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TELHADO VERDE

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TERESA ELANE BEZERRA LUZ 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DE PROPOSTA DE 
REGULAMENTAÇÃO PARA USO E IMPLANTAÇÃO DE 
TELHADOS VERDES EM NATAL-RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2017
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
Teresa Elane Bezerra Luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento de proposta de regulamentação para uso e implantação de telhados verdes 
em Natal-RN 
 
Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade 
Monografia, submetido ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte como parte dos requisitos 
necessários para obtenção do Título de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
 
Orientador: Profa. Dr. ª Ada Cristina Scudelari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal-RN 
2017
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede 
 
 Luz, Teresa Elane Bezerra. 
 Desenvolvimento de proposta de regulamentação para uso e 
implantação de telhados verdes em Natal-RN / Teresa Elane Bezerra 
Luz. - 2017. 
 55f.: il. 
 
 Monografia (Graduação) Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Centro de Tecnologia, Engenharia Civil, Natal, 2017. 
 Orientador: Ada Cristina Scudelari. 
 
 
 1. Telhados verdes - Monografia. 2. Alagamentos - Monografia. 
3. Manejo de águas pluviais - Monografia. 4. Legislação ambiental 
- Monografia. 5. Drenagem urbana - Monografia. I. Scudelari, Ada 
Cristina. II. Título. 
 
RN/UF/BCZM CDU 624 
 
 
 
 
 
 
Teresa Elane Bezerra Luz 
 
Desenvolvimento de proposta de regulamentação para uso e implantação de telhados verdes 
em Natal-RN 
 
Trabalho de conclusão de curso na modalidade 
Monografia, submetido ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte como parte dos requisitos 
necessários para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em 22 de novembro de 2017: 
 
 
___________________________________________________ 
Professora Dr. ª Ada Cristina Scudelari 
 
 
___________________________________________________ 
Professor Dr. Fagner Alexandre Nunes de França 
 
 
___________________________________________________ 
Eng. Eduardo Eiler Batista de Araújo 
 
 
 
Natal-RN 
 2017 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este sonho primeiramente a Deus, a toda a minha 
família pelo apoio incondicional, em especial aos meus 
avós e a meu tio que faleceram antes que este sonho se 
tornasse realidade e a todos os meus amigos que me 
acompanharam ao longo dessa jornada e sempre me 
ajudaram. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A meus pais, Francisco Gonçalves da Luz e Maria Sandra Bezerra de Sousa, por 
sempre me incentivarem e me ensinarem que a educação é um dos maiores tesouros que 
alguém pode ter. Ao meu irmão, meus primos e tios por todo o suporte, por todo o amor e 
carinho que me deram. 
As minhas melhores amigas, que sempre me ajudaram e confiaram em mim. Obrigado 
por todo o suporte que me deram ao longo dos nossos muitos anos de convivência, por me 
ajudarem a passar pelos momentos mais difíceis e por estarem sempre ao meu lado. 
A todos os amigos que fiz em Natal, que me ajudaram a me adaptar a uma nova 
cidade, a uma nova realidade e pela amizade que ofereceram ao longo desses 5 anos. 
A minha orientadora Dr. ª Ada Cristina Scudelari pela prestatividade e orientação 
contínua dedicadas a este trabalho. 
Aos convidados da Banca Examinadora, pela vontade em contribuir com este trabalho. 
A todos os professores que contribuíram para a minha formação, especialmente pela 
base sólida de conhecimentos e pela disciplina fornecidas pelo Colégio Incentivo e, 
principalmente ao Colégio São Lucas, por todo o suporte e todo conhecimento transmitido 
pelo corpo docente, em especial ao professor Lorenilson (Nilsinho), por todos os valores 
transmitidos, por todo o suporte que me deu e por me orientar nos momentos que precisei. 
 
 
 
 
 
 
“Todos os nossos sonhos podem se tornar 
realidade se tivermos a coragem de segui-
los”. 
 
Walt Disney 
RESUMO 
 
Desenvolvimento de proposta de regulamentação para uso e implantação de telhados 
verdes em Natal-RN 
 
A cidade de Natal possui vários problemas urbanos, dentre eles, destaca-se o 
surgimento de alagamentos em vários pontos da cidade, os quais atrapalham o tráfego de 
pedestres e veículos. Com o intuito de solucionar esse problema optou-se pela análise da 
implantação de telhados verdes nas edificações, visto que, além de ser uma tecnologia 
sustentável, possui como uma de suas principais características a capacidade de retenção de 
águas pluviais. Vários países, como Alemanha e França, vêm investindo na criação de 
legislações para incentivar o uso da cobertura vegetal, no entanto, no Brasil seu uso ainda não 
é muito difundido. O presente trabalho possui como objetivo elaborar uma proposta de 
regulamentação para o uso e implantação de telhados verdes em Natal, tendo como base as 
leis nacionais e internacionais criadas como forma de instigar o uso das coberturas vegetais, 
bem como o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais da Cidade do Natal. 
 
 
Palavras-chave: Telhados verdes, alagamentos, manejo de águas pluviais, legislação 
ambiental, Natal, drenagem urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Development of a regulation proposal for the use and implantation of green roofs in 
Natal-RN 
 
The city of Natal has several urban problems, among them, the emergence of floods in 
various parts of the city, which hinder pedestrian traffic and vehicles. In order to solve this 
problem, it was decided to study the implantation of green roofs in buildings, since, in 
addition to being a sustainable technology, it has as one of its main characteristics the 
capacity of retention of rainwater. Several countries, such as Germany and France, have been 
investing in the creation of legislation to encourage the use of plant cover, however, in Brazil 
its use is not yet widespread. The present work aims to elaborate a proposal of regulation for 
the use and implantation of green roofs in Natal, based on national and international laws 
created as a way to instigate the use of vegetation cover, as well as the Drainage and 
Management Master Plan of Storm Waters of the City of Natal. 
 
Keywords: Green roofs, floods, storm water management, environmental law, Natal, urban 
drainage. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14 
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS................................................................................................... 14 
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 16 
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 16 
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 16 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................ 17 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 18 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO ....................................................................................................... 18 
2.2 SUSTENTABILIDADE ........................................................................................................... 19 
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS TELHADOS VERDES ............................................................................20 
2.4 PROPRIEDADES DOS TELHADOS VERDES ............................................................................ 22 
2.4.1 Conforto Térmico ............................................................................................... 23 
2.4.2 Isolamento Acústico ........................................................................................... 25 
2.4.3 Retenção de Poluentes ........................................................................................ 26 
2.4.4 Redução das Ilhas de Calor ................................................................................ 27 
2.4.5 Retenção de Águas Pluviais ............................................................................... 27 
2.5 LIMITAÇÕES DO USO DE TELHADOS VERDES ....................................................................... 29 
2.5.1 Custo do Sistema de Telhados Verdes ............................................................... 29 
2.5.2 Manutenção ........................................................................................................ 30 
2.5.3 Aumento da Biodiversidade ............................................................................... 31 
2.5.4 Falta de Incentivos .............................................................................................. 32 
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 32 
3.1 ANÁLISE DE LEGISLAÇÕES INTERNACIONAIS ..................................................................... 32 
3.1.1 Europa e Ásia...................................................................................................... 32 
3.1.2 América do Norte ............................................................................................... 34 
3.1.3 América do Sul ................................................................................................... 38 
3.2 ANÁLISE DE LEGISLAÇÕES NACIONAIS .............................................................................. 38 
3.2.1 Região Sul .......................................................................................................... 39 
3.2.2 Região Sudeste ................................................................................................... 40 
3.2.3 Região Centro-Oeste........................................................................................... 41 
3.2.4 Região Nordeste ................................................................................................. 42 
3.3 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR DE DRENAGEM .................................................................... 42 
4 RESULTADOS .................................................................................................................. 45 
5 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 47 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 48 
7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Climograma de Natal ............................................................................................ 15 
Figura 02 – Alagamento no Viaduto do Quarto Centenário ..................................................... 16 
Figura 03 – Jardins Suspensos da Babilônia ............................................................................ 18 
Figura 04 – Composição do sistema de telhado verde ............................................................. 20 
Figura 05 – Comparação das características dos sistemas de telhados verdes ......................... 22 
Figura 06 - Comparação entre os valores médios da temperatura superficial interna na laje 
comum (LC) e na cobertura vegetal (CV) ................................................................................ 24 
Figura 07 – Comportamento dos telhados verdes quando submetidos a radiação solar .......... 25 
Figura 08 – Comparação dos coeficientes de absorção sonora de sistemas de telhados verdes 
alveolares e hexa ....................................................................................................................... 26 
Figura 09 – Comportamento do escoamento superficial no telhado convencional e no telhado 
verde ......................................................................................................................................... 28 
Figura 10 – Comparação do volume de água escoada em três tipos diferentes de coberturas . 29 
Figura 11 – Aedes Aegypti ........................................................................................................ 31 
Figura 12 – Relação dos pontos críticos - Zona Leste .............................................................. 43 
Figura 13 – Relação dos pontos críticos - Zona Oeste ............................................................. 44 
Figura 14 – Relação dos pontos críticos - Zona Sul ................................................................. 44 
Figura 15 – Relação dos pontos críticos - Zona Norte ............................................................. 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE QUADROS 
 
