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Origem e Evolução Legislativa da Seguridade Social

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Origem e Evolução Legislativa da Seguridade Social
A previdência social no Brasil pode ser dividida em 3 fases. Porém, antes do marco inicial em 1923, alguns sinais de proteção social já eram vistos: 
· A criação da primeira Santa Casa da Misericórdia, em 1543. (Instituição voltada para o tratamento e sustento de enfermos e inválidos).
· A criação do Montepio (pensão por morte) para a guarda de D. João VI, em 1808.
· A criação da 1º Constituição, em 1824, que tratava em um dos seus artigos sobre os “socorros públicos”. 
· A criação do Mongeral (Montepio Geral dos Servidores do Estado) entidade assemelhada à previdência privada.
1º Fase: Lei Eloy Chaves (CAPs) – 1923
O deputado Eloy Chaves, através do Decreto Legislativo 4.682 em 24 de janeiro de 1923, criou as CAPs (Caixa de Aposentadoria e Pensão) para as empresas ferroviárias. Embora não tenha sido a primeira norma jurídica a tratar de previdência social no Brasil, a data foi considerada o marco inicial e data comemorativa para o Dia da Previdência Social brasileira. 
As CAPs tinham natureza privada, organizada por empresa e de cunho voluntário. Contribuíam para o sistema os trabalhadores e empregadores, onde os benefícios contemplados eram de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária (atualmente chamada de aposentadoria por tempo de contribuição), pensão por morte, medicamentos com preços especiais e socorros médicos. 
Posteriormente, o sistema de Caixas de Aposentadoria e Pensões foi estendido a outros ramos de atividade, tais como portuários e marítimos (1926) e serviços telegráficos e radiotelegráficos (1928). Nessa sistemática, cada empresa criava e organizava sua própria Caixa de Aposentadoria e Pensão. 
Somente a partir da Lei Eloy Chaves é que passou a existir um sistema de Previdência Social no Brasil, com contribuições dos beneficiários e com os benefícios relacionados a cada risco social que possa acometer aquele assegurado. 
2º Fase: Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAPs) – 1933 
Na década de 30, o Estado brasileiro - governado pelo presidente Getúlio Vargas -, começou a assumir maior controle do sistema previdenciário. 
Em 1933, as Caixas de Aposentadoria e Pensão existentes no país foram unificadas e transformadas em Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs), uma forma de organização mais avançada. 
Os institutos eram autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal e organizadas em torno de categorias profissionais. Ou seja, o modelo de segmentação por empresas é abandonado e passa a ser adotado o modelo por categorias profissionais. Todas as Caixas de Aposentadoria e Pensão do ramo bancário, por exemplo, foram unificadas em um único Instituto Nacional de Aposentadoria e Pensão dos Bancários. 
O primeiro instituto a ser criado foi o dos marítimos através de um decreto-lei e cada IAP tinha sua própria legislação. 
A contribuição previdenciária também foi modificada, a Constituição de 1934 instituiu a tríplice forma de custeio, onde governo, empregadores e trabalhadores deveriam contribuir para a manutenção da Previdência Social. 
Com tantos Institutos de Aposentadoria e Pensão sendo criados, surgiu a necessidade de uniformizar a legislação previdenciária. Então, em 1960, foi divulgada a Lei 3.807, conhecido como Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que serviu para este fim. É importante registrar que a LOPS manteve a exclusão dos trabalhadores rurais e dos domésticos do sistema previdenciário.
Somente em 1963, através da Lei 4.214, foi criado o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL), que previa algum tipo de proteção – em formato de assistência social – a essa categoria de trabalhadores. 
Posteriormente, o FUNRURAL passou a ser uma autarquia federal que foi administrar a previdência dos trabalhadores rurais do Brasil. Os direitos dos trabalhadores rurais ainda eram defasados em relação aos direitos dos trabalhadores urbanos. O benefício da aposentadoria, por exemplo, era de meio salário mínimo. 
3º Fase: Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) – 1967
A estrutura administrativa dos IAPs gerava gastos excessivos aos cofres públicos. A ideia de um novo modelo, unificado e menos oneroso, era iminente. Então, após a subordinação legislativa pela Lei Orgânica de Previdência Social, estava aberto o caminho para o processo de universalização da Previdência Social no Brasil. 
Em 1966, mais precisamente em 21/11, foi divulgado o Decreto-Lei 72 que dizia em seu artigo 1º que “Os atuais Institutos de Aposentadoria e Pensões são unificados sob a denominação de Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). ” 
O Instituto Nacional de Previdência Social era uma autarquia, que cuidava de benefícios. Como exposto, foi o resultado da fusão dos vários institutos de aposentadoria e pensão que existiam no país, que por fim, consolidou o sistema previdenciário brasileiro. Seu vigor, previsto no decreto, era no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua publicação – o que coincidia com o 1º dia útil de 1967 (02/01/1967). 
