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Prévia do material em texto

Materiais 
Eletroeletrônicos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Lincoln Ribeiro Nascimento
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Materiais Condutores
• Introdução;
• Estrutura Atômica dos Materiais;
• Estrutura Cristalina dos Materiais Condutores;
• Tipos de Materiais Condutores.
• Conhecer os principais materiais condutores utilizados na indústria elétrica e 
eletrônica e as aplicações essenciais desses materiais em projetos de Engenharia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Materiais Condutores
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Materiais Condutores
Introdução
Os materiais condutores permitem que seja estabelecido um fluxo de elétrons 
em seu interior, ou seja, são materiais que possibilitam a passagem de corrente elé-
trica em seu interior. Dessa forma, os materiais eletroeletrônicos classificados como 
condutores são assim chamados porque são adequados condutores de eletricidade.
De uma forma geral, torna-se possível afirmar que os bons condutores de eletricida-
de são também adequados condutores de calor, ou seja, são bons condutores térmicos.
Os bons condutores de eletricidade são representados pelos metais, sendo estes 
os materiais que apresentam uma estrutura atômica organizada e elétrons livres – 
isso facilita o fluxo de elétrons que caracteriza a corrente elétrica.
Portanto, nesta Unidade estudaremos, de forma breve, a estrutura atômica dos 
materiais e as principais opções condutoras aplicadas na indústria elétrica e eletrônica.
Estrutura Atômica dos Materiais
O átomo é a menor partícula na qual podemos dividir a matéria – sem perder 
as suas propriedades.
Um dos modelos atômicos mais aceitos para representar um átomo foi desen-
volvido pelo físico dinamarquês Niels Henry David Bohr (1885-1962). De acordo 
com Bohr, o átomo é composto por um núcleo que contém dois tipos de partículas: 
prótons e nêutrons. O átomo é composto também de partículas denominadas 
elétrons, que se movimentam em órbitas ao redor do núcleo do átomo – esse 
conjunto de órbitas é chamado de eletrosfera. Na Figura 1 é possível visualizar os 
componentes do átomo de acordo com o modelo proposto por Bohr:
Figura 1 – Componentes do átomo de Bohr
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
8
9
Dessa forma, o átomo é composto por três tipos de partículas:
1. Elétrons: possuem carga elétrica negativa;
2. Prótons: possuem carga elétrica positiva;
3. Nêutrons: não possuem carga elétrica.
A eletrosfera pode ser dividida ainda em até sete camadas – ou níveis –, sendo 
a mais próxima do núcleo chamada de camada K e as demais denominadas L, M, 
N, O, P, Q, veja:
Figura 2 – Camadas eletrônicas na eletrosfera de um átomo
Fonte: Acervo do Conteudista
Comumente, um átomo é eletricamente neutro, ou seja, possui a mesma quan-
tidade de prótons e elétrons. Porém, caso o átomo receba ou perca elétrons, pas-
sará a possuir carga elétrica, sendo chamado de íon.
Ademais, dependendo da quantidade maior de elétrons ou de prótons, um íon 
poderá ser classificado de duas formas, a saber:
1. Cátion: íon com carga elétrica positiva, ou seja, com número de prótons 
maior do que o número de elétrons;
2. Ânion: íon com carga elétrica negativa, ou seja, com número de prótons 
menor do que o número de elétrons.
9
UNIDADE Materiais Condutores
De acordo com a Lei de Coulomb, os átomos com cargas elétricas iguais se 
repelem e os átomos com cargas elétricas diferentes se atraem – o resumo desta 
afirmação pode ser visualizado na Figura 3:
Figura 3 – Esquema da Lei de Coulomb
Fonte: Acervo do Conteudista
Estrutura Cristalina dos 
Materiais Condutores
Os bons condutores de eletricidade são representados, principalmente, pelos 
metais, estes que apresentam diversas características que fazem com que sejam 
bons condutores de eletricidade, uma das quais consistindo no arranjo entre os 
átomos que formam um metal.