Quadro 01– Legislações relativas ao uso de telhados verdes na Europa.................................. 33 
Quadro 02 – Legislações relativas ao uso de telhados verdes na Ásia ..................................... 34 
Quadro 03 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes no Canadá ................................ 35 
Quadro 04 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes nos Estados Unidos (EUA) ...... 36 
Quadro 05 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes nos Estados Unidos (EUA) ...... 37 
Quadro 06 – Legislação acerca o uso de telhados verdes na América do Sul .......................... 38 
Quadro 07 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Sul .............. 39 
Quadro 08 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Sudeste ....... 40 
Quadro 09 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Centro-Oeste
 .................................................................................................................................................. 41 
Quadro 10 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Nordeste ..... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE TABELAS 
 
Tabela 01 - Comparação dos custos e prazos de execução de três tipos de telhados ............... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIMBOLOGIA 
 
SÍMBOLO SIGNIFICADO 
 CV Cobertura vegetal 
LC 
sf. 
sq.ft 
Laje comum 
Um pé quadrado (unidade de área) 
Um pé quadrado (unidade de área) 
Ta Temperatura ambiente 
Trm Temperatura radiante média 
UR Umidade relativa 
Vr Velocidade relativa do ar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Considerações Iniciais 
 
A revolução industrial que ocorreu no século XIX propiciou o surgimento de diversas 
fábricas e com elas também surgiram várias ofertas de emprego. Devido a isso, houve uma 
grande migração de pessoas da zona rural para a zona urbana. No entanto, essa migração 
ocorreu de forma desordenada, ou seja, as cidades não estavam preparadas para abrigar essas 
pessoas e, em virtude disso, os problemas urbanos existentes nas cidades se intensificaram. 
Apesar de haver passado vários anos desde essa migração do campo para as cidades, 
estas ainda possuem diversos problemas, tais como poluição, ilhas de calor, inversão térmica, 
enchentes e alagamentos. 
Além dos problemas urbanos, a sociedade atualtambém está enfrentando diversos 
problemas ambientais, como o efeito estufa e a escassez dos recursos naturais. Em virtude 
disso, vem-se investindo cada vez mais em tecnologias sustentáveis, com a finalidade de 
preservar os recursos naturais e mitigar os impactos ambientais. 
Segundo Roaf (2014) o mundo precisa modificar seu conceito de construir, é 
necessário o desenvolvimento de um novo tipo de projetista, capaz de integrar arquitetura, 
engenharia e sustentabilidade em um único projeto, com o intuito de criar edificações 
sustentáveis utilizando materiais renováveis, minimizando desta forma os impactos 
ambientais das edificações. 
Nesse contexto, o sistema de telhados verdes surge como uma tecnologia sustentável 
capaz de auxiliar a resolver os problemas existentes nas cidades, uma vez que absorve o 
dióxido de carbono (CO₂), retém parte das águas pluviais, é um isolante térmico e acústico e 
proporciona um aumento na biodiversidade local (RIOS, 2016). 
Devido à preocupação crescente com o meio ambiente, vários países já desenvolveram 
leis referentes ao uso do sistema de telhados verdes. Essas leis vão desde incentivos fiscais 
fornecidos para as pessoas que utilizam telhados verdes até a obrigação da utilização deste em 
edificações (RIOS, 2016). 
Dentre os países que possuem legislações relativas ao uso de telhados verdes, 
destacam-se o Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Japão. No Brasil, algumas 
cidades também já criaram legislações semelhantes. Um exemplo disso é a cidade de Recife, 
15 
 
que em 2015 aprovou uma lei que obriga o uso de telhados verdes em prédios com mais de 
400 m² de área construída, Lei 18.112/2015 (RIOS, 2016). 
A cidade de Natal possui elevados índices pluviométricos no período de março a julho, 
como é possível observar na Figura 01. 
 
Figura 01 – Climograma de Natal 
 
 
 
 
 
Devido à grande quantidade de precipitações nesse período e a ineficácia do sistema 
de drenagem da cidade, é possível observar o surgimento de alagamentos em vários pontos da 
cidade, os quais atrapalham o tráfego de veículos e pedestres, como é possível visualizar na 
Figura 02, na qual o Viaduto do Quarto Centenário, situado na zona sul de Natal, está 
alagado, dificultando a passagem dos veículos na área. 
 
Fonte: Adaptado de CLIMATE-DATE.ORG <https://pt.climate-data.org/location/2030/>. 
Acesso em: 12 jun. 2017. 
16 
 
Figura 02 – Alagamento no Viaduto do Quarto Centenário 
 
 
 
 
 
O uso do sistema de telhados verdes nas edificações em Natal poderia ser uma forma 
de evitar que esses alagamentos ocorressem, uma vez que uma de suas principais 
características é a capacidade de retenção de águas pluviais, o que aliviaria o sistema de 
drenagem urbano. 
 
1.2 Objetivos 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
Elaborar uma proposta de regulamentação para o uso e implantação do sistema de 
telhados verdes na cidade do Natal. 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
 
Os objetivos específicos que se pretende alcançar são: 
 Analisar as leis existentes no Brasil acerca o uso de telhados verdes; 
 Analisar leis internacionais referentes ao uso do sistema de telhados verdes; 
Fonte: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO 
<http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/07/chuva-
causa-mais-de-100-pontos-de-alagamento-em-natal-diz-defesa-civil 
.html>. Acesso em: 29 maio 2017. 
17 
 
 Analisar as características do sistema de telhados verdes com base em 
pesquisas realizadas sobre o assunto; 
 Realizar um estudo do Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais 
da Cidade do Natal (PDDMA). 
 
1.3 Estrutura do Trabalho 
 
O presente trabalho está subdividido em sete capítulos, conforme a seguinte descrição. 
O Capítulo 1 é composto pela introdução, seguida pela apresentação dos objetivos e da 
estrutura do trabalho. 
O Capítulo 2 apresenta a revisão bibliográfica, contendo um breve contexto histórico 
dos telhados verdes, suas principais propriedades e algumas desvantagens do seu uso. 
O Capítulo 3 contém a metodologia, na qual é feita uma análise das legislações 
internacionais acerca o uso de telhados verdes, bem como uma análise das legislações 
existentes no Brasil. Nesse capitulo ainda é feito um estudo do Plano Diretor de Drenagem de 
Natal (PDDMA), ressaltando os principais pontos de alagamento da cidade. 
O Capítulo 4 é composto pelos resultados, neste caso, a proposta de regulamentação 
relativa ao uso de telhados verdes em Natal, considerando os dados obtidos por meio da 
análise das legislações bem como o estudo do Plano Diretor de Drenagem de Natal 
(PDDMA). 
O Capítulo 5 apresenta as discussões, onde é feita uma análise da proposta de 
regulamentação desenvolvida, comparando-a com outras legislações semelhantes, ressaltando 
suas particularidades. 
O Capítulo 6 contém a conclusão, onde é feita uma síntese de todo o assunto abordado 
anteriormente e são apresentadas as considerações finais acerca do tema abordado. 
O Capítulo 7 apresenta as referências dos textos utilizados para o desenvolvimento do 
presente trabalho. 
 
 
 
 
 
18 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 Contexto Histórico 
 
O uso do sistema de telhados verdes é uma técnica que vem sendo difundida na 
atualidade devido a crescente preocupação com o meio ambiente e com o desenvolvimento 
sustentável. No entanto, os telhados verdes não constituem uma inovação tecnológica, visto 
que os mesmos já eram utilizados na antiguidade. O primeiro registro que se tem do uso do 
sistema de telhados verdes está datado em meados de 600 a.C. e se deu na Babilônia, com a 
criação dos jardins suspensos, conforme ilustra a Figura 03. 
 
Figura 03 – Jardins Suspensos da Babilônia 
 
Fonte: ARCHITECTUREIMG.COM<http://architectureimg.com 
/hanging-gardens-babylon-babylone-vegetation-bird-view-perpsp 
ective-buildings-walls-images/>. Acesso em: 08 out. 2017. 
 
