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Aula - Mamografia Completa-1

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MAMOGRAFIA 
 
 
 
 
PROFESSORA: WALDELANIA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 1 
 
 
 
ÍNDICE 
 
HISTÓRICO DA MAMOGRAFIA.............................................PÁG.02 
MAMOGRAFIA – DEFINIÇÃO E FINALIDADE...................PÁG.04 
INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA...........................................PÁG.04 
ANATOMIA DAS MAMAS..........................................................PÁG.05 
TECIDO MAMÁRIO....................................................................PÁG.06 
CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS EM QUADRANTES............PÁG.07 
ASPECTO RADIOLÓGICO DO TECIDO MAMÁRIO.............PÁG.08 
CÂNCER DE MAMA...................................................................PÁG.09 
INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO.......................PÁG.10 
A ANSIEDADE DA PACIENTE.................................................PÁG.11 
A PACIENTE DE MAMOGRAFIA............................................PÁG.12 
O PAPEL DA TÉCNICA EM MAMOGRAFIA..........................PÁG.13 
ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPRESSÃO.............................PÁG.13 
POSICIONAMENTO X COMPRESSÃO....................................PÁG.14 
CÉLULA FOTOELÉTRICA........................................................PÁG.16 
CLASSIFICAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS/INDICAÇÕES...........PÁG.17 
INCIDÊNCIAS BÁSICAS............................................................PÁG.19 
REFERÊNCIAS PARA INCIDÊNCIA CC.................................PÁG.19 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO P/ INCIDÊNCIA CC................PÁG.20 
ERROS COMUNS – CC...............................................................PÁG.21 
INCIDÊNCIA MLO......................................................................PÁG.21 
REFERÊNCIAS P/ INCIDÊNCIA MLO....................................PÁG.23 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO P/ INCIDÊNCIA OML............PÁG.24 
ERROS COMUNS – MLO...........................................................PÁG.25 
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES......................................PÁG.27 
MANOBRAS.................................................................................PÁG.29 
BIBLIOGRAFIAS........................................................................PÁG.31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
HISTÓRICO DA MAMOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A tecnologia da Mamografia desenvolveu-se muito 
quando os cientistas descobriram o que era basicamente um tripé 
apoiando uma câmera especial de Raios-X. Assim foi criada a primeira 
máquina projetada especificamente para produzir mamografias. A 
primeira máquina foi desenvolvida em 1966. Até então, as imagens 
mamográficas eram produzidas por máquinas convencionais de raios-x . 
 OS PRIMEIROS EQUIPAMENTOS MOTORIZADOS 
PARA COMPRESSÃO FORAM CRIADOS NO INÍCIO DA DÉCADA 
DE 80. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Hoje, quarenta anos depois, as indústrias de equipamentos médicos 
tornam realidade o conceito de transmissão de mamografias digitais, por 
via satélite, para médicos em localidades distantes do mundo todo. 
 
1967 - Através de um projeto e da implementação de molibdênio 
produziu imagens de melhor qualidade que as mamografia improvisadas, 
obtidas por equipamentos de radiografias convencionado na época. O 
primeiro modelo comercial de “Senographe” (pintura do seio em 
francês), como foi denominado. 
 1992 - Hoje as mulheres podem esperar o resultado obtido com 
tecnologia de ponta, apartir de máquinas que utilizam ródio, um 
elemento metálico usado no tubo de raios-x, que permite melhor 
penetração no tecido mamário, com menos exposição da paciente a 
radiação. 
1996 - Aumenta o nível de adesão à triagem, levando mais mulheres 
aos serviços de mamografia. 
1998 - É lançado com um cassete digital único, que permite a troca de 
imagem de cassete em filme/écran para ponto digital em uma máquina. 
Em um monitor de computador pode-se revisar a imagem em termos de 
pontos digitais, visão aumentada, localização de agulha, e aquisição de 
imagem estereostática bidimensional para orientação na intervenção. 
2000 - É lançado o primeiro sistema de mamografia digital de campo 
total. Assim muda definitivamente o cuidado com a mama 
proporcionando eficiência digital, confiabilidade e assistência a paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparelho acoplado com 
Esteriotáxia 
 4 
MAMOGRAFIA – DEFINIÇÃO E FINALIDADE 
 
 A mamografia, mastografia ou senografia é a radiografia simples 
das mamas, um exame de alta sensibilidade considerado um 
método fundamental para o rastreamento do câncer de mama. 
 
 Contudo, a mamografia revela-se mais eficiente nas mulheres 
acima de 45 anos, já que nas mais jovens, por apresentarem uma 
alta densidade de tecido mamário, o exame não tem os mesmos 
resultados. 
 
 Nos dias de hoje, a utilização de mamógrafos de alta resolução, 
dotados de foco fino para ampliação, de combinação adequada 
filme-écran, e de processamento específico tem proporcionado a 
detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias, 
principalmente lesões pequenas, quando ainda não são palpáveis. 
 
 A mamografia deve ter alta qualidade e para tanto são necessários: 
equipamento adequado, técnica radiológica correta 
(posicionamento, técnica) e, principalmente conhecimento, prática 
e dedicação dos profissionais envolvidos. 
 
