
ANEXO C ..................................................................................................................................................... 48 
ANEXO D ..................................................................................................................................................... 61 
ANEXO E ..................................................................................................................................................... 63 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No campo empresarial, chama-se de absenteísmo a falta ao trabalho por inúmeras 
razões: doenças, acidentes de trabalho, direitos legais (doação de sangue, 
participação em júris ou eleições, licença maternidade, entre outros.), fatores sociais 
(doença de familiares), fatores culturais (emendar feriados, feriados religiosos e não 
oficiais) e a falta não justificada. 
 
O absenteísmo excessivo não só impede cumprimento das metas propostas, 
causando dificuldades operacionais, como desintegra a equipe de trabalho e traz 
desconforto para instituição, uma vez que a empresa tem que recolocar um 
funcionário que realiza determinadas funções, para realizar tarefas que não 
competem com suas responsabilidades. 
 
Assim, do ponto de vista do empregador, é necessário reconhecer que as ausências 
trazem transtornos à instituição, acarretam problemas para a organização do 
trabalho e a assistência prestada ao cliente, bem como provocam sobrecarga de 
trabalho para os presentes, sendo um indicativo de “problemas de saúde” dos 
trabalhadores e das políticas de recursos humanos, que passam a merecer 
avaliação mais criteriosa por parte da empresa (GODOY, 2001; ROBAZZI et al., 
1990). 
 
Portanto, a disposição para mensurar os índices de absenteísmo partiu da 
necessidade de se conhecer o impacto que a ausência do funcionário causaria 
sobre a instituição e ainda, com o objetivo de analisar índice de absenteísmo dos 
profissionais de uma cooperativa de crédito de Governador Valadares, situada no 
Estado de Minas Gerais e sua relação com os sistemas de administração de 
Recursos Humanos, no intuito de detectar possíveis problemas que possam existir, 
a fim de sugerir a implantação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança 
Ocupacional (OHSAS 18001:2007). 
 
A série de avaliação de saúde e segurança ocupacional OHSAS 18001 foi projetada 
para ajudar as organizações a formularem políticas e metas de saúde e segurança 
11 
 
ocupacional. A série inclui a norma 18001 e diretrizes para a implementação da 
OHSAS 18001. A norma se aplica a qualquer organização que queira adotar uma 
abordagem pró-ativa para a gestão dos riscos à saúde e segurança ocupacional. 
 
A OHSAS 18001 mede seus sistemas de gestão em várias dimensões. A 
abrangência da aplicação vai depender de fatores como da política de saúde e 
segurança ocupacional da organização, a natureza de suas atividades, e as 
condições sob as quais opera. 
 
Um sistema de gestão bem sucedido deve se fundamentar em: uma política de 
segurança e saúde apropriada para a companhia; identificação dos riscos e 
exigências legais de saúde e segurança ocupacional; objetivos, metas e programas 
que assegurem o aperfeiçoamento contínuo; atividades de gestão que controlem os 
riscos de saúde e segurança ocupacional; monitorar o desempenho do sistema de 
saúde e segurança ocupacional; e revisões, avaliações e aperfeiçoamentos 
contínuos do sistema. 
 
A OHSAS 18001:2007 substituiu a OHSAS 18001:1999, onde foram introduzidas 
diversas mudanças significativas neste novo Manual da Coleção Risk Tecnologia 
desde a primeira edição de 1999. As mudanças refletem a vasta utilização e 
experiência com a OHSAS 18001 em mais de 80 países, através de 16.000 
organizações certificadas. 
 
Dentre as alterações efetuadas na norma, foi dada uma ênfase maior à "Saúde" do 
que somente à "Segurança", além da expressiva melhoria no alinhamento da nova 
norma à ISO 14001:2004 (para permitir às organizações o desenvolvimento de 
"Sistemas Integrados de Gestão"). Outras alterações: A OHSAS 18001 agora se 
autodenomina uma norma, e não uma especificação ou documento como na edição 
anterior, o que reflete o aumento da adoção da OHSAS 18001 como base de 
normas nacionais para sistemas de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho; o 
diagrama do modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-Verificar-Agir) 
somente é apresentado na Introdução, em sua íntegra, e não em partes 
segmentadas, no início de cada seção principal; foram adicionadas definições novas 
http://loja.risktecnologia.com.br/REF-22-Sistemas-Integrados-de-Gestao-PAS-99-2006
12 
 
e as definições existentes foram revisadas; aumento da compatibilidade com a ISO 
9001:2000; foi introduzido um novo requisito para que seja considerada a hierarquia 
dos controles como parte do planejamento da SST; gestão de mudanças é agora 
tratada de maneira mais explícita; foi incluída uma nova seção sobre “Avaliação de 
Compliance”, ou seja, “Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros”; foram 
introduzidos novos requisitos para a participação e consulta; e foram incluídos novos 
requisitos para a investigação de incidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 – Aspectos Gerais 
 
Após verificar um grande número de reclamações de alguns gestores de equipes 
pelo alto índice de atestados médicos e falta de seus funcionários, foi identificado à 
necessidade de mensurar o real impacto do absenteísmo na organização. 
 
A partir do momento que o trabalho torna-se uma obrigação, deixando de ser um 
recurso, diminui-se o comprometimento dos funcionários com as organizações em 
que estes trabalham. É nesse fenômeno que reside um dos fatores que conduzem à 
disfunção social no local de trabalho. 
 
Os custos pagos pelas empresas são altos como, indenizações trabalhistas, 
benefícios de assistência médica, absenteísmo, licenças de saúde e fraudes 
cometidas por empregados, sem mencionar as perdas provocadas por erros e 
retrabalho. O que justifica, em algumas situações, a necessidade das organizações 
adotarem políticas de recompensas para minimizar o absenteísmo. 
 
Os planos de incentivo criam um ambiente operacional que defende uma filosofia de 
comprometimento, acreditando-se que os indivíduos contribuem para o desempenho 
e para o sucesso de uma empresa. Por isso que os benefícios devem atender tanto 
aos interesses da organização quanto aos dos indivíduos. Os objetivos das 
organizações são satisfeitos, à medida que garante baixos índices de rotatividades e 
ausências, boa qualidade de vida de seus funcionários e redução do estresse. Isso 
torna a empresa maiscompetitiva. 
 
O absenteísmo como um todo, e principalmente por motivo de doença, é apenas um 
sintoma de que algo não vai bem na relação trabalhador/trabalho. 
 
Em recente artigo assinado pelo jornalista Francis Willians, no Financial Times, e 
reproduzida pela Gazeta Mercantil em sua sessão TRABALHO, edição de 10 de 
junho de 1999, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a OIT (Organização 
14 
 
Internacional do Trabalho) alertam para o fato da globalização poder aumentar a 
incidência de doenças e acidentes de trabalho. 
 
Menciona a impressionante estatística da OIT: as doenças e os acidentes 
relacionados ao trabalho matam anualmente 1,1 milhão de pessoas em todo o 
mundo. Neste número estão incluídos cerca de 300 mil óbitos decorrentes de 250 
milhões de acidentes de trabalho, além de mortes por doenças ocupacionais 
diversas. O artigo termina mencionando que segundo as duas organizações, o custo 
das doenças e dos acidentes de trabalho chegaram a cerca de quatro por cento da 
produção mundial em 1997. 
 
Nos Estados Unidos, o foco da gestão empresarial é moldado em custos e retorno 
sobre os investimentos, o que leva as autoridades, empresários, associações, 
sindicatos a trabalharem pela redução das doenças e acidentes de trabalho com 
este objetivo. Como conseqüência, persegue-se a diminuição do número de 
incidentes. Sabemos que, quando se trata de reduzir custos, todos acordam e 
começam a fazer alguma coisa. A América do Norte nos serve de referência, pois o 
assunto "segurança ocupacional" é tratado realmente como um investimento. 
Existem, inclusive, cálculos sobre o retorno no investimento nestas áreas. Os 
acionistas estão conscientes de que a segurança no trabalho deve ser tratada como 
um assunto tão importante quanto a alimentação de seus colaboradores. 
 
No Brasil, apesar do esforço das autoridades governamentais em se ter pelo menos 
números reais para se trabalhar, as estatísticas muitas vezes são pouco confiáveis. 
Sabe-se que somos campeões mundiais de acidentes de trabalho e doenças 
ocupacionais, mas pouco se fala dos custos associados a estas ocorrências. Grande 
parte do empresariado ainda peca na tentativa de baixar os custos justamente 
naquilo que deveria se investir mais, como na prevenção, programas de diminuição 
de doenças ocupacionais, uso de EPI´ s eficientes e postos de trabalho 
ergonômicos, a fim de aumentar seus lucros. Ao invés de procurar cumprir ou burlar 
a lei, deveriam se preocupar com custos direcionados ao investimento, a fim de se 
prepararem melhor para a competição globalizada. 
15 
 
 
As condições de vida fora do ambiente de trabalho também devem ser levadas em 
conta e os resultados para os brasileiros podem ser gratificantes tanto quanto foram 
para os americanos. A grande maioria de nossos trabalhadores mora mal, depende 
de um transporte coletivo péssimo, não tem atividades de lazer e várias outras 
coisas. 
 