Nos metais, os átomos são dispostos de forma organizada, ou seja, em estrutu-
ras que se repetem ao longo de um corpo formado por esse metal, então chamada 
de estrutura cristalina do material. Na Figura 4 é possível visualizar uma estrutu-
ra cristalina do tipo Cúbico de Corpo Centrado (CCC), que é comum em materiais 
como o ferro, cromo, vanádio, molibdênio, entre outros – à esquerda, vê-se a es-
trutura de um cubo e, à direita, como esta estrutura se repete ao longo do material:
Figura 4 – Estrutura cristalina do tipo Cúbico de Corpo Centrado (CCC)
Fonte: Acervo do Conteudista
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11
Já na Figura 5 há o exemplo de estrutura cristalina que ocorre em metais, tra-
tando-se do tipo Cúbico de Face Centrada (CFC), que é comum em materiais como 
o ferro, alumínio, níquel, cobre, a prata, platina, o ouro, entre outros – à esquerda 
se encontra a estrutura de um cubo e, à direita, como esta estrutura se repete ao 
longo do material:
Figura 5 – Estrutura cristalina do tipo Cúbico de Face Centrada (CFC)
Fonte: Acervo do Conteudista
Essa estrutura cristalina organizada comumente em metais e acompanhada da 
presença de elétrons livres nas camadas eletrônicas da eletrosfera, permite que um 
material, ao ser submetido a uma diferença de potencial – tensão elétrica –, esteja 
sujeito a um fluxo de elétrons em seu interior, ou seja, a uma corrente elétrica.
Características dos Materiais Condutores
Existem diversas características que são comuns aos bons condutores de eletri-
cidade, por exemplo:
• Alta condutividade elétrica;
• Alta condutividade térmica;
• Baixa resistividade elétrica;
• Sofrem aumento na resistência elétrica quando submetidos ao incremento
de temperatura;
• Apresentam estrutura cristalina;
• Podem se ligar a outros materiais, formando ligas metálicas;
• Alta plasticidade, ou seja, são deformáveis;
• Alta opacidade, ou seja, conseguem impedir a passagem de luz, mesmo com 
espessuras próximas a 0,001 mm;
• Sofrem oxidação, ou seja, em contato com o ambiente reagem com o oxigê-
nio, formando compostos com menor condutividade elétrica.
11
UNIDADE Materiais Condutores
Tipos de Materiais Condutores
Existem diversos exemplos de bons condutores de eletricidade, tal como se vê 
na Figura 6:
Corpo
Humano
Exemplos 
de bons 
condutores
Água
Grafite
Ar úmidoMetais
Soluções
aquosasFigura 6 – Exemplos de bons condutores de eletricidade
Porém, os metais se destacam como os grandes condutores de eletricidade com 
aplicação na indústria elétrica e eletrônica.
Os materiais metálicos são formados pelos elementos químicos classificados 
como metais da tabela periódica dos elementos químicos. Porém, é comum que os 
materiais metálicos sejam empregados, na Engenharia, em ligas também constitu-
ídas por materiais não metálicos.
Liga: é a combinação de dois ou mais materiais, de forma a se obter um composto que 
combine as propriedades dos materiais que o constituem. Ex
pl
or
Um exemplo de material metálico composto por um metal e um não metal é 
o aço, o qual formado por uma liga de ferro – metal – e o carbono – não metal. 
Na Figura 7 temos a representação de uma estrutura metálica de uma edificação 
produzida com aço:
12
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Figura 7 – Estrutura de aço de uma edifi cação
Fonte: iStock/Getty Images
O ferro, inclusive, é o metal mais utilizado na indústria nos dias atuais. Contri-
buem para isso o fato de o ferro ser abundante na crosta terrestre e por sua versa-
tilidade nas aplicações de Engenharia. Assim, os materiais metálicos costumam ser 
classificados em dois grandes grupos:
1. Metais ferrosos: são materiais metálicos que possuem, em sua composi-
ção, considerável porcentagem de ferro. São exemplos de materiais ferro-
sos os aços e ferros fundidos;
2. Metais não ferrosos: são materiais metálicos que não possuem ferro em 
sua composição, ou ainda aqueles materiais metálicos que possuem redu-
zida porcentagem de ferro em sua composição. São exemplos de metais 
não ferrosos o alumínio, cobre, zinco, titânio, níquel, entre outros.
A seguir estudaremos – de maneira breve – os metais ferrosos e não ferrosos.
Metais Ferrosos
Ao extrair o minério de ferro da natureza é comum encontrar, nesse minério, 
considerável quantidade de carbono e de outros materiais. Na Figura 8 é possível 
visualizar uma amostra de minério de ferro extraída da natureza:
13
UNIDADE Materiais Condutores
Figura 8 – Amostra de minério de ferro
Fonte: iStock/Getty Images
O minério de ferro é, então, transportado até um alto-forno, em uma siderúr-
gica, no qual ocorre a redução ou eliminação de elementos contaminantes – na 
Figura 9 vemos um alto-forno:
Figura 9 – Alto-forno para a produção de ferro gusa
Fonte: pixabay
O material resultante do processamento do minério de ferro no alto-forno é 
conhecido como ferro gusa, este que possui alto teor de carbono, o que inviabiliza 
a sua utilização para a maioria das aplicações da indústria – veja, na Figura 10, o 
ferro gusa saindo do alto-forno:
14
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Figura 10 – Ferro gusa saindo do alto-forno
Fonte: pixabay
O ferro gusa é, então, enviado para um novo processamento, a fim de que 
sejam obtidos materiais que possam ser utilizados nas diversas aplicações de Enge-
nharia. Nesse sentido, o resultado do processamento do ferro gusa poderá produzir 
dois tipos de materiais metálicos:
1. Ferro fundido: é uma liga de ferro e carbono, com teor de carbono va-
riando entre 2,0% e 4,5%;
2. Aço: é uma liga de ferro e carbono, com teor de carbono variando entre 
0,05% e 2,0%.
O ferro fundido possui ainda alto teor de carbono. Por esse motivo, tal material 
costuma ser mais duro e, dessa forma, mais frágil – quebradiço – do que o aço.
É comumente utilizado em aplicações de Engenharia que não estarão sujeitas a 
choques e/ou pancadas, ou seja, que não necessitem de grande resistência mecâ-
nica – a impactos.
Por sua vez, o aço possui menor teor de carbono, o que lhe confere maior duc-
tilidade e resistência mecânica – a impactos. Essa condição permite que o aço seja 
um dos materiais metálicos mais utilizados na indústria eletroeletrônica, devido à 
flexibilidade de sua aplicação nos mais diversos projetos de Engenharia.
Aços e ferros fundidos são amplamente empregados em projetos de Engenharia 
Eletroeletrônica devido às seguintes características principais: 
• Elevada resistência mecânica;
• Boa condutividade térmica;
• Boa condutividade elétrica.
Devido à sua elevada resistência mecânica, os aços e ferros fundidos são utiliza-
dos em diversas aplicações na produção de equipamentos eletroeletrônicos, entre 
os quais pode-se destacar:
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UNIDADE Materiais Condutores
• Linhas aéreas: nestas são frequentemente utilizados aços como almas de ca-
bos de alumínio, a fim de aumentar a sua resistência mecânica;
• Trilhos condutores;
• Barramentos.
Porém, aços e ferros fundidos apresentam algumas limitações, a saber:
• Fácil e rápida corrosão;
• Elevado efeito pelicular na condução de correntes elétricas alternadas.
Efeito Pelicular: ocorre a repulsão entre linhas de corrente eletromagnética, tendo como 
consequência o fato de a corrente elétrica fluir na superfície do condutor elétrico – o que 
acaba por aumentar a resistência elétrica do condutor de eletricidade. 
Ex
pl
or
Na Figura 11 vemos um transformador de alta tensão, cuja carcaça é fabricada 
utilizando-se aço:
Figura 11 – Transformador de alta tensão
Fonte: iStock/Getty Images
Metais Não Ferrosos
Os metais não ferrosos também possuem larga aplicação em projetos de Enge-
nharia na área eletroeletrônica, sendo exemplos dos quais:
• Ligas de alumínio;
• Ligas de cobre;
• Prata;
• Ouro;
• Ligas de níquel;
• Ligas de zinco;
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• Ligas de chumbo;
• Ligas de estanho;
• Tungstênio.
A seguir algumas dessas ligas serão apresentadas.
Ligas de Alumínio (Al)
O alumínio e as suas ligas figuram entre os metais mais utilizados nas apli-
cações de Engenharia Elétrica e Eletrônica. Nos dias atuais existe considerável 
preocupação em substituir aplicações onde se utiliza o cobre pelo alumínio, por 
questões econômicas.
O alumínio e as suas ligas são empregados em projetos de Engenharia Eletroele-
trônica devido às seguintes características principais: 
• Baixa densidade;
• Elevada resistência à corrosão;
• Boa condutividade térmica;
• Boa condutividade elétrica – porém, menor do que o cobre;
• Boa ductilidade;
• Grande vida útil.
Que a densidade de um material é a razão entre a massa de um corpo desse material e o 
volume ocupado por esse corpo? Ex
pl
or
Quanto menor a densidade de um material, mais leve este será. O fato de o alu-
mínio ser um material leve – de baixa densidade – e com boa resistência mecânica 
faz com que possua ampla aplicação na indústria, principalmente em situações 
onde necessita-se que o peso da estrutura seja o menor possível. 
O alumínio e as suas ligas são empregados em diversas aplicações na produção 
de equipamentos eletroeletrônicos, por exemplo:
• Enrolamentos de transformadores;
• Barras condutoras injetadas nas ranhuras de motores de indução;
• Barramentos e placas;
• Lâminas para capacitores.
O aço, por exemplo, possui, na maioria das vezes, maior resistência mecânica 
do que o alumínio, porém, é mais pesado – isso acontece nas redes de transmissão 
de alta tensão, onde os dois materiais são utilizados em conjunto.
17
UNIDADE Materiais Condutores
Por que utilizar o aço e alumínio juntos em um condutor de alta tensão?
Ex
pl
or
Na Figura 12 é possível observar uma linha de transmissão de alta tensão onde 
é comum utilizar fios condutores de alumínio com a alma – interior do fio – feita 
em aço. O alumínio é leve e resistente à corrosão, enquanto o aço – no interior – 
possui maior resistência mecânica.
Figura 12 – Linha de transmissão
Fontes: iStock/Getty Images
A resistência do alumínio à corrosão permite que esse material seja utilizado, in-
clusive, em situações onde o equipamento fica exposto a agentes que podem causar 
corrosão no aço, tais como em locais úmidos, ou ainda exposição a intempéries.
Ligas de Cobre (Cu)
O cobre e as suas ligas são amplamente utilizados em projetos de Engenharia 
Eletroeletrônica devido às seguintes características principais:
• Boa resistência à corrosão;
• Ótima condutividade elétrica – inferior somente à da prata;
• Boa ductilidade;
• Boa flexibilidade;
• Facilidade para revestimentocom outros materiais por meio de proces- 
sos eletroquímicos.
O cobre e as suas ligas são utilizados em diversas aplicações na produção de 
equipamentos eletroeletrônicos, nas seguintes situações:
• Encruado ou duro: quando exige elevada dureza, resistência à tração e peque-
no desgaste – por exemplo, fios telefônicos, peças de contato e anéis coletores;
• Mole ou recozido: nos demais casos – por exemplo, enrolamentos, barra-
mentos, fios e cabos isolados etc.
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Na Figura 13 vemos cabos condutores de eletricidade fabricados em cobre – que 
é uma aplicação típica do cobre e de suas ligas na indústria eletroeletrônica:
Figura 13 – Cabos condutores de cobre
Fonte: iStock/Getty Images
O cobre puro possui boa ductilidade, o que lhe confere razoável resistência me-
cânica; porém, duas ligas de cobre também são amplamente utilizadas em projetos 
na indústria eletroeletrônica:
• Latão: trata-se de uma liga formada, principalmente, pelo cobre (Cu) e o zinco 
(Zn). Possui alta resistência à corrosão e boa resistência mecânica;
• Bronze: é uma liga formada, essencialmente, pelo cobre (Cu) e estanho (Sn). 
Possui alta resistência à corrosão e resistência mecânica maior do que a do latão.
Prata (Ag)
A prata é o material condutor de menor resistividade elétrica, ou seja, é o de 
maior condutividade elétrica. Porém, como o seu custo é maior do que o do cobre, 
possui menor aplicação na indústria eletroeletrônica do que o cobre.
A prata é utilizada em projetos de Engenharia Eletroeletrônica devido às seguin-
tes características principais:
• Boa resistência à corrosão;
• Ótima condutividade elétrica – a maior de todos os materiais condutores.
