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63102550-Apostila-de-Teoria-Da-Contabilidade-Atualizada

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Prof.Mayane Jacqueline G. de Melo Barbosa
Especialista em Finanças e Controladoria- Perita Judicial Contábil e Documentoscopia
Teoria da Contabilidade
�Conteúdo Didático
Introdução:
-Surgimento -Importância dentro do curso IIIIIIIVVVIVIIA evolução da Contabilidade Os objetivos da Contabilidade Qualidade e característica da informação contábil Relatórios Contábeis Os princípios fundamentais de contabilidade Convenções Contábeis Definição e Critérios de Avaliação de Ativo
VIII- Definição e Critérios de Avaliação de passivo e de patrimônio líquido IXXXIXIIReceitas,Despesas,Perdas e Ganhos O Balanço Patrimonial A Demonstração do resultado do exercício(DRE) A demonstração das mutações do Patrimônio Liquido(DMPL)
XIII- Demonstração do Fluxo de Caixa
�Introdução
A Teoria da Contabilidade passou a ser obrigatória nos currículos do Curso de Graduação em Ciências Contábeis a partir de 1994, por ser facultativa antes existia apenas nos cursos de pós-graduação em Contabilidade em stricto ou lato sensu. A introdução obrigatória da disciplina veio contribuir para a formação dos estudantes de graduação na área contábil. A Contabilidade é um poderoso instrumento para a tomada de decisões, seja qual for o tipo de usuários, assim verifica-se que a Teoria da Contabilidade dá suporte para que a Contabilidade exerça o seu papel como um sistema de informação e avaliação destinado a prover aos usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, atendendo a seu principal objetivo. Mostrando que a Teoria está constantemente contribuindo com a arte de bem informar o usuário e explicando como isso se processa, esse procedimento se torna um dos principais recursos didáticos para a Teoria da Contabilidade. Momentos Históricos- 1º Exemplo: Na história da contabilidade a 4 mil anos a.c,sem moeda,sem escrita e sem números um homem que era pastoreio executava a contabilidade de forma rudimentar,guardando seu rebanho na neve para a caverna pergunta “Quando meu rebanho cresceu pela ultima vez?(ele lembra que havia separado pedrinhas para cada ovelha e estava guardado, assim separa novamente pedrinhas para o novo rebanho, compara um com o outro e observa que o número de ovelhas aumentou para sua alegria- ele esta fazendo um inventario. Com este exemplo verifica que o homem sempre foi ambicioso por natureza e tinha interesse em avaliar sua riqueza ou seu crescimento e que entra a função da contabilidade de avaliar a riqueza do homem, os acréscimos e decréscimos dessa riqueza.(+- 4.000 antes de Cristo).Verifica-se que mesmo sem a moeda,escrita e dinheiro a Contabilidade como inventário á existia. 2ºexemplo: Na bíblia no livro de Jó;verifica-se que Jó era um homem muito rico e justo,da terra de Uz no Oriente,vê se que ele tinha um bom contador pois na descrição de sua riqueza observa:”E era o seu gado sete mil ovelhas,e três mil camelos,e quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas.”
�I-
A evolução da Contabilidade
Para José Carlos Marion
Da evolução
O desenvolvimento da contabilidade foi muito lento ao longo dos séculos, somente em torno do século XV é que a Contabilidade atinge um nível de desenvolvimento notório,sendo chamada de fase lógica-racional ou fase pré-cientifica da Contabilidade.Verifica-se que toda a história a Contabilidade torna-se importante à medida que há desenvolvimento econômico. Em países de primeiro mundo a profissão é muito valorizada, no Brasil até a década de 60 este profissional era chamado de guarda-livros. Com o milagre econômico na década de 70, desapareceu esta expressão e observou-se um excelente e valorizado mercado de trabalho para os contabilistas. Na Idade Moderna nos séculos XIV a XVI, principalmente no renascimento com diversos acontecimentos no mundo das artes, na economia e nas relações proporciona um grande impulso das Ciências Contábeis, sobretudo na Itália, com Gutemberg,Colombo iniciando as grandes descobertas,o mercantilismo,o surgimento da burguesia,o protestantismo etc... A primeira literatura contábil foi feita pelo Frei Luca Pacioli em 1494 consolidando o método das partidas dobradas, expressando a causa efeito do fenômeno patrimonial com os termos débito e crédito. A Contabilidade não é uma ciência exata, ela é uma ciência social, pois é ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial, e, utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como principal ferramenta, pois tudo o que fazemos na vida precisamos de métodos quantitativos dos números. O desenvolvimento contábil acompanha de perto o desenvolvimento econômico. Com a ascensão econômica norte-americana, o mundo contábil volta sua atenção para os Estados Unidos a partir de 1920, dando origem ao que alguns chamam de Escola Contábil Norte-Americana.O surgimento das Corporations principalmente no
�inicio do século atual aliado com o desenvolvimento do mercado de capitais e o desenvolvimento do país experimenta um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis norte-americanas.Tem que ser lembrado que os Estados Unidos herdaram da Inglaterra uma excelente tradição no campo da Auditoria,criando solidas raízes.No século XX houve a queda da Escola Européia (mais especificamente a Italiana) e a ascensão da chamada Escola Norte-Americana no mundo contábil. Hoje a tendência é a harmonização internacional das normas contábeis, adotando o modelo IASC (International Accounting Standards Committee),de inspiração Anglo.
Escola Européia(queda) 1- Excessivo Culto à Personalidade grandes mestres e pensadores da Contabilidade com a fama passaram a ser vistos como "oraculos" da verdade contábil 2- Ênfase a uma Contabilidade Teórica Produziam trabalhos excessivamente teóricos,com pouca aplicação prática. 3- Pouca Importância a Auditoria Principalmente na legislação Italiana,não davam importancia ao grau de confiabildade e auditagem
Escola Norte-Americana(ascensão) 1- Ênfase ao Usuário da Informação Contábil a Contabilidade é apresentada como algo útil para a tomada de decisões e atender os usuários é o grande objetivo. 2- Ênfase à Contabilidade Aplicada
Principalmente a gerencial. Não havia preocupação com a teoria das contas 3 -Muita Importância à Auditoria Com a herença dos ingleses e transparência para os investidores das Sociedades Anônimas nos relatórios contábeis
4- Queda do nível das principais faculdades 4- Universidades em busca de qualidade Principalmente as faculdades Italianas,superlotadas Grandes quantias para pesquisas no campo contábil, o professor com dedicação exclusiva e o aluno em período de alunos. integral.
�Evolução da Contabilidade para Sérgio de Iudicibus Introdução • • • • • • • Origem da Contabilidade Ascensão da escola européia A invasão norte-americana (a escola anglo-saxônica O caso brasileiro Das empresas de auditoria de origem anglo-americana A influência da reestruturação do ensino da contabilidade. Perspectivas da contabilidade e a profissão contábil no Brasil.
Origem da Contabilidade A Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens. Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente a 2.000 anos a.C. Entretanto, antes disso, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade. Na invenção da escrita, a representação de quantidades normalmente tem sido importante. Logo, é possível localizar os primeiros exemplos de Contabilidade, seguramente no segundo milênio antes de Cristo, na civilização da Suméria e da Babilônia (hoje Iraque), no Egito e na China. Mas é possível que algumas formas rudimentares de contagem de bens tenham sido realizadas bem antes disto, talvez por volta do quarto milênio a.C. É claro que a Contabilidade teve evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples de mercadorias , os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os
bens, porém, obviamente, tratava-se de um mero elenco de inventário físico, sem avaliação monetária.