Ao investir em condições de maior conforto (no sentido ergonômico) do posto de 
trabalho, em treinamento para prevenção de doenças e lesões ocupacionais, a 
empresa ganhará com o aumento da produtividade. A melhoria do ambiente de 
trabalho pode proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores além 
dos muros das empresas. 
 
Espera-se que este estudo possa embasar futuras intervenções nas situações e 
condições de trabalho. Dessa forma, julgou-se pertinente a realização desta 
pesquisa, de modo a dar visibilidade ao absenteísmo, nas cooperativas de crédito de 
todo o Brasil. 
 
Este instrumento de estudo buscou identificar o impacto do absenteísmo em uma 
cooperativa de crédito, motivado pelo interesse da empresa em melhorar sua 
qualidade de serviços internos em relação a sua política de Recursos Humanos, 
devido ao alto índice de ausências constatadas no ano de 2007 e 2008, bem como a 
rotatividade de pessoas, bem como, sugerir a Implantação um Sistema de Gestão 
da Saúde e Segurança Ocupacional (OHSAS 18001:2007) no intuito de reduzir o 
índice de absenteísmo. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
3 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL 
3.1 - Conceitos 
 
Um Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional demonstra a sua 
determinação em proteger os seus funcionários e o meio-ambiente de incidentes 
prejudiciais. O firme compromisso da empresa com a proteção da saúde e a 
segurança de seus colaboradores é um fator diferencial no mercado competitivo. 
 
Implementar um Sistema de Gestão vai ajudar a controlar a Segurança Ocupacional 
e seus riscos de segurança, e a melhorar o desempenho da empresa. Este sistema 
ajuda a proteger o seu mais importante ativo – seus colaboradores. Cuidar da 
segurança de seus colaboradores pode igualmente melhorar a imagem da empresa 
e atrair o pessoal mais qualificado do mercado. 
 
Permite controlar os riscos à saúde e segurança ocupacional, bem como melhorar o 
desempenho do negócio, fazendo dele um lugar seguro para os empregados atuais 
e um lugar atraente para os futuros. Assegura também de que se está cumprindo a 
lei. Distanciar-se dos processos habituais e observá-los com distanciamento 
proporciona uma perspectiva geral que tornará seus programas de saúde e 
segurança ocupacional mais fáceis de gerenciar, avaliar e melhorar. É a primeira 
etapa na jornada para o aperfeiçoamento contínuo da empresa. 
 
Este sistema de gestão proporcionar uma estrutura que permite: 
• Identificar os danos e avaliar os riscos no seu ambiente de trabalho. 
• Desenvolver métodos para eliminar perigos e riscos. 
• Implementar medidas para avaliar aperfeiçoamentos posteriores e fortalecer a 
capacidade da sua organização de cumprir objetivos estratégicos. 
 
Cada empresa tem processos operacionais que são críticos para seus objetivos 
estratégicos. O aperfeiçoamento da empresa depende de sua capacidade de 
descobrir forças, fraquezas, e oportunidades de aperfeiçoamento. 
17 
 
 
Com um sistema efetivo, haverá redução: 
• A quantidade de acidentes, através da prevenção e controle dos perigos dos 
locais de trabalho. 
• O risco de acidentes graves. 
• Perdas materiais causadas por acidentes e interrupções de produção. 
• Custos com seguros, assim como os custos por faltas dos empregados. 
 
A ação para proteger os empregados resulta em uma força de trabalho com mais 
entusiasmo. Também garante aos clientes que você está trabalhando ativamente 
para assegurar que as suas operações são seguras, não apenas para os seus 
empregados, mas também para o ambiente ao redor. 
 
3.2 – Metodologia 
 
Para identificar o índice de absenteísmo foi realizada uma coleta de dados do 
número de faltas dos funcionários no ano de 2007 e 2008. Tal ação teve por 
finalidade avaliar o impacto do absenteísmo na instituição. 
 
Neste trabalho utilizaram-se as recomendações do Subcomitê de Absenteísmo da 
Sociedade Internacional de Saúde Ocupacional (ANEXO A), abordando os índices 
de freqüência, gravidade, percentual de absenteísmo e duração média das 
ausências, como índices de absenteísmo, representados pelas fórmulas: 
 
Taxa de Freqüência = N° de casos 
 Efetivo 
 
Taxa de Gravidade = Dias Perdidos 
 Efetivo 
 
Percentual de Absenteísmo = Dias Perdidos X 100 
 Dias Trabalhados 
 
18 
 
Duração média das ausências = Dias Perdidos 
 N° de casos 
Também foi aplicado um teste, que foi elaborado pela CPH Tecnologia em Saúde, 
empresa voltada para o desenvolvimento de projetos na área de promoção de saúde 
e qualidade de vida, possibilitando uma avaliação do nível de qualidade de vida dos 
colaboradores. (ANEXO B) 
 
A população estudada foi composta pelos colaboradores de uma Cooperativa de 
Crédito, sendo representada por todas as suas 17 (dezessete) agências localizadas 
no Vale do Rio Doce, estado de Minas Gerais e os dados de absenteísmo foramfornecidos pela Gerência de Recursos Humanos. 
 
3.3 – Resultados 
 
Os resultados referentes às análises são apresentados sob a forma de tabelas e 
gráficos, o que não permite qualquer tipo de identificação dos participantes da 
pesquisa. 
 
Ao analisar os afastamentos ocorridos no período de 2007 a 2008, notaram-se 
algumas mudanças no comportamento do absenteísmo na empresa, expresso 
também por alterações nos números que compõem esses índices. Houve queda 
praticamente constante em alguns números (TABELA 1). 
 
Ocorreram 128 (cento e vinte e oito) afastamentos no período considerado, 
totalizando 1228 (mil, duzentos e vinte e oito) dias. Esses afastamentos e 
respectivos números de dias foram produzidos por 184 (cento e oitenta e quatro) 
atestados no aludido período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
TABELA 1 
Tabela de absenteísmo de uma Cooperativa de Crédito de Minas Gerais 
 
Anos População 
Dias de 
afastamento 
Número de 
casos 
Percentual do 
Absenteísmo 
Taxa de 
Gravidade 
Taxa de 
Freqüência 
Duração 
média das 
ausências 
2007 91 670 57 2,92 7,36 62,64 11,75 
2008 93 666 71 2,84 7,16 76,34 9,38 
Fonte: Gerência de Recursos Humanos 
 
Avaliados os 02 (dois) anos, percebeu-se que houve comportamento inverso entre o 
número de dias de afastamento e o número de afastamentos. 
 
Observou-se, também, que a população de trabalhadores no período pouco mudou, 
pelo menos no que se refere à manutenção do número total, onde se manteve 
praticamente constante, com média anual de 92 (noventa e dois) trabalhadores. 
 
O comportamento das variáveis - população, número de dias de afastamentos e 
número de afastamentos (eventos) - pode ser mais bem visualizado quando se 
analisa o desempenho dos diversos números (GRÁFICO 1). 
 
GRÁFICO 1 – População de trabalhadores, número de dias e dias de afastamento, 
de uma Cooperativa de Crédito – Minas Gerais (2007-2008). 
 
 
20 
 
3.4 – O Projeto 
 
Trata-se de projeto inovador, a ser sugerido para implantação em todas as 
cooperativas do Sistema Crediminas. No intuito de reduzir o índice de absenteísmo 
será proposto para a cooperativa de crédito a implantação de um Sistema de Gestão 
da Saúde e Segurança Ocupacional (OHSAS 18.001:2007), contemplando as 
seguintes ações: Ergonomia, Stress, Ginástica Laboral, Alimentação Saudável e 
Sala de Repouso. 
 
3.4.1 - ERGONOMIA 
 
Os casos de doenças relacionadas ao trabalho começaram a se multiplicar no Brasil 
no final dos anos oitenta. A partir desse período, passou a se ter noção de que 
trabalhadores não necessariamente expostos a condições até então absolutamente 
claras de risco - como contato com produtos tóxicos ou agentes infecciosos - 
também estavam sujeitos a desenvolver problemas de saúde ligados a sua atividade 
profissional. Em 1990, O Ministério da Saúde editou a Norma Regulamentadora 
(NR) 17, que introduziu na legislação brasileira o conceito de ergonomia, ou seja, a 
organização do posto de trabalho de forma a não prejudicar o usuário. Uma década 
depois, porém, esse conceito não adquiriu a abrangência que deveria. 
 