Apesar de ser uma técnica antiga, as primeiras pesquisas sobre o sistema de telhados 
verdes só foram realizadas na década de 1960 na Alemanha e na Suíça. Contudo, foi na 
Alemanha que houve grandes avanços no desenvolvimento de técnicas construtivas e novos 
materiais que poderiam ser empregados na composição dos telhados verdes, devido ao 
investimento do governo nas pesquisas durante a década de 1970, o que gerou um aumento do 
uso de telhados verdes no país (MAGILL, 2011). 
19 
 
Um exemplo disso foi a fundação da FLL (Forschungsgesellschaft 
Landschaftsentwicklung Landschaftsbau) na Alemanha, que tinha como objetivo estudar o 
uso do sistema de telhados verdes considerando a tipologia extensiva e intensiva e 
descrevendo o grau de sustentabilidade e a quantidade de manutenção exigida por cada tipo 
de vegetação (PEREIRA, 2017). 
Além da Alemanha, outros países, tais como Estados Unidos e Canadá, começaram a 
desenvolver legislações e regulamentos, bem como a oferecer benefícios a quem utilizasse 
telhados verdes. No Brasil, esse sistema ainda não é muito empregado, no entanto, algumas 
cidades, como Recife, vem implementando legislações relativas ao seu uso, de forma a 
promover o desenvolvimento sustentável e auxiliar na disseminação do sistema. 
 
2.2 Sustentabilidade 
 
Atualmente, nota-se que a população está cada vez mais preocupada com a 
conservação do meio ambiente. Isto se deve ao fato do agravamento dos efeitos do 
aquecimento global bem como a crescente escassez de recursos naturais. Em virtude disto, os 
investimentos em tecnologias sustentáveis vêm aumentando com o passar dos anos. 
Segundo Salgado (2012) apenas recentemente o Brasil deu seus primeiros passos rumo 
ao uso de tecnologias sustentáveis na construção civil. Também afirma que é necessário que 
os profissionais e as empresas se organizem de forma diferente, considerando fazer os 
projetos de forma integrada, para elaborarem projetos e construções de edificações 
sustentáveis. 
Segundo Corrêa (2009), para um empreendimento ser consideradosustentável tem que 
se adequar a quatro requisitos básicos: 
 Adequação ambiental; 
 Viabilidade econômica; 
 Justiça social; e 
 Aceitação cultural. 
Foram criados em vários países selos de sustentabilidade, os quais certificam produtos 
e serviços que levam em conta a preservação ambiental. No Brasil, a Caixa Econômica 
Federal criou o Selo Casa Azul com o objetivo de promover o uso racional de recursos 
naturais nas edificações e a melhoria da qualidade das habitações. A vantagem de se adquirir 
20 
 
esse selo é que é uma forma de comprovar que o empreendimento é de qualidade e é 
sustentável, agregando assim valor no preço de venda. 
 
2.3 Classificação dos telhados verdes 
 
De forma geral, o sistema de telhados verdes é composto pelas seguintes camadas: 
 Camada impermeabilizante; 
 Proteção contra raízes; 
 Proteção mecânica; 
 Camada drenante; 
 Camada filtrante; 
 Substrato; e 
 Vegetação. 
 
Figura 04 – Composição do sistema de telhado verde 
 
Fonte: 2010STUDIO <http://2030studio.com/telhado-verde-
uma-opcao-sustentavel/>. Acesso em: 29 maio 2017. 
 
De acordo com Baldessar (2012), a camada impermeabilizante tem como função 
impedir a passagem de água da cobertura para a estrutura da edificação, evitando infiltrações, 
as quais podem levar a redução da vida útil da edificação, além de gerar transtornos aos 
habitantes. Já camada drenante possui como finalidade recolher o excesso de água que não foi 
absorvida pelas plantas nem pelo substrato, e encaminha-la para o sistema de águas pluviais, 
21 
 
além disso, nos períodos de estiagem atuam retendo parte da água da chuva necessária para a 
sobrevivência das plantas (TASSI et al., 2014). 
A camada filtrante tem como finalidade separar o substrato da camada drenante, 
impedindo que as partículas finas cheguem aos drenos e possam obstrui-lo. Para que possa 
atuar de forma eficaz, o material empregado na sua composição deve apresentar elevada 
permeabilidade à água, uma boa resistência à ação mecânica das raízes e neutralidade química 
e biológica evitando reações com o substrato (SANTOS, 2012). 
A finalidade da camada de proteção contra raízes é prevenir a perfuração da estrutura, 
sob a qual foi implantada o telhado verde, pelas raízes das plantas, aumentando desta forma a 
vida útil da estrutura da cobertura bem como diminuindo as chances de haver infiltrações 
(SANTOS, 2012). 
Segundo Pereira (2017), a proteção mecânica tem como finalidade proteger a camada 
impermeabilizante contra a exposição à radiação ultravioleta e as altas temperatura que 
podem levar a uma quebra da composição química da membrana, além disso, também fornece 
proteção contra eventuais danos mecânicos. 
O substrato é a camada responsável por fornecer os nutrientes, bem como, pela 
retenção de água, os quais são necessários para sobrevivência das plantas (PEREIRA, 2017). 
Por fim, a vegetação atua interceptando uma parcela da chuva, evitando que ela atinja o solo. 
Por meio do processo de evapotranspiração que estas realizam, ocorre uma perda de água para 
a atmosfera, potencializando a capacidade de retenção de água no substrato. Adicionalmente, 
a vegetação retarda o escoamento superficial, que passa a ocorrer quando o substrato atinge a 
saturação (TASSI et al., 2014). 
De acordo com a International Green Roof Association (IGRA), os telhados podem 
ser classificados em: 
 Extensivos; 
 Semi-intensivos; 
 Intensivos. 
A Figura 05 apresenta de forma resumida uma comparação das principais 
características de cada um dos tipos de sistemas de telhado verde de acordo com o IGRA. 
 
22 
 
Figura 05 – Comparação das características dos sistemas de telhados verdes 
 
Fonte: Pereira (2017) 
 
Segundo Berardi (2014, apud PEREIRA, 2017, p.16) “O tipo de cobertura verde 
escolhido deve ser adequado ao edifício, devendo ser tidos em conta vários fatores, como o 
uso, o tipo de vegetação e os requisitos de manutenção pretendidos, a capacidade estrutural do 
edifício, o clima da região e os métodos de execução”. 
 
2.4 Propriedades dos Telhados Verdes 
 
O sistema de telhados verdes como tecnologia sustentável é capaz de auxiliar a 
resolver alguns dos problemas existentes nas cidades, uma vez que absorve o dióxido de 
carbono (CO₂), retém parte das águas pluviais, é um isolante térmico e acústico e proporciona 
um aumento na biodiversidade local. Nos itens a seguir serão discutidos alguns dos itens 
acima citados, de forma a mostrar as características dessa tecnologia de forma mais detalhada. 
 
 
 
23 
 
2.4.1 Conforto Térmico 
 
Segundo a ASHRAE (American Society of Heating, Refrigeration and Air 
Conditioning Engineers), o conforto térmico pode ser definido como “o estado da mente que 
expressa satisfação do homem com o ambiente térmico que o circunda”. É resultado da 
combinação de diversos fatores, tais como a temperatura radiante média (Trm), umidade relativa 
(UR), temperatura do ambiente (Ta), velocidade relativa do ar (Vr), bem como a atividade que 
está sendo desenvolvida e a vestimenta usada pelas pessoas (ESPÍNOLA, 2010). 
No Brasil, a norma NBR 15220/2005 diz respeito ao conforto térmico de edificações e 
estabelece diretrizes para a adequação climática de habitações unifamiliares de interesse social de 
até três pavimentos, considerando parâmetros tais como tamanho das aberturas para ventilação, 
proteção das aberturas, vedações externas (tipo de parede externa e tipo de cobertura) e estratégias 
de condicionamento térmico passivo. (ABNT, 2005) 
A criação da NBR 15220/2005 permite perceber que há uma preocupação com o 
conforto térmicos das edificações, uma vez que o Brasil é um país de clima tropical e a maior 
parte de seu território nacional está submetida a temperaturas elevadas durante uma grande 
parte do ano (RIBEIRO, 2017). Portanto, visando obter o conforto térmico das edificações, o 
telhado verde surge como alternativa, visto que a cobertura vegetal (CV) apresenta menores 
flutuações de temperatura e umidade ao longo do dia comparado a laje comum (LC), sendo 
capaz de reduzir em até 4°C a temperatura interna das edificações nos períodos mais quentes 
do ano, conforme é possível observar na Figura 06, a qual ilustra o resultado de uma pesquisa 
realizada na cidade de São Carlos, em São Paulo, a respeito do desempenho térmico das 
coberturas vegetais no ano de 2004. 
24 
 
Figura 06 - Comparação entre os valores médios da 
temperatura superficial interna na laje comum (LC) e 
na cobertura vegetal (CV) 
 
Fonte: Morais (2004) 
 
Essa redução de temperatura proporcionada pelos telhados verdes possibilita 
minimizar gastos com energia, uma vez que diminui a necessidade de utilização de ar-
condicionado para tornar a temperatura do ambiente confortável. A Figura 07 ilustra o 
comportamento dos telhados verdes quando submetidos a radiação solar, possibilitando 
observar que a maior parte da radiação incidente nos telhados verdes é refletida por estes e 
parte é absorvida para a realização da fotossíntese. 
 