 
INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA 
 
 Mamografia de Rotina 
Mamografia de rotina é aquela realizada em mulheres sem sinais ou 
sintomas de câncer de mama, sendo capaz de detectar lesões pequenas, 
não palpáveis (geralmente com melhores possibilidades de tratamento e 
melhor prognóstico). 
 
 As situações em que a mamografia é solicitada com esta finalidade são 
as seguintes: 
 
a) Rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomática 
Recentes diretrizes recomendam a mamografia de rastreamento (ou de 
rotina), nas mulheres assintomáticas a partir de 40 anos, associada com 
auto-exame mensal e exame clínico anual, embora os benefícios destes 
últimos não estejam cientificamente comprovados. Antes de 40 anos, a 
mamografia de rastreamento deve ser realizada em mulheres com alto 
risco para câncer de mama (parente de primeiro grau na pré-menopausa, 
história pregressa de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ). 
 
 
 
 
 5 
b) Pré-terapia de reposição hormonal (TRH) 
A paciente candidata à terapia de reposição hormonal (TRH) deve 
realizar a mamografia antes do tratamento com a finalidade de 
estabelecer o padrão mamário e detectar lesões não palpáveis. Qualquer 
alteração deve ser esclarecida antes de iniciar TRH. Após o início da 
TRH a mamografia é realizada anualmente (não há necessidade de 
realizar mamografia semestral). 
 
c) Pré-operatório para cirurgia plástica 
Com a finalidade de rastrear qualquer alteração das mamas, 
principalmente em pacientes a partir da 5ª década ou um pacientes que 
ainda não tenham realizado o exame. 
 
d) Seguimento 
Após mastectomia (estudo da mama contralateral) e após cirurgia 
conservadora. Nestes casos, a mamografia de seguimento deve ser 
realizada anualmente, independente da faixa etária, sendo de extrema 
importância o estudo comparativo entre os exames. 
 
 
ANATOMIA DAS MAMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As glândulas mamárias, que têm como principal função 
a secreção do leite, estão situadas na parede anterior do tórax e se 
compõem de: 
 Ácino - Menor parte da glândula e responsável pela produção do 
leite durante a lactação; 
 6 
 Lóbulo mamário - conjunto de ácinos; 
 
 Lobo mamário - Conjunto de lóbulos mamários que se liga à 
papila através de um ducto; 
 
 Ductos mamários - Em número de 15 a 20 canais, conduzem a 
secreção (leite) até a papila 
 
 Tecido glandular - Conjunto de lobos e ductos; 
 
 Papila - Protuberância elástica onde desembocam os ductos 
mamários; 
 
 Aréola - Estrutura central da mama onde se projeta a papila; 
 
Tecido adiposo - Todo o restante da mama é preenchido por tecido 
adiposos ou gordurosos, cuja quantidade varia com as 
características físicas, estadas nutricional e idade da mulher. 
 
 
TECIDO MAMÁRIO 
 
 As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior 
quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e 
firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai-se 
atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, 
até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de 
tecido glandular na fase pós-menopausa. 
 Essas mudanças de características promovem uma nítida 
diferença entre as densidades radiológicas das mamas da mulher jovem e 
da mulher na pós-menopausa. 
 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS EM 
QUADRANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Há 2 métodos utilizados para registrar os achados na mama: a divisão 
dos quadrantes e o método do relógio, esse último muito utilizado na 
ultra-sonografia mamária, portanto estudaremos o método dos 
quadrantes utilizado para registrar achados na radiografia da mama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. QUADRANTE SUPERIOR EXTERNO; 
2. QUADRANTE SUPERIOR INTERNO; 
3. QUADRANTE INFERIOR EXTERNO; 
4. QUADRANTE INFERIOR INTERNO; 
5. ÁREA CENTRAL/AREOLAR 
6. CAUDA AXILAR (Cauda de Spencer). 
 
 8 
ASPECTO RADIOLÓGICO DO TECIDO MAMÁRIO 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM I 
 
1- Porque a mamografia não é indicada para mulheres antes dos 35 anos? 
 
2- Antes dos 35 anos qual o exame indicado para estudar o parênquima 
mamário? Por quê? 
 
3- Diferencie mama densa de mama liposubstituída. 
 
4- Na evolução do mamógrafo quais as mudanças que levaram a 
obtenção de uma mamografia de qualidade? 
 
5- Qual a importância da mamografia em mulheres a partir dos 40 anos? 
 
6- Descreva sucintamente o desenvolvimento da mama desde a mulher 
jovem até a fase pós- menopausa. 
 