�Ascensão da Escola Européia Após o surgimento inicial do método contábil, na Itália, provavelmente no século XVIII ou XIV, de sua divulgação no século XV (obra de Frà Luca Pacioli), da disseminação da “escola italiana” por toda a Europa, surge no século XIX um período que muitos denominaram de científico, e ao qual preferimos chamar de “romântico”. É neste período que, talvez pela primeira vez, a teoria avança com relação às necessidades e às reais complexidades das sociedades. Esta fase também teve seus expoentes máximos na Itália, que denominou o cenário contábil provavelmente até os primeiros vinte e cinco anos do século XX. No fim do período a que chamei de romântico ou em seus limites, surgem os vultos, entre outros, de Fábio Besta, Giuseppe Cerboni, e, no fim do século XIX e inícios do século XX, Gino Zappa e outros; mais recentemente, Aldo Amaduzzi, TeodoroD‘Ippolito e muitos outros.
A invasão norte-americana O surgimento das gigantescas corporations, principalmente em inícios do século, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que aquele país experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis norte-americanas. Não podemos esquecer-nos, também, de que os Estado Unidos herdaram da Inglaterra uma excelente tradição no campo da auditoria, criando, lá sólidas raízes. A evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apóia-se, portando, em um sólido embasamento. A saber: 1. o grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais; 2. o investidor médio é um homem que deseja estar permanentemente bem informado, colocando pressões não percebidas no curtíssimo prazo, mas frutíferas no médio e longo prazos, sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, no sentido de que sejam evidenciadores de tendências.
�3. o governo, as universidades e os institutos de contadores empregam grandes quantias para pesquisas sobre princípios contábeis; e 4. o Instituto dos Contadores Públicos Americanos é um órgão atuante em matéria de pesquisa contábil, ao contrário do que ocorre em outros países; 5. mais recentemente, a criação da Financial Accounting Standards Board (FASB) e, há muitos anos, da SEC (a CVM deles), têm propiciado grandes avanços na pesquisa sobre procedimento contábeis.
Caso Brasileiro A Contabilidade no Brasil evolui sob a influência da escola Italiana, não sem aparecerem vestígios de uma escola verdadeiramente brasileira, até que algumas firmas de auditoria de origem anglo-americana, certos cursos de treinamento em Contabilidade e Finanças, ofericido por grandes empresas, tais como o excelente BTC da General Eletric, e a Faculdade de Economia e Administração, em seu curso básico de Contabilidade Geral, acabassem exercendo forte influência, revertendo a tendência. Por outro lado, a legislação comercial , que até a Lei das Sociedades por Ações era inspiração européia (com traços marcantes brasileiros na classificação dos balanços da S.A.), passa adotar uma filosofia nitidamente norte-americana, a partir,
principalmente, da Resolução nº. 220 e da Circular nº. 179 do Banco Central .
Das firmas de auditoria de origem anglo-americana Talvez essa tenha sido a mais antiga influência no sentido da “americanização” do entendimento das normas e dos procedimentos de Contabilidade. Obviamente, pelo menos de início, estas firmas levaram uma grande vantagem, em termos de auditoria, sobre as congêneres puramente nacionais, em virtude da sólida tradição e estrutura preexistentes, dos procedimentos e dos manuais adotados (poucas ou nenhuma firma de auditoria nacional possuía) e a mentalidade existente. Aos poucos foram
�associando-se a firmas nacionais preexistentes, com exceção notável da Arthur Andersen & Co., que permaneceu nitidamente com as mesmas características originais.
A influência da reestruturação do ensino da contabilidade na FEA-USP Verifica-se, a partir de 1964, uma modificação substancial no ensino de Contabilidade na FEA-USP. Na disciplina Contabilidade Geral, na regência de cátedra do Prof. José da Costa Boucinhas, adota-se pela primeira vez, o método didático norte-americano, baseado no livro de Finney & Miller, Introductory accounting, com importantes adaptações à realidade brasileira, consubstanciadas pela abordagem do problema da Contabilidade em face da inflação. Como conseqüência deste trabalho, surge, em 1971, o livro Contabilidade Introdutória, de uma equipe da USP, livro hoje amplamente adotado nas faculdades de todo o Brasil. Isto significa que, desde 1964, gerações de contadores, de administradores e de economistas são influenciados pelo novo enfoque, constituindo um centro de irradiação das novas doutrinas.
Perspectivas da contabilidade e da profissão contábil no Brasil Em termos de mercado para o contador, as perspectivas são excelentes. Na verdade, ainda estamos no limiar de uma era em que será reconhecida toda a importância da função contábil dentro das entidades. O número de bons profissionais, com ampla visão de administração financeira, é tão escasso, no momento, que os poucos que a possuem e, portanto, têm condições de assumir posições de controladores, diretores financeiros, chefes de Departamento de Contabilidade e de Custos, auditores internos e externos, têm obtido remuneração e satisfação profissional muito grandes. Um progresso constante, duradouro, equilibrado e que dependa de algo mais que meras adaptações de princípios norte-americanos de contabilidade somente será possível se ocorrerem as seguintes circunstâncias:
�1. nossas entidades representativas de contadores necessitarão realmente continuar um trabalho de profundidade sobre pesquisa de princípios contábeis. 2. será necessário que nossos técnicos de Contabilidade se dirijam, em massa, para os bons cursos de Ciências Contábeis, a fim de obterem uma formação realmente completa. 3. nossas instituições de pesquisa, principalmente as universidades, precisam dedicar fundos e esforços à pesquisa contábil.
�II-
Os objetivos da Contabilidade
O objetivo da Contabilidade é fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e subsidiariamente, física, de produtividade e social aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade. Fornecer informação estruturada significa que a Contabilidade não fornece dados e informações de forma dispersa e apenas seguindo as solicitações imediatas dos interessados,mas sim de maneira estruturada com planejamento contábil em que um sistema de informação é desenhado,colocado em funcionamento e periodicamente revisto,tendo em vista parâmetros próprios. Assim as operações da entidade à qual se está aplicando a Contabilidade são estudadas minuciosamente,sendo então desenhado o Plano e Manual de Contas para a contabilização sistemática das operações rotineiras da entidade, ao mesmo tempo em que são delineados os principais tipos de relatórios (demonstrações) que devem sair do processo contábil. Esses relatórios devem atender às necessidades: 1. Dos usuários externos(bancos,eventuais investidores etc.) e 2. Dos usuários internos à entidade (administradores,funcionários etc.). Os usuários externos utilizam as demonstrações contábeis como o Balanço Patrimonial(posição das contas num determinado momento), Demonstração de Resultado do Exercício (uma demonstração de fluxos econômicos),Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Fluxo de Caixa. Os usuários internos utilizam além das demonstrações acima, utilizam também relatórios: • • Comparações entre custos orçados (ou padrão) e reais; Relatórios para decisões especiais do tipo: a. Fabricar versus adquirir, b. Orçamento de capital, c. Expansão da fábrica, d. Criação de divisões,
�e. Relatórios sobre mix de produtos e serviços etc. De maneira geral pode-se dizer que um sistema de informação contábil será tão avançado quanto mais for capaz de produzir todos os relatórios
gerenciais (além dos tradicionais)da forma mais automática e repetitiva possível,com o menor grau de trabalho adicional por parte do contador.Nesse caso,tem-se um sistema contábil que atende às decisões de natureza operacional,tática e,no limite,estratégica. O campo de atuação da Contabilidade, na verdade seu objeto, é o patrimônio de toda e qualquer entidade; ela acompanha a evolução qualitativa e quantitativa desse patrimônio. Finalidade Social do Contador No que se refere à Contabilidade Geral ou Financeira, o trabalho do contador tem alcance social em termos amplos,além de estritamente econômico.Afinal, informando à sociedade quão bem (ou mal) certa entidade utiliza os recursos conferidos pelos sócios ou pelo povo.A contabilidade é o melhor intérprete desse desempenho,pois verifica o volume dos (e se necessário quais)produtos e serviços que a entidade repassou à sociedade, se o fez os preços razoáveis,com boa qualidade, se é moderna,competitiva etc..