25 
 
Figura 07 – Comportamento dos telhados verdes quando submetidos a radiação solar 
 
Fonte: Adaptado de Rios (2016) 
 
Além de proporcionar conforto térmico, os telhados verdes proporcionam um aumento 
da vida útil das edificações, uma vez que protegem as membranas de impermeabilização da 
cobertura das temperaturas elevadas, da radiação ultravioleta e da eventual deterioração, de 
forma que a vida útil da membrana de impermeabilização pode se tornar até duas vezes 
superior à de uma cobertura tradicional (PEREIRA, 2017). 
 
2.4.2 Isolamento Acústico 
 
Nos meios urbanos, a população é constantemente submetida a ruídos, os quais podem 
ser oriundos de diversas fontes, tais como automóveis, vizinhos, canteiros de obras, igrejas, 
entre outros, e muitas vezes o volume desses ruídos superam os níveis adequados ao ser 
humano, podendo gerar incômodo e causar efeitos danosos de audição.Com o intuito de preservar a qualidade de vida da população, foram criadas algumas 
leis para regulamentar a emissão de ruídos, dentre elas, pode-se citar a Resolução CONAMA 
n° 01/90 e a NBR 10151/2000, as quais estabelecem os níveis de ruído considerados acetáveis 
para preservação da saúde humana. Além dessas normas, a NBR 10152/1987 a qual 
estabelece os níveis de ruído que podem ser produzidos em construções e reformas de 
edificações. 
Segundo Piovesan (2013), uma das características dos telhados verdes é o isolamento 
acústico, visto que possuem uma boa eficácia na absorção sonora a altas frequências, o que 
pode ser comprovado pelos altos coeficientes de absorção sonora que as coberturas vegetais 
26 
 
apresentam. Ainda segundo Piovesan (2013), essa característica se deve a porosidade do 
substrato que torna possível as ondas sonoras entrarem em seu meio, o que torna os telhados 
verdes uma boa alternativa para o controle do ruído urbano. A Figura 08 apresenta uma 
comparação dos coeficientes de absorção sonora para diferentes sistemas de telhados verdes, 
obtidos por meio de ensaios realizados em uma câmara reverberante situada no Laboratório de 
Engenharia Acústica da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 
2013. 
 
Figura 08 – Comparação dos coeficientes de absorção sonora de sistemas de telhados verdes 
alveolares e hexa 
 
Fonte: Piovesan (2013) 
 
2.4.3 Retenção de Poluentes 
 
Uma importante característica das plantas é a fotossíntese, processo pelo qual as 
plantas sintetizam a matéria orgânica, ou seja, produzem seu próprio alimento. A fotossíntese 
consiste em um processo físico-químico no qual as plantas utilizam o dióxido de carbono 
(CO₂) presente na atmosfera para produzir oxigênio (O₂) e glicose (C₆H₁₂O₆), sendo que o 
oxigênio será liberado para a atmosfera. Logo, ao absorver o dióxido de carbono da atmosfera 
e liberar oxigênio, a cobertura vegetal contribui na retenção de poluentes, visto que o dióxido 
de carbono é um dos principais poluentes. 
27 
 
“As coberturas verdes contribuem para reduzir a poluição de duas maneiras: 
controlar as variações de temperatura de um edifício reduzindo o 
aquecimento e a procura de ar condicionado, portanto menos dióxido de 
carbono é libertado das centrais energéticas, a outra é a fotossíntese das 
plantas que absorvem o dióxido de carbono do ar e armazenam em 
biomassa”. (BIANCHINE, 2012, apud PEREIRA, 2017) 
De acordo com uma pesquisa realizada em Chicago, um total de 1675 kg de poluentes 
do ar foi removido por 19,8 ha de telhados verdes em um ano, ou seja, a remoção anual por 
hectare de telhado verde foi de 85 kg/ha/ano. Os autores da pesquisa ainda afirmam que a 
quantidade de poluentes removidos aumentaria para 2046,89 toneladas se todos os telhados 
em Chicago fossem cobertos com telhados verdes intensivos (YANG, 2008). 
 
2.4.4 Redução das Ilhas de Calor 
 
As ilhas de calor são um fenômeno climático que ocorre geralmente nas grandes 
cidades, onde a temperatura média costuma ser mais elevada do que nos seus arredores. Suas 
principais causas são: 
 Capacidade elevada de absorção de calor de materiais como asfalto e concreto; 
 Impermeabilização do solo urbano; 
 Poluição atmosférica que retém a radiação solar, causando o aquecimento da 
atmosfera; 
 Falta de cobertura vegetal, que mantém baixa a taxa de evaporação. 
Nesse contexto, os telhados verdes podem ser utilizados como uma medida mitigadora 
dos efeitos das ilhas de calor. Segundo Catuzzo (2013), os telhados verdes absorvem e 
emitem parte da radiação solar, bem como contribuem para o aumento da umidade do ar em 
decorrência da evaporação e da evapotranspiração, reduzindo os impactos das ilhas de calor. 
 
2.4.5 Retenção de Águas Pluviais 
 
As áreas urbanas das cidades brasileiras se caracterizam, em sua maioria, por 
apresentarem uma grande quantidade de áreas impermeáveis, com isso, durante os eventos 
chuvosos, há um aumento do escoamento de águas pluviais, o que muitas vezes ocasiona uma 
sobrecarga no sistema de drenagem urbana, podendo dar origem a pontos de alagamentos pela 
cidade (PEREIRA, 2017). 
https://www.infoescola.com/fisico-quimica/evaporacao/
28 
 
A capacidade de retenção de águas pluviais é uma das propriedades dos telhados 
verdes. Durante um evento chuvoso, parte da água precipitada é absorvida pela cobertura 
vegetal até que o substrato atinja o ponto de saturação, dando início ao escoamento superficial 
da água. Ao absorver as águas pluviais, os telhados verdes retardam a vazão de pico, 
auxiliando assim os sistemas de drenagem (PEREIRA, 2017). Esse fato pode ser observado 
nas Figuras 09 e 10, onde a primeira retrata os resultados de um estudo realizado no Rio de 
Janeiro em 2009, utilizando um simulador de chuva, já a segunda fornece os resultados de 
uma pesquisa, realizada em Curitiba em 2012, sobre o volume de água escoada. 
 
Figura 09 – Comportamento do escoamento superficial no telhado 
convencional e no telhado verde 
 
Fonte: Oliveira (2009) 
 
Na Figura 09 é possível observar que para uma chuva de intensidade 42 mm/h há um 
retardo de cerca de três minutos na vazão de pico com a utilização do telhado verde. Já na 
Figura 10, é possível notar que com a aplicação das coberturas vegetais há um menor volume 
de água escoada se comparada a laje impermeável e a telha de barro. 
29 
 
Figura 10 – Comparação do volume de água escoada em três tipos diferentes de coberturas 
 
Fonte: Adaptado de Baldessar (2012) 
 
De acordo com um estudo realizado em Edimburgo, na Escócia, os telhados verdes 
reduzem consideravelmente o escoamento de chuva anual e sazonal, com um coeficiente de 
escoamento anual variando entre 23% e 38%. O estudo ainda aponta que a espessura do 
substrato é o fator mais influente sob o volume de água retida, no entanto, a inclinação do 
telhado também interfere nesse valor (UHL, 2008). 
Segundo Tassi et al. (2014), o telhado verde, comparado ao telhado convencional, 
pode reduzir em média 62% dos volumes escoados superficialmente, além disso, a capacidade 
de armazenamento média de água no telhado verde, com espessura do substrato de 8 cm, 
corresponde a cerca de 12,1 mm/m², sendo diretamente afetada pelas condições climáticas e 
pela umidade antecedente do solo. 
 
2.5 Limitações do uso de telhados verdes 
 
Apesar dos vários benefícios advindos do uso do sistema de telhados verdes, estes 
possuem algumas desvantagens, são elas o custo, a necessidade de manutenção, o aumento da 
biodiversidade e a falta de incentivos a implementação. 
 
