Buscar

Resenha Crítica do Livro 1984

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resenha Crítica do Livro 1984
1) Identificação da Obra: Está obra foi escrita por George Orwell, possui o Título Original “1984”, contendo 414 páginas, sendo dividido em três partes, um apêndice e três posfácios, foi publicado em 1949, sendo em 2009 a 44ª reimpressão pela editora Companhia das Letras de São Paulo. Seu gênero é Romance Inglês.
2) Informação do Autor: George Orwell era o pseudônimo de Eric Arthur Blair, nascido em 25 de junho de1903, em Motihari, uma pequena cidade em Bengala, próximo à fronteira com o Nepal na Índia. Filho de um funcionário da administração britânica, sua família era composta também pela mãe e irmã. Estudou em colégios tradicionais da Inglaterra. Na década de 1920, foi oficial júnior da Polícia Imperial Indiana na Birmânia. Posteriormente decidiu abandonar o cargo de policial para se tornar escritor. Viveu experiências como mendigo nas ruas de Londres e Paris, que o fez reunir material para escrever seu primeiro livro em 1933, titulado como “Na pior em Paris e Londres”. Foi quando adotou pela primeira vez o pseudônimo de George Orwell. Orwell veio inspirado de um rio em Suffolk na Inglaterra. Publicou outros 12 livros, incluindo o muito aclamado e popular “A revolução dos bichos”. A obra “1984” foi o seu último livro, publicado em junho 1949, sete meses antes de sua morte. George Orwell faleceu vítima de uma tuberculose, em Londres, Inglaterra no dia 21 de janeiro de 1950.
3) Apresentação da Obra: O romance se passa em 1984 em Londres (na “faixa área um”), na Ocêania, uma a superpotência controlada pelo “Partido” e comandada por seu líder, o Grande Irmão. Dentro deste Estado não existe lei e há apenas uma regra: a obediência absoluta em ação e pensamento. Nesta sociedade tudo e controlado pelo Estado, as pessoas são vigiadas dia e noite. A sociedade e dividida hierarquicamente entre o Núcleo do Partido (o mais privilegiado), um Partido Externo (serviçais) e os Proletas (massa indistinta). O protagonista Winston Smith é um membro do Partido Externo que apesar de obedecer às regras impostas pelo “Partido”, reage secretamente contra elas. Um homem solitário, que desafia a ditadura do “Partido”. Se apaixona por sua colega Julia e vivem um romance libertador e proibido que leva o casal a um julgamento impiedoso por O`Brien, membro do alto escalão do Núcleo do Partido.
4) Estrutura da Obra e Análise Crítica: A referida obra se estrutura da seguinte forma, na Parte I, o autor começa pontuando ao seu leitor, uma apresentação geral da vida de Winston Smith, como era sua vida pessoal, sua vida em sociedade, o que pensava sobre Poder Totalitarista do “Grande Irmão” e sobre seu opositor Emmanuel Goldstein, como se relacionava com os outros personagens, como por exemplo O´Brien, Julia, a família Parsons, Sr. Charrington, os proletas entre outros. Nos apresenta a finalidade da relação sexual, como mecanismo para procriação. Localiza o leitor geograficamente, onde fica província “faixa Aérea Um”. Mostra a forte repressão da polícia de ideias na vida das pessoas. E mostra com muita ênfase o quanto o nosso herói sonha com uma vida livre.
Análise Crítica 
Ao me deparar com a Parte I desta obra, confesso que primeiramente fiquei um pouco confusa para entender a localização geográfica da qual o autor se refere. Ele cita a cidade de Londres localizada na Oceânica e isso e uma das dúvidas que me persegue durante toda a leitura, sendo sanada somente no final. Na sequência da leitura até o final da parte I, percebo que Orwell faz uma forte crítica aos sistemas de Governo Totalitarista. Neste momento, eu ainda não me dava conta, que o “Grande Irmão”, mencionado pelo autor era o ditador Josef Stalin da URSS. Essa conscientização aparece mais para frente no decorrer da estória. A parte I mostra também uma realidade triste, desoladora e deprimente, onde sociedade está à mercê de uma política de Estado sob o regime totalitário, tendo como chefe maior o “Grande Irmão” responsável em ditar as leis. Leis que são contrárias ao bem comum da sociedade. A consequência dessas imposições, levam as pessoas a perderem o seu lado humano: sentimentos como amizade, amor, justiça, respeito pelo próximo, são trocados pelos sentimentos de medo, desunião e desconfiança. Um governo que se preocupa somente com o Poder, esquecendo de direcionar seu olhar para a vida miserável do povo, que sobrevivem com farrapos para vestir e calçados furados, onde suas geladeiras estão vazias, suas moradias caindo aos pedaços e mal-cheirosas, homens trabalhando por horas em sistema de escravidão. Mas existem trechos que beiram o absurdo da moral e da ética, crianças preparadas desde a tenra infância, a traírem a confiança de seus pais em nome do “Grande Irmão”, entregando os a polícia de ideias caso falem algo contrário as ordens do partido. Casamentos instituídos sem sentimento, onde a única finalidade e a procriação. Mudança no vocabulário, sendo criado a “Novafala”, para que a sociedade não consiga formular pensamentos e nem os expressar e por fim a Teletela, um aparelho parecido com uma TV de LCD que se encontra espalhado nas ruas e nas residências, com a capacidade de ver, falar e escutar as pessoas. Esse aparelho tem por finalidade passar notícias do partido, estampar o rosto do Grande Irmão, com o slogan “o grande irmão está de olho em você”, e controlar o cidadão dia e noite. Tenho que destacar a genialidade e a visão futurística de Orwell quando cita a Teletela.
Na Parte II, o autor inicia este capítulo de forma mais leve, trazendo ao leitor um clima mais romântico e feliz. Um romance que começa com “amo você” num bilhete de Julia para Winston. Retrata momentos felizes do casal: encontros em campos afastados de Londres, intimidades, afetos, abraços, beijos, amor, conversas, sorrisos. Sentimentos até então, esquecidos por ambos. Neste capítulo o autor resgata a liberdade e a privacidade dos personagens, quando o casal passa a se encontrar num quartinho do andar de cima da loja do Sr. Charrington, sem a existência da teletela para controlá-los. Aqui descobrimos os medos de Winston por ratos, os privilégios de O`Brien (Alto Escalão do Governo) e as revelações de Emanuel Goldstein na “Teoria e Prática do Coletismo Oligárquico”. A parte II, termina com a descoberta do romance de Winston e Julia pela polícia de ideias, pondo um fim nesta linda estória de amor do casal.
Análise Crítica 
A Parte II desta obra, começa de forma mais branda, onde Orwell explora mais o sentimento, a afeição e o amor do casal de protagonistas. Dá uma cor a mais a estória tão acinzentada, trata com muita sutileza o lado humano de cada personagem. Gosto bastante da forma em que os personagens se relacionam neste momento da estória, onde esquecem da opressão que vivem, sentem que a felicidade, a liberdade e a privacidade é algo muito bom de ser vivido. Acho muito divertido a forma que a feminilidade de Julia é explorada, quando se maquia para Winston, algo impossível de acontecer na sociedade em que viviam. O enredo da estória se torna maçante e triste mais próximo do fim, quando Winston recebe de O´Brien, um livro que fora de Emmanuel Goldstein, líder da dos rebeldes contra o Grande irmão, chamado “Teoria e Prática do Coletivismo Oligárquico”, onde explica uma verdade diferente da explicada pelo Partido. Neste livro posso dizer que Goldstein deixa registrado barbaridades que um governo ditador faz para nunca sair do Poder. Por exemplo viver sempre fazendo guerra: a guerra traz a fome, a pobreza, a ignorância e fortalece a hierarquia. Uma sociedade hierárquica só existe com o aumento da pobreza; A guerra traz insegurança e medo, dando força para uma pequena casta dominar a sociedade, fingindo estar protegendo o povo, mas na verdade só querem o poder. No final deste capítulo nos deparamos com algumas descobertas surpreendentes: o quarto onde aconteciam os encontros amorosos de Julia e Winston, tinha a Teletela; o Sr. Charrington era um jovem espião da polícia de ideias, não um idoso como se mostrava ser. E acontecimentos tristes, como o fim do relacionamentode Julia e Winston.
Na Parte III, Winston encontra-se preso no Ministério do Amor, local onde todo opositor ao governo do Grande Irmão era levado como prisioneiro. Neste local Winston é torturado, drogado, eletrocutado, agredido com chutes, porretes e varas de aço, desfigurado e colocado no Quarto 101. Essas torturas transformam o seu lado de ser humano para o resto de sua vida. A partir deste momento, os pensamentos e atitudes de Winston passam a ser voltados somente para o Grande Irmão.
Análise Crítica 
 A parte final do livro são as páginas mais obscura e mais interessantes que eu li, onde Orwell relata com detalhes todo o processo de tortura utilizado em Winston, levando o sujeito a um estado inumano. Esses capítulos finais mostram que o Partido do Grande Irmão, através da força, tortura e do medo conseguem mudar a natureza humana, de tal maneira, que o homem esquece seu desejo de felicidade, liberdade, integridade e amor. O ser humano nunca mais será o mesmo depois dessas atrocidades. Achei o final da estória muito gélida, e isso é muito bem colocado no encontro de Júlia e Winston, onde percebemos o quanto eles foram condicionados a se manterem frios e sem amor e só a amarem o” Grande Irmão”
 
 
4) Comentários: 
Gostaria de informar que antes da leitura desta obra “ 1984” e muito importante que o leitor, faça uma pesquisa e se inteire sobre os acontecimentos que cercavam George Orwell na época da publicação deste livro em 1949. Tenho certeza que a compreensão do texto se dará de forma mais abrangente. É muito importante que se tenha a compreensão histórica da política da URSS, da Alemanha, da Primeira e da Segunda Gerra Mundial e por fim da Revolução Russa em 1917. Desta forma o entendimento deste livro se tornará mais compreensível.
George Orwell era um Socialista Democrata que utilizou esta obra para fazer uma dura crítica ao governo Socialista da URSS. O “Grande Irmão” citado por ele, era o ditador Josef Stalin que ficou no poder da URSS durante 30 anos, cometendo crimes hediondos conta a humanidade. Emmanuel Goldstein e a representação de Léon Trotsky opositor de Stalin que foi assassinado pelo próprio em 1940. 
Link com a Disciplina de Criminologia
Nas aulas da disciplina de criminologia, foi abordado o tema Ordem Social e Controle Social, podemos afirmar que “O Homem é um ser social e está forçado a viver com outros homens”.
Essa frase nos mostra que o indivíduo só se torna ser humano, se conviver com outro ser humano, por isso somos forçados a viver com outras pessoas. Este aprendizado acontece com a ajuda da própria sociedade, através dela que o indivíduo se torna uma pessoa humana e leva para dentro de si, as experiências individuais e coletivas.
 Se fizermos uma analogia com a obra de Orwell “1984”, podemos dizer que a Eurásia é uma sociedade formada por indivíduos, mas não podemos afirmar que são seres humanos. Está sociedade padronizou a conduta das pessoas, impossibilitando que elas sonhem, pensem, amem, decidam, troquem experiências e tenham conflitos. Na sociedade de Orwell não existe conduta social, todos são robotizados, não fazem suas próprias escolhas.
Mas entendo que nesta sociedade exista um Controle Social muito bem desenvolvido, onde todos os membros são tratados como números. Winston Smith é um sujeito que fere a controle social da Eurásia, e pode colocar a sua sociedade em desequilíbrio com suas aspirações. Ele é considerado uma pessoa com conduta socialmente desviada, estando fora do padrão imposto pelo “Grande Irmão”. Está conduta socialmente desviada o faz sofrer duras sanções de tortura.
Aluna: Carla A Cabral - 1º DA
Disciplina: Criminologia
Professor: Vinicius Peluso

Outros materiais