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FUNÇÃO TÍPICA E FUNÇÃO ATÍPICA DO PODER JUDICIÁRIO

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1- FUNÇÃO TÍPICA E FUNÇÃO ATÍPICA DO PODER JUDICIÁRIO.
Para cada função típica, cada poder exerce duas funções atípicas, para que eles sejam harmônicos entre si. 
A constituição Federal do Brasil traduz que:
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Da CRFB/88.
Preambularmente o judiciário é um poder, tanto como, o Poder Legislativo, tanto como o Poder Executivo, pois quando politicamente recai sobre ele a constitucionalidade e inconstitucionalidade das normas. Nas suas atividades o poder judiciário exerce funções, cujo os nomes são, atípicas e típicas. Funções típicas, pois, a sua jurisdição confere à sua natureza. Outra atípica, pois exerce função de natureza executiva-administrativa. O poder Judiciário desenvolve no seu exercício necessário em sua autonomia e independência a função típica, onde a sua jurisdição, o Estado, é o dever–poder de julgar os conflitos aplicando-a no caso concreto. 
Assim, pode-se dizer que, o poder judiciário tem a função jurisdicional onde buscará sempre que puder a pacificação social, mediante o princípio do Devido Processo Legal. Conceitua-se esse preâmbulo do poder judiciário como uma das funções, da qual, se substitui aos titulares do interesse em conflito, imparcialidade, para agir de forma justa ao caso concreto. Deste modo, o Estado desempenha essa função sempre por meio de um processo, dizendo o direito no caso concreto e dirimindo os conflitos que lhe são levados, quanto da aplicação da lei.
Já no contexto atípico funcional do poder judiciário o mesmo exerce atividade administrativa e legislativa concernente ao desempenho do poder judiciário. No campo administrativo o exerce de forma a conceder férias ou outros benefícios aos seus membros e servidores, tais como, auxílio-funeral, auxílio-natalidade, auxílio-educação, auxílio-alimentação, entre outros. São esses os benefícios pagos para os magistrados e alguns servidores, como traduz no art. 96, I, alínea C, F, da CRFB/1988 Tem-se ainda as funções no âmbito legislativo, quando edita normas regimentais, como por exemplo, o art. 96, I, alínea A, da CRFB/1988, “in verbis”: 
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
Por corolário, vale salientar que, pelo princípio da Legalidade, ou seja, aqueles institutos no qual o Estado e o indivíduo será protegido, e reprimidos de agir fora dos padrões constitucionais. Sendo assim, todas as funções do Poder Judiciário, seja típicas ou atípicas, são taxativamente reguladas no ordenamento jurídico estabelecido. 
Poder Judiciário gasta R$ 3,8 bi com benefícios a magistrados e servidores.
	
	Gláucio Dettmar - 17.fev.14/Agência CNJ.
	
O Poder Judiciário gastou, no ano passado, R$ 3,8 bilhões no pagamento de benefícios a magistrados e servidores. A verba inclui auxílios educação, funerário, transporte, entre outros.
 
O valor consta do relatório "Justiça em Números", divulgado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Segundo o documento, os "penduricalhos" aos salários de magistrados e servidores representam 6% de todo o gasto com pessoal nos tribunais do país, de R$ 61,2 bilhões.
 
No Tribunal de Justiça da Paraíba, os benefícios chegam a 14% da folha de pagamento em recursos humanos. No TJ de Roraima, são 12%.
 
Entre os tribunais considerados de grande porte pelo CNJ (levando em conta orçamento, número de processos e pessoal), o TJ do Rio de Janeiro está no topo. Foram gastos R$ 347,7 milhões em benefícios, sem contabilizar o auxílio-educação, pago a partir deste ano.
 
O TJ fluminense afirmou que os benefícios são pagos de acordo com leis estaduais. Os TJs da Paraíba e de Roraima não se manifestaram.
 
Os benefícios a magistrados são considerados uma forma de garantir remuneração acima do teto constitucional (R$ 33,7 mil). Eles não entram no cálculo da remuneração passível de corte.
 
O valor pago é igual ao corte das emendas parlamentares proposto pela presidente Dilma Rousseff em seu pacote de ajuste fiscal.
 
O cálculo não inclui o gasto com as chamadas verbas indenizatórias, que consumiram R$ 1,2 bilhão em 2014. Fazem parte dessa rubrica o auxílio-moradia, diárias e passagens, entre outros.
 
"Muitos desses benefícios são necessários. É uma forma de estabilizar o quadro funcional do sistema, para que outros agentes não capturem os quadros que se submeteram a concursos públicos bastante difíceis", disse o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, João Ricardo dos Santos Costa.
 
Os benefícios não são definidos em lei federal. Cada Estado decide quais serão pagos. O STF (Supremo Tribunal Federal) discute atualmente um projeto de lei para reformular a Lei da Magistratura Nacional, em que se padronizariam os auxílios a serem pagos em todo o país.
 
Segundo o Prof. Dirley da Cunha Jr:
As atividades administrativas exercidas pelos Poderes Legislativo e Judiciário são atividades meramente auxiliares ou de apoio ao desempenho de suas respectivas funções típicas, sem reflexo imediato na coletividade, uma vez que não cumpre a esses Poderes prestar serviços públicos ou realizar qualquer função de gestão do interesse da comunidade (como calçamento de ruas, coleta de lixo, construção e manutenção de rodovias e prestar os serviços públicos em geral). 
Há que se destacar, contudo, que mesmo se tratando de função atípica, e portanto secundária, a função administrativa exercida pelo Legislativo e pelo Judiciário subordina-se a todas as normas de Direito Administrativo.
1.2-	QUINTO CONSTITUCIONAL DA OAB E DO MP.
O Quinto Constitucional possui extrema notoriedade para o ordenamento jurídico brasileiro, visto que é por meio deles que são incluídos os julgadores que já atuaram em áreas distintas da magistratura, e que por isso tem-se uma visão em igual sentido. O Quinto Constitucional democratiza o Poder Judiciário ao permitir que profissionais de outros campos de atuação utilizem suas experiências e vivências como profissionais, pois quando ocuparem o cargo de magistratura possam contrabalançar a rigidez de alguns tribunais, causando verdadeiras renovações e oxigenando-os.
O Quinto Constitucional foi instituído durante o Governo de Getúlio Vargas por meio da Constituição da República dos Estados do Brasil, com sua promulgação na data do dia 16 de Julho de 1934, cujo encontrava-se no § 6°, do art. 104, da CRFB/1934, que “in verbis”:
Art. 104, § 6º - Na composição dos Tribunais superiores serão reservados lugares, correspondentes a um quinto do número total, para que sejam preenchidos por advogados, ou membros do Ministério Público de notório merecimento e reputação ilibada, escolhidos de lista tríplice, organizada na forma do § 3º. 
Isso nos leva a contrapor que, é por certo, em todas as constituições houve-se o dispositivo presente, tornando obrigatório que o Quinto Constitucional dos julgadores dos tribunais superiores, fossem eles regionais, federais ou estaduais e pertencesse a membros oriundos do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil, sempre indicados em lista sêxtupla, essa lista toga de 6 (seis) nomes, os quais são levados para que um dirigente político faça suaescolha entre estes nomes ofertados, no qual serão dotados para exercer cargos nos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais do Estados, e do Distrito Federal e Territórios.
Art. 94, da CRFB/1988, Aduz:
Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
 As regras para elaboração da lista sêxtupla dos membros da Ordem dos Advogados do Brasil, estão traduzidas no Provimento n° