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26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 1/10 Painel / Meus cursos / Obras Públicas de Edificação e de Saneamento - Módulo Planejamento / Aula 3 / Questionário 3 Iniciado em domingo, 26 abr 2020, 13:57 Estado Finalizada Concluída em domingo, 26 abr 2020, 13:58 Tempo empregado 1 minuto 12 segundos Avaliar 3,00 de um máximo de 20,00(15%) Questão 1 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 Acerca dos componentes do BDI, assinale a alternativa correta. a. A parcela de riscos costuma ser maior nas empreitadas sob o regime de execução a preço global do que naquelas contratadas a preços unitários. b. As despesas indiretas definidas na rubrica de “administração central” podem ser calculadas facilmente pelo orçamentista da administração pública, pois elas independem da quantidade de obras que a construtora executa simultaneamente. c. O orçamentista deve ficar atento à legislação tributária, pois o aumento da alíquota do imposto de renda para pessoa jurídica terá forte impacto e deverá alterar significativamente a composição do BDI de uma obra. d. No caso de uma obra de abastecimento de água, no qual a compra de tubos de ferro fundido representa cerca de 50% do valor da obra, é justo remunerar o construtor pelo serviço de aquisição dos tubos nos mesmos patamares do BDI considerado para o assentamento desse material, pois são serviços intimamente relacionados. Esta opção está incorreta. A administração pública não tem interesse na mera intermediação na compra dos tubos. Nesses casos em que o material representa grandes quantidades, deve buscar a economicidade e, por exemplo, realizar um pregão eletrônico para adquirir tais tubos diretamente dos fornecedores (e não do construtor), parcelando-os em relação ao restante da obra, conforme expressa previsão do art. 23, § 1º, da Lei 8666/1993. Do contrário, caso seja demonstrado que o parcelamento é inviável, pode adquirir no mesmo contrato, mas a um BDI diferenciado, inferior ao BDI de execução da obra, pois a aquisição de material “de prateleira” envolve riscos significativamente menores do que a execução de obra civil. Sua resposta está incorreta. A questão buscou aprofundar em alguns pontos importantes para a previsão do BDI da obra, discriminando conceitualmente o que é aceitável ou não nas rubricas como riscos, administração central e tributos. https://mooc.escolavirtual.gov.br/my/ https://mooc.escolavirtual.gov.br/course/view.php?id=4461 https://mooc.escolavirtual.gov.br/course/view.php?id=4461#section-3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/view.php?id=116583 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 2/10 Questão 2 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 Para determinado serviço contido no orçamento de uma obra pública de edificação municipal, um licitante ofereceu preço unitário de R$ 108,00/unid., composto por um custo direto de R$ 80,00/unid. e um BDI de 35,0%. O orçamento base da licitação apontava um custo de R$ 90,00/unid. (de acordo com o Sinapi) e um BDI de 22,2%, calculado de acordo com os padrões de mercado, resultando em um preço de R$ 110,00/unid. Acerca dos conceitos de custos (direto e indireto) e preços, assinale a alternativa INCORRETA: a. O BDI de 35% não pode ser aceito nem para o serviço em questão e nem para nenhum dos outros serviços da obra, pois, estando acima do mercado, calculado em 22,2%, o edital deve necessariamente trazer um critério de aceitabilidade de BDI, limitando individualmente essa importante parcela, para evitar abusos por parte dos licitantes. b. A lei exige que o preço do serviço seja compatível com o de mercado, portanto, o BDI da proposta, elevado em relação ao patamar de mercado, pode ser excepcionalmente aceito no caso concreto desse serviço específico, pois o custo reduzido, proposto pelo licitante em função de sua especialização nesse tipo de serviço, compensou o BDI mais elevado, resultando em um preço final ofertado na licitação que mantém um desconto de R$ 2,00/unid. em relação ao preço de mercado para o mesmo serviço. c. Com um BDI um pouco mais elevado para aquele determinado serviço, embora a proposta seja vantajosa na assinatura do contrato, com custos reduzidos que compensem o BDI atípico, há que ser ter cuidado ao negociar preços de serviços novos a serem incluídos por meio de Termos Aditivos. Se, por exemplo, o custo proposto pelo contratado para o serviço novo for idêntico ao equivalente do Sinapi, o BDI do novo serviço não pode ser o contratado (35%), devendo ser reduzido ao do edital (22,2%), para que o preço do novo serviço incluído no contrato seja compatível com o de mercado, cabendo, em qualquer caso, manter o desconto global obtido na licitação. Devemos lembrar da fórmula: Preço de Venda (PV) = Custo Direto (CD) x (1+%BDI). Para um serviço novo, se o custo ofertado pelo construtor for idêntico ao do Sinapi, por exemplo, R$ 100,00/unid., seu preço será: R$ 100,00 x (1,35) = R$ 135,00/unid.. Mas o preço paradigma de mercado é R$ 100,00 (Sinapi) x (1,222) = R$ 122,20/unid., considerando que o BDI do edital está na faixa aceitável pelo mercado para as características da obra (como o tipo e o porte da obra). Logo, o preço do serviço novo estaria R$ 12,80/unid. acima do mercado, obrigando a um ajuste do “BDI negociado”, a fim de que se mantenha dentro dos patamares de mercado, sem prejuízo de, após os ajustes em todos os serviços da planilha (conforme motivadores do Termo Aditivo), aplicar o mesmo desconto global obtido da licitação. A manutenção do desconto é atualmente prevista no art. 17, § 1º, do Decreto nº 7983/2013. d. Para obter o custo referencial de R$ 90,00/unid., o orçamentista observou todas as características do serviço, conforme memoriais descritivos, especificações técnicas e desenhos, elementos do projeto básico, buscando, no Sinapi (sistema referencial de custos), o serviço similar, que mais se adequa ao caso concreto, considerando os consumos de materiais (inclusive perdas naturais do processo construtivo) e as produtividades médias da mão de obra, as quais devem ser razoáveis perante as condições locais de trabalho. Sua resposta está incorreta. O propósito desta questão é, por meio de um caso prático, numérico, o de mostrar que tanto o custo quanto o BDI não são parcelas “estanques”, devendo ser analisados de forma conjunta, pois ambos são parcelas relevantes do preço, que é o parâmetro a ser comparado aos patamares admitidos pelo mercado. 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 3/10 Questão 3 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 O prefeito recebeu recursos federais para executar uma obra de esgotamento sanitário em seu município, pormeio de um Termo de Compromisso firmado no contexto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As Leis de Diretrizes Orçamentárias, bem como o atual Decreto 7.983/2013 exigem que os preços do orçamento da obra estejam abaixo de sistemas referenciais de custos da administração federal. Com respeito a esses sistemas, indique a resposta correta. a. Por serem recursos do PAC, os preços da obra estão limitados aos preços do SisPAC, que é o “sistema orçamentário para obras do programa de aceleração do crescimento”. b. Por serem obras que contam com recursos federais, é necessário que os preços dos serviços respeitem os preços do Siasg, que é o “sistema de avaliação de custos governamentais”, do governo federal. c. Por serem recursos de transferências voluntárias, os preços devem estar coerentes com aqueles indicados pelo Siconv, que é o “sistema de custos para fins de convênios e instrumentos congêneres”, dentre os quais se encontram os termos de comprimisso. Este item é incorreto. O Siconv (https://www.convenios.gov.br/siconv/secure/entrar-login.jsp) é o sistema de monitoramento de convênios do governo federal. Cabe lembrar que o Siconv abrange os convênios, acordos, ajustes ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeirosde dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, e tenham como partícipes, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e do outro os órgãos dos governos estaduais ou municipais, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos. O objetivo do convênio é a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, conforme Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007. d. Por serem obras que contam com recursos federais, é necessário que os preços dos serviços respeitem os preços do Sinapi, que é o “sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção civil”. Sua resposta está incorreta. A questão teve por objetivo mostrar as diferenças de finalidade entre o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), usado como balizador de preços, e outros sistemas informatizados do governo federal, como SisPAC, Siasg e Siconv, usados para monitoramento de avanço orçamentário, financeiro e físico de obras custeadas com recursos federais. 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 4/10 Questão 4 Parcialmente correto Atingiu 1,50 de 2,00 O arquiteto da Prefeitura está elaborando o orçamento analítico das obras de 500 edificações habitacionais, com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Sua cidade tem várias lojas de material de construção, com preços próximos aos praticados em Brasília-DF. Como são 500 unidades habitacionais, é mais vantajoso adquirir a areia direto do fornecedor, e não das lojas, sendo sabido que a principal jazida de areia fica a 50 km de distância do local das obras, nas margens de um rio. Necessitando de uma Composição de Preço Unitário (CPU) para o serviço de alvenaria de tijolos furados (para as paredes), ele pesquisou no “Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil” (SINAPI), disponível no site da Caixa Econômica Federal, encontrando as composições de custo unitário (CCU) abaixo. Ciente de que precisaria elaborar sua própria CPU, adaptando aquelas do Sinapi que melhor refletissem a realidade da obra, ele passou a analisar cuidadosamente cada um dos insumos (descrição, coeficientes de consumo/produtividade e preços). Ao final, acrescentou 22% a título de BDI, pois o Sinapi apresenta apenas os custos diretos dos serviços, e não considera as despesas indiretas e nem a remuneração do construtor. Acerca dessa importante tarefa de análise e adaptação das composições do Sinapi à realidade da obra, assinale cada item abaixo como Verdadeiro ou Falso. 1ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ALVENARIA Clique na imagem para a baixar em melhor qualidade 2ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ARGAMASSA Para cada 1m² de alvenaria, são necessárias 6,8 horas de servente, bastando somar diretamente o coeficiente da 1ª composição (0,8h) com o da 2ª composição (6h). Verdadeiro Para construir 100m² de parede, necessitamos antes produzir um volume de 1,10 m³ de argamassa para unir os blocos cerâmicos (1,10m³ = 100m² x 0,011 m³/m², conforme 1ª composição = código Sinapi 73982/1); sabendo quanto gastaremos de argamassa (1,10 m³), calculamos quanto de cimento precisamos para os 100m² de parede, chegando a 200,2 kg (= 1,10m³ x 182kg/m³, conforme 2ª composição = código Sinapi 6028). Verdadeiro A 2ª composição de custos é muito clara ao afirmar que o preço de cada m³ de areia (insumo código 370) não inclui o valor do frete, desde o local do fornecedor (jazida) até o local da obra. Portanto, esse custo de transporte à distância média de 50 km, deve ser incluído na composição. Verdadeiro Cada bloco cerâmico de 20cm por 20cm ocupa uma área unitária de 0,04m² (=0,2m x 0,2m). Dividindo-se 1m² de parede pela área unitária de cada bloco, tem-se que são necessários ao menos 25 blocos (1/0,04=25). No entanto, a 1ª composição (código Sinapi 73982/1) indica que cada 1m² de parede consome apenas 24 unidades de blocos cerâmicos (tijolos). Considerando ainda que os trabalhadores da cidade não são qualificados, e que alguns tijolos furados precisam ser quebrados para fazer os arremates, o arquiteto agiu corretamente ao utilizar, em seu orçamento, 26 blocos para cada 1m² (ou seja, admitindo uma perda intrínseca ao serviço, estimada em 4%), registrando sua opção nos memoriais de cálculo do orçamento analítico. Verdadeiro Sua resposta está parcialmente correta. Você selecionou corretamente 3. https://mooc.escolavirtual.gov.br/pluginfile.php/5192848/question/questiontext/5748632/5/317349/img2_aula3.tif https://mooc.escolavirtual.gov.br/pluginfile.php/5192848/question/questiontext/5748632/5/317349/imagem%203.png 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 5/10 A questão buscou fornecer um exemplo prático de como analisar composições analíticas de custos, oriundas do Sinapi, a fim de que os participantes do curso, gestores responsáveis por elaborar ou aprovar os orçamentos de obras, compreendam a necessidade de sempre analisar criticamente as informações, mesmo aquelas provenientes de fontes confiáveis, como o Sinapi. Embora a questão envolva alguns cálculos, eles são simples, bastando conhecer as quatro operações fundamentais da matemática, especialmente multiplicação e divisão (frações). Alguns conceitos importantes foram trabalhados, como (i) o uso da “composição auxiliar” (ou seja, uma composição de argamassa dentro de outra composição “principal” de alvenaria); (ii) a inclusão do valor do frete do local de fornecimento até a obra, apenas quando o preço do insumo exclui expressamente tal parcela; e (iii) noções de perdas toleráveis para os materiais, de acordo com a natureza dos serviços, devendo ser as mínimas possíveis, para evitar, além do desperdício de recursos públicos, os prejuízos ao meio ambiente, em observância à “promoção do desenvolvimento nacional sustentável”, conforme art. 3º, da Lei 8666/1993. Questão 5 Parcialmente correto Atingiu 0,50 de 2,00 O engenheiro mais experiente da Prefeitura recebeu uma demanda para avaliar os custos de construção de 720 edificações habitacionais, de 1 pavimento cada, com recursos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do Governo Federal, em parceria com os Municípios. As obras visam abrigar famílias que atualmente moram em áreas de risco, mas o orçamento da Prefeitura está bastante restrito e a avaliação servirá para o Prefeito tomar decisões sobre prioridades de investimentos. Estudando as regras do programa, o engenheiro confirmou que a área mínima de cada casa deve ser de 39 m². Como a construção deve terminar antes da estação de chuvas, o tempo para a conclusão do estudo de viabilidade econômica é reduzido. Considerando a conduta esperada do engenheiro diante da situação, avalie como verdadeira ou falsa cada uma das assertivas a seguir. O prefeito incluiu na demanda a necessidade de avaliar os custos com saneamento para o novo loteamento. O engenheiro corretamente recorreu ao site do Ministério das Cidades e obteve valores de referência para abastecimento de água e esgotamento sanitário (R$/habitante, para cada região do país). Como a referência estava na data-base dezembro/2010, o engenheiro atualizou para a data-base das obras pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC). Falso O engenheiro obteve o valor de R$ 1.196,96/m² para o projeto-padrão código RP1Q (residência unifamiliar popular, de 39,56m²), em seguida multiplicou pela área de cada casa (39 m²) e depois pelo número de casas (total de 720), chegando a um valor total da ordem de R$ 33,61 milhões. Apresentou o valor ao Prefeito como sendo aquele suficiente para incluir no orçamento a fim de concluir todas as obras necessárias para alocar as famílias desabrigadas, da forma mais rápida possível, cumprindo a demanda de forma satisfatória. Verdadeiro Em se tratando de edificações do MCMV, programade expressão nacional, o melhor parâmetro para a avaliação econômica é o Custo Unificado Brasileiro (CUB), calculado mensalmente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com base territorial equivalente ao do Índice Nacional da Construção Civil (INCC). Verdadeiro O engenheiro optou por usar metodologia expedita, e não por fazer um orçamento detalhado, o que é uma decisão adequada ao caso. Verdadeiro Sua resposta está parcialmente correta. Você selecionou corretamente 1. O objetivo da questão foi reforçar a importância das estimativas de custos para análises expeditas, visando tomar decisões sobre vultosos investimentos. O valor do Custo Unitário Básico para a maioria dos Estados pode ser obtido no site http://www.cub.org.br/ , mantido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que traz ainda uma cartilha do Sinduscon-MG sobre como bem aplicar o CUB. Já os estudos do Ministério das Cidades para obras de saneamento estão disponíveis em: http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/Referencias_Custos_Globais_Sistemas_Saneamento_Basico.pdf 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 6/10 Questão 6 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 Um gestor público está avaliando o orçamento elaborado por uma empresa projetista, contratada para definir o preço global das obras de um centro de promoção e atendimento ao turista. Acerca da classificação conceitual entre custos diretos e indiretos de uma obra, assinale a opção verdadeira. a. Os custos com a equipe de laboratoristas, a qual fará os ensaios de controle tecnológico da qualidade dos materiais, devem ser classificados como despesas indiretas, sendo incluídos no BDI, pois devem ser rateados por todos os serviços da obra, já que a mesma equipe fará controle de qualidade do concreto, das madeiras das formas, do aço, e de todos os demais materiais da obra. b. Os custos de operação e manutenção do edifício sede da construtora são considerados parte dos custos indiretos, denominados “administração central”, pois não podem ser calculados e alocados diretamente para a obra em questão, já que se desconhece método confiável, que garanta alguma precisão ao cálculo, tendo em vista a insuficiência desse tipo de informações na etapa de preparo da licitação. c. Os barracões dos canteiros de obra (usados para escritório, almoxarifado, refeitório etc.) são estruturas provisórias e, como tal, suas dimensões físicas são indiferentes para o resultado orçado, pois serão desmontados ao final da obra; por esse motivo, não podem ser alocados nos custos diretos da obra, pois esses custos abrangem somente os serviços que podem ser fisicamente identificados ao final da obra. Este item está errado. Como vimos na aula, a infraestrutura física do canteiro de obras deve ser apropriada como custo direto na planilha orçamentária, pois seus componentes podem ser perfeitamente identificados, quantificados e mensurados. Tal obrigatoriedade consta ainda do art. 17, inciso II, do Decreto 7983/2013. Se o projeto básico prevê, por exemplo, um barracão de 100m² (com paredes de alvenaria, piso, instalação elétrica, ar condicionado, cobertura etc.), mas o construtor implementa um barracão com apenas 50m², com paredes de madeira, colocando apenas uma modesta cobertura em telhas de fibrocimento no restante da área, o serviço previsto no orçamento não foi entregue com a qualidade e a quantidade mínima exigidas, pois o contratado receberia por um serviço de melhor qualidade, que não foi executado. Ademais, a estrutura do canteiro, embora provisória, é fundamental para o bom andamento da obra. Por exemplo, os funcionários devem ter local apropriado para trabalho de escritório, refeição e descanso, com ventilação adequada. As instalações (banheiros, por exemplo), devem respeitar as normas de higiene e segurança do trabalho, sob pena de a obra ser embargada pelos auditores das delegacias regionais do Ministério do Trabalho, ou pelo Ministério Público do Trabalho. Também os locais de armazenamento de materiais devem ser adequados. Por exemplo, os sacos de cimento devem ficar sobre estrados de madeira, afastados do piso e das paredes, a fim de que não recebam umidade e “empedrem”. O almoxarifado deve organizar materiais e ferramentas, a fim de reduzir o tempo de procura e bem controlar entradas e saídas. d. Como a quantidade de operários da obra varia ao longo do tempo, é impossível estimar os equipamentos de proteção individual como custos diretos, razão pela qual devem necessariamente ser considerados como custos indiretos, calculados por meio de taxas de rateio tabeladas pelo Ministério do Trabalho. Sua resposta está incorreta. A intenção da questão é sedimentar o entendimento de que, em homenagem ao princípio da publicidade (art. 37 da Constituição federal de 1988), que rege as contratações públicas, todos os custos possíveis de serem quantificados na planilha de “custos diretos”, assim devem ser (vide ainda arts. 3º e 4º da Lei 8666/1993). Apenas os custos ou despesas que somente podem ser quantificados como uma taxa percentual sobre o valor total da obra são considerados como custos “indiretos”, possíveis de serem incluídos no BDI. Questão 7 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 Acerca dos tributos que devem constar da composição analítica do BDI de uma obra, assinale a alternativa incorreta. a. O BDI deve considerar o Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). b. O BDI deve considerar o tributo Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006). c. O BDI deve considerar o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). d. O BDI deve considerar o tributo destinado aos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS) Sua resposta está incorreta. A questão buscou apenas reforçar que, à luz da atual legislação tributária, devem ser previstos o ISS, o PIS e a COFINS no BDI de uma obra, além da CPRB, que é uma contribuição previdenciária sobre a receita bruta, criada para desonerar a folha de pagamentos, em substituição à alíquota de INSS dos encargos sociais.. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lc123_2006.htm 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 7/10 Questão 8 Parcialmente correto Atingiu 1,00 de 2,00 O BDI é conhecido como Bonificação e Despesas Indiretas. A respeito do conceito por trás do BDI, assinale cada item abaixo como Verdadeiro ou Falso. Na composição das despesas indiretas de uma obra, é importante relacionar tais despesas a cada tipologia de insumos considerados, que são os materiais, a mão-de-obra e os equipamentos. Verdadeiro A BDI é a margem de acréscimo que se deve aplicar sobre o custo direto para incluir as despesas indiretas e o benefício do construtor na composição do preço da obra. Verdadeiro A parcela “B” do BDI representa um bônus pago pelas construtoras para os operários, caso consigam realizar a obra de forma mais eficiente, reduzindo prazos e desperdício de materiais, conforme prática corrente no mercado da construção civil nacional. Verdadeiro Há erro de classificação ao considerar como despesas indiretas aquelas relacionadas à criação da estrutura administrativa alocando-as no BDI, na forma de um percentual incidente sobre todos os serviços da planilha. Verdadeiro Sua resposta está parcialmente correta. Você selecionou corretamente 2. A presente questão teve por objetivo trabalhar os conceitos de bonificação e despesas indiretas, passíveis de alocação orçamentária via BDI. Além disso, define expressamente algunsdos principais serviços que não podem ser alocados no BDI, como a administração local da obra, bem como os itens de mão de obra, materiais e equipamentos associados à produção. 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 8/10 Questão 9 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 A identificação de todos os serviços e atividades técnicas necessárias à conclusão de uma obra é o primeiro passo para elaborar o orçamento. A fim de conhecer o objeto e detalhá-lo, partindo dos desenhos de arquitetura e de engenharia (esses últimos usualmente conhecidos como “complementares”), bem como das demais parcelas do projeto, a exemplo dos memoriais descritivos e especificações técnicas, é necessário “decompor” (revelar os componentes). Nessa atividade, a principal técnica empregada é a Estrutura Analítica de Projeto (EAP), que parte de grandes conjuntos da obra (chamados “elementos” ou “instalações”), passando pelos “componentes construtivos”, para então chegar a pequenas partes dos serviços, como os insumos “materiais”, conforme nomenclaturas da norma brasileira ABNT NBR 13531/1995. Acerca da EAP e da decomposição hierárquica das parcelas de uma edificação, assinale o item correto a seguir. a. A instalação hidráulica de uma edificação é entendida como um conjunto de componentes construtivos, reunidos com o fim de desempenhar função importante para a operação do ambiente, transportando água da tubulação da rede pública de abastecimento (ou de poços) até o usuário final, na saída das torneiras. b. Para a construção de um único banheiro coletivo, em uma comunidade indígena isolada, o orçamento da obra, partindo dos elementos e instalações, pode ser detalhado apenas ao nível de “componente construtivo”, pois um detalhamento maior não trará ganhos significativos em termos de uma melhor compreensão do objeto. c. O cimento, a areia e a brita são exemplos de “elementos estruturais”. d. A camada de argamassa denominada emboço é aplicada sobre a alvenaria de tijolos cerâmicos, e tem importante função de resistência aos esforços, pois une todos os tijolos, fazendo parte, portanto, do conjunto conhecido como “elementos estruturais”. Este item está errado. O emboço é uma camada de revestimento, que protege as estruturas e as vedações (isolamentos entre ambientes) da edificação contra as intempéries (sol, chuva), além de exercer função estética e de servir de base nivelada para os acabamentos finais (revestimentos cerâmicos ou pintura). Portanto, o emboço não possui qualquer função estrutural de resistência às cargas (pesos) e transmissão dessas cargas às fundações, não podendo, portanto, ser classificado como um “elemento estrutural”. Sua resposta está incorreta. A questão buscou reforçar os conceitos envolvidos na técnica da Estrutura Analítica de Projeto, por meio de exemplos práticos, mostrando sua importância na 1ª etapa da elaboração de um orçamento, qual seja: a identificação de todos os serviços da obra, sem qualquer omissão. 