Entre outras exigências, a NR 17 determina a utilização de móveis e equipamentos 
adequados e adaptáveis a diferentes tipos físicos de pessoas, além da realização de 
pausas a cada 50 minutos de trabalho repetitivo. A NR 17 cria basicamente 
mecanismos de prevenção às LER/DORT, reflexo da pressão feita por alguns 
segmentos - como os digitadores - mais claramente expostos aos efeitos de tarefas 
repetitivas. A norma também não prevê regras de proteção à saúde mental do 
trabalhador. Por isso, sindicatos e especialistas no assunto já discutem com o 
governo federal a revisão da NR 17. 
 
A lista de problemas decorrentes das LER/DORT (ANEXO C) é extensa e variada. 
Podem ocorrer, entre outros distúrbios, fadigas neuromusculares, lombalgias, 
tendinites (inflamação dos tendões) e tenossinovites (inflamação da bainha dos 
21 
 
tendões), principalmente em mãos, punhos, cotovelos e ombros. Em geral, esses 
distúrbios se manifestam na forma de dor, formigamento, dormência e fadiga 
precoce. A prevalência dessas lesões nas mulheres é maior devido à dupla jornada: 
muitas tarefas domésticas também exigem esforço repetitivo. Torcer roupa ou lavar 
louça podem ajudar a agravar os problemas gerados no ambiente de trabalho. 
 
Folha de São Paulo 29 de abril de 2007 
 
Entre 2000 e 2005, 25 mil trabalhadores receberam auxílio-doença devido a 
moléstias causadas por esforços repetitivos. Afastamento é de um ano e meio, em 
média, somando 14,9 mi de dias de ausência; para especialista, país não tem 
cultura da prevenção. O Ministério da Previdência Social gastou R$ 981,4 milhões 
entre 2000 e 2005 para pagar o auxílio-doença a 25,08 mil bancários afastados do 
trabalho por doenças causadas por movimentos repetitivos. Cada um desses 
trabalhadores ficou um ano e meio afastado, em média, somando 14,9 milhões de 
dias sem trabalhar. Essas estatísticas colocam os bancos em primeiro lugar no 
ranking dos Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), que inclui 
22 
 
doenças da coluna, tendinite, bursite e LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Esses 
distúrbios já são a segunda maior causa de doenças entre os trabalhadores do país. 
 
Muito se tem falado em ergonomia e conforto no trabalho, doenças 
musculoesqueléticas oriundas de lesões repetitivas no computador (LER / DORT). 
que poucos conhecem é que, apostando na ergonomia de maneira séria e 
profissional, estaremos contribuindo para a diminuição dos custos; redução do 
absenteísmo parcial ou total, da "perda" de profissionais treinados pela empresa 
(onde se investiu recursos em treinamentos específicos da sua profissão); de 
indenizações cíveis muitas vezes milionárias, além do aumento da produtividade e 
eficácia do posto ou unidade de trabalho, são algumas das vantagens para aqueles 
que investem na ergonomia. 
 
Pela figura abaixo podemos observar como a ergonomia pode ajudar no combate ao 
absenteísmo: 
 
 
 
Figura Ergonomia 
 
 
1 - Para garantir o conforto visual, mantenha seu monitor entre 45 e 70 cm de 
distância e regule sua altura no máximo, até sua linha de visão (Veja fig. acima). Isto 
pode ser feito através de um suporte de monitor, ou pela utilização de mesas 
23 
 
dinâmicas. Sempre que possível procure "descansar" a vista, olhando para objetos 
(quadros, plantas, aquários, etc...) e paisagens a mais de 6 metros. 
 
2 - Assim como a altura do monitor, a do teclado também deve poder ser regulável. 
Ajuste-a até que fique no nível da altura dos seus cotovelos. Durante a digitação é 
importante que o punho fique neutro (reto) como na figura acima. Mantenha o 
teclado sempre na posição mais baixa e digite com os braços suspensos ou use um 
apoio de punho. 
 
3 - É importante que as pessoas possam trabalhar com os pés no chão. As cadeiras 
devem, portanto, possuir regulagens compatíveis com as da população em questão. 
Para o Brasil, o ideal seriam cadeiras com regulagem de altura a partir de 36 cm. 
Quando a cadeira não permite que a pessoa apóie os pés no chão, a solução é 
adotar um apoio para os pés, que serve para relaxar a musculatura e para melhorar 
a circulação sanguínea nos membros inferiores. 
 
4 - Com excessão de algumas atividades, as cadeiras devem ter regulagem da 
altura do espaldar ou encosto suficiente para que a região lombar das costas seja 
devidamente apoiada. O espaldar deve abraçar a região lombar e, portanto, deve ter 
no mínimo 41 cm X 26 cm. Ideal 40 cm x 35 cm. O espaldar deve proporcionar 
pressão positiva na lombar. (O ideal é o contato permanente da lombar ou chamado 
“permanent contact”). Cuidado com a largura do espaldar e sua curvatura. Algumas 
cadeiras possuem curvatura muito acentuada que associada ao contato permanente 
não proporcionará conforto. Deve-se exigir do fornecedor um laudo que a mesma 
obedeça a Norma ABNT:NBR 13962. A regulagem da altura do assento deve ser 
multi ponto com amortecedor e pistão (a gás ou mecânico). 
 
DICAS GERAIS 
 
A - Para os trabalhadores - Evitar sobrecarga dos movimentos; Realizar movimentos 
de forma ergonômica e eficiente, mantendo a postura correta no posto de trabalho; 
fazer pausas com alongamentos e evitar horas extras; facilitar o relato precoce de 
lesões ou queixas de dor; evitar o esforço estático e a tensão muscular resultante 
24 
 
do estresse mental; comunicar às chefias os problemas que estão ocorrendo na sua 
rotina de trabalho; estudar a mudança de função ou atividade caso a insatisfação 
pessoal com seu trabalho lhe traga sofrimento 
 
B - Para as empresas - Tentar impedir aumentos súbitos no ritmo de trabalho; evitar 
que as tarefas ultrapassem a capacidade dos funcionários; treinar os funcionários a 
realizar as tarefas de forma ergonomicamente correta; realizar análises ergonômicas 
e implementar melhorias na rotina de execução das tarefas e dos postos de 
trabalho; formar comitês de pessoal com formação em ergonomia capacitados para 
a implementação de mudanças na empresa; procurar saber os motivos de 
insatisfações e problemas apresentados pelos empregados; demonstrar abertura 
para que empregados insatisfeitos com sua atividade possam experimentar uma 
troca de função. 
 
C - Iluminação - Para evitar reflexos, as superfícies de trabalho, paredes e pisos, 
devem ser foscas e o monitor deve possuir uma tela anti-reflexiva. Evite posicionar o 
computador perto de janelas e use luminárias com proteção adequada. 
 
D - Cores - Equilibre as luminâncias usando cores suaves em tons mate. Os 
coeficientes de reflexão das superfícies do ambiente, devem estar em torno de: 80% 
para o Teto; 15 a 20% para o Piso; 60% para a Parede (parte alta); 40% para as 
Divisórias, para a Parede (parte baixa) e para o Mobiliário. 
 
E - Temperatura - Como regra geral, temperaturas confortáveis, para ambientes 
informatizados, são entre 20 e 22 graus centígrados, no inverno e entre 25 e 26 
graus centígrados no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%). 
 
F - Acústica - É recomendável para ambientes de trabalho em que exista solicitação 
intelectual e atenção constantes, índices de pressão sonora inferiores à 65 dB(A). 
Por esse motivo recomenda-se o adequado tratamento do teto e paredes, através de 
materiais acústicos e a adoção de divisórias especiais. 
 
G - Humanização do ambiente - Sempre que possível humanize o ambiente 
25 
 
(plantas, quadros e quando possível som ambiente). Estimule a convivência social 
entre os funcionários. Muitas empresas que estão adotando políticas neste sentido 
vêm obtendo um aumento significativo de produtividade. Lembre-se que o processo 
de socialização é muito importante para a saúde psíquica de quem irá trabalhar nele. 
 
H – Uso excessivo de saltos altos - Eles causam problemas na circulação 
sangüínea, dificultando o retorno venoso, além de provocarem encurtamento de toda 
a cadeia muscular posterior do corpo, o que pode levar a dores, principalmente na 
região lombar da coluna vertebral. O ideal é que as mulheres variem sempre o tipo 
de salto e, se possível, andem descalças algumas horas do dia. 
 