7- Esquematize um desenho das mamas de frente, divida em quadrantes 
e dê nome a cada quadrante. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
CÂNCER DE MAMA 
 
 As células dos diversos órgãos do nosso corpo estão 
constantemente se reproduzindo, isto é, uma célula adulta divide-se em 
duas, e por este processo, chamado mitose, vai havendo o crescimento e 
a renovação das células durante os anos. 
 A mitose é realizada de modo controlado dentro das 
necessidades do organismo. Porém, em determinadas ocasiões e por 
razões ainda desconhecidas, certas células reproduzem-se com uma 
velocidade maior, desencadeando o aparecimento de massas celulares 
denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores. 
 Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido, 
desordenado e infiltrativo, as células não guardam semelhança com as 
que lhes deram origem e têm capacidade de se desenvolver em outras 
partes do corpo, fenômeno este denominado metástase, que é a 
característica principal dos tumores malignos. 
 O câncer de mama geralmente se apresenta como um 
nódulo na mama. As primeiras metástases comumente aparecem nos 
gânglios linfáticos das axilas. 
 Os ossos, fígado, pulmão e cérebro são outros órgãos 
que podem apresentar metástases de câncer de mama. 
 Calcula-se seis a oito anos o período necessário para que 
um nódulo atinja um centímetro de diâmetro. Esta lenta evolução 
possibilita a descoberta ainda cedo destas lesões, se as mamas são 
periodicamente, examinadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO 
 
A técnica recepciona a mulher, apresenta-se e estabelece contato visual. 
O uso de um crachá pode contribuir para uma relação mais pessoal e 
antes de executar o exame, a técnica deve fazer diversas perguntas: 
 
 Ocorreram problemas nas mamas no passado ou há algum 
problema atual nas mamas? 
 
 Por quanto tempo eles existiram? 
 
 No caso de um tumor conhecido, quando foi palpado e onde está 
localizado? 
 
 Se já foi realizada uma mamografia anteriormente e como foi a 
experiência da mulher. 
 
 Há uma história de biópsia prévia? 
 
A técnica em Mamografia deve realizar inspeção das mamas antes 
do posicionamento e observar: 
 
 Se há alguma característica anatômica específica que precisa ser 
levada em consideração (por exemplo, cifose torácica ou 
escoliose). 
 
 a paciente usa um marca-passo (em caso positivo, deve ser 
explicado que a radiação não afeta o seu funcionamento nem 
descarrega as baterias). 
 
 Se há quaisquer alterações na mama: cicatrizes, lesões cutâneas 
como nervos ou verrugas, eczemas mamilares, secreção ou 
retração mamilar (especialmente se for de início recente), retração 
cutânea local ou quaisquer outras informações relevantes para o 
radiologista e registrar isso na planilha adequada (ficha individual 
da paciente). 
 
 
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM Il 
 
1- Toda paciente antes de realizar um exame de mamografia deve 
responder um questionário que deverá ser fixado à sua ficha individual 
para que o médico radiologista possa saber o seu histórico, facilitando 
assim o diagnóstico. Elabore um questionário com 10 perguntas que a 
paciente deve responder antes de realizar uma mamografia bilateral. 
 
 11 
A ANSIEDADE DA PACIENTE 
 
É inevitável a associação feita entre a mamografia e o câncer de mama. 
Quando é solicitado a uma paciente para realizar uma mamografia, esta 
associação é quase que automática, neste caso, devemos lembrar que o 
fato de se diagnosticar um câncer de mama leva a uma cirurgia que, 
dependendo do estágio da doença, significa uma mutilação para essa 
mulher. 
 
A ansiedade da mulher pode variar desde uma leve apreensão a um 
estado francamente patológico. Em alguns momentos, a ansiedade da 
paciente pode se revelar em atitudes distintas, tais como: 
 
 Demonstração de hipersensibilidade das mamas, na tentativa de 
impedir a realização do exame e, assim, "fugir" do resultado; 
 
 Agressividade em relação ao serviço ou ao profissional que está 
realizando o seu exame; 
 
 Paciente não colaborativa, mostrando-se resistente à realização 
dos procedimentos normais do exame, manifestando recusa para 
responder o questionário prévio, aceitar a compressão ou os 
posicionamentos, aceitar as incidências complementares e/ ou os 
prazos normais, estipulados pelo serviço, para a entrega do 
resultado. 
 
Dependendo do tipo de procedimento que a paciente vai realizar, o grau 
de ansiedade pode se apresentar em diferentes níveis. A mamografia em 
paciente assintomática costuma causar um menor grau de ansiedade, mas 
qualquer procedimento adicional, como a repetição de uma radiografia 
ou a realização de uma incidência adicional, pode elevá-lo. Dessa forma, 
os exames que saem da rotina, tais como a realização de exame em 
pacientes com nódulos palpáveis ou procedimentos invasivos (biópsia ou 
agulhamento pré-cirúrgico), também costumam elevar o grau de 
ansiedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
A PACIENTE DE MAMOGRAFIA 
 
Ao se realizar um exame de mamografia, além dos fatores técnicos, 
devem-se levar em consideração os sentimentos da paciente. Uma 
mulher que se submete a este tipo de exame, diferentemente de qualquer 
outro tipo de exame, está sujeita a um stress devido à simbologia que a 
mama representa para a sensualidade feminina. Por causa da tensão, a 
paciente pode apresentar a musculatura contraída, dificultando o 
posicionamento, e contribuindo para que a compressão seja dolorosa, 
tornando o exame muito mais incômodo do que o normal. 
As mulheres que recorrem ao exame de mamografia podem ser divididas 
em dois grupos: 
 
a) Sintomática, com sintomas nas mamas (dor, nódulo palpável, etc.); 
 
b) Assintomáticas, que faz o exame para detecção precoce de câncer de 
mama. 
 