2.5.1 Custo do Sistema de Telhados Verdes 
 
Segundo estudo realizado por Morais (2013), comparando os preços de implantação de 
diferentes tipos de cobertura (telhado de fibrocimento, telhado cerâmico e telhado verde) e 
30 
 
seus prazos de execução para uma área de 50 m², conclui-se que o sistema de telhados verdes 
é o que possui o maior custo de implantação. A Tabela 01 mostra os valores obtidos no estudo 
realizado na cidade de Porto Alegre. 
 
Tabela 01 - Comparação dos custos e prazos de execução de três tipos de 
telhados 
Cobertura Custo Total (R$) Prazo total (h) 
Telhado de fibrocimento 4270,43 67,20 
Telhado cerâmico tipo francesa 6198,50 125,20 
Telhado verde 7731,89 54,00 
Fonte: Adaptado de Morais (2013) 
 
Apesar do custo elevado, o uso do telhado verde se justifica, pois proporciona uma 
economia de energia em relação a necessidade de equipamento para resfriamento e 
aquecimento dos ambientes, além disso também reduz a necessidade de utilização de 
materiais isolantes térmico e acústico (WILLES, 2014). Portanto, pode-se concluir que apesar 
do elevado custo inicial, os telhados verdes podem propiciar um retorno financeiro a longo 
prazo. 
 
2.5.2 Manutenção 
 
Além dos custos de implantação dos telhados verdes, tem-se que levar em conta o 
custo de manutenção dos mesmos. Os telhados verdes intensivos,por possuírem vegetação de 
maior porte necessitam de mais cuidados, tais como irrigação, poda, entre outros cuidados. Já 
os telhados extensivos são idealizados para serem autossustentáveis, no entanto, ainda 
requerem certos cuidados, como irrigação em períodos de estiagem e até mesmo fertilização 
(NAGASE, 2013, apud PEREIRA, 2017). 
Dentre as atividades de manutenção, a limpeza é uma das ações mais importantes, 
visto que determina a evolução de certos acontecimentos, como acumulação de detritos e 
crescimento de ervas daninhas que levariam ao surgimento de problemas no sistema. De 
forma geral, a limpeza é uma atividade que deve ser conduzida de forma adequada, para que 
nenhum elemento construtivo do telhado seja danificado (COELHO, 2014). 
 
 
31 
 
2.5.3 Aumento da Biodiversidade 
 
A implantação de telhados verdes nas coberturas das edificações cria habitats para 
espécies animais, como certas aves, insetos e outros pequenos animais, o que pode gerar 
incômodo para os ocupantes das habitações. Segundo Furquim (2013), nos períodos chuvosos 
é comum haver um aumento significativo no número de insetos, visto que corresponde ao 
período de reprodução destes. Apesar da grande maioria dos insetos ser inofensiva, algumas 
espécies podem ocasionar sérios riscos à saúde humana. A Figura 11 mostra o Aedes Aegypti, 
vetor de doenças como a dengue e febre amarela. Esse inseto é muito comum em locais 
úmidos, uma vez que necessita de água para depositar seus ovos. 
 
Figura 11 – Aedes Aegypti 
 
Fonte: E-RMETEO< http://www.emiliaromagnameteo. 
com/caldo-e-clima-umido-le-zanzare-e-le-moscheringraziano-
invasione-nei-lidi-ravennati/>. Acesso em: 08 out. 2017. 
 
Além de atrair insetos, as coberturas vegetais também atraem muitos animais 
polinizadores, como é o caso de morcegos e certas aves, que além de poderem ocasionar 
doenças, também podem trazer consigo sementes que ao entrarem em contato com a cobertura 
vegetal, encontrando condições favoráveis para germinar, podem dar origem a ervas daninhas, 
sendo, portanto, necessário realizar a remoção das mesmas, aumentando assim os custos com 
manutenção. 
32 
 
2.5.4 Falta de Incentivos 
 
O sistema de telhados verdes é uma tecnologia sustentável que vem sendo utilizada 
desde a antiguidade, contudo, foi apenas no final do século XX que seu uso começou a ser 
difundido, tendo-se em vista a crescente preocupação com o meio ambiente e o 
desenvolvimento sustentável (MAGILL, 2011). Vários países criaram leis de incentivo ao uso 
de telhados verdes, como Alemanha, Canadá e França, oferecendo benefícios ou tornando seu 
uso obrigatório (RIOS, 2016). 
No Brasil, os telhados verdes começaram a ser empregados somente no final da 
década de 1990, mas apenas recentemente algumas cidades começaram a criar leis referentes 
ao uso da cobertura vegetal de forma a incentivar seu uso. Devido ao fato de não ser uma 
tecnologia amplamente utilizada, não há muitas empresas especializadas na implantação de 
telhados verdes, o que torna o valor de implantação mais elevado. 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 Análise de Legislações Internacionais 
 
Neste item serão analisadas algumas das leis, relativas ao uso de telhados verdes, que 
foram implementadas ou estão em processo de tramitação em países estrangeiros, com o 
intuito de identificar a ferramenta mais utilizada como forma de incentivar o uso de 
coberturas vegetais. 
 
3.1.1 Europa e Ásia 
 
Por meio da análise da legislação vigente na Europa e na Ásia, pode-se perceber que o 
recurso mais utilizado como forma de disseminação dos sistemas de telhados verdes foi a 
criação de leis que preveem a obrigatoriedade do uso de telhados verdes. Também se 
observou que dentre os países analisados, a Itália foi o único país que desenvolveu uma norma 
visando estabelecer requisitos e condições de uso da cobertura vegetal. O Quadro 01 e 02 
apresentam algumas das principais leis implantadas na Europa e Ásia relativas ao uso de 
coberturas vegetais. 
 
33 
 
Quadro 01– Legislações relativas ao uso de telhados verdes na Europa 
País Cidade Lei Descrição 
Dinamarca Copenhagen 
Mandatory Green 
Roof Policy (RIOS, 
2016) 
Requer que todos os 
novos edifícios que 
possuírem cobertura 
plana ou com inclinação 
menor que 30°, público 
ou privado, sejam 
vegetados. 
Suíça 
Basel 
Building Code 
(RIOS, 2016) 
Todos os edifícios novos 
que possuírem cobertura 
plana devem instalar 
telhados verdes. 
Luzern 
Zurique 
Itália 
Para todo o 
país 
UNI 11235: 2015 
(UNI, 2015) 
Norma que define os 
requisitos de projeto, 
execução, controle e 
manutenção para 
telhados verdes, 
dependendo dos 
contextos climáticos, de 
construção e de uso 
específicos. 
Projeto de Lei M5S 
(EDILTECNICO, 
2015) 
Tem como objetivo 
incentivar o uso de 
telhados verdes por meio 
da concessão de 
benefícios fiscais. 
França 
Para todo o 
país 
Eco-Roof Law 
(URBANSTRONG, 
2016) 
Decreta que o telhado de 
edifícios novos devem 
possuir cobertura vegetal 
ou painéis solares. 
Alemanha Munique 
Green Roofs For 
Healthy Cities 
(RIOS, 2016) 
Programa que prevê o 
subsídio de $33,70 por 
m² de telhado verde, 
pagando até 50% do 
custo de instalação de 
telhados verdes. 
 
 
34 
 
Quadro 02 – Legislações relativas ao uso de telhados verdes na Ásia 
País Cidade Lei Descrição 
Japão Tóquio 
Tokyo Plan 
2000 (RIOS, 
2016) 
Dita que prédios com 
mais de 1000 m² 
tenham pelo menos 
20% do espaço de 
coberto com telhado 
verde. 
Singapura Singapura 
Green Roof 
Incentive 
Scheme 
(RIOS, 2016) 
Prevê a concessão de 
crédito para pagar até 
50% do custo de 
instalação de telhados 
verdes. 
 
 
3.1.2 América do Norte 
 
Analisando as leis vigentes nos Estados Unidos (EUA) e no Canadá, pode-se concluir 
que a ferramenta mais utilizada como incentivo ao uso de coberturas vegetais foi a concessão 
de benefícios aos proprietários que adorem a medida, como é possível observar nos Quadros a 
seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Quadro 03 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes no Canadá 
Incentivos Locais 
País Cidade Lei Descrição 
Canadá Toronto 
Toronto Green Roof 
Bylaw (VEGETAL 
I.D., 2015) 
Determina a porcentagem de 
cobertura vegetal que os 
edifícios devem ter com base 
em sua área. 
Eco Roof Incentive 
Program (VEGETAL 
I.D., 2015) 
Fornece incentivo financeiro 
para aplicação de telhados 
verdes em edifícios 
residenciais, comerciais e 
institucionais novos e já 
existentes, que não estão 
sujeitos ao Toronto Green Roof 
Bylaw. O valor atual do 
incentivo por m² de telhado 
verde é de US$ 75/m². 
Toronto Stormwater 
Management Incentive 
(VEGETAL I.D., 
2015) 
As empresas que tomam 
medidas para reduzir e 
gerenciar suas águas pluviais 
no local podem solicitar uma 
redução em suas tarifas de 
esgoto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.toronto.ca/greenroofs/overview.htm
http://www.toronto.ca/greenroofs/overview.htm
http://www.toronto.ca/livegreen/greenbusiness_greenroofs_eco-roof.htm
http://www.toronto.ca/livegreen/greenbusiness_greenroofs_eco-roof.htm
http://www1.toronto.ca/wps/portal/contentonly?vgnextoid=87a9bcbff9502410VgnVCM10000071d60f89RCRD&vgnextchannel=9deeabbf06721410VgnVCM10000071d60f89RCRD
http://www1.toronto.ca/wps/portal/contentonly?vgnextoid=87a9bcbff9502410VgnVCM10000071d60f89RCRD&vgnextchannel=9deeabbf06721410VgnVCM10000071d60f89RCRD
36 
 
Quadro 04 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes nos Estados Unidos 
(EUA) 
Incentivos Locais 
País Cidade Lei Descrição 
EUA 
Nova Iorque 
State Law (RIOS, 2016) 
Oferece crédito de até 
$100.000, ou $4,50 por m² para 
telhados verdes que ocupem 
pelo menos 50% do espaço 
disponível da cobertura. 
The Green Roof Tax 
Abatement Program 
(RIOS, 2016) 
O NYC Department of 
Buildings fornece um 
rebatimento de $5,23 por m² de 
telhadoverde, podendo chegar 
até $200.000 por projeto. 
Bronx Environmental 
Revolving Loan Fund 
(VEGETAL I.D., 2015) 
Fornece empréstimos sem juros 
às empresas do Bronx e aos 
proprietários dos edifícios para 
incentivar o uso de medidas 
eficientes em termos de energia 
e novas tecnologias. 
Chicago 
Green Roof 
Improvement Fund Tax 
Increment Financing 
(VEGETAL I.D., 2015) 
Foi um programa piloto para a 
aplicação de telhado verde nos 
edifícios do centro da cidade, 
com fundos de até US$100.000. 
The Green Roof Grant 
Program 2006 for 
Residential and Small 
Commercial Buildings 
(RIOS, 2016) 
Oferecia incentivo de $5.000 
para suporte de pequenos 
projetos comerciais e 
residenciais com menos de 
10.000 sf. 
Portland 
Grey to Green Effort 
(RIOS, 2016) 
Disponibiliza $800.000 por ano 
para a aplicação em projetos 
que possuem telhado verde. O 
valor por m² de telhado verde 
recebido é de $5,00. 
 Austin 
Austin Texas Green 
Roof Density Bonus 
(VEGETAL I.D., 2015) 
Oferece como bônus um espaço 
adicional de 8 sq.ft. por cada 
sq.ft. de telhado verde 
construído. 
 
 
 
http://www.austintexas.gov/department/green-roofs
http://www.austintexas.gov/department/green-roofs
37 
 
Quadro 05 – Incentivos locais para o uso de telhados verdes nos Estados Unidos 
(EUA) 
Incentivos Locais 
País Cidade Lei Descrição 
EUA 
Baltimore 
Blue Water Baltimore 
Green Roof Incentive 
(VEGETAL I.D., 
2015) 
Blue Water Baltimore é uma 
organização não governamental 
dedicada a melhorar a qualidade 
da bacia hidrográfica local em 
torno da área de Baltimore. Esta 
organização oferece um incentivo 
ao uso de telhado verde de US$ 2 
por m² de telhado verde 
instalado, mas não deve exceder 
50% dos custos totais do projeto. 
Baltimore Blue Roof 
Incentive (VEGETAL 
I.D., 2015) 
As propriedades em Baltimore 
podem ganhar créditos contra a 
taxa de gerenciamento de águas 
pluviais, removendo a superfície 
impermeável de suas 
propriedades ou adotando as 
melhores práticas de 
gerenciamento, como instalar 
telhados verdes. 
Cincinnati 
Green Roof Loans 
(VEGETAL I.D., 
2015) 
Este programa disponibilizou 
US$ 5.000.000 para empréstimos 
abaixo do mercado para instalar 
telhados verdes dentro da área de 
serviço em edifícios residenciais, 
comerciais e/ou industriais. 
Mineápolis 
Minneapolis 
Stormwater Credit 
Program (VEGETAL 
I.D., 2015) 
Oferece crédito de até 50% de 
desconto na tarifa de serviço de 
águas pluviais da cidade para 
edifícios que melhoram suas 
práticas de gerenciamento de 
águas pluviais com infraestrutura, 
como telhados verdes. 
Filadélfia 
Green Roof Rebate 
(VEGETAL I.D., 
2015) 
Oferece crédito para propriedades 
privadas. O crédito será aplicado 
às tarifas mensais de esgoto de 
uma propriedade e seu valor total 
máximo será igual a US$ 10 
multiplicado pela metragem 
quadrada do telhado verde 
instalada. 
 
 
 
38 
 
3.1.3 América do Sul 
 
Assim como nos países da América do Norte, o principal instrumento utilizado para 
disseminar o uso de telhados verdes foi a concessão de benefícios fiscais aos proprietários de 
imóveis que resolverem adotar a medida, como pode-se observar no Quadro 06. 
 
Quadro 06 – Legislação acerca o uso de telhados verdes na América 
do Sul 
País Cidade Lei Descrição 
Argentina 
Buenos 
Aires 
Ley Nº 
4428/2010 
(CEDOM, 
2012) 
Oferece deduções de 
impostos como forma de 
incentivar o uso de telhados 
verdes. 
Colômbia Bogotá 
Acuerdo 418 de 
2009 
(SECRETARÍA 
JURÍDICA 
DISTRITAL, 
2009) 
A Administração Distrital 
promoverá o urbanismo 
sustentável através do 
conhecimento, disseminação 
e implementação progressiva 
e adequada de telhados, 
terraços verdes, entre outras 
tecnologias, nos projetos 
imobiliários públicos e 
privados, novo ou existente, 
da cidade, como medida de 
adaptação e mitigação das 
mudanças climáticas. 
Peru Lima 
Ordenanza Nº 
541(EL 
PERUANO, 
2016) 
Incentivar a construção verde 
no distrito de Santiago de 
Surco por meio da concessão 
de benefícios técnicos e 
tributários. 
 
 
3.2 Análise de Legislações Nacionais 
 
Neste item serão analisadas algumas das leis e projetos de leis elaborados no Brasil, 
relativas ao uso de telhados verdes, tendo como finalidade identificar qual a ferramenta mais 
utilizada como forma de incentivar o uso de coberturas vegetais no país. 
 
 
 
39 
 
3.2.1 Região Sul 
 
Na Região Sul do país, o instrumento mais utilizado como forma de disseminar o uso 
de coberturas vegetais é a criação de leis visando a concessão de incentivos fiscais a quem 
adotar telhados verdes nas edificações, como pode ser observado no Quadro 07, onde todas as 
leis relativas ao uso de telhados verdes sancionadas oferecem incentivos fiscais. 
 
Quadro 07 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Sul 
Cidade 
População 
(hab) 
Lei Descrição Situação 
Curitiba 1.751.907 
Projeto de Lei 
1703/11 
(PORTAL DA 
CÂMARA DOS 
DEPUTADOS, 
2015) 
Oferece incentivo fiscal 
a prédios que 
instalarem "telhado 
verde" em pelo menos 
65% de suas coberturas. 
Aguardando 
Designação de 
Relator na 
Comissão de 
Constituição e 
Justiça e de 
Cidadania 
(CCJC) 
 Projeto de Lei n. 
005.00006.2013 
(ECOLÓGICO, 
2013) 
Visa tornar obrigatória 
a instalação de telhados 
verdes. 
Vetado 
Florianópolis 469.690 
Lei Nº 14.243, de 
11 de dezembro 
de 2007 (LEIS 
ESTADUAIS, 
2007) 
Visa fornecer 
incentivos a adoção de 
telhados verdes em 
espaços urbanos 
densamente povoados. 
Sancionado 
Porto Alegre 14.099.351 
Lei 
Complementar 
734/14 
(PREFEITURA 
DE PORTO 
ALEGRE, 2014) 
Altera o Código de 
Edificações do 
Município permitindo 
o uso de telhados 
verdes sobre lajes e 
demais coberturas do 
último pavimento de 
prédios. 
Sancionado 
Projeto de Lei do 
Legislativo 
011/14 
(CAMARAPOA, 
2014) 
Obriga os projetos de 
construção e de reforma 
de edificações públicas 
municipais a prever a 
instalação de telhado 
verde, ou ecotelhado. 
Em Tramitação 
 
 
 
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/netahtml/sirel/atos/lc%20284
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/netahtml/sirel/atos/lc%20284
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/netahtml/sirel/atos/lc%20284
http://www.camarapoa.rs.gov.br/processos/121246
http://www.camarapoa.rs.gov.br/processos/121246
http://www.camarapoa.rs.gov.br/processos/121246
40 
 
3.2.2 Região Sudeste 
 
Na Região Sudeste do país, o instrumento mais utilizado como forma de disseminar o 
uso de coberturas vegetais é a criação de leis visando a concessão de incentivos fiscais a quem 
adotar telhados verdes nas edificações, como pode ser observado no Quadro 08, a maior parte 
das leis e propostas de leis criadas são relativas a concessão de incentivos fiscais a quem 
implementar o sistema de telhados verdes. 
 