I - Descanso após período de trabalho - É bom lembrar que a posição de dormir 
também é muito importante e deve ser, preferencialmente, de lado com um 
travesseiro numa altura adaptável entre o ombro e a cabeça. Evite dormir de bruços, 
pois esta é pior posição para a coluna. No início a adaptação da forma correta de 
dormir poderá tirar-lhe o sono, mas lembre-se que a nossa capacidade adaptativa é 
muito boa e, logo, logo, você conseguirá dormir com qualidade. 
 
J – Dores de Cabeça (Cefaléias) - Uma queixa muito comum, hoje em dia, é a de 
dores de cabeça (cefaléias) que, quando não tratadas, podem cronificar, 
especialmente se o paciente se automedica. Alguns medicamentos podem levar a 
cronificação das dores, fazendo com que haja mais crises em intervalos menores. É 
preciso, antes de se tomar qualquer medicação, investigar as causas da cefaléia, já 
que elas são inúmeras, indo desde uma simples tensão a um tumor cerebral. É 
muito importante buscar a avaliação de um neurologista. 
 
K - Não prenda o telefone no ombro com a cabeça - alerta dos consultores médicos 
do Jornal Britânico "Neurology". Está comprovado que é perigoso, e até fatal, 
conversar pelo telefone apoiando o fone no ombro e firmando-o com a cabeça. 
Existe um osso minúsculo, mas pontudo, sob a orelha esquerda e atrás do queixo, 
que pode romper os vasos que levam o sangue até o cérebro. Esse rompimento se 
dá porque a pessoa, sem sentir, vai pressionando cada vez mais a cabeça sobre o 
fone e, também involuntariamente, vai levantando o ombro. 
26 
 
3.4.2 - STRESS 
 
Chamado de mal do mundo moderno, o problema está associado a doenças como 
enxaquecas, úlceras, hipertensão, ataques cardíacos, câncer, depressão e baixo 
desempenho tanto profissional, quanto sexual. Especialistas acreditam que o estilo 
de vida é um fator determinante para favorecer ou evitar o stress. 
 
O stress atinge hoje todas as classes sociais indiscriminadamente. Motivos para as 
pessoas estarem estressadas não faltam: medo de uma nova guerra mundial, alta 
do dólar, crise argentina, crise energética, retração econômica, desemprego, falta de 
dinheiro, violência urbana etc. 
 
Médico, pós-graduado em Medicina do Trabalho, Mestrado pela Universidade de 
Paris e especialização em Corporate Wellness and Sports Medicine, pela Stanford 
University, dos Estados Unidos, Ricardo de Marchi é um dos estudiosos que 
endossam a tese de que o desempenho das empresas está intimamente ligado à 
disponibilidade física, emocional e mental de seus funcionários para levarem adiante 
os projetos e metas que lhe são propostos. Essa disposição, por sua vez, está 
associada ao nível de stress, auto-estima e qualidade de vida que esses 
profissionais possuem. A forma como você acorda interfere em seu rendimento, 
criatividade, produtividade e capacidade para trabalhar. 
 
O stress rouba não só a saúde, mas também uma parte significativa dos lucros das 
organizações. Para dar uma idéia melhor da gravidade da situação, nada melhor do 
que números. De acordo com a Sociedade Americana do Stress, o problema custa 
às indústrias dos Estados Unidos cerca de US$ 300 bilhões por ano. Nesse valor 
estão embutidos os gastos com absenteísmo, despesas médicas, paradas durante o 
trabalho, queda na qualidade e quantidade de produção, desperdício de materiais e 
suprimentos, atrasos na entrega de projetos, etc. Além disso, 70% dos acidentes 
industriais são decorrentes do stress: falta de atenção, cansaço, desmotivação. 
Segundo a entidade, 40% das pessoas pedem demissão ou são demitidas porque 
estão estressadas com o trabalho. Um turn over (rotatividade de pessoal) elevado 
acarreta custos para as organizações e não são poucos. As estatísticas variam de 
27 
 
uma entidade para outra, pois os métodos de medição são diferentes, mas não se 
pode negar que o quadro é preocupante. que providências preventivas e corretivas 
são necessárias. 
 
ESTILO DE VIDA É A RESPOSTA 
 
Diretora da consultoria Corporated & Personal Health - CPH, a psicóloga Rita 
Passos afirma que o estilo de vida, muitas vezes, contribui diretamente para o 
stress. Comer demais, ser sedentário, abusar do álcool e do café, pular refeições ou 
comer coxinha com relatório debruçado sobre o computador, dormir pouco e não se 
permitir momentos de descanso são comportamentos que favorecem o surgimento 
do stress ou interferem na capacidade individual de enfrentá-lo. 
 
Para reverter a situação, algumas empresas apostam em ações que incentivam a 
adoção de hábitos mais saudáveis, porque já entenderam que este tipo de 
investimento traz benefícios para seus empregados, e especialmente para elas 
mesmas. Estatísticas divulgadaspelo Journal of Occupational Medicine (Estados 
Unidos) comprovam que o tabagismo aumenta em 40% a taxa de absenteísmo, em 
25% as despesas com saúde e em 114% o tempo de internação. Já o sedentarismo 
leva a um acréscimo de 36% nos gastos com saúde e de 54% no tempo de 
internação. Quando se trata de obesidade, as despesas médicas sobem 8% e o 
período de hospitalização 85%. 
 
As companhias estão investindo na prevenção, preocupando-se antes que os 
problemas ocorram. O trabalho começa com um levantamento do perfil de saúde e 
qualidade de vida (ANEXO B) da população da empresa, feito por meio de 
questionários. Elabora-se um programa personalizado de acordo com os aspectos 
encontrados: diabetes, obesidade, hipertensão, stress, sedentarismo. A maioria das 
empresas brasileiras ainda está na fase de proteger a saúde do trabalhador dentro 
da fábrica, levantar os riscos no local de trabalho, mas não têm noção da 
importância da qualidade de vida para os seus empregados ou, pior, acham que 
cumprem esse papel com palestras esporádicas. 
28 
 
Um dos fatores reconhecidos de promoção de saúde e combate ao stress é a 
atividade física, mas é primordial procurar uma modalidade para ser exercida com 
prazer. Existem dois motores para motivação: eu posso/eu quero e eu devo/eu 
preciso. Se a pessoa optar pelo segundo não consegue manter o objetivo por muito 
tempo. 
 
Uma certa dose de stress pode até ser positivo, pois ajuda a atingir um nível de 
eficiência. Não é segredo, que muita gente trabalha melhor sob pressão, porém é 
fundamental relaxar quando o objetivo é alcançado. Esse comportamento resulta 
num aumento de reservas físicas e emocionais que serão usadas em outros 
desafios. 
 
Trabalhar concentrado por muito tempo não é produtivo. A parada para o café e 
cinco minutos de conversa com o companheiro de trabalho não é perda de tempo, 
mas forma de recuperar as energias e retomar as tarefas em melhores condições. É 
preciso ainda dormir bem, ter folgas no final de semana, lazer e férias. 
 
O Programa de Assistência ao Empregado – PAE funciona como uma espécie de 
muro das lamentações para queixas dos empregados, atendendo questões jurídicas, 
psicológicas e psiquiátricas. Funciona 24 horas por dia, inclusive nos finais de 
semana e feriados. O PAE é voltado para atender funcionários e seus dependentes 
(cônjuge e filhos) em questões jurídicas, psicológicas e psiquiátricas, além de 
orientar na elaboração de um planejamento financeiro e orçamento familiar. O 
programa não oferece empréstimos, apenas auxilia a pessoa a tentar reorganizar 
suas finanças, aprendendo a viver com aquilo que ganha. 
 
No aspecto psicológico, a primeira reclamação é stress, seguido de alcoolismo, uso 
de drogas, relacionamento conjugal e familiar, depressão e baixa auto-estima. 
 
O público que procura o PAE é diversificado. Vai do diretor ao chão de fábrica, 
embora os executivos costumem ter uma posição mais defensiva, demorem mais 
para chegar. 
 
29 
 
3.4.3 - GINÁSTICA LABORAL 
 
Os primeiros registros da prática de Ginástica Laboral são de 1925. Neste ano, na 
Polônia, operários se exercitavam com uma pausa adaptada a cada ocupação 
particular. Alguns anos depois esta ginástica foi introduzida na Holanda e na Rússia. 
No início da década de sessenta, ela começou a ser praticada na Alemanha, Suécia, 
Bélgica e Japão (LIMA, 2008). 
 
Os Estados Unidos adotaram a Ginástica Laboral em 1968. Os norte-americanos 
criaram a International Management Review, uma das mais significativas avaliações 
sobre a saúde do trabalhador pelo exercício físico. 
 
No Brasil, as primeiras manifestações de atividades físicas entre funcionários foram 
registradas em 1901, mas a Ginástica Laboral teve sua proposta inicial publicada em 
1973. Algumas empresas começaram a investir em empreendimentos com opções 
de lazer e esporte para os seus funcionários, como a Fábrica de Tecido Bangu, a 
pioneira e o Banco do Brasil, com a posterior criação da Associação Atlética do 
Banco do Brasil (AABB) (LIMA, 2008). 
 
Já no início da década de setenta a Federação de Estabelecimento de Ensino 
Superior (FEEVALE), em Novo Hamburgo (RS), através da Escola de Educação 
Física, publicou uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas, 
Educação Física Compensatória e Recreação. Em 1979, a mesma entidade, em 
convênio com o SESI (Serviço Social da Indústria), elaborou e executou o projeto de 
Ginástica Laboral (LIMA, 2008). 
 
As questões relacionadas com a adequação ergonômica dos ambientes de trabalho 
ainda estão longe de ser realidade. Apenas algumas empresas e instituições estão 
preocupadas em oferecer a seus colaboradores condições ideais, não se 
preocupando com o investimento inicial, mas apenas com o que elas poderão 
representar de economia para a empresa. 
 
A ginástica laboral, que visa a promoção da saúde e melhora das condições de 
30 
 
trabalho, além da preparação bio/psico/social dos participantes, contribui direta ou 
indiretamente para a melhoria do relacionamento interpessoal, sem falar na redução 
dos acidentes de trabalho, e na redução de lesões por esforços repetitivos e 
conseqüentemente proporcionando aumento da produtividade com qualidade. 
 
Então, uma alternativa mais econômica, bastante eficiente e menos traumática será 
a de implantar Programas de Ginástica Laboral com o intuito de melhorar a 
qualidade de vida dos funcionários da empresa. 
 
 O programa de ginástica laboral poderá ser aplicado em toda a empresa, iniciando 
nas áreas críticas de trabalho. Os exercícios são elaborados e aplicados de acordo 
com as exigências físicas laborais sobre as várias estruturas 
Osteomusculoligamentares dos trabalhadores. As formas de aplicação são: antes do 
início das atividades de trabalho, aquecendo o corpo e preparando-o para exercer a 
atividade laboral; durante a jornada de trabalho (ANEXO D), com objetivo de 
distensionar e compensar a musculatura sobrecarregada pelo trabalho; após a 
jornada de trabalho, com o objetivo de relaxar a musculatura e diminuir as tensões 
musculares provocadas pelo trabalho (ATALLA, 2008). 
 
A aplicação destes programas nas empresas e fábricas se deve ao processo 
acelerado de industrialização que, nas últimas décadas, valorizou o instrumental, o 
maquinário e os métodos de produção, fazendo com que o homem trabalhasse num 
ritmo acima de sua capacidade, acarretando uma série de doenças ocupacionais, 
como a LER/DORT e o stress. 
 
A qualidade de vida no ambiente de trabalho está diretamente ligada ao nível de 
produção, pois trabalhadores com alterações físicas, com sensação de peso nos 
ombros, fadiga, dor, redução, na capacidade funcional, perda de controle dos 
movimentos devido ao uso excessivo ou inadequadas estruturas osteomusculares, 
não executam suas funções como poderiam e, muitas vezes, precisam ser 
afastadas, causando prejuízo à saúde do trabalhador e para a empresa. 
 
A Ginástica Laboral tem o propósito de oferecer melhores condições de trabalho, 
31 
 
alem de diminuir o nível de sedentarismo, tornando os funcionários mais saudáveis, 
dispostos e animados, prevenindo acidentes, exercitando o corpo e tornando a 
relação com os colegas de trabalho mais produtiva e sadia. 
 
Os exercícios físicos durante a jornada de trabalho, têm a finalidade de desenvolver 
e aprimorar as qualidades físicas dos colaboradores, além de desenvolver a 
consciência corporal. 
 
Há 03 tipos de Ginástica Laboral: 
 
Preparatória - para atividades que exigem esforço físico intenso. 
Ginástica com duração de 10 a 15 minutos, realizada antes do início da jornada de 
trabalho. Tem como o objetivo principal o corpo do trabalhador, aquecendo os 
grupos musculares que serão solicitados nas suas tarefas e despertando-os para 
que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho. 
 
Compensatória - para atividades que exigem esforço físico repetitivo.Ginástica com duração de 5 a 8 minutos, realizada durante a jornada de trabalho 
para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e às 
posturas inadequadas, solicitadas nos postos operacionais. 
 
Relaxamento - Ginástica baseada em exercícios de alongamento realizada após o 
expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na 
tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as possíveis 
instalações e lesões. Fazendo com que o mesmo retorne ao seu convívio pessoal 
descansado e em condições de aproveitar melhor o seu lazer. 
 
Processo de Implantação: A realização de um projeto piloto é de extrema 
importância para uma melhor aceitação do trabalho. Será realizado um estudo dos 
diversos setores da empresa, horários de início e término da jornada de trabalho, 
para que possa ser traçado horário e o objetivo da ginástica laboral. 
 
Projeto Ginástica Laboral: Projeto realizado na própria empresa em todas as suas 
32 
 
etapas. São realizadas pequenas pausas de alguns minutos, para exercícios suaves 
de alongamento, aquecimento, postura e respiração que sob a ótica da profilaxia, 
são vitais na prevenção dos males que tanto afastam o funcionário de seu posto de 
trabalho, com a coluna, o DORT/LER, o stress, etc. 
 
Resultados Obtidos com a Introdução da Ginástica Laboral: 
• Melhoria do Clima Organizacional 
• Diminuição de queixas dolosa e conseqüente procura ambulatorial. 
• Diminuição do absenteísmo 
• Melhor adaptação ao posto de trabalho 
• Melhoria ao atendimento do cliente externo 
• Melhoria da condição de saúde geral de todos os funcionários. 
 
É de extrema importância a pessoa responsável pela ginástica na empresa 
desenvolva outras atividades como: torneios de modalidades esportivas, recreação, 
palestras sobre saúde ocupacional. Para que possa manter os participantes sempre 
motivados, porque com o passar dos dias a ginástica se torna repetitiva e diminui a 
freqüência dos participantes. Sem contar que se não houver colaboração dos 
gerentes, técnico de segurança do trabalho, médico do trabalho e recursos humanos 
será quase impossível desenvolver o programa de ginástica na empresa. 
 
3.4.4 - Alimentação Saudável 
 
A orientação sobre como deve ser uma alimentação saudável e equilibrada (ANEXO 
E), que envolve quantidade e tipos de alimentos muitas vezes se torna difícil e 
impraticável para a maioria das pessoas. 
 
Por causa disso, estudos, foram desenvolvidos para encontrar a melhor maneira de 
informar a população sobre como deve ser composta a sua alimentação. 
 
A distribuição dos alimentos em forma de pirâmide foi adotada pelo Departamento 
de Agricultura do Estados Unidos (USDA) em 1992, depois de se verificar que esse 
tipo de apresentação é a de mais fácil compreensão e aceitação. 
33 
 
As principais metas da pirâmide alimentar são obter o consumo variado de 
alimentos, ingestão menor de gorduras saturadas e colesterol, maior consumo de 
frutas, verduras, legumes e grãos além, da ingestão moderada de açúcar, sal e 
bebidas alcoólicas. A prática de exercícios físicos é recomendada visando a perda 
ou manutenção do peso adequado como também, a prevenção de doenças entre 
elas, as cardiovasculares, diabete, hipertensão e osteoporose. A adoção da pirâmide 
alimentar se propõe a mostrar de forma clara e objetiva como alcançar as 
necessidades de calorias e nutrientes da população utilizando seus alimentos 
habituais, tornando-a, assim, prática e flexível. 
 
Entretanto, a recomendação de nutrientes pode variar entre as populações e, por 
isso, houve a necessidade de ela ser adaptada para a população brasileira visando, 
principalmente, atingir as recomendações dos macronutrientes que são 50 a 60% do 
valor de calorias totais ingeridas em um dia (VCT) de carboidratos, 10 a 15% do 
VCT de proteínas e 20 a 30% do VCT em gorduras. 
 
Para que esses valores fossem alcançados, os alimentos foram divididos em 8 
grupos e, cada grupo, em porções de alimentos, sendo distribuídos em 4 níveis na 
pirâmide alimentar. 
 
 
http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/040719_nut_colesterol.htm
http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/060327_nut_aimportancia.htm
34 
 
Na base da pirâmide encontram-se os alimentos que devem estar presentes na 
alimentação em maior quantidade. Assim, a medida em que for subindo os níveis na 
pirâmide, a freqüência ou quantidades dos alimentos devem ser restringidos nas 
refeições. 
 
Cada grupo de alimentos fornece alguns nutrientes, mas não todos os que o 
organismo necessita; nenhum grupo é mais importante do que o outro. Para o bom 
funcionamento do corpo é necessário que os alimentos de todos os grupos façam 
parte do seu plano alimentar. 
 