A previdência social dos trabalhadores rurais somente foi instituída em 1971, com a criação do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), que utilizava recursos do FUNRURAL, por meio da Lei Complementar nº 11/1971.
Ainda na década 70, tivemos a inclusão dos empregados domésticos na Previdência Social e a criação da DATAPREV - Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social.
Com o tempo, percebeu-se a necessidade de criação de outros órgãos para aperfeiçoar a administração da Previdência. Foi então, que em 1977 criou-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), por meio da Lei 6.439, que possibilitou a integração das áreas de previdência social, assistência social e assistência médica, bem como a gestão das entidades ligadas ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).
O SINPAS agregava várias entidades relacionadas a seguridade social no Brasil, dentre elas: 
· INPS – Instituto Nacional de Previdência Social: autarquia concedia os benefícios;
· IAPS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social: autarquia responsável pelo recolhimento, ou seja, arrecadar contribuições previdenciárias e fiscalizar as empresas;
· INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social: autarquia responsável pela assistência médica para os beneficiários e dependentes da previdência social; 
· LBA – Legião Brasileira de Assistência: fundação voltada para a assistência social; 
· FUNABEM - Fundação Nacional do Bem-estar do Menor: fundação que cuidava dos menores carentes;
· DATAPREV - Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social: empresa pública que gerencia o processamento de dados da previdência social;
· CEME – Central de Medicamentos: órgão ministerial responsável pelo fornecimento gratuito de medicamentos; 
Dessas várias entidades, a DATAPREV é a única que ainda existe e continua atuando no sistema de processamento de dados. As demais foram extintas. 
A Constituição Federal de 1988 inaugurou o novo modelo de proteção social denominado de Seguridade Social, que é definido pelo art. 194 da CF/88 da seguinte forma: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
Também trouxe a uniformidade previdenciária em relação à zona urbana e rural. Onde passou-se a ter apenas um único regime de previdência que engloba trabalhadores urbanos e rurais. Esse regime se chama Regime Geral de Previdência Social. 
Uma observação relevante inclusa na CF/88 é a existência de uma previdência social separa do regime geral. São os regimes próprios de previdência social para os servidores ocupante de cargo efetivo. 
Em 12 de abril de 1990, a Lei 8.029, criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma autarquia federal que administra o regime geral de previdência social. O INSS decorreu da fusão do INPS (benefícios) com o IAPAS(custeio). 
Com a unificação do INPS com o IAPAS, em INSS, a atribuição de fiscalizar e arrecadar ficou a cargo da nova autarquia. Posteriormente, a Lei n. 11.098/2005 atribuiu à Secretaria da Receita Previdenciária, órgão do Ministério da Previdência Social, as competências relativas à arrecadação, à fiscalização, ao lançamento e à normatização de receitas previdenciárias. 
Pouco tempo depois, a Lei n. 11.457/2007 transferiu a competência de arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar as receitas previdenciárias para a Secretaria da Receita Federal do Brasil, órgão do Ministério da Fazenda. Em breve resumo, o INSS perdeu a competência para fiscalizar as receitas previdenciárias, sendo essa atribuição, atualmente, exercida pela Receita Federal.
Além da Constituição Federal de 1988, a legislação que atualmente regulamenta a seguridade social é composta das seguintes normas básicas: 
· Lei 8.212/1991 (Lei Orgânica da Seguridade Social): dispõem sobre a organização da Seguridade Social e instituiu seu plano de custeio;
· Lei 8.213/1991 (Plano de Benefícios da Seguridade Social): instituiu o Plano de Benefícios da Previdência Social;
· Lei 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS): dispõem sobre a organização da Assistência Social;
· Decreto nº 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social): regulamenta as leis 8.212/91 e 8.213/91.
Quadro Comparativo 
	1º Fase 
	CAP
	Entidade privada 
	Organizada por empresa
	Contribuição do empregador
e trabalhador 
	2º Fase
	IAP
	Entidade pública
	Organizada por categorias profissionais 
	Tríplice forma de custeio (Governo, empregador e trabalhador)
	3º Fase 
	INPS
	Autarquia federal 
	Fusão dos vários IAPs
	Tríplice forma de custeio (Governo, empregador e trabalhador)
Referências Bibliográficas
https://concursos.grancursosonline.com.br/hubfs/Direito%20Previdenci%C3%A1rio%20-%20Evolu%C3%A7%C3%A3o%20Hist%C3%B3rica%20da%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20Social%20-%20rev-1.pdf
https://professorceliocruz.jusbrasil.com.br/artigos/217784909/origem-e-evolucao-da-seguridade-social-no-brasil?ref=serp
https://supercassius.jusbrasil.com.br/artigos/165369799/breve-historico-da-seguridade-social-com-enfase-na-previdencia?ref=serp

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