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 9/10 Questão 10 Incorreto Atingiu 0,00 de 2,00 Na obra de construção de um posto de saúde existem várias ferramentas e equipamentos que são indispensáveis para que os operários possam cumprir as tarefas determinadas pelo projeto, conforme indicam as figuras. Com diversos tamanhos e potências, devem ter seus custos adequadamente previstos no orçamento. Acerca da forma de orçamentação de equipamentos, julgue as alternativas abaixo e marque apenas a verdadeira. a. As ferramentas manuais, de uso individual, tais como a furadeira, o cortador de azulejo e a lixadeira, são exemplos de equipamentos que devem necessariamente ter seus custos horários apropriados separadamente nas composições de preços unitários. b. Os custos das horas dos equipamentos (operativas e improdutivas) envolvidos na etapa de terraplenagem devem estar incluídos dentro de cada composição analítica de preços dos serviços envolvidos, de acordo com a quantidade de horas estimadas para executar uma unidade de volume de movimentação de terra (medida em 26/04/2020 Questionário 3 https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5744789 10/10 metros cúbicos), de modo que o construtor obterá legitimamente seu lucro pelo resultado efetivo (corte, transporte, aterro) e não apenas pela quantidade de horas que o equipamentos permanece no local da obra. c. Em uma atividade na qual uma retroescavadeira está carregando um caminhão, enquanto o caminhão estiver parado o custo do salário do motorista não deve ser computado, pois, na prática, ele não está produzindo. d. O custo horário operativo do equipamento somente admite a inclusão dos gastos com combustíveis se o motor do equipamento for movido a derivados do petróleo (diesel ou gasolina). Este item está errado. A parcela do custo horário operativo de um equipamento deve considerar todos os custos necessários para que ele possa operar. No caso de uma betoneira cujo motor seja movido a eletricidade, o custo dessa eletricidade, que é paga pelo construtor ao concessionário local de fornecimento de energia elétrica, deve ser computado no orçamento. Contudo, o que não pode ocorrer é duplicidade nos custos. Por exemplo, se no custo mensal de operação do canteiro de obras já estiverem incluídos os consumos de energia para todos os equipamentos, deve haver redução desses custos. Em geral, o custo de operação do canteiro previsto no orçamento contempla apenas o custo de energia para o escritório, alojamento, refeitório e outras instalações provisórias, visando iluminação, operação de computadores, equipamentos elétricos da cozinha etc. Sua resposta está incorreta. A questão objetivou despertar no participante a sensibilidade acerca da necessidade de entender o que está por trás dos custos dos equipamentos de uma obra. A forma como devem ser orçados os custos como o combustível e o operador foram exemplificados. Também foi abordado o caso em que os equipamentos são tão pequenos a ponto de serem considerados como ferramentas manuais, o que não justifica todo o trabalho de apropriar a quantidade de horas de uso, já que a vida útil é tão reduzida a ponto de serem considerados como itens de consumo corrente, e não como um patrimônio da empresa. Por fim, um assunto de suma importância: os equipamentos não devem ser pagos “por permanência”, mas sim pelo resultado, refletido na unidade de medida do serviço que a administração pública deseja receber, pois tais equipamentos de construção são um meio para se atingir um fim pré-determinado, que é o serviço de engenharia, ou a obra em si.
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