A Contabilidade e o Contador- A Contabilidade Atual
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. O contador é muito importante dentro da empresa, pois a cédula cancerosa da empresa é a má administração, nas decisões tomadas sem respaldo,sem dados confiáveis.
�O processo decisório decorrente das informações apuradas pela Contabilidade não se restringem apenas aos limites da empresa,aos administradores e gerentes (usuários internos), mas também a outros segmentos,quais sejam,usuários externos como:
•
Investidores: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômica-financeira da empresa,assim o investidor tem às mãos os elementos necessários para decidir sobre as melhores alternativas de investimentos.
• • •
Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora. Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos,limite de crédito etc... Governo:não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadação de impostos como também para dados estatísticos, sentido de melhorar redimensionar a economia (IBGE por exemplo).
• •
Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor,fator preponderante para reajuste de salários. Outros interessados: funcionários(usuário interno),órgãos de classes,pessoas e diversos institutos,como a CVM,o CRC etc..
A contabilidade como profissão A Contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades para o profissional.O estudante que optou por um curso superior de Contabilidade terá inúmeras alternativas como: • Contabilidade Financeira: é a contabilidade geral,necessária a todas as empresas.Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória conforme a legislação comercial.È aplicada de acordo com a área ou a atividade em que é aplicada: Contabilidade Agrícola (aplicada às empresas agrícolas), Contabilidade Bancária(aplicada aos bancos)etc...
�•
Contabilidade de Custos: está voltada para o cálculo,interpretação e controle dos custos dos bens fabricados ou comercializados,ou dos serviços prestados pela empresa.
•
Contabilidade Gerencial: voltada para fins internos,procura suprir os gerentes de um elenco maior de informações,exclusivamente para a tomada de decisões.
• • •
Auditor Independente: é o profissional que não é empregado da empresa em que está realizando o trabalho de auditoria,é um profissional liberal. Auditor Interno: é o auditor que é empregado,preocupa com o controle interno da empresa. Analista Financeiro: Analisa a situação econômico-financeira da empresa por meio de relatórios fornecidos pela Contabilidade. A análise pode ter diversos fins como: medida de desempenho,concessão de crédito,investimentos etc..
•
Perito Contábil: A pericia judicial é motivada por uma questão judicial,solicitada pela justiça.O contador fará uma verificação na exatidão dos registros contábeis e em outros aspectos.
•
Consultor
Contábil:
em
grande
desenvolvimento
não
se
restringe
especificamente à parte contábil financeira,mas também à consultora fiscal (imposto de renda,IPI,ICMS e outros),na área de processamento de dados,comércio exterior etc.. • • Professor de Contabilidade: Exerce o magistério de 2ºgrau ou de faculdade (neste caso há necessidade de pós-graduação). Pesquisador Contábil:Um campo pouco explorado no Brasil,ou seja, a investigação cientifica na Contabilidade.Na faculdade de Economia
Administração e Contabilidade da USP,atráves do Departamento de Contabilidade (onde há os cursos de Mestrado e de Doutorado em Contabilidade). • Cargos Públicos: Nos concursos para área fiscal de rendas na área federal,estadual ou municipal tem havido grande contingente de contadores aprovados.
�• •
Cargos
Administrativos:
Contadores
que
exercem
cargos
de
assessoria,elevados postos de chefia,de gerencia e até mesmo diretoria. Outros como: investigador de fraude,escritor,avaliador de
empresas,conselheiro fiscal,mediação e arbitragem etc..
�III- Qualidade e característica da informação contábil
A informação contábil, como todo bem econômico, tem um custo e esse custo deve ser sempre comparado com os benefícios esperados da informação. Uma das formas de avaliar a qualidade da informação contábil, sua utilidade (benefício),quando comparada com o custo,é analisar algumas qualidade ou características que deve possuir, tais como: compreensibilidade,relevância,confiabilidade e comparabilidade e tempestividade. a) Compreensibilidade A informação contábil precisa ser compreensiva,completa, e retratar todos os aspectos contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou operações.
b) Relevância Para o (IASC) instituto Internacional Accounting Standards Committee , a relevância é uma das características ou qualidades mais importantes da informação contábil.A fim de ser útil a informação precisa ser relevante para as necessidades de tomada de decisões dos usuários.A informação possui a qualidade da relevância quando ela influencia as decisões econômicas dos usuários ajudando os a avaliar eventos passados,presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo suas avaliações passadas.
c) Confiabilidade Para que seja útil, a informação precisa ser confiável.A informação possui a qualidade da confiabilidade quando ela está livre de erros materiais e vieses e pode ser aceita pelos usuários como representar ou que poderia razoavelmente se esperar que representasse.
�d) Comparabilidade Os usuários precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de uma entidade atráves dos anos a fim de identificar tendências em sua situação patrimonial e financeira e em seu desempenho.Os usuários também precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar sua situação patrimonial e financeira em termos comparativos,seu desempenho e as mudanças na situação fianceira.
e) Tempestividade Existem algumas variáveis que restringem a utilidade e a plena potencialidade das qualidades da informação acima descritas.São a tempestividade e a relação custo/benefício. Pode-se afirmar que relevância,principalmente é afetada pela tempestividade,no sentido de que muito pouco adianta ter informação relevante e fidedigna se ela “passou do ponto”,ou melhor,da hora.
�IV- Relatórios Contábeis
Relatório Contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade.Ele objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquele setor em determinado período. Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei, sendo conhecidos como Demonstrações Financeiras. São exigidos na totalidade para as sociedades anônimas e parte deles estendida a outros tipos societários, através do Imposto de Renda. Os relatórios contábeis não obrigatórios, evidentemente, são aqueles
não exigidos por lei,o que não significa que sejam menos importantes.Há relatórios não obrigatórios imprescindíveis para a administração. Relatórios Contábeis Obrigatórios Lei das Sociedades por Ações e Sociedades Anônimas de Capital Aberto 9que negociam suas ações na bolsa de valores) estabelece que, ao fim de cada exercício social (ano),a diretoria fará elaborar,com base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações financeiras (ou contábeis): • Balanço Patrimonial; • Demonstração do Resultado do Exercício; • Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; • Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos.
Essas demonstrações financeiras deverão ser publicadas em dois jornais: no Diário Oficial e num jornal de grande circulação. As demais estão desobrigadas em relação a essa demonstração.