Ademais, a prata é utilizada em diversas aplicações na produção de equipamen-
tos eletroeletrônicos, vejamos:
• Resistência de aparelhos de precisão;
19
UNIDADE Materiais Condutores
• Elos de fusíveis ultrarrápidos – casos em que a constante de tempo para a pro-
teção do aparelho é importante;
• Camada de contato ôhmico em cristais osciladores e semicondutores;
• Peças de contato mecânico;
• Prateação: banho eletroquímico – recobrimento – em fios de bobinas para 
melhorar o seu fator de qualidade – e em metais mais sujeitos à corrosão.
Na Figura 14 temos um exemplo de fusível no qual o elo pode ser fabricado em prata:
Figura 14 – Exemplo de fusível de proteção elétrica
Fonte: iStock/Getty Images
Ouro (Au)
O ouro é o material de menor condutividade elétrica do que a prata e o cobre, 
porém, é maior do que a condutividade elétrica do alumínio. Como o seu custo é 
alto, tem a sua aplicação limitada na indústria eletroeletrônica.
Ademais, é utilizado em projetos de Engenharia Eletroeletrônica devido às se-
guintes características principais:
• Ótima resistência à oxidação – boa estabilidade química;
• Boa condutividade elétrica – maior do que o alumínio e menor do que a prata 
e o cobre;
• Boa ductibilidade.
O ouro é utilizado em diversas aplicações na produção de equipamentos eletro-
eletrônicos, tais como:
• Peças de contato na área de correntes significativamente baixas – casos em 
que qualquer oxidação poderia causar interrupções elétricas no circuito – em 
áudio, eletrônica e telecomunicações;
• Chaves e relés de baixa corrente, mas de alta precisão e confiabilidade;
• Películas condutoras;
• Instrumentos especiais de medição – por exemplo, eletroscópio.
20
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O grande destaque na utilização do ouro é a sua excelente resistência à oxida-
ção. Na Figura 15 é possível visualizar um exemplo de placa de circuito impresso 
com conexões de ouro:
Figura 15 – Exemplo de placa de circuito impresso com conexões de ouro
Fonte: iStock/Getty Images
Ligas de Níquel (Ni)
As ligas de níquel são amplamente utilizadas em projetos de Engenharia na in-
dústria eletroeletrônica devido às seguintes características principais:
• Boa resistência à corrosão – resistente a sais, gases e materiais orgânicos; 
porém, sensível ao enxofre;
• Elevada dureza;
• Elevada resistência a altas temperaturas.
O níquel possui diversos aspectos comuns com as ligas de cobre – aliás, as ligas 
metálicas mais comuns são, justamente, as de cobre e níquel.
Ademais, o níquel é mais duro que o cobre, porém, existem ligas de cobre e 
níquel que são mais duras do que o níquel em si.
As ligas de níquel são utilizadas em diversas aplicações na produção de equipa-
mentos eletroeletrônicos, por exemplo:
• Ligas para resistências elétricas;
• Revestimentos anticorrosivos;
• Fios de eletrodos;
• Ânodos – baterias níquel-cádmio;
• Parafusos.
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UNIDADE Materiais Condutores
Na Figura 16 temos um exemplo de cabo High-Definition Multimedia Interface 
(HDMI), que pode ser fabricado utilizando-se ligas de níquel:
Figura 16 – Exemplo de cabo HDMI que pode ser fabricado utilizando-se Níquel (Ni)
Fonte: iStock/Getty Images
Ligas de Zinco (Zn)
As ligas de zinco são amplamente utilizadas em projetos na indústria eletroele-
trônica devido às seguintes características principais:
• Alta resistência à corrosão;
• Baixo ponto de fusão.
O baixo ponto de fusão permite que o zinco seja utilizado, por exemplo, para 
peças fabricadas pelo processo de fundição com moldes metálicos. Por outro lado, 
a sua alta resistência à corrosão permite que seja empregado também como reves-
timento anticorrosão de peças metálicas.
Ademais, as ligas de zinco são 
utilizadas em diversas aplicações na 
produção de equipamentos eletroe-
letrônicos, por exemplo:
• Eletrodo negativo – cátodo – 
de baterias;
• Galvanização – proteção anti-
corrosiva de metais.
Na Figura 17 há um exemplo de 
aplicação do zinco em baterias:
Figura 17 – Exemplo de aplicação do zinco em baterias
Fonte: iStock/Getty Images
22
23
Ligas de Chumbo (Pb)
O chumbo é um material mole, significativamente deformável – plástico – e 
extremamente venenoso.