Quadro 08 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região 
Sudeste 
Cidade 
População 
(hab) 
Lei Descrição Situação 
São 
Paulo 
12,04 
milhões 
Lei Nº 16277/15 
(LEGISWEB, 
2015) 
Dispõe sobre a 
obrigatoriedade da 
instalação do 
"Telhado Verde" nos 
locais que especifica 
e dá outras 
providências. 
Vetada 
Rio de 
Janeiro 
16,46 
milhões 
Lei nº 6.349/12 
(JUSBRASIL, 
2012) 
 Prevê a construção 
dos chamados 
"Telhados Verdes" 
nos prédios públicos, 
autarquias e 
fundações do Estado 
do Rio de Janeiro. 
Sancionada 
Projeto de 
Lei nº 1027/2014 
(CÂMARA 
MUNICIPAL 
DO RIO DE 
JANEIRO, 
2014) 
Será concedido 
benefício tributário, 
consistente em 
reduzir o IPTU aos 
proprietários de 
imóveis residenciais, 
que adotem as 
medidas previstas na 
lei. 
Arquivado 
Belo 
Horizonte 
 
2.513.151 
Projeto de Lei 
IPTU Verde 
(CÂMARA 
MUNICIPAL 
DE BELO 
HORIZONTE, 
2017) 
Concede descontos 
no valor do IPTU 
para os donos de 
imóveis que adotarem 
medidasque reduzam 
o consumo de 
recursos naturais e 
diminuam os 
impactos ambientais. 
Em 
Tramitação 
 
41 
 
3.2.3 Região Centro-Oeste 
 
As Leis sancionadas na Região Centro-Oeste dispõem sobre o emprego de telhados 
verdes em edifícios públicos e sobre a criação do IPTU Verde, o qual visa conceder 
benefícios fiscais a quem implementar medidas sustentáveis nas edificações, sendo uma delas 
o uso de coberturas vegetais. O Quadro 09 apresenta as Leis e o Projeto de Lei desenvolvidos 
nas capitais de alguns estados do centro-oeste do país. 
 
Quadro 09 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Centro-
Oeste 
Cidade 
População 
(hab) 
Lei Descrição Situação 
Campo 
Grande 
 774.202 
Lei n. 5.591/2015 
(DIÁRIO OFICIAL 
DE CAMPO 
GRANDE, 2015) 
Dispõe sobre a 
implantação do 
telhado verde nos 
prédios da 
administração pública 
direta e indireta no 
município de Campo 
Grande - MS, e dá 
outras providências. 
Sancionada 
Cuiabá 
 
590.118 
Projeto de Lei nº 
218/2016 
(ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA DO 
ESTADO DE 
MATO GROSSO, 
2016) 
Fica criado no âmbito 
do Estado de Mato 
Grosso o Programa 
Estadual de Incentivo 
à Adoção de 
Telhados Verdes em 
espaços urbanos. 
Em 
Tramitação 
Goiânia 1,296 milhão 
Lei Complementar 
Nº 235/2012 
(LEISMUNICIPAIS, 
2012) 
Institui no Município 
de Goiânia o 
PROGRAMA IPTU 
VERDE, , com o 
objetivo de fomentar 
as ações que 
promovam o ideário 
de Cidade 
Sustentável, por meio 
de concessão de 
benefícios tributários. 
Sancionada 
 
 
 
42 
 
3.2.4 Região Nordeste 
 
Ao contrário das Leis implementadas nos demais estados, as Leis sancionadas na 
Região Nordeste impõem o uso de telhado verdes em edifícios públicos e privados, não 
oferecendo qualquer incentivo financeiro ao seu uso, como se pode observar no Quadro 10. 
 
Quadro 10 – Legislação acerca o uso de telhados verdes em capitais da Região Nordeste 
Cidade 
População 
(hab) 
Lei Descrição Situação 
Recife 
 
1.625.583 
Lei N° 18.112 de 
12/01/2015 
(LEGISWEB, 
2015) 
Impõe o uso de telhados verdes em 
projetos de edificações habitacionais 
multifamiliares com mais de quatro 
pavimentos e não habitacionais com 
mais de 400m² de área de coberta. 
Sancionada 
Fortaleza 
 
2.609.716 
Projeto de lei 
complementar n° 
0040/11 
(ECOTELHADO, 
2011) 
Tem como objetivo conceder desconto 
no pagamento anual do IPTU para os 
imóveis que adotarem 
os ecotelhados em suas construções. 
― 
João 
Pessoa 
 
720.954 
Lei N° 10.047 de 
09/06/2013 
(JUSBRASIL, 
2013) 
Prevê a obrigatoriedade do uso de 
telhados verdes em projetos de 
condomínios edificados, residenciais 
ou não, com mais de três unidades 
agrupadas verticalmente. 
Sancionada 
Lei do IPTU 
Verde 
(CÂMARA 
MUNICIPAL DE 
JOÃO PESSOA, 
2015) 
Proprietários de condomínios e 
prédios terão desconto de até 20% ao 
adotarem medidas como telhado 
verde, sistema de aquecimento 
hidráulico e elétrico solar, captação e 
reuso de água, entre outras. 
 ― 
Salvador 
 
2.921.087 
PLE-561/13 
(MARCELL 
MORAIS, 2013) 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da 
instalação do "Telhado Verde" nos 
locais que especifica no âmbito do 
Município de Salvador. 
― 
 
3.3 Análise do Plano Diretor de Drenagem 
 
O Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais da Cidade do Natal 
(PDDMA) foi criado com o intuito de fornecer subsídios técnicos e institucionais que 
possibilitem reduzir os impactos das inundações em Natal e criar as condições para uma 
gestão sustentável da infraestrutura de drenagem urbana (PDDMA, 2009). 
https://ecotelhado.com.br/Por/ecotelhado/default.aspx
https://ecotelhado.com.br/Por/ecotelhado/default.aspx
https://ecotelhado.com.br/Por/ecotelhado/default.aspx
https://ecotelhado.com.br/Por/ecotelhado/default.aspx
43 
 
Em 2011 foi apresentado um diagnóstico do PDDMA, onde são apresentados os 
pontos críticos de drenagem de Natal, identificados por meio de informações colhidas pela 
Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (SEMOPI). Foram identificados um 
total de 120 pontos críticos na cidade e estes são ocasionados por problemas de micro e 
macrodrenagem, tais como acúmulo de resíduos sólidos em sarjetas e bocas de lobo. No Plano 
Municipal de Saneamento Básico do Município de Natal (PMS) de 2014 são apresentadas as 
ações de drenagem urbanas que estavam sendo desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de 
Natal (PMN) visando resolver os problemas de drenagem da cidade, contudo, apesar das 
ações propostas, a cidade ainda apresenta problemas de drenagem em vários pontos. Nas 
figuras a seguir serão apresentados os pontos críticos de drenagem da Natal. 
 