 Independentemente do motivo pelo qual a paciente está realizando o 
exame de mamografia, elaestá envolvida pelos seguintes sentimentos: 
 
 Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é 
"obrigada" a expor uma parte de seu corpo tão íntima e tão 
importante para a sua sensualidade; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um 
câncer de mama pode significar para ela, a mutilação desse órgão; 
 
 Medo da forma como o exame é realizado, pois muitas mulheres 
que já tiveram experiências desagradáveis anteriormente espalham 
boatos sobre o desconforto desse exame. 
 
 
 
 13 
O PAPEL DA TÉCNICA EM MAMOGRAFIA 
 
Em virtude da importância da mamografia no diagnóstico 
precoce do câncer de mama, o papel da técnica em radiologia 
que realiza este tipo de exame se torna primordial. 
Cabe a técnica ter a sensibilidade de, em cada 
paciente, saber identificar o grau de ansiedade 
em que ela se encontra e trabalhar com o seu 
emocional para poder atingir uma maior 
colaboração desta paciente. Algumas atitudes 
tornam-se úteis. Atender cada paciente como única, 
respeitando sua individualidade, é uma delas. Para 
isso, algumas dicas são muito importantes: 
 
 
 Recebê-la sempre com um sorriso amável; 
 Tratá-la de forma cordial e atenciosa, chamando-a pelo nome; 
 Demonstrar que a sua privacidade está sendo respeitada mantendo 
a porta da sala trancada e evitando que aconteça qualquer tipo de 
interrupção durante o exame; 
 Explicar o motivo dos procedimentos durante o exame, por 
exemplo, o motivo da compressão da mama; 
 Durante o exame, a técnica deve demonstrar competência, 
precisão e segurança na condução do exame; 
 Demonstrar à paciente que compreende os seus medos, tentando 
conquistar a sua confiança e, dessa forma, criar um momento de 
cumplicidade, buscando a sua cooperação. 
 
 
ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPRESSÃO 
 
 A compressão inadequada da mama pode interferir drasticamente 
na qualidade do exame. 
 A compressão tem a finalidade de fixar a mama e mantê-la em 
uma posição desejada diminuindo-se assim o risco de radiografias 
tremidas. 
 Com a compressão obtém-se uma redução na espessura da mama. 
 Nesses casos minimiza-se a dose de exposição, reduz-se o 
borramento indesejável, permitindo que toda a mama passe a ter a 
mesma espessura. 
 Outra vantagem da compressão é a possibilidade de que as 
estruturas fiquem "esparramadas", facilitando a análise do exame e 
diminuindo o risco de falsas imagens criadas por superposição de 
estruturas. 
 14 
 A compressão não pode, em hipótese alguma, tomar-se uma 
agressão à paciente, pois se traumatizada, ela poderá nunca mais 
voltar a fazer uma mamografia. 
 Existe um limite muito tênue entre a compressão ideal e a tolerada 
pela paciente, cabendo à técnica considerar o estado emocional em 
que a mulher se encontra descobrindo esse limite individual para 
fazer uma boa compressão sem traumatizá-la. 
 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO X COMPRESSÃO 
 
 A técnica deve compreender a necessidade da 
compressão na mamografia. Uma mamografia de boa qualidade somente 
pode ser obtida com uma mama adequadamente comprimida. 
 A compressão afina substancialmente a mama, 
distribuindo a espessura mais igualmente sobre toda a sua superfície. A 
compressão é usada pelos seguintes razões: 
 
 Menor radiação dispersa melhorando assim, o contraste das 
imagens; 
 Menor radiação no tecido mamário; 
 Menos borramento devido à melhora da geometria e da 
imobilização; 
 Separação de diversas estruturas e menor sobreposição das 
sombras teciduais, fornecendo uma melhor visualização do tecido 
mamário; 
 Densidade mais homogênea no filme; 
 Melhor visualização das distorções (estruturas teciduais normais). 
 
Figura A – Compressão efetiva, onde 
a mama se apresenta com uma 
espessura uniforme. 
Figura B – Compressão seletiva 
feita com um compressor de área 
pequena. 
 15 
 A importância da compressão adequada deve ser explicada à mulher 
antes que a mama seja comprimida. A maioria das mulheres considera a 
compressão desagradável, algumas a acham até mesmo dolorosa. A 
mulher geralmente tolera melhor quando a técnica menciona que a 
compressão somente durará alguns segundos. 
 
 A mama deve ser comprimida adequadamente, mas não mais do que 
o necessário. Quando o tecido tiver sido espalhado ao máximo, qualquer 
tentativa posterior de compressão é inútil, uma vez que a qualidade da 
imagem não melhorará, e o risco de dor aumentará rapidamente. 
 
 A dose usual de força compressiva a ser aplicada na mama varia entre 
11 e 18 Kgf e o grau de compressão tolerado pelas mulheres é variável. 
Mulheres com mamas sensíveis na fase pré-menstrual devem ser 
submetidas a mamografia uma semana após o início da menstruação. 
 
 Durante a compressão, a técnica deve observar a mulher para notar 
qualquer reação inicial à dor. A compressão é mais bem tolerada quando 
a mulher é solicitada a indicar quando a compressão está desconfortável. 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM IlI 
 
1- Porque a compressão da mama durante a realização da mamografia 
bilateral pode interferir drasticamente na qualidade do exame? 
2- O que pode ocorrer quando a mama não é bem fixada na mamografia? 
3- Escreva seis objetivos da compressão. 
4- O que podemos denominar de falsas imagens num exame de 
mamografia? 
5- O que podemos fazer para evitar superposição de estruturas durante o 
exame? 
6- Uma dobra no tecido mamário pode ser considerada um artefato? 
Responda sim ou não e justifique a sua resposta. 
7- O que a técnica pode fazer para que a compressão não se torne uma 
agressão à paciente? 
8- Escreva um texto com 5 linhas convencendo a paciente que a 
compressão não pode ser dispensada e as vantagens que ela proporciona 
na realização de um mamografia de qualidade. 
9- A compressão pode ser atenuada caso a paciente não suporte 18 kg? 
Responda sim ou não e justifique a sua resposta. 
10- Explique a diferença de uma compressão localizada seletiva e uma 
compressão efetiva e a finalidade de ambas as compressões. 
 
 
 
 
 16 
CÉLULA FOTOELÉTRICA 
 
1. Aparelhos com dispositivos de controle automático de exposição 
(Automatic Exposure Control -AEC) possuem uma célula 
fotoelétrica, localizada abaixo do buck 
2. O AEC deve ser posicionado sobre a área de interesse da mama 
permitindo uma exposição ideal. 
3. Dependendo do equipamento, podemos posicionar o detector de 
exposição em diferentes posições, sempre variando anterior ou 
posteriormente na mama e nunca lateralmente. 
4. Como a área de "leitura" é muito pequena, dependendo do local 
onde estiver posicionado o detector o equipamento poderá 
selecionar parâmetros técnicos diferentes (kVp, mAs e filtro). 
5. Em mamas com "ilhas" de parênquima, a célula fotoelétrica deve 
estar na área de parênquima para que a imagem não fique sub-
exposta. 
6. Deve-se ter o cuidado de escolher a posição adequada, evitando-se 
áreas de pele para que não ocorra sub-exposição. 
7. Quando for preciso escolher entre posicionar o Automatic 
Exposure Control - AEC sobre uma área de gordura ou área de 
parênquima, deve-se optar pelo parênquima, por ser uma estrutura 
mais densa. 
8. Ao se realizar uma incidência localizada utilizando-se o 
compressor indicado para compressão seletiva a fotocélula deve 
ficar sempre na primeira posição, (próximo ao tórax). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOCAL DAS CÉLULAS 
FOTOELÉTRICAS 
1ª célula 
3ª célula 
 17 
OBSERVAÇÕES: 
 
 No caso da figura acima a meia lua é mais indicada se colocada na posição 
central, pois se colocada na 1ª meia lua (próxima ao tórax), o detector iria ler área 
de gordura, resultando numa radiografia mais clara, (sub-exposta). 
 
 Na posição da 3ª meia lua, apesar de também estar posicionada sobre a mama, 
o detector iria ler que a área estar mal comprimida e corresponde a uma 
espessura menor do que a encontrada nas posiçõesda 2ª e da 3ª meias luas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS/ INDICAÇÕES 
 
Incidências Básicas Indicação 
Crânio Caudal – CC 
 
Exame de Rotina 
Médio Lateral Oblíqua 
– MLO 
 
Exame de Rotina 
 
incidências 
complementares 
Indicação 
Crânio Caudal forçada –
XCC 
(Cleópatra) 
 
Estudo de lesões nos 
quadrantes externos 
“Cleavage” – CV 
Estudo de lesões nos 
Quadrantes internos 
2ª célula 
 18 
Perfil externo ou médio 
lateral-P,ML 
Obrigatório incluir 
músculo 
grande peitoral 
Manobra angular 
Controle pós MPC 
Nos casos em que não 
for possível realizar 
MLO, substituir por 
perfil 
 
Perfil interno ou látero-
medial ou LM, contact 
Estudo de lesões nos 
quadrantes internos, 
manobra angular 
 
Caudocrania – RCC 
Marca-passo, cifose 
acentuada 
Mama masculina 
 
Retromamária 
Estudo da porção 
posterior dos 
implantes, está em 
desuso 
 
Manobra Indicação 
Compressão localizada 
Dissociar estruturas, 
pode ser associada com 
ampliação em áreas 
com 
microcalcificações. 
 