A quantidade de porções de cada grupo recomendada para um índivíduo depende 
da sua necessidade de energia que está relacionada com a idade, peso, estatura e 
atividade física. A partir dos valores de cada porção, você poderá montar o seu 
plano alimentar. 
 
Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e 
protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem 
melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados 
nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se 
dividem em: 
• Macronutrientes: Carboidratos, proteínas e lipídeos; 
• Micronutrientes: Vitaminas e Sais Minerais. 
 
Carboidratos 
De uma forma geral, todos os grupos de alimentos exceto as carnes, os óleos, as 
gorduras e o sal, possuem carboidratos. Estes podem ser: 
 
Simples: como os açúcares e o mel. Os açúcares simples não são necessários ao 
organismo humano, pois apesar de ser fonte de energia, esta pode ser adquirida por 
meio dos carboidratos complexos. Sendo assim, é importante diminuir as 
quantidades de açúcares simples adicionados aos alimentos. 
Complexos: presentes principalmente nos cereais (arroz, pão, milho), tubérculos 
(batata, beterraba) e raízes (mandioca, inhame), os quais representam a mais 
35 
 
importante fonte de energia e, por esta razão, recomenda-se o consumo de seis 
porções diárias desse tipo de alimento, o que representa em torno de 60% do total 
de calorias ingeridas. 
 
Fibras 
Uma alimentação saudável deve incluir os carboidratos complexos e fibras 
alimentares em maior quantidade do que os carboidratos simples. Na sua forma 
integral, a maioria dos alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, 
verduras e legumes contêm fibras, as quais são benéficas para a função intestinal, 
reduzem o risco de doenças cardíacas, entre outros diversos benefícios. 
 
A quantidade de fibras na alimentação é uma medida de uma alimentação saudável. 
As frutas, legumes e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, 
necessitando-se consumir, diariamente, três porções de frutas e três porções de 
legumes e verduras. Além das vitaminas e minerais, as verduras e os legumes 
também contêm componentes bioativos, alguns dos quais especialmente 
importantes para a saúde humana, podendo reduzir o risco de doenças, inclusive as 
doenças cardíacas e o câncer. 
 
Proteínas 
Origem vegetal: leguminosas como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, são alimentos 
fundamentais para saúde, por serem um dos alimentos vegetais mais ricos em 
proteínas. 
 
Origem animal: carnes, leite e derivados, aves, peixes e ovos são proteínas 
completas, ou seja, contêm todos os aminoácidos de que os seres humanos 
necessitam para o crescimento e manutenção do corpo. São também, entre outros 
nutrientes, importantes fontes de proteína de alto valor biológico sendo, assim, 
necessário o consumo diário de três porções de leites e derivados e de uma porção 
de carnes, peixes ou ovos. 
 
Ferro e Cálcio 
36 
 
As carnes em geral, principalmente os miúdos e vísceras, possuem alta 
biodisponibilidade de ferro, ouseja, a quantidade de ferro ingerida que será 
efetivamente utilizada pelo organismo é significativamente grande. O leite e seus 
derivados, além de fonte de proteínas e vitaminas, são as principais fontes de cálcio 
da alimentação. Este nutriente é fundamental para a formação e manutenção óssea 
ao longo da vida, prevenindo futuras complicações como a osteoporose. 
 
Gorduras 
Lipídeos: As gorduras são de diferentes tipos, e podem ou não ser prejudiciais à 
saúde, dependendo do tipo de alimento. A gordura saturada está presente em 
alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado. As gorduras trans 
que são obtidas pelo processo de industrialização dos alimentos, a partir da 
hidrogenação de óleos vegetais, são prejudiciais à saúde. O consumo excessivo 
deste tipo de alimento pode acarretar doenças cardiovasculares, excesso de peso, 
obesidade, entre outras. As gorduras insaturadas, presentes nos óleos vegetais, não 
causam problemas de saúde, exceto se forem consumidas exageradamente. São 
fontes de ácidos graxos essenciais, ou seja, podem ser produzidos pelo organismo, 
sendo assim necessárias para a manutenção da saúde. 
 
Colesterol: é uma gordura que está presente apenas em alimentos de origem 
animal, e é componente estrutural de algumas partes do organismo humano, sendo 
ele capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades metabólicas, não 
sendo indicado o consumo desse composto. O alto consumo deste pode acarretar 
doenças cardiovasculares. 
 
Sal 
O sal de cozinha - cloreto de sódio - utilizado como tempero e conservação de 
alimentos, contém sódio em sua composição, bem como outro tempero atualmente 
muito utilizado, o glutamato de sódio - este mineral quando consumido em excesso é 
prejudicial à saúde. Sendo assim, recomenda-se a redução no consumo de 
alimentos com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos 
concentrados, molhos prontos, salgadinhos, entre outros. 
 
http://www.corposaudavel.com.br/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=26&Itemid=26
http://www.corposaudavel.com.br/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=26&Itemid=26
37 
 
Água 
A água é um nutriente indispensável ao funcionamento do organismo; a ingestão de, 
no mínimo, dois litros diariamente é altamente recomendada. Ela desempenha papel 
fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo 
regulação da temperatura, transporte de nutrientes e eliminação de substâncias 
tóxicas. Recomenda-se a ingestão de 6 a 8 copos de água por dia. 
 
3.4.5 - Salas de Descanso 
 
Empresas tentam melhorar qualidade de vida – e lucram – com medidas como salas 
de descanso, massagens e facilidades para os profissionais. No Brasil, 70% dos 
trabalhadores registrados sofrem de estresse. E os custos relacionados a 
rotatividade, licenças médicas, queda na produtividade e faltas ao trabalho chegam 
a R$ 80 bilhões anuais, segundo dados da International Stress Management 
Association (Isma), entidade que estuda o problema em 12 países. Sentindo no 
bolso, muitas empresas se convenceram de que a produtividade está diretamente 
relacionada ao bem-estar dos colaboradores. Para alcançá-la, vale quase tudo: de 
salas de descanso, quadras esportivas, ioga, ginástica laboral, massagem, salão de 
beleza e até partidas de videogames e sinuca. 
De acordo com a Associação Brasileira da Qualidade de Vida (ABQV), 92% das 
companhias que já investem na saúde dos funcionários estão aumentando e 
diversificando suas ações. 
 
A Espanha é conhecida pela sesta, aquele cochilo de alguns minutos que os 
profissionais tiram após o almoço. A novidade é que algumas empresas brasileiras 
já incorporaram esse costume de origem hispânica, que favorece a redução do 
estresse, com uma pequena dose de relaxamento diária. 
 
A sesta faz com que o indivíduo fique mais desperto no restante do dia. Para os 
estagiários, que acordam cedo para ir ao trabalho e somente chegam em casa 
pouco antes da meia-noite, por conta da faculdade, também é um benefício positivo. 
 
Algumas empresas adotam como funcionamento da sesta, sofás, pufes, salas de 
http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=959458&path=/suasfinancas/carreiras/direitos/
http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1143439&path=/suasfinancas/carreiras/direitos/
http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1143439&path=/suasfinancas/carreiras/direitos/
38 
 
cromoterapia, colchonetes e até cascata de água. Os funcionários podem almoçar 
dentro da empresa mesmo, em 15, 20 minutos. Como eles têm uma hora de almoço, 
podem aproveitar o restante do tempo para descansar. Dentro das salas de 
descanso, é estabelecido uma lei de silêncio, onde ninguém pode conversar e as 
persianas devem ficar fechadas. 
 
A palavra de ordem hoje em muitos escritórios é dar ao funcionários tudo aquilo que 
ele precisa para se tornar mais produtivo e, conseqüentemente, tornar a empresa 
mais competitiva no mercado. Afinal, ninguém sai de casa para fazer um trabalho 
ruim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Após análise dos dados coletados, concluiu-se que o nível de absenteísmo na 
cooperativa pesquisada apresentava uma média de 2,88%, sendo que este nível 
está um pouco elevado de acordo com o padrão aceitável das demais empresas. 
Pois, de acordo com GODOI (2004), alguns consultores de recursos humanos dizem 
que o índice de absenteísmo considerado aceitável é de 2,7%. 
 
Diante os resultados encontrados, pode-se concluir subjetivamente que o elevado 
nível é justificado pelo grande número de atestados médicos, direitos legais, 
doenças ocupacionais, fatores sociais, culturais, insatisfação no trabalho, alcoolismo, 
falta de liderança ou supervisão, problemas domésticos e faltas não justificadas. 
 