�Notas Explicativas e outras evidenciações As notas explicativas devem complementar, juntamente com outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, as demonstrações financeiras, servindo para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. As demonstrações financeiras das sociedades das sociedades por ações de capital aberto observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes, registrados na mesma comissão (parecer da auditoria). As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados. No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as Sociedades por Ações deverão informar aos usuários desses relatórios os dados adicionais seguintes:
•
Relatório da Diretoria ( ou da Administração), deve conter as seguintes informações:dados estatísticos diversos, indicadores de produtividade, desenvolvimento tecnológico, a empresa no contexto socioeconômico,políticas diversas etc..,expectativas com relação ao futuro,dados do orçamento de capital,projetos de expansão, desempenho em relação aos concorrente etc..
•
Mudanças Futuras Previstas- Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à Bolsa de Valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia ou qualquer outro fato relevante ocorrido em seus negócios,que possa influir de modo ponderável na decisão dos
investidores(não ocultar informações). • Notas Explicativas- também conhecidas como “Notas de Rodape”, as notas explicativas são normalmente destacadas após as Demonstrações Financeiras (quando publicadas).
�Como alguns exemplos de Notas Explicativas podemos citar: a)Critérios de cálculos na obtenção de itens que afetam o lucro; b)Obrigações de longo prazo,destacando os credores,taxa de juros,garantias à dívida etc; c)Composição do capital social por tipo de ações; d)Ajustes de exercícios anteriores etc..
�V- Os postulados e os Princípios Fundamentais da Contabilidade
Os postulados são premissas ou constatações básicas, não sujeitas a verificação, que formam o arcabouço sobre o qual repousa o desenvolvimento subseqüente da teoria da Contabilidade. Existem postulados que são apenas descrições de situações verdadeiras, mas que nada dizem com relação a serem específicos quanto à seqüência de princípios contábeis. Os postulados ambientais, por sua vez, são os que mais interessam à Contabilidade. Destes, os fundamentais são: o postulado da entidade contábil e o postulado da continuidade. O postulado da entidade considera que as transações econômicas são levadas a termo por entidades e a Contabilidade é mantida como distinta das entidades dos sócios que a compõem. É claro que diversos tipos de usuários, em circunstâncias diferentes, podem ter como foco de interesse entidades diversas. Por exemplo, no caso de uma companhia-mãe que tenha investimento relevante em controlada ou controladas, a apresentação de demonstrativos consolidados da empresa-mãe e das controladas é de grande interesse para os acionistas da primeira. Mas, para os acionistas e credores das sub-sidiárias, pode ser mais interessante e reveladora a evidenciação dos demonstrativos contábeis das várias subsidiárias. Assim, o conceito de entidade não somente transcende ao de pessoa jurídica individual (para abranger grupos de empresas, holdings e outras concentrações), como também pode ser uma fração desta, detendo-se na avaliação de desempenho de divisões, setores, departamentos, linhas, canais de distribuição etc., desde que em tais setores haja comando de recursos econômicos capaz de gerar benefícios para a empresa. O postulado da continuidade observa a entidade como “algo em continuidade” (going concern), cuja principal finalidade é gerir e utilizar ativos não para serem vendidos no estado em que se encontram, mas para servirem à entidade no esforço de produzir receita. Assim, basicamente, o sucesso do empreendimento seria mensurado pela diferença entre o valor que o mercado atribui a nosso produto ou serviço e os custos dos ativos consumidos e/ou sacrificados no esforço de produzir e vender aquele produto que foi, de fato, vendido. Os postulados referidos são importantes para a conceituação que se segue, porque a maior parte deriva do sentido profundo de continuidade e entidade.
�Uma vez estabelecidos os objetivos da Contabilidade e delineados os dois postulados ambientais, seguem-se, naturalmente, os princípios e as convenções (restrições) que qualificam e delimitam o campo de aplicação dos princípios em certas situações. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional. Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
São estes Princípios: • custo como base de valor (registro inicial); • realização da receita e da confrontação com as despesas (competência); • denominador comum monetário.
Princípio do custo como base de valor (registro inicial) Na forma como é geralmente entendido, considera-se que este princípio seja uma seqüência natural do postulado da continuidade. Segundo o mesmo, os ativos são incorporados pelo preço pago para adquiri-los ou fabricá-los, mais todos os gastos necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios para a empresa. Esta avaliação é base para as contabilizações posteriores, somente sendo permitidas amortizações, depreciações e cálculo da quota de exaustão dos ativos que sofrerem tais diminuições de valor, pelo uso, decurso do tempo ou obsolescência. A premissa subjacente ao princípio, conforme geralmente se admite, é, além de uma conseqüência da continuidade (no sentido de que não interessariam valores de realização), a de que, presumivelmente, o preço acordado entre comprador e vendedor seja a melhor expressão do valor econômico do ativo, no ato da transação. Portanto, o custo representaria para o incorporador a justa apreciação da potencialidade futura do ativo para a entidade adquirente. Isto significa que o comprador presume que o valor descontado dos fluxos futuros de caixa gerados pelo ativo, isolada ou conjuntamente com outros ativos , organização, insumos etc., seja superior ou, pelo menos, igual ao gasto realizado para obtê-lo. Infelizmente, reconhecer a contribuição isolada de cada ativo não é uma tarefa fácil, mas presume-se que ninguém adquire um ativo por um preço superior ao valor esperado dos benefícios a serem gerados pelo mesmo.
�Princípio da realização da receita e da confrontação com as despesas (competência)
A realização da receita é, muitas vezes, tratada isoladamente, o que tem provocado muitos desentendimentos sobre o verdadeiro alcance do problema, pois, na verdade, o reconhecimento de receita e a apropriação de despesas estão intimamente ligados. Freqüentemente, não se deve reconhecer a receita sem que a despesa associada seja delineável, mesmo que apenas como
estimativa (caso, por exemplo, da provisão para devedores duvidosos). Assim, julgamos que os dois aspectos da questão devam ser tratados conjuntamente, embora reconheçamos que, na ordem temporal estrita dos reconhecimentos, primeiramente se faz um esforço para retratar a receita (na demonstração de resultados) e, em seguida, a despesa. Isto, todavia, é mais uma ordem prática do que uma precedência no tempo do uso dos recursos. Muitas vezes, auferimos agora uma receita gerada pela cessão de ativos adquiridos há mais tempo. Normalmente, a compra dos fatores utilizados no esforço de produzir receita antecede à própria receita. Outras vezes, é concomitante e, em casos raros, pode ser posterior.
Principio do Denominador Comum Monetário Este princípio está associado à qualidade de a Contabilidade evidenciar a composição patrimonial de bens, direitos e obrigações de várias naturezas, homogeneizando-os por meio da mensuração monetária. É a qualidade agregativa da contabilidade que, sem deixar de considerar os vários ativos em suas essencialidades e como geradores específicos de fluxos de serviços futuros para a empresa, consegue agregar, adicionar e homogeneizar tais elementos por meio da avaliação monetária. O princípio do denominador comum monetário expressa a natureza essencialmente financeira da Contabilidade. Por outro lado, a não ser que esteja expresso em contrato, o relacionamento entre devedores e credores é realizado por intermédio da avaliação da relação débito/crédito em moeda corrente de determinada data. Se o poder aquisitivo da moeda variar entre o período do estabelecimento da relação e a data do ajuste de contas, este deverá ser feito pelo montante originariamente compromissado. Note que este fato nada tem a ver com correção monetária ou reajustamento de dados contábeis para efeito de análise de resultados depurados da variável inflacionária. Devemos distinguir correção monetária para efeito contábil de correção monetária operacional. Normalmente, relacionamentos de débito e crédito são expressos na “moeda de conta” da data. No estado em que o princípio do denominador comum monetário se encontra, como geralmente entendido, ressaltam-se três pontos: 1. propriedade agregativa de ativos diversos pela avaliação monetária;
�2. estabelecimento das relações débito/crédito em moeda de conta da data da transação, não podendo ser alterado o valor na data do ajuste de contas, salvo cláusula expressa em contrário. 3. deveria ser escolhida uma data-base para expressar as demonstrações contábeis de uma entidade, de vários períodos, em moeda de poder aquisitivo daquela data-base, desde que seja escolhido o Custo Histórico Corrigido como método de ajuste. O fato de a Contabilidade vir a adotar outra base de avaliação, no futuro, não invalida o Princípio, todavia, pois trata-se de uma qualidade essencial das demonstrações contábeis, qual seja, a de trazer ativos e passivos de várias naturezas, bem como as respectivas receitas e despesas, sob o manto da avaliação em moeda, o Denominador Comum Monetário, sem prejuízo das análises qualitativas..