Ampliação 
Visualizar detalhe, 
microcalcificações 
 
Compressão+ampliação 
Dissociar e ampliar 
estruturas 
 
Angular 
Dissociar estruturas 
 
Rotacional – RL, RM 
Dissociar estruturas 
 
Tangencial – TAN 
Provar que a lesão é de 
origem cutânea 
 
 
 
 
 
 
 19 
INCIDÊNCIAS BÁSICAS 
 
1- CRÂNIO CAUDAL – CC 
Posicionamento: 
 Na posição CC a mama é projetada com o feixe de raios X indo da 
cabeça aos pés. Toma-se o cuidado de tracioná-la para não excluir 
nenhuma região. Como a mama possui mobilidade em relação à caixa 
torácica devemos lançar mão desse recurso para melhor posicionamento 
e levar o chassi até o vértice da mama com a parede do abdômen (sulco 
inframamário) e daí tracioná-la e sem soltá-la efetuar a compressão. 
 Alguns parâmetros são importantes para obter qualidade no exame, 
tais como: 
 Tubo vertical, feixe perpendicular à mama; 
 Paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o lado 
oposto a ser examinado e braço ao longo do corpo, com os ombros 
relaxados. 
 Elevar o sulco inframamário para permitir melhor exposição da 
porção superior da mama, próxima ao tórax; 
 Centralizar a mama no bucky, mamilo paralelo ao filme; 
 Selecionar a posição da fotocélula de acordo com o tamanho da 
mama. 
 Filme mais próximo dos quadrantes inferiores; 
 As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica; 
 Para melhorar a exposição dos quadrantes externos pode-se 
tracionar a parte lateral da mama, antes de aplicar a compressão. 
 
REFERÊNCIAS PARA A INCIDÊNCIA CRÂNIO-CAUDAL 
 Parte lateral e parte medial da mama incluída na radiografia; 
 Visibilização do músculo grande peitoral, que pode ocorrem em 
30-40% das imagens, notadamente com adequada elevação do 
sulco inframamário; 
 Visibilização da gordura retromamária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 
 
 
 20 
 A parte medial do tecido mamário deve ser representada 
completamente. O tecido adiposo retroglandular deve ser visualizado e, 
se possível, também o músculo peitoral. 
 
É desejável visualizar o músculo peitoral na incidência CC, mas isto 
pode não ser conseguido em muitos casos, e a ausência de visualização 
não é necessariamente um sinal de posicionamento incorreto. 
 
 A representação exagerada do tecido medial leva a uma perda de 
visualização do tecido lateral e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA CC 
 
 A borda medial da mama é representada. 
 Mamilo no centro e de perfil. 
 Deve ser representado o máximo possível do aspecto lateral. 
 Deve ser representada a parte central do tecido adiposo retroglandular. 
 Se possível, é exibida a sombra do músculo peitoral na borda posterior 
da mama. 
 Músculo grande peitoral até o plano do mamilo ou baixo, com borda 
anterior convexa; 
 Sulco inframamário incluído na imagem; 
 Visibilização da gordura retro-mamária 
 Se não for possível colocar o mamilo paralelo ao filme, sem excluir o 
tecido posterior, deve-se realizar incidências adicional da região retro-
areolar (em MLO ou CC). 
 
 
 21 
VISTA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
Nas incidências CC direita e esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS COMUNS - CC 
 
 Altura inadequada do suporte do cassete, assim a compressão pode 
ser mais dolorosa, e o mamilo não é visualizado de perfil. 
 Suporte do cassete muito alto ou muito baixo. 
 A mama é insuficientemente tracionada para frente e a porção 
posterior do tecido fibroglandular não é visualizada. 
 Os cânceres localizados posteriormente, em frente ao músculo 
peitoral maior, podem permanecer indetectáveis quando a mama 
não for tracionada insuficientemente. 
 Pregas cutâneas na parte lateral, devido ao posicionamento 
incorreto e alisamento insuficiente da pele durante a compressão. 
 Detector de CAE posicionado incorretamente, por exemplo, 
posterior ao tecido fibroglandular, resultando em subexposição do 
tecido fibroglandular. 
 
 
2- MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA (MLO) 
posicionamento: 
 A incidência MLO é executada com a mulher em pé, o feixe de raios 
X passa do aspecto súpero-medial ao ínfero-lateral da mama com um 
ângulo de 45°. Algumas vezes, o ângulo deve ser ajustado para colocar o 
suporte do cassete paralelo ao músculo peitoral. 
 Em mulheres altas e magras, o ângulo, a partir da vertical, pode ser 
levemente menor (suporte do cassete em posição mais inclinada); em 
mulheres mais baixas, mais corpulentas, o ângulo, a partir da vertical, 
pode ser levemente maior (suporte do cassete em uma posição mais 
 22 
plana). A mulher fica ereta, girada de 45º a 50º, com a mama a ser 
examinada voltada para a unidade. A mão da mulher no lado que estiver 
sendo examinado deve estar descansando sobre a barra do cabo do braço 
do tubo. É ajustada a altura do suporte do cassete. 
 O suporte do cassete encontra-se imediatamente anterior à prega axilar 
posterior. Após a compressão, o canto superior externo da placa de 
compressão deve ser posicionado logo abaixo da clavícula. De pé, no 
lado oposto da mulher, a técnica segura o braço da mulher com uma das 
mãos e com a outra, toda a mama da mulher (o externo da técnica é 
colocado contra o braço pendente da mulher). Tanto a técnica quanto a 
mulher se inclinam levemente para a frente, em direção à unidade de 
mamografia. O suporte do cassete é posicionado imediatamente anterior 
à prega axilar posterior para garantir a inclusão de toda a Cauda Axilar, 
que se encontra parcialmente localizada atrás do músculo peitoral. A 
porção lateral da mama é colocada no suporte do cassete. 
 A técnica encontra a clavícula com seus dedos para garantir que o 
canto superior externo da placa de compressão esteja posicionado 
exatamente sobre a parte medial da clavícula. Os dedos da mão que 
segura a mama giram para fora, sob a mama (o polegar permanece em 
contato com a mama). A mama é puxada para cima e para frente, 
afastando-a da parede torácica. Quando for aplicada compressão, o 
tecido mamário é alisado, a borda da placa de compressão deve tocar o 
esterno e o canto superior da placa de compressão situar-se-á agora logo 
abaixo da clavícula. O feixe central se estende do quadrante medial 
superior para o quadrante lateral inferior, isto é, levemente abaixo do 
nível do mamilo e alcança o cassete de forma perpendicular. 
 É desejável mostrar o mamilo em perfil e quaisquer pregas cutâneas, 
no ângulo inframamário, devem ser alisadas. Se necessário, a mulher 
deve segurar sua mama oposta de forma que fique fora do campo da 
radiação. 
 
