Buscar

Patrimonio publico

Prévia do material em texto

1 
Patrimônio Público 
 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante e Ativo não 
Circulante 
Os ativos devem ser classificados 
como circulante quando: (a) 
estiverem disponíveis para 
realização imediata ou (b) tiverem a 
expectativa de realização até doze 
meses após a data das 
demonstrações contábeis. 
Os demais ativos devem ser 
classificados como não circulantes. 
Passivo Circulante e Passivo 
não Circulante 
Os passivos devem ser classificados 
como circulantes quando 
corresponderem a valores exigíveis 
até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis. Os 
demais passivos devem ser 
classificados como não circulantes. 
Ativo Financeiro e Ativo 
Permanente 
No Balanço Patrimonial, o ativo é 
classificado em ativo financeiro e 
ativo permanente (não financeiro) 
conforme art. 105 da Lei nº 
4.320/1964: 
§1º O Ativo Financeiro 
compreenderá os créditos e valores 
realizáveis independentemente de 
autorização orçamentária e os 
valores numerários. 
§2º O Ativo Permanente 
compreenderá os bens, créditos e 
valores, cuja mobilização ou 
alienação dependa de autorização 
legislativa. 
Passivo Financeiro e Passivo 
Permanente 
No Balanço Patrimonial, o passivo é 
classificado em passivo financeiro e 
passivo permanente (não 
financeiro) conforme o art. 105 da 
Lei nº 4.320/1964: 
§3º O Passivo Financeiro 
compreenderá as dívidas fundadas 
e outros pagamentos que 
independam de autorização 
orçamentária. 
§4º O Passivo Permanente 
compreenderá as dívidas fundadas 
e outras que dependam de 
autorização legislativa para 
amortização ou resgate. 
Patrimônio Líquido / Saldo Patrimonial 
O patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos da entidade depois 
de deduzidos todos seus passivos. Quando o valor do passivo for maior que o 
valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto. Integram o 
patrimônio líquido: patrimônio / capital social, reservas de capital, ajustes de 
 
 
 
 2 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria, resultados 
acumulados e outros desdobramentos do saldo patrimonial. No patrimônio 
líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados 
acumulados de períodos anteriores. 
 
Os bens públicos podem ser classificados quanto a sua utilização. 
Nesse particular, o Capítulo III do Código Civil Brasileiro, Lei Federal 
n.º 10.406/2002, dispõe: 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são 
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas 
e praças; 
 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a 
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, 
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de 
cada uma dessas entidades. 
 
Parágrafo único - Não dispondo a lei em contrário, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso 
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na 
forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, 
observadas as exigências da lei. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Art. 103. O 
uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, 
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem. 
 
 
 
 
 3 
Contabilização dos bens de uso comum 
Como desdobramento do processo de convergência da Contabilidade 
Pública Brasileira para padrões internacionais, os bens públicos de uso 
comum enquadrados no art. 99 do Código Civil Brasileiro, que não 
eram passíveis de registro pela Contabilidade aplicada ao Setor 
Público, passaram a ser. 
A NBC T – SP 16.10, do CFC, que trata da avaliação e mensuração de 
ativos e passivos em entidades do Setor Público, passou a estabelecer 
que os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos 
públicos, devem ser incluídos no Ativo não Circulante da entidade 
responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não 
relacionados à sua atividade operacional. Dessa forma, sempre que 
houver alocação de recursos públicos em bens de uso comum, os 
valores gastos deverão ser registrados pela contabilidade. 
Dessa forma, em decorrência de investimentos públicos, bens como: 
viadutos, estradas, pontes, terminais, praças, bens do patrimônio 
artístico e cultural, entre outros, devem ser registrados no Ativo não 
Circulante.

Continue navegando