�VI- Convenções Contábeis
As convenções contábeis são o condimento dos princípios contábeis, talvez mais bem expressas como restrições, estas são: • • • • A convenção( restrição) da objetividade. A convenção ( restrição) da materialidade ou relevância. A convenção ( restrição) do conservadorismo ou prudência. A convenção ( restrição) da consistência ou uniformidade.
A convenção da Objetividade As convenções contábeis são o condimento dos princípios contábeis, talvez mais bem expressas como restrições. Hendriksen adota esta última abordagem. Trata-se, segundo ele, de restrições do usuário e de mensuração da própria Contabilidade. Na verdade, diríamos que as restrições efetivas ao livre uso dos princípios são de três ordens: quanto à objetividade, quanto à consistência e quanto à praticabilidade (em termos de custobenefício da informação contábil propiciada por certo procedimento). O raciocínio é de Hendriksen, ao traçar a objetividade como uma restrição, principalmente de mensuração. Em resumo, afirma o autor que, a fim de que as mensurações contábeis possam ser tão afiançáveis quanto possível na apresentação de informação relevante para as predições e tomadas de decisões dos investidores e de outros usuários da informação contábil, os contadores precisam decidir o atributo que será mensurado e, então, selecionar um procedimento de mensuração que poderá descrever o atributo adequadamente. Note, todavia, que, neste afã de descrever objetividade, muitos contadores têm meramente proclamado ou justificado os princípios contábeis no estado em que se encontram ou a superioridade deste ou daquele princípio, sem uma explicação clara do conceito de objetividade.
�A convenção da Materialidade
Materialidade pode ser enfocada sob dois ângulos distintos: sob o ângulo de quem “toca” a escrita contábil ou a audita e sob o ângulo do usuário da informação contábil. A responsabilidade, todavia, sempre recai na figura do contador ou do auditor por ter demonstrado a situação financeira da entidade levando em conta a materialidade. No sentido interno da sistemática contábil, materialidade tem muito a ver com a noção de custo versus benefício da informação contábil gerada. A Contabilidade pode ser feita com requintes de detalhe que visem à sua perfeição e que, na verdade, se revelam imateriais, pois o benefício adicional gerado pela informação é superado pelo custo (mensurado também em tempo) para gerá-la.
A convenção do conservadorismo ou prudência
Afirmamos, em outros trabalhos, que o conservadorismo em Contabilidade tem duas abordagens distintas. Em uma, a mais nobre, conservadorismo deve ser entendido como elemento “vocacional” da profissão a fim de disciplinar o entusiasmo natural de alguns donos e administradores de negócios na apresentação das perspectivas da entidade. É claro que, entre duas ou mais alternativas igualmente relevantes, o contador escolherá aquela que apresentar menor valor para o ativo ou para o lucro e/ou maior valor para o passivo. Todavia, note bem que nossa afirmação foi claramente entre duas ou mais alternativas igualmente relevantes .
A convenção da consistência ou uniformidade
Esta talvez seja a Convenção mais importante da Contabilidade, ou pelo menos aquela a que os auditores externos atribuem maior importância. Caracteriza-se como um conceito de que, desde que tenhamos adotado certo critério, entre os vários que poderiam ser válidos à luz dos princípios contábeis, não deveria ele ser alterado nos relatórios periódicos, a não ser que absolutamente necessário e desde que a alteração de critério e os efeitos que possa ter acarretado na interpretação por parte dos usuários
�das tendências e dos resultados da empresa sejam evidenciados. Consistência é um conceito utilizado mais para retratar comparabilidade no tempo, dentro de uma mesma entidade, do que critérios uniformes para entidades distintas, dentro ou fora do mesmo setor. Consistência não significa uniformidade de procedimentos contábeis de uma empresa para outra, mas é entendida no sentido de que certa empresa utilizou critérios consistentes (uniformes no âmbito da própria empresa e no contexto temporal), a fim de que a comparabilidade seja assegurada, pelo menos dos dois últimos exercícios.
�VII- Definição e Critérios de Avaliação Ativo
Introdução Os profissionais da contabilidade sempre estão preocupados em gerar informações que surtam efeito ao serem utilizadas pelos seus usuários, e como ponto desta forma tem
de preocupação, dentre outros, o Ativo. No Ativo estão aplicados os
recursos indispensáveis para o desenvolvimento do empreendimento, disponíveis para os gestores desenvolverem as atividades principalmente em geridos, que são: as compras dos ativos; os controles internos; a utilização dos bens e direitos de forma maximizada e ordenada e a sua avaliação. 4 pontos, da empresa. Esta preocupação baseia-se
que influenciarão de forma exemplar, se bem
Definições de Ativos “Ativo é
qualquer contraprestação ou não, possuída por uma empresa e que tenha valor para ela” Outro conceito bem atual defendido por Iudícibus & Marion (1999: 145), “Ativo, pode ser conceituado como algo que possui um potencial de serviços em seu bojo, para a entidade capaz, direta ou indiretamente, mediata ou no futuro, de gerar fluxos de caixa.
Avaliação de Ativos Avaliação, segundo Ferreira (1986:205) é o “ato ou efeito de avaliar, apreciação, análise, valor determinado pelos avaliadores”, dando uma noção mais restrita a itens monetários, enquanto mensuração, Ferreira (1986:1119) coloca que é o “ato de
�medir
ou mensurar, medição, enfatizando algo mais amplo englobando os itens
monetários e não monetários.