ALGUNS PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES PARA OBTER 
QUALIDADE NO EXAME, TAIS COMO: 
 
 O bucky deve estar angulado seguindo o eixo da caixa torácica de 
acordo com o biótipo de cada paciente. 
 O mamilo deve ser vistoem perfil. 
 A técnica deve manter a paciente sempre relaxada. 
 Não soltar a mama enquanto não estiver totalmente comprimida, 
caso contrário ela não ficará bem posicionada. 
 As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica; 
 De acordo com a necessidade e anatomia da paciente a angulação 
pode variar de 45º a 70º, devendo ser o médico radiologista ser 
comunicado quando o ângulo ultrapassar 50. 
 Selecionar a posição da fotocélula de acordo com o tamanho da 
mama. 
 23 
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO 
DA INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL OBLÍQUA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A linha posterior do mamilo se estende posteriormente, 
a partir do mamilo, e é perpendicular ao contorno anterior do músculo 
peitoral. O tecido adiposo retroglandular deve ser visto posteriormente 
ao tecido fibroglandular. 
 24 
 O tecido fibroglandular deve ser elevado da parede 
torácica e não deve ficar pendendo, fazendo com que as estruturas 
lineares do aspecto inferior da incidência sejam esticadas, se projetando 
em direção à parede torácica. 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA A INCIDÊNCIA MLO 
 
 Todo o tecido mamário é claramente mostrado; 
 O músculo peitoral é mostrado e se estende até ou abaixo da linha mamilar ; 
 Mamilo em perfil; 
 Ângulo inframamário claramente demonstrado; A densidade dos tecidos 
moles do músculo peitoral deve ser vista com uma densidade tão 
baixa quanto ou até mesmo mais baixa que a linha do mamilo. 
 Um contorno delicadamente convexo anterior indica que o 
músculo esta relaxado para compressão e adequadamente 
deslocado medialmente, conjuntamente com o tecido 
fibroglandular. 
 A pele da prega inframamária deve ser esticada sem que haja 
quaisquer pregas cutâneas sobrepostas. 
 
 
VISTA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
Nas incidências MLO direita e esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
ERROS COMUNS – MLO 
 
 Suporte do cassete muito alto ou muito baixo. 
 Uma parte muito grande do músculo peitoral fica sob a placa de 
compressão, resultando em compressão inadequada da mama; 
 O ombro e o músculo peitoral não estão relaxados e a paciente 
está debruçada para trás, levando a uma visualização incompleta 
ou à ausência de visualização do músculo; 
 Não há contato entre a parede torácica da mulher e o suporte do 
cassete, de forma que a porção posterior da mama não é 
visualizada; a mesma mama após o posicionamento adequado; 
 Rotação insuficiente da mulher, impedindo a representação da 
parte medial da mama; a mesma mama após o posicionamento 
adequado. 
 Parte do braço da paciente sob a placa de compressão impedindo 
uma compressão eficaz. 
 
 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM IlI 
 
1- Relacione os erros comuns que ocorre na incidência OML com as 
figuras abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES 
 
 Crânio Caudal Forçada – XCC 
1. Esta incidência permite melhor visibilização dos quadrantes 
externos, inclusive da porção posterior e da cauda de Spencer 
(tecidos mamários proeminentes, que “invade” a axila, 
lateralmente á borda lateral do músculo grande peitoral); 
2. Escolher entre realizar XCC ou “Cleópatra” depende apenas da 
facilidade de posicionamento para cada paciente, pois as duas 
incidências têm o mesmo resultado radiográfico. 
 
 Cleópatra 
1. Representa variação do crânio-caudal forçada, sendo realizada com 
tubo vertical, feixe perpendicular á mama e a paciente bem inclinada 
sobre o Bucky. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Cleavage” – CV 
1. Centralizar os quadrantes internos da mama examinada no 
bucky (a mama oposta também fica sobre o bucky), mamilo 
paralelo ao filme. 
2. Esta incidência é uma crânio caudal com ênfase na exposição 
dos quadrantes internos (indicada para estudo de lesões nos 
quadrantes internos, principalmente as próximas do esterno). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
Perfil Externo ou Médio Lateral – P, ML 
1. Esta incidência (também chamada de perfil absoluto) deve incluir, 
obrigatoriamente, parte do prolongamento axilar. 
2. Incidência indicada em mamas tratadas com cirurgia conservadora 
e esvaziamento axilar e na verificação do posicionamento do fio 
metálico, após MARCAÇÃO PRÉ-CIRURGICA (MPC) de lesões 
não palpáveis. 
 