Com isso, aponta-se a possibilidade da implantação de um Sistema de Gestão da 
Saúde e Segurança Ocupacional, devido à falta de políticas de Recursos Humanos 
e de Saúde na Cooperativa. Tendo como intuito a redução do índice encontrado e 
atuar como medida na correção, prevenção e promoção a saúde do trabalhador. 
Mas para identificar e quantificar as reais causas do absenteísmo, serão necessários 
mais estudos na mesma cooperativa estudada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. ALVES, Simone. Revista Cipa, 2000. s.l., v. 20, n. 232, p. 30-43. 
2. ATALLA, M. Fisioterapia do Trabalho. Disponível em: < http://bemstar.globo. 
com/index.php?modulo=corporate_mat&id=15>. Acesso em 16 nov. 2008. 
3. BORGES, L.H. Sociabilidade, sofrimento psíquico e lesões por esforços 
repetitivos entre caixas bancários.1ª ed. São Paulo, Fundacentro, 2001, 180 p. 
4. GODOY, S.C.B. Procura pelo serviço de atenção à saúde do trabalhador e 
absenteísmo doença em hospital universitário. Rev Min Enferm, BH, v. 5, n. ½, 
p. 73-81, jan./dez. 2001. 
5. JINKINGS, N. Trabalho e resistência na fonte misteriosa: os bancários no 
mundo da eletrônica e do dinheiro. Campinas, SP. Ed. Unicamp, 2002, pg. 39 
6. LIMA, R. C. Tratamento: Ginástica Laboral. Disponível em: 
<http://www.cecth.com.br/ index.php?option=content&task=view&id=63>. Acesso 
em 22 ago. 2008. 
7. MARCHESINI, Carlos Eduardo. Revista Mackenzie. São Paulo: 2002, v. 2, n. 1, 
p. 33-46. 
8. RIBEIRO, H.P. A violência oculta no trabalho: as lesões por esforços 
repetitivos. Rio de Janeiro: editora Fiocruz, 20a. ed. 1999; 240p. 
9. ROBAZZI, M.L.C.C. et al. Serviço Enfermagem: Um estudo sobre os 
absenteísmos. Rev Br Saúde Ocupac v. 18, n. 69, p. 65-70, 1990. 
10. OLIVEIRA, A. S et al . Ginástica laboral. Revista Digital, n.106, 2007. 
11. GODOI, G. Fim de ano é boa hora para reativar networking. Rio de Janeiro: 
Jornal do Comercio, 2004. Disponível em: 
<http://www.cartaderh.com.br/website/text.asp?txtCode=5104&txtDate=20041130
000000>. Acesso em10 jan. 2008 
12. PHILLIPI ST, Laterza AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide Alimentar Adaptada: 
Guia para Escolha dos Alimentos. Rev. Nutr., Campinas, 12(1): 65-80, 
jan./abr., 1999 
 
 
 
 
 
http://www.cecth.com.br/index.php?option=content&task=view&id=63
http://www.cartaderh.com.br/website/text.asp?txtCode
41 
 
ANEXO A 
 
COMISSÃO PERMANENTE E ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE MEDICINA DO 
TRABALHO - SUBCOMISSÃO DE ABSENTEISMO 
 
RECOMENDAÇÃO 
 
1 – A medição e a análise do fenômeno “Absenteísmo – Doença” podem exigir o recurso às 
mais elaboradas técnicas estatísticas sempre que se trate de trabalhos de investigação 
científica, mas ao médico do trabalho, para solução dos problemas práticos do dia-a-dia, 
bastará a utilização de métodos simples e acessíveis. 
 
Definições 
 
- Propõe-se que o termo ABSENTEÍSMO passe a designar a “ausência dos trabalhadores 
ao trabalho, naquelas ocasiões em que seria de se esperar a sua presença, por razões de 
ordem médica ou quaisquer outras”. 
- ABSENTEISMO-DOENÇA será a “ausência ao trabalho atribuída à doença ou lesão 
acidental e, como tal, aceita pela entidade empregadora ou pelo Sistema de Seguridade 
Social”. 
 
2 – A Subcomissão considera indispensável um mínimo de normalização dos critérios de 
registro, a fim de que os médicos do trabalho de todo o mundo possam referir dados que: 
 
a) sejam susceptíveis de comparação; 
b) permitam observar tendências do fenômeno ao longo do tempo; 
c) indiquem áreas-problema para futura investigação. 
 
3 – Para que o objetivo anterior possa ser alcançado, dois pontos devem ser aceitos: 
a) O absenteismo-doença (à semelhança dos acidentes) caracteriza-se não só pela 
freqüência (número de ausências de trabalho ou “baixas”), como pela duração (número de 
dias de ausência). Ao contrário da “mortalidade”, o fenômeno não pode ser descrito por um 
único parâmetro. 
b) Um registro rigoroso é indispensável, não só no que respeita às ausências, mas também 
no que se refere aos valores, não menos importantes, da população em risco. 
 
4 – Ainda que para fins de investigação, o registro de numerosos fatores pode tornar-se 
necessário. Para aquele mínimo de normalização em 2, as exigências são relativamente 
pequenas. Deve-se, no entanto, sublinhar que, em qualquer publicação sobre esta matéria, 
é indispensável definir de forma bem clara o critério que foi utilizado; só assim será possível 
42 
 
a outros médicos saber quais os elementos incluídos e – o que ainda é mais importante – 
quais aqueles que não o foram. 
 
5 – A informação mínima que é indispensável obter cinge-se ao seguinte: 
 
a) No que se refere ao episódio de ausência (“baixa”): Início – data ou mês; se trata de 1º, 
2º, 3º, em relação a cada indivíduo. Duração – de preferência expressa em “dias de 
calendário”, embora seja igualmente lícito referi-la em “dias de trabalho”, desde que tal 
critério apareça claramente mencionado; deverá, de igual modo, ser estabelecido se 
ausências de curta duração (01 ou 02 dias) parecem incluídas e qual o número de dias que 
se convenciona para duração máxima de um episódio de ausência (162, 365, etc.). 
Recomenda-se que, na medida do possível, o registro de todas as ausências, de um ou 
mais dias, deve ser efetuado e que se considere, para duração máxima de um episódio, o 
valor de 365 dias. 
 
Diagnóstico médico – podem-se adotar os 20 grandes grupos referidos em “Health in 
Industry” (London Transport, 1956) ou as 17 seções principais da lista especificada da 
Classificação Internacional de Doenças (C.I.D.) – 8ª Revisão. Contudo, se pretende um 
registro mais completo e pormenorizado, com vistas a futuras investigações, pode tornar-se 
necessária a codificação pela lista específica da CID, com utilização das sub-rubricas de 04 
(quatro) algarismos. 
 
b) No que se refere à população em risco: O número de empregados, acerca do qual a 
coleta dos dados de absenteísmo foi efetuada, é utilizado no cálculo das taxas, 
habitualmente sob a forma de “trabalhador/ano”, embora ocasionalmente se refira a outros 
períodos de tempo. Ocupação – no mínimo, deve-se fazer a separação entre os grupos 
“com atividade de carteira” e “com atividade industrial”. Sexo Idade – no mínimo, a 
população deve ser dividida em 02 grupos, acima e abaixo de 40 anos, respectivamente; 
para grandes agregados populacionais, recomenda-se, contudo, a distribuição por grupos 
etários com intervalos de 10 ou de 15 anos. 
 
6 – Fórmulas dos índices 
 
A Subcomissão considera, para as finalidades usuais, o cálculo de taxas de absenteísmo a 
partir de populações inferiores a 100 indivíduos/ano (não é regra geral válida); o que acaba 
de afirmar-se deixa, contudo, de ter aplicação nos casos em que previamente tenham sido 
efetuadas divisões por sexo, idade ou ocupação. Quando, numa empresa, o número de 
trabalhadores sofrer flutuações consideráveis ao longo do ano, pode tornar-se necessário 
calcular a população em risco a partir dos valores médios mensais, trimestrais ou 
43 
 
semestrais, do número de empregados. A Subcomissão considera, como mínimo 
necessário, em qualquer plano de estudo sobre absenteísmo-doença, o registro das taxas 
seguintes: 
 
a) TAXA DE FREQUENCIA 
 
 Nº de inícios de ausências/ano 
 População em risco 
 (nº médio de empregados/ano) 
 
b) TAXA DE DURAÇÃO (dias) 
 
 Nº de dias de ausências/ano 
 População em risco 
 (nº médio de empregados/ano). 
 
É com freqüência útil o recurso a outros índices que, no entanto, são menos importantes 
que os anteriores (a e b) e não devem ser utilizados em sua substituição. Entre esses, estão 
incluídos: 
 
c) TAXA DE PREVALÊNCIA MOMENTÂNEA 
 
Nº de trabalhadores ausentes em determinado dia 
População trabalhadora referente ao mesmo dia 
 
 
d) TAXA DE FREQÜÊNCIA (indivíduo) 
 
Nº de empregados com uma ou mais ausências / ano 
População em risco (nº médio de empregados /ano 
 
 
e) PROPORÇÃO DE TEMPO PERDIDO 
 
Nº de dias (ou horas) de trabalho perdido em determinado período de tempo 
Nº de programada de dias (ou horas) de trabalho no mesmo período de tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
ANEXO B 
 
Teste: Teste, Você tem Qualidade de Vida ? 
 
Responda a cada questão colocando a que melhor descreve sua situação atual. 
Boa Sorte! 
 
QUESTIONÁRIO
 
1) Tomo um bom café da manhã, com frutas, cereais, etc. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
2) Como frutas e vegetais crus pelo menos duas vezes ao dia. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
3) Tomo menos que cinco doses de bebida alcoólica por semana. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
4) Evito comer alimentos doces ou açúcar no dia-a-dia. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
5) Bebo no máximo quatro cafezinhos por dia. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
6) Bebo no mínimo cinco copos de água por dia. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
7) Pratico mais de 30 minutos de atividade física pelo menos três vezes por 
 
45 
 
semana. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
8) Evito drogas e tabaco. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
9) Quando exposto ao sol, protejo minha pele com protetor solar, chapéu, etc.. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
10) Sou capaz de expressar minha raiva ou meu descontentamento a fim de 
resolver os problemas, em vez de engoli-los. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
11) Dedico à meditação ou ao relaxamento um mínimo de 15 a 20 minutos por dia. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
12) Durmo bem, no mínimo 6 horaspor noite. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
13) No final do dia estou bem, tenho energia para atividades extras. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
14) Não me sinto tenso ou ansioso, e gosto muito da minha vida. 
a) Freqüentemente. 
46 
 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
15) Acredito que minha vida tenha propósito e significado. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
16) O dia-a-dia é uma fonte de prazer para mim. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
17) Vejo o futuro como uma oportunidade a mais de crescimento. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
18) Tenho uma visão positiva do mundo. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
19) Tenho atividades sociais em pelo menos três dias da semana. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
20) Harmonia familiar faz parte de minha vida. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
21) Tenho uma atividade que gosto de fazer regularmente (hobby, esporte, etc.), 
mas não me sinto obrigado a fazê-la. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
47 
 
 
22) Existe um bom equilíbrio entre minha vida pessoal de profissional. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
23) Sinto-me confortável com a relação que tenho com o meu parceiro(a). 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
24) Minha vida sexual é gratificante. 
a) Freqüentemente. 
b) Algumas Vezes. 
c) Raramente ou Nunca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
ANEXO C 
 
CARTILHA DA LER-DORT 
 
A LER-DORT (Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomoleculares 
Relacionados ao Trabalho) não é uma consequência natural do processo de 
trabalho e sim uma anomalia gerada por diversos fatores, destacando-se a política 
dos grandes grupos econômicos que fazem qualquer coisa para reduzir os custos do 
trabalho para conseguir lucros cada vez maiores. Esse tipo de atitude é 
consequência da globalização, que faz com que a competição entre as empresas 
fique cada vez mais acirrada. 
 
Na prática os trabalhadores percebem isso porque as empresas submetem os 
funcionários a condições inadequadas de trabalho como jornadas excessivas de 
trabalho, ausência de pausas durante a jornada de trabalho, falta de equipamentos 
adequados ao tipo físico de quem o utiliza (cadeiras reguláveis na altura, por 
exemplo), exigência de rapidez e movimentos repetitivos por horas. Esses são 
apenas alguns exemplos. O resultado são trabalhadores doentes em função do 
serviço e que muitas vezes ficam com lesões irreverssíveis. Por isso, a rotina de 
trabalho para os funcionários de alguns setores tornou-se sinônimo de tortura. 
Muitos deles com um ou dois anos de trabalho já apresentam sintomas da LER-
DORT. 
 
O governo federal também contribui para que essa situação permaneça no País, na 
medida em que emprega a nefasta política neoliberal que vem acelerando o 
processo de flexibilização dos direitos dos trabalhadores e a precarização das 
condições de trabalho. O governo é responsável por esse resultado quando propõe 
leis que dificultam a caracterização da LER-DORT como doença do trabalho para 
que fique mais complicado ter acesso aos benefícios previdenciários. E o governo é 
conivente com um problema que atinge milhares de trabalhadroes brasileiros 
quando não exige dos órgãos de fiscalização que essa fiscalização seja feita e que 
se tenha um número de fiscais correspondente ao tamanho do problema. Tudo isso 
é resultado de uma política que prioriza os interesses das empresas. 
49 
 
É preciso reverter esse processo urgentemente. É isso é possível com decisões 
simples como a adequação dos equipamentos de trabalho, diminuição do ritmo de 
trabalho, rodízio de função, parada para descanso em determinados períodos da 
jornada e a adoção de uma política governamental de prevenção de doenças 
profissionais e de punição severa aos que privilegiam o lucro em detrimento de 
condições decentes de trabalho. E essa cartilha é o começo de uma luta que é de 
todos. 
 
O QUE SÃO DOENÇAS DO TRABALHO: 
 
São doenças geradas pelo exercício de determinada atividade ou profissão e tem 
relação direta com as condições de trabalho. 
 
O que é acidente de trabalho? 
 
É o acontecimento que ocorre pela realização do trabalho, provocando lesão 
corporal, ou distúrbio psicológico, e que cause a morte, a perda, ou redução 
temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 
 
Por que ocorrem? 
 
O aparecimento das doenças dos trabalhadores está ligado ao modo como o 
trabalho está organizado em nossa sociedade. De olho nos lucros, as empresas 
querem diminuir os custos da produção, reduzir o emprego e aumentar a 
produtividade. Para isso introduzem novas formas de organização, novas 
tecnologias e equipamentos, sem levar em conta as conseqüências para a saúde de 
quem trabalha. As Lesões por Esforços Repetitivos, as doenças mentais entre 
outras, são a conseqüência mais evidente de todo esse processo nos dias atuais. 
 
FATORES DE RISCO: 
 
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO? 
50 
 
• Trabalho automatizado, onde o trabalhador não tem controle sobre suas 
atividades. 
• Obrigatoriedade de manter o ritmo de trabalho acelerado para garantir a 
produção. 
• Trabalho onde cada um exerce uma única tarefa de forma repetitiva. 
• Trabalho sob pressão permanente das chefias. 
• Quadro reduzido de funcionários, com jornada prolongada e com freqüente 
realização de horas extras. 
• Ausências de pausas durante a jornada de trabalho. 
• Trabalho realizado em ambientes frios, ruidosos e mal ventilados. 
• Postos de trabalho e máquinas inadequadas, que obrigam a adoção de posturas 
incorretas do corpo durante a jornada de trabalho. 
• Equipamentos com defeito. 
• Tempo excessivo na mesma posição em pé. 
 
COMO PREVINIR AS DOENÇAS DO TRABALHO: 
 
Para preveni-las é preciso reestruturar o processo de trabalho. Para se chegar a 
esse estágio os trabalhadores deverão reivindicar: 
• Controle do ritmo de trabalho pelo trabalhador que o executa; variação das 
tarefas. 
• Definição do período da jornada de trabalho, com eliminação das horas extras. 
• Pausas durante a jornada de trabalho para que músculos e tendões descansem 
e se diminua o stress, sem que por isso haja aumento do ritmo ou volume de 
trabalho; 
• Adequação dos postos de trabalho para evitar a adoção de posturas corporais 
incorretas. O mobiliário e as máquinas devem ser ajustados às características 
físicas individuais dos trabalhadores; 
• Ambiente de trabalho com temperatura, ruído e iluminação adequados ao bem-
estar; 
• Vigilância da saúde dos trabalhadores com exames médicos voltados para 
aspectos clínicos e relativos a ossos e articulações; 
51 
 
• Cláusulas nos acordos de trabalho que privilegiem a prevenção de doenças do 
trabalho ou profissionais, tratamento e reabilitação dos trabalhadores; 
• Postura ética dos médicos da empresa e peritos do INSS no atendimento aos 
trabalhadores vítimas de doenças profissionais ou acidentes do trabalho. Em 
muitos casos, os médicos têm se negado a diagnosticar as Doenças do Trabalho 
e o Inss vem descumprindo suas próprias normas técnicas, criando obstáculos 
para caracterizá-las. 
 
O QUE É LER-DORT: 
 
LER significa Lesão por Esforço Repetitivo e é reconhecida também com o nome de 
DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (definição do INSS). 
 
A sigla foi criada para identificar um conjunto de doenças que atingem músculos, 
tendões e membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraço, braços e pescoço) 
e tem relação direta com as condições de trabalho. 
 
São inflamações provocadas por atividades do trabalho que exigem do trabalhador

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