Objetivo da avaliação dos Ativos Sim são inúmeras as duvidas que surgem, pois a questão é muito subjetiva e depende de vários fatores conforme explica Homburger “Os valores
financeiros dos Ativos, Passivos , receitas e despesas são mais sociais que físicos, no seu caráter; eles dependem e estão sujeitos ao julgamento e preferências do homem como um ser social (...). A quantia de custo de um ativo em qualquer negócio particular depende não só do tempo e lugar de aquisição, mas de comprador como do
julgamentos, esperanças, medos, preferências, tanto do vendedor”. O objetivo da avaliação de um ativo é destacar diversas de se alcançar o melhor resultado,
hipóteses
como
forma
satisfazendo
as necessidades de um ativo deve-se,
informações do usuário em questão. Para avaliar ou mensurar necessariamente, verificar e aplicar algumas conforme
características que são atributos
básicos da informação,
será descrito abaixo: adequados, claros, transparentes e
Objetividade- Deve-se adotar procedimentos de fácil compreensão, para não cair
na subjetividade;
Confiabilidade- A confiabilidade se comprova quando da aceitabilidade e verificabilidade dos dados mensurados no ativo, indicando a veracidade dos fatos; Oportunidade- As informações mensuradas devem ser fornecidas no tempo exato em que são necessárias, caso contrario perderão a sua utilidade, ou seja, não serão mais úteis; Precisão- Para que a mensuração possa ser precisa, serão necessárias informações na medida exata das necessidades dos gestores, possibilitando assim a condução do negócio da melhor forma possível;
�Exatidão- A mensuração deve ser do tamanho exato ou na quantidade certa, transmitindo aquilo que realmente for necessário para os usuários;
Formas de Avaliação dos Ativos Ao se atribuir valor a um ativo deve-se verificar qual é o objetivo da empresa, que a primeira instância seriam quatro, para aquisição de algo necessário, para
manter a sua atividade, para se desfazer de algo que não é mais útil para a empresa, para se saber o valor atual do seu patrimônio e para dispor seus produtos ou mercadorias a disposição de seus clientes. Estes podem ser chamados, mais
claramente, de valores de entrada e valores de saída.
Valores de entrada - “As medidas de entradas representam o volume de dinheiro, ou o valor de alguma outra forma de compensação, pago quando um ativo ou seus serviços ingressam na empresa por meio de uma troca ou conversão.” Hendriksen & Van Breda, (1999: 310). Podem ser apresentados da seguinte forma: • Custo Histórico • Custo Histórico Corrigido • Custo Corrente de Reposição • Custo Corrente de Reposição Corrigido
Valores de Saída - “Os preços de saída representam o volume de caixa, ou o valor de algum outro instrumento de pagamento, recebido quando um ativo ou serviço deixa a empresa por meio de troca ou conversão.” Hendriksen & Van Breda, (1999: 310). Referem a vendas efetuadas pela empresa, ou a atribuição de valores aos bens que estão sendo colocados a disposição de interessados.
�Podem ser apresentados da seguinte forma: • Valores Descontados das entradas de caixa futura; • Preços Correntes de Venda; • Equivalentes Correntes de Caixa; • Valores de Liquidação;
Valores de Entrada Custo Histórico Os valores de entrada são necessários quando há a ocorrência de lançamentos a serem efetuados na contabilidade, diferenciando-se nas formas demonstradas a cima. É o valor original da transação, isto é, quanto custou à empresa adquirir um determinado ativo ou quanto custaram os insumos contidos no ativo, se foram fabricados”, Como o custo histórico demonstra a realidade dos fatos, em termos de valor, somente na data de sua ocorrência, serão destacadas algumas vantagens desvantagens de sua utilização: e
Vantagens - Expressa o valor de aquisição; demonstra mais objetividade e verificabilidade; facilita o trabalho de verificação dos auditores; mostra quanto foi pago pelo bem ou direito e não o que vale; é o valor acordado entre comprador e vendedor; o valor econômico expressa a realidade somente próximo da data de aquisição. Desvantagens - Com o passar do tempo o custo histórico pode perder sua substância econômica, não expressando a realidade e ter sua avaliação monetária defasada, com a perda do poder aquisitivo da moeda.
�Custo Histórico Corrigido É caracterizado pela modificação do custo histórico, através de indicadores oficiais, os quais darão condições de trazer os valores mais próximos da realidade. As características do custo histórico corrigido são: o valor de aquisição será o mais atualizado; demonstra objetividade pois há condições de expor claramente os procedimentos utilizados; Haverá relevância na informação, chegando a atingir valores próximos ao que realmente da correção é baixo; da condições representam; o custo para aplicação
de comparabilidade com outros períodos.
Utiliza-se os valores lançados na contabilidade corrigidos ou atualizados através de indicadores oficiais.
Custos Correntes de Reposição “Custo corrente de um ativo, hoje, no estado em que se encontra, seria a somatória dos custos correntes dos insumos contidos em um bem igual ao
originalmente adquirido menos a depreciação”, Iudícibus (1997: 104), representando o valor contábil do bem. “Custo de reposição no estado em que se encontra: seria quanto se teria que pagar, no mercado de segunda mão, para adquirir um BETA 1986, aproximadamente no estado em que se encontra o que estamos avaliando”. Iudícibus e Marion (1999:148). Neste sentido surgem algumas dúvidas, será que a reposição será de um bem usado no mesmo estado ou de um bem novo com novas reformulações, capacidade, maior velocidade, comparação em fim trazendo muita vantagem maior em
ao antigo. Aqui se pode verificar a existência de um fator que dificulta
o exercício real da reposição que é o avanço tecnológico, que na maioria das vezes não permite comparação com o mesmo produto já lançado e utilizado pelo mercado. Isto ocorre quando se tem a intenção de vender um bem para posteriormente comprar um novo e atualizado.
�Custo Corrente de Reposição Corrigido Está ligado às mesmas problemáticas do método de avaliação anterior, mas acrescido da atualização através de índices oficiais, provocada pela perda do poder aquisitivo da moeda. As características são baseadas em: - É o preço de mercado mais a atualização; a verificação será feita através da diminuição do custo de reposição e o custo
de reposição corrigido; - resultará na valorização real do bem ou direito; - as informações poderão chegar bem próximos da realidade; deve-se levar em conta a objetividade, a comparabilidade e o custo benefício
da informação.
Ex.: Custo histórico Inflação do período Custo corrente de reposição Custo corrente de reposição corrigido (C.H. R$ 1.000,00 x 1,10 inflação) O bem valorizou
R$ 1.000,00 10% R$ 1.150,00 R$ 1.100,00
R$ 50,00
�Valores de Saída A metodologia utilizada para avaliação ou mensuração de ativos através de valores de saída é utilizada quando a empresa os coloca a disposição de terceiros de forma normal ou sente a necessidade de se desfazer de algum ativo de forma inesperada. Eles se diferenciam das seguintes formas, conforme será descrito abaixo:
Valores descontados das entradas de caixa futuras Os valores dos ativos, tanto relacionados aos bens como dos realizáveis no futuro, tem
condições de serem transformados a valores de hoje, através de descontos calculados por meio de taxas. As características podem ser: Com relação a um bem trazer a valor presente de fluxo de caixa (descontar toda aquela capacidade de do e bem já utilizada, destacando ainda a capacidade de
produção produção
geração de caixa futura), descontado a uma determinada taxa que
melhor vier a se adequar à questão. Com relação a um direito trazer a valor presente de fluxo de caixa (destacar o quanto o mercado estaria
disposto a pagar pelo título (direito) hoje), descontado a uma taxa determinada que melhor venha a se adequar à questão.
Preços correntes de venda “Quando o produto da empresa for vendido em um mercado organizado, o preço corrente de venda pode ser uma razoável aproximação do futuro preço de venda”.
�Isto quer dizer que a avaliação estaria próxima do valor que o mercado está praticando. Características: - O valor realizável líquido (vendas menos despesas com vendas); - pode ser considerado, como aproximação do futuro preço de venda; - pode ser comparado ao custo de oportunidade; É mais corretamente aplicado a ativos que foram comprados ou produzidos
para venda; - Esta metodologia está mais ligada a mercadorias e produtos novos.
Equivalentes correntes de Caixa; Ao utilizar esta abordagem a empresa deveria colocar a venda todos os ativos de forma ordenada, tendo condições de fazê-lo gradativamente, avaliada pelo valor de mercado. Desta forma aqui estaria sendo considerado que cada ativo existente na empresa teria que ter aceitação no mercado, ou seja, deveria ter demanda perante o mercado. A valoração do bem estaria condicionada pelo valor que o mercado estaria oferecendo. As características são: - somente ativos que teriam preço corrente de e aceitação pelo mercado; - os intangíveis seriam excluídos pois dificilmente teriam colocação; - a venda seria efetuada através de liquidação ordenada; usados. Esta metodologia está ligada tanto a mercadorias e produtos novos como
�Valores de Liquidação Quando a empresa, por motivos alheios a sua vontade, tem a necessidade de se desfazer de seus ativos, inesperadamente, tendo que vende-los a preços incompatíveis com o mercado, ou seja, bem a baixo do que é praticado no mercado. É considerado o extremo em se falando em valores de saída. As características destacadas foram: - as vendas serão forçadas, a busca de caixa rápido. - pode ser utilizada em dois casos: quando um determinado bem se torna obsoleto para a empresa ou quando a mesma está em processo de descontinuidade.
Ativo intangível Conforme Kohler apud Iudícibus, (1995: 176) “Intangível é um ativo de capital que não tem existência física, cujo valor é limitado pelos direitos e benefícios que
antecipadamente sua posse confere ao proprietário”. Os ativos intangíveis poderão ser separados em duas partes que são: os adquiridos e os que surgem com o esforço e o desenrolar da atividade da empresa. Segundo Hendriksen & Van Breda, (1999: 388), “Ativos intangíveis são definidos, às vezes, como a diferença positiva entre o custo de uma empresa adquirida e a soma de seus ativos tangíveis líquidos”. Aqui se pode ver que no ato da aquisição de uma empresa se tem condições de identificar diferença, mas do contrário ao ser necessário esta
avaliar os intangíveis para
venda de uma empresa estará se enfrentado dificuldades. A forma mais clara de se avaliar um ativo intangível é prever quanto tempo ainda o produto ou bem a ele relacionado, terá aceitação pelo mercado. Conforme Hendriksen & Van Breda, (1999: 389) Temos diversos ativos como tais, além
intangíveis que na maioria das vezes não são considerados daqueles normalmente conhecidos.
�Exemplos de Ativos Intangíveis Intangíveis Tradicionais Nomes de produtos Direitos de autoria Interesses futuros Goodwill Patentes Processos secretos Despesas Diferidas Propaganda e promoção Custo de desenvolvimento de software Marcas de produtos Pesquisa de marketing Matrizes de gravação Marcas do comércio
Avaliação do ativo intangível Cada ativo intangível por ter características próprias e geralmente não figurar nos registros contábeis, o torna de difícil mensuração e avaliação. estritamente subjetivo, sem parâmetros Por ser de caráter
concretos é que os profissionais da
contabilidade devem procurar fazer algo mais e criar critérios fundamentados neste contexto, conforme destaca Iudícibus (1999:04) “o contador, em suas
avaliações deverá ser o mais objetivo possível, no limite do que a evolução da ciência da mensuração permite e sempre assegurando a maior relevância à mensuração...”. Mas como se pode ser objetivo diante de uma subjetividade tamanha? diante disto Iudícibus (1999:04) enfatiza que a mensuração deve ser feita no sentido de “orientar a contabilidade rumo a uma subjetividade responsável (risco), desejada pela sociedade e pelos usuários. A objetividade subjetivismo material deve ser substituída pelo
balizado por critérios científicos (distribuições de probabilidade, etc..)
E assim se pode perceber que a disciplina de estatística é muito importante e muitas vezes não recebe a devida atenção nos cursos de graduação, nos de pós- graduação, por parte dos alunos. e até mesmo
�VIII- Definições e Critério de avaliação de passivo, patrimônio líquido
2.1 - Definição de Passivo “obrigações ou compromissos de uma empresa no sentido de entregar dinheiro, bens ou serviços a uma pessoa, empresa ou organização externa em alguma data futura” Hendricksen e Breda – 1999
2.2- Passivo- obrigação ou responsabilidade, transação ou evento ocorrido, conseqüentemente leva a empresa ao comprometimento de suas receitas, um sacrifício futuro. 2.3- Momento de Reconhecimento das Exigibilidades: • • • Incorrência de uma despesa Reconhecimento de uma perda Recebimento de um ativo
2.4-Tipos de Passivos • • • • Atividades operacionais, líquidas e certas, decorrentes das atividades usuais da empresa Atividades de financiamento, decorrentes da contratação de empréstimos (capital giro/investimento) Atividades societárias,obrigações estatutárias p/ sócios Provisões- Passivos contingentes
2.5- Passivos Contingentes • Obrigação que pode surgir dependendo de uma ocorrência futura (probabilidade de ocorrência alta).
�• •
Perda pode ser razoavelmente estimada Probabilidade de ocorrência baixa ⇒ evidencia em notas explicativas
Provisão para Contingências x Reserva para Contingências • Provisão para Contingências-Expectativas de perdas de ativos ou acréscimos de exigibilidade que reduzem o PL,fato gerador atrelado a eventos passados ou presentes. Exemplo: garantias a produtos, ações cíveis e trabalhistas. • Reserva para Contingência-Expectativa de perdas ou prejuízos ainda não incorridos,fato gerador atrelado a eventos futuros. Exemplos: perdas cíclicas, por exemplo geadas, secas, inundações.
2.6 - Passivos: Títulos Híbridos • • • Debêntures conversíveis em ações Dividas Subordinadas Instrumentos híbridos de capital e dívida
3.1 - Abordagens do Patrimônio Líquido:
Teoria do Proprietário-Ativo - Passivo = PL (Proprietário) Proprietário é o centro de atenção da Contabilidade .
Teoria da Entidade- Ativo = Obrigações + PL ou Ativo= Passivo Entidade tem uma vida distinta dos interesses pessoais dos proprietários.
�Teoria do acionista ordinário- Ativos - Passivos = Interesse residual Variante da teoria da entidade Investimentos em uma S/A, exceto os acionistas ordinários, são outsiders
Teoria do Comando- Centralizada no controle econômico efetivo dos recursos pelos gerentes ou “comandantes”
3.2 - Fontes de Patrimônio Líquido • • • • Valores investidos por acionistas Lucros retidos ou acumulados Reavaliações de ativos Doações de terceiros
�IX - Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas
Definição de lucro (Hicks)- “lucro é o que podemos consumir durante uma semana (mês, ano etc.) e sentir-nos ‘tão bem’ no final como nos sentimos no início.”