Figura 12 – Relação dos pontos críticos - Zona Leste 
 
Fonte: PMS (2014) 
 
44 
 
Figura 13 – Relação dos pontos críticos - Zona Oeste 
 
Fonte: PMS (2014) 
 
Figura 14 – Relação dos pontos críticos - Zona Sul 
 
Fonte: PMS (2014) 
45 
 
Figura 15 – Relação dos pontos críticos - Zona Norte 
 
 
Fonte: PMS (2014) 
 
4 RESULTADOS 
 
Por meio da análise das leis e dos projetos de leis existentes, pode-se perceber que o 
recurso mais utilizado como forma de incentivar o uso de telhados verdes foi a concessão de 
benefícios fiscais para quem utilizasse os mesmos. Em virtude disto, a proposta de 
46 
 
regulamentação visando instigar o uso de telhados verdes em Natal terá como objetivo 
instituir um Programa Municipal de Incentivo à Adoção de Telhados Verdes, o qual irá 
oferecer descontos no valor integral do IPTU de imóveis que adotarem coberturas vegetais. A 
seguir segue a Proposta de Regulamentação desenvolvida para a cidade do Natal. 
Art. 1° - Fica criado no âmbito do Município do Natal o Programa Municipal de Incentivo a 
Adoção de Telhados Verdes em espaços urbanos densamente povoados, tendo como 
objetivos: 
I – Reduzir os problemas de alagamentos nas vias públicas da cidade; 
II – Reduzir os efeitos das ilhas de calor; 
III – Atuar como isolante térmico; 
IV – Reduzir o consumo de energia elétrica; 
V – Minimizar a poluição atmosférica; e 
VI – Promover o desenvolvimento sustentável. 
Parágrafo único: O Telhado Verde poderá ter vegetação extensiva ou intensiva, de 
preferência nativa, e deve resistir ao clima tropical e às variações de temperatura, além de 
usar pouca água, de modo a não servir de habitat de mosquitos como o Aedes Aegypti. 
Art. 2° - Somente será admitido como Telhado Verde o sistema composto basicamente das 
seguintes camadas: 
I – Impermeabilização; 
II – Proteção contra raízes; 
III – Proteção mecânica; 
IV – Drenagem; 
V – Filtragem; 
VI – Substrato; e 
VII – Vegetação. 
Art. 3° - Farão jus aos benefícios concedidos por esta Proposta de Regulamentação, os bens 
imóveis que receberem a certificação emitida pela Prefeitura de Natal, atestando a 
conformidade do empreendimento com as diretrizes dessa Proposta. 
§ 1° - A certificação é opcional e aplicável aos novos empreendimentos a serem 
edificados, assim como às ampliações e/ou reformas de edificações existentes de uso 
residencial, comercial, misto, industrial ou institucional. 
§ 2° - As edificações já regulamentadas poderão requerer a certificação caso o 
empreendimento já atenda às exigências desta Proposta de Regulamentação, ou em caso de 
reforma, desde que atendido o disposto no artigo 4º. 
47 
 
Art. 4° - A certificação será obtida pelo empreendimento que adotar Telhados Verdes, 
correspondendo a área e a localização do empreendimento à pontuação ali estabelecida, da 
seguinte forma: 
I — O empreendimento que não se situar em algum ponto crítico de drenagem, 
conforme apresentado no Plano de Drenagem de Natal, e possuir menos de 60% da área da 
cobertura recoberta por vegetação, atingirá no máximo 40 (quarenta) pontos e receberá 
redução de até 5% no valor integral do IPTU; 
II — O empreendimentoque se situar em algum ponto crítico de drenagem, conforme 
apresentado no Plano de Drenagem de Natal, e possuir menos de 60% da área da cobertura 
recoberta por vegetação, atingirá no máximo 60 (sessenta) pontos e receberá redução de até 
10% no valor integral do IPTU; 
III — O empreendimento que não se situar em algum ponto crítico de drenagem, 
conforme apresentado no Plano de Drenagem de Natal, e possuir mais de 60% da área da 
cobertura recoberta por vegetação, atingirá no máximo 80 (oitenta) pontos e receberá redução 
de até 15% no valor integral do IPTU; 
IV — O empreendimento que se situar em algum ponto crítico de drenagem, conforme 
apresentado no Plano de Drenagem de Natal, e possuir mais de 60% da área da cobertura 
recoberta por vegetação, atingirá no máximo 100 (cem) pontos e receberá redução de até 20% 
no valor integral do IPTU. 
Art. 5° - Para alcançar os objetivos do presente documento, o Poder Executivo fica 
autorizado a promover cursos e palestras a respeito dos Telhados Verdes para a divulgação 
das técnicas imprescindíveis à realização do projeto, como estrutural, tipos de vegetação e 
substrato. 
Art. 6° - O detalhamento técnico para regulamentação da presente proposta de 
regulamentação ficará a cargo da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura - 
SEMOPI. 
Art. 7° - Esta Proposta de Regulamentação entra em vigor na data de sua publicação. 
 
5 DISCUSSÃO 
 
A elaboração da Proposta de Regulamentação para o incentivo à aplicação de telhados 
verdes em Natal foi feita tendo como base a análise das legislações internacionais e nacionais, 
por meio das quais se percebeu que o recurso mais utilizado como forma de disseminar o uso 
48 
 
da cobertura vegetal é a concessão de benefícios fiscais. Devido a isso, resolveu-se adotar 
medida semelhante para Natal, por meio da redução no valor integral do IPTU. 
A análise do PDDMA também foi levada em consideração no desenvolvimento da 
proposta. Por meio dessa análise, percebeu-se que algumas localidades do município de Natal 
estavam mais propícias aos problemas de drenagem, logo, resolveu-se que as regiões sujeitas 
a esses problemas deveriam receber um maior benefício, visto que a aplicação de telhados 
verdes nessas regiões contribuiria para resolver os problemas de drenagem. 
A Proposta de Regulamentação desenvolvida é semelhante a outras Leis ou Propostas 
de Leis já existentes, contudo, possui como um de seus principais objetivos reduzir o 
problema dos alagamentos na cidade do Natal, ao contrário das leis existentes cujo objetivo 
principal é proporcionar uma redução dos efeitos das ilhas de calor bem como reduções 
energéticas. 
Uma das particularidades da Proposta de Regulamentação elaborada é que a concessão 
de benefícios varia de acordo com a área de telhado recoberta por vegetação, bem como com 
a localização dos empreendimentos. Isto se deve ao fato de algumas localidades, estarem mais 
sujeitas a alagamentos (pontos críticos de drenagem definidos no PDDMA) quando 
submetidas a grandes volumes precipitados, aumento os riscos de doenças, tais como dengue, 
verminoses e leptospirose, sendo necessária uma maior intervenção. 
Deve-se ressaltar que o emprego de telhados verdes por si só não resolve os problemas 
de drenagem urbana da cidade, tem-se que conciliar a medida com outras formas de 
intervenção, como um melhor gerenciamento do lixo urbano, limpeza adequada das vias e 
passeios e limpeza regular dos elementos de drenagem, tais como sarjetas e bocas de lobo, 
uma vez que muitos problemas de drenagem são causados pela presença de resíduos nos 
componentes do sistema de drenagem urbano. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Revolução Industrial no século XIX ocasionou um crescimento desordenado das 
cidades, intensificando os problemas urbanos nelas existentes. Muitas tecnologias foram 
desenvolvidas visando resolver esses problemas, contudo, eles ainda são muito presentes na 
atualidade. 
O sistema de telhados verdes é uma tecnologia sustentável capaz de minimizar alguns 
dos problemas urbanos existentes, tais como ilhas de calor, poluição atmosférica e 
alagamentos. Nesse sentido, muitos países vêm desenvolvendo legislações com o intuito de 
49 
 
difundir o seu uso. No Brasil, algumas cidades já adotaram legislações relativas ao uso de 
telhados verdes, contudo seu uso ainda é limitado no país. 
Algumas das principais características que justificam o uso das coberturas vegetais são 
a sua capacidade de retenção de águas pluviais, isolamento térmico e acústico, retenção de 
poluentes e redução dos efeitos das ilhas de calor. Apesar de apresentar muitas vantagens, os 
telhados verdes possuem um custo elevado comparados a outros tipos de cobertura e 
necessitam de manutenção regular. 
Na cidade do Natal, o período de março a julho se caracteriza por possuir um grande 
número de precipitações, as quais por vezes ocasionam alagamentos em diversos pontos da 
cidade, gerando incomodo no tráfego de pedestres e veículos e comprometendo a saúde 
pública. Em virtude disto, resolveu-se elaborar uma proposta de regulamentação com o intuito 
de incentivar o uso de telhados verdes para minimizar o surgimento de alagamentos na cidade. 
A Proposta de Regulamentação foi elaborada tendo como base uma análise das 
legislações nacionais e internacionais relativas ao uso de telhados verdes e um estudo do 
PDDMA, no qual se identificou os pontos críticos de drenagem de Natal. A proposta possui 
como premissa a concessão de benefícios ficais aos proprietários de imóveis que adotarem a 
medida, sendo que os benefícios irão variar de acordo com a localização do imóvel e a 
porcentagem do telhado recoberta por vegetação. 
É importante salientar a necessidade de se realizar estudos sobre os efeitos dos 
problemas de gerenciamento dos resíduos sólidos nos problemas de drenagem urbana, visto 
que uma grande parte destes se deve a presença de resíduos nos elementos de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
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