Perfil Interno ou Láteromedial ou Contact – LM. 
1. Esta incidência, também chamada de contact deve incluir, 
obrigatoriamente, parte do prolongamento axilar. 
2. Incidência indicada pra estudo de lesões nos quadrantes internos, 
principalmente as próximas de esterno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caudocranial- RCC 
1. Incidência indicada no estudo da mama masculina ou feminina 
muito pequena, quando existe dificuldade de realizar a crânio-
caudal (face ao pequeno volume da mama), paciente com marca-
passo, paciente com cifose acentuada e paciente grávida. 
2. Nos raros casos em que há indicação de mamografia em gestante, 
o exame deve ser realizado com avental de chumbo no abdome, 
as incidências básicas também são CC e MLO; ao optar pela 
RCC, se o volume do útero gravídico permitir, atenção, certifique-
se que a blindagem do tubo de raio-X esteja em perfeitas 
condições. 
 
 
 
 
 
 29 
MANOBRAS 
 
Compressão Localizada 
 A compressão localizada “espalha” o parênquima mamário, 
diminuindo o “efeito de soma” (Superposição de estruturas com 
densidade radiográfica semelhante), que pode ser responsável por 
imagens “caprichosas”. 
 
 Está indicada para estudar áreas densas e para analisar o contorno dos 
nódulos. Quando a lesão é de natureza benigna ou quando representa 
superposição de estruturas, geralmente ocorre mudança de aspecto da 
área densa. Pode ser associada à magnificação para analisar áreas com 
microcalcificações e ser realizada tanto na posição CC quanto na OML 
de acordo com a necessidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ampliação (magnificação) 
Através da ampliação podemos visualizar detalhes nas áreas suspeitas e, 
principalmente, estudar a morfologia das microcalcificações. 
 
 
 
 30 
Compressão + Ampliação 
Recomenda-se utilizar simultaneamente compressão e ampliação, 
permitindo obter os benefícios das duas manobras, com menor exposição 
da paciente e racionalização no uso de filmes. 
 
 Angular 
Consiste em realizar incidências com varias angulações de tubo, para 
dissociar imagens sugestivas de superposição de estruturas (efeito de 
“soma”). É mais empregada quando a imagem a ser estudada foi 
visualizada na MLO. 
Na pratica, para agilizar o estudo, reduzir a dose na paciente e 
racionalizar o uso de filmes, parte-se direto da MLO para o perfil 
absoluto (90º), promovendo completa dissociação de estruturas. 
 
Rotacional – RL, RM 
A finalidade também é dissociar estruturas, melhor indicada e executada 
quando a imagem é visualizada nas incidências axiais. 
Geralmente é feita na incidência CC, utilizando no filme a indicação 
“RL”, se o deslocamento for para o lado externo (lateral) e “RM” se o 
deslocamento for para o lado interno (medial). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tangencial – TAN 
Consiste em fazer incidências com feixe tangenciando a mama; indicada 
para diagnostico diferencial entre lesões cutânea (cicatrizes cirúrgicas, 
verrugas, calcificações, cistos sebáceos, cosméticos contendo sais 
opacos) e lesões mamária. É necessário utilizar um material radiopaco 
tangenciando, para fazer referência à área a ser visualizada. 
 
 
 
 
 31 
Manobra de Eklund 
 Consiste numa incidência especializada para pacientes que faz uso de 
prótesemamária, onde é necessário empurrar a prótese posteriormente 
para visualizar o tecido mamário anterior à prótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
1. LOPES, Aimar Aparecida; LEDERMAN, Henrique M.; DIMENSTEIN, 
Renato. 
 GUIA PRÁTICO DE POSICIONAMENTO EM MAMOGRAFIA _ São 
Paulo, 2000 – Editora SENAC São Paulo. 
2. DRONKERS, Daniel J.; HENDRIKS, Jan H. C. L.; HOLLAND, Roland; 
ROSENBUSCH, Gerd. 
 MAMOGRAFIA PRÁTICA – Patologia – Técnicas - Interpretação - 
Métodos Complementares – Rio de Janeiro, 2003 – Editora REVINTER. 
3. LEE, Linda; STICKLAND, Verdi; WILSON, A. Robin M.; ROEBUCK, Erick 
J. 
 TÉCNICA RADIOLÓGICA EN MAMOGRAFIA. Madri:, S.L, 1998. Marban 
Libros. 
4. BONTRAGER, Kenneth L.; j. P. LAMPIGNANO 
 TRATADO DE POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA 
ASSOCIADA; 6ª Ed. Editora Guanabara Koogan. 
5. BIASOLI, Antônio Jr – TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO 
 Editora Rúbio 
6. MAMOGRAFIA: POSICIONAMENTOS RADIOLÓGICOS; COSTA, Nancy 
de Oliveira; Editora Corpus

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