Definição de Receita “o acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de entrada de ativos ou decréscimos de exigibilidades e que
redunda num acréscimo do patrimônio líquido, outro que não o relacionado a ajustes de capital” “Receita é a expressão monetária validada pelo mercado à produção de bens e serviços da entidade, em sentido amplo, em determinado período”.Iudícibus
Receita- Conceitos Básicos: • • Ligada à produção de bens e serviços em sentido amplo Valor final ⇒ validado pelo mercado
Ganhos: Conceitos Básicos • • Itens não recorrentes Podem ou não surgir da atividade principal
Receitas e Ganhos segundo o IBRACON • • • • Receita operacional Receita não operacional Ganho Receita (ou lucro) extraordinária
�Definição de Despesa “utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas”.Iudícibus “Saídas ou outros usos de ativos ou ocorrências de passivos (ou ambos) para a entrega ou produção de bens, a prestação de serviços, ou a execução de outras atividades que representam as operações principais em andamento da entidade”
Tipos de Despesa • • • • Relacionadas com a receita operacional Diretamente Indiretamente Relacionadas com a continuidade da entidade
Aferição das Despesas Como as despesas são medidas? • • • Custo histórico Medidas correntes (custo de reposição) Custos de oportunidade de equivalentes correntes de caixa
(Hendriksen e Breda)
Perdas: Conceitos Básicos Podem ou não surgir no curso da atividade principal da empresa (normalmente imprevisível) Ex.: sinistros, desincorporação de ativos não correntes Ao contrário das despesas não tem valor compensante
�Devem ser apresentados segregados das despesas normais (manutenção do valor preditivo da DRE)
Despesas e perdas segundo o IBRACON: • • • • • Custo Despesa Despesa não operacional Prejuízo ou perda Prejuízo (ou perda) extraordinário
Ativo x Despesa x Custo Ativo:Traz benefícios futuros, potencial para gerar receitas. Despesa:Não traz benefícios futuros, Custo: Utilização de bens ou serviços na produção de outros bens ou serviços.
�X- BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é a peça contábil que retrata a posição (saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido feitos, após todos os provisionamento (depreciação, devedores duvidosos etc.) e ajustes, bem como após o encerramento das contas de Receita e Despesa também terem sido executados. O Balanço patrimonial é a mais importante demonstração contábil de “posição”das contas num determinado momento, eles representam a posição da entidade num determinado momento, no que se refere a suas principais contas. Este apresenta um poder informativo de natureza preditiva, ou seja, podem ser feitos alguns ajustes pessoais adicionais, importantes para a tomada de decisões visando ao futuro: -posição de liquidez e endividamento; - a representatividade dos principais grupos; Assim, o Balanço é uma sombra do passado que se projeta para o futuro. A NBC conceitua o Balanço Patrimonial como “a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.”
Passivo Descoberto- na hipótese de o passivo superar o ativo.
�NBC T 3.2 – Do Balanço Patrimonial 3.2.1 – Conceito 3.2.1.1 – O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. 3.2.2 – Conteúdo e Estrutura 3.2.2.1 – O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo Patrimônio Líquido. a) O ativo compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos; b) O passivo compreende as origens de recursos representadas por obrigações; c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, ou seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-se "Passivo a Descoberto". 3.2.2.2 – As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais procedimentos para os grupos e subgrupos. 3.2.2.3 – Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações, estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial. 3.2.2.4 – Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.
�3.2.2.5 – Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo. 3.2.2.6 – Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras deverão ser apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram origem. 3.2.2.7 – Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de produtos ou serviços a serem concluídos em exercícios futuros, denominados como resultado de exercícios futuros, na legislação, serão demonstrados com a dedução dos valores ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do ativo ou do passivo. 3.2.2.8 – Os saldos devedores e credores serão demonstrados separadamente, salvo nos casos em que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los. 3.2.2.9 – Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão agrupados, desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como "diversas contas" ou "contas-correntes". 3.2.2.10 – As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em: I – Circulante O Circulante compõe-se de: a) Disponível São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata. b) Créditos
�São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos. c) Estoques São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da Entidade. d) Despesas Antecipadas São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subseqüente à data do balanço patrimonial. e) Outros Valores e Bens São os não relacionados às atividades-fins da Entidade. II – Realizável a Longo Prazo São os ativos referidos nos itens I b), c), d), e) anteriores, cujos prazos esperados de realização situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial. III – Permanente São os bens e direitos não destinados à transformação direta e meios de pagamento e cuja perspectiva de permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído pelos seguintes subgrupos: a) Investimentos São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade. b) Imobilizado
�São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividadesfins da Entidade. c) Diferido São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício social. 3.2.2.11 – As contas que compõem o passivo devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em: I – Circulante São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial. II – Exigível a Longo Prazo São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data
do balanço patrimonial. 3.2.2.12 – As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em: I – Capital São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporações de reservas de lucros. II – Reservas São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.
�III – Lucros ou Prejuízos Acumulados São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido. 3.2.2.13 – No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade, a Entidade deverá modificar a forma habitual da equação patrimonial, apresentando, de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como resultado o Passivo a Descoberto.
�XI- DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Está é a principal demonstração de fluxos, compara receitas com despesas do período, reconhecidos e apropriadas, apurando um resultado que pode ser positivo (receitas superando as despesas), negativo (despesas superando as receitas) ou nulo (igualdade entre receitas e despesas), sendo esta última configuração rara, mas admissível teoricamente. Está emanada aplicação criteriosa dos procedimentos de escrituração e ajuste, tudo obedecendo aos Princípios Fundamentais da Contabilidade,
prioritariamente à Competência. A estruturação de apresentação da Demonstração do Resultado deve ser planejada de forma a apresentar primeiro os elementos de maior potencial de repetir no futuro, tais como Receitas Operacionais, líquidas das deduções diretas, logo em seguida deduzindo-se as despesas operacionais diretamente atribuíveis às receitas. Em seguida, as demais despesas operacionais atribuídas ao período, chegando-se ao Resultado Operacional, o principal elemento de resultado da Demonstração. Em seguida, os demais elementos positivos e negativos da formação do Resultado. A NBC- T-3.3 conceitua a demonstração contábil “a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade”.
NBC T.3.3 – Da Demonstração do Resultado. 3.3.1 – Conceito 3.3.1.1 – A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da Entidade. 3.3.1.2 – A demonstração do resultado, observado o princípio de competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas.
�3.3.2 – Conteúdo e Estrutura 3.3.2.1 – A demonstração do resultado compreenderá: a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento; b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas. 3.3.2.2 – A compensação de receitas, custos e despesas é vedada. 3.3.2.3 – A demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada: a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins; b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos; c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados; d) o resultado bruto do período; e) os ganhos e perdas operacionais; f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras; g) o resultado operacional; h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins; i) o resultado antes das participações e dos impostos; j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado; l) as participações no resultado; m) o resultado líquido do período.
�XII-DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
Está evidencia a movimentação, no período, de todas as contas do PL.Assim, todo o acréscimo e/ou diminuição do PL são evidenciados por meio dessa demonstração, conta por conta principal, bem como a formação e utilização de reservas, inclusive as de lucro. O DMPL é muito importante, pois, fornece às empresas investidoras que avaliam seus investimentos permanentes em coligadas ou controladas pelo Método da Equivalência Patrimonial. NBC T.3.5 – DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.5.1 – Conceito 3.5.1.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que integram o patrimônio da Entidade. 3.5.2 – Conteúdo e Estrutura 3.5.2.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará: a) os saldos no início do período; b) os ajustes de exercícios anteriores; c) as reversões e transferências de reservas e lucros; d) os aumentos de capital discriminando sua natureza; e) a redução de capital; f) as destinações do lucro líquido do período;
�g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos correspondentes; h) o resultado líquido do período; i) as compensações de prejuízos; j) os lucros distribuídos; l) os saldos no final do período.
�XIII- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
As informações dos fluxos de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época e do grau de segurança de geração de tais recursos. Esta norma fornece informação acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa de uma entidade por meio de demonstração que classifique os fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A entidade deve elaborar demonstração dos fluxos de caixa de acordo com os requisitos desta norma e apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada período. A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais. A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa.De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço patrimonial.A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo.
�Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: I - Atividades Operacionais; II - Atividades de Investimento; III - Atividades de Financiamento. As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financia-mentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.
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