As ligas de chumbo são amplamente utilizadas em projetos na indústria eletroe-
letrônica devido às seguintes características principais:
• Alta densidade;
• Baixo ponto de fusão;
• Alta deformabilidade;
• Resiste à corrosão da água potável;
• Não resiste à corrosão causada pela água destilada, vinagre e materiais orgâ-
nicos em decomposição.
O baixo ponto de fusão permite que o chumbo seja empregado, por exemplo, 
em peças fabricadas pelo processo de fundição com moldes metálicos. Permite 
também que seja utilizado em arames de solda.
Ademais, tais ligas são empregadas em diversas aplicações na produção de equi-
pamentos eletroeletrônicos, por exemplo:
• Painéis de raios X;
• Acumuladores de chumbo ácido – baterias de veículos automotores;
• Ligas de solda – devido à baixa temperatura de fusão;
• Camadas ou placas protetoras contra corrosão – blindagem de cabos;
• Elos fusíveis.
Na Figura 18 é possível visualizar um rolo de arame de solda utilizando chumbo 
em sua composição:
Figura 18 – Arame de solda que contém chumbo em sua composição
Fonte: iStock/Getty Images
Porém, deve-se levar em conta que existem pressões ambientais que limitam a 
sua utilização em algumas aplicações – devido à sua toxicidade e alta densidade.
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UNIDADE Materiais Condutores
Ligas de Estanho (Sn)
As ligas de estanho são utilizadas em projetos na indústria eletroeletrônica devi-
do às seguintes características principais:
• Não se oxidam à temperatura ambiente;
• Baixo ponto de fusão;
• Alta deformabilidade;
• Não são atacadas pela água, mas ácidos as diluem lentamente.
Ademais, são empregadas em diversas aplicações na produção de equipamentos 
eletroeletrônicos, sejam utilizadas como:
• Ingrediente de ligas:
 » Sn + Cu = bronze;
 » Sn + Pb = soldas.
• Revestimento anticorrosivo.
Tungstênio (W)
O tungstênio é utilizado em projetos na indústria eletroeletrônica devido às se-
guintes características principais:
• Alta temperatura de fusão;
• Duro e frágil.
Ademais, é empregado em diversas 
aplicações na produção de equipamentos 
eletroeletrônicos, a saber:
• Filamentos de lâmpadas incandescen-
tes: a estrutura cristalina precisa ser 
modificada para uma disposiçãolinear 
a fim de torná-lo menos quebradiço;
• Situações onde ocorrem arcos voltai-
cos intensos;
• Composição de outras ligas sujeitas a 
temperaturas elevadas.
Na Figura 19 temos uma lâmpada in-
candescente, cujo filamento pode ser fa-
bricado com tungstênio:
Figura 19 – Lâmpada incandescente
Fonte: iStock/Getty Images
24
25
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Ciência e Engenharia dos Materiais
Leia o capítulo 2 (p. 17-40) da obra de Askeland e Wright, intitulada Ciência e Engenharia 
dos Materiais, nesse texto serão apresentadas as estruturas atômicas dos materiais.
Ciência dos Materiais
Leia também o capítulo 3 (p. 44-49) da obra de James F. Shackelford, intitulada Ciência 
dos Materiais, nesse texto serão apresentadas as estruturas cristalinas dos materiais.
 Vídeos
Ciência dos Materiais – Aula 02 – Estrutura Atômica dos Materiais
Assista ao vídeo que trata da estrutura atômica dos materiais.
https://youtu.be/4mULIo4BXl0
Ciência dos Materiais – Aula 03 – Sólidos cristalinos e amorfos
Assista ao vídeo que aborda a estrutura cristalina dos materiais.
https://youtu.be/41pCrW3BZng
25
UNIDADE Materiais Condutores
Referências
ASKELAND, D. R.; WRIGHT, W. J. Ciência e Engenharia dos Materiais. 3. ed. 
São Paulo: Cengage Learning, 2014.
CALLISTER JR., W. D.; RETHVISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais 
– uma introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
LESKO, J. Design industrial: materiais e processos de fabricação. São Paulo: 
Blucher, 2004.
SHACKELFORD, J. F. Ciência dos Materiais. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2008.
SMITH, W. F.; HASHEMI, J. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos Mate-
riais. 5. ed. Porto Alegre, RS: AMGH, 2012.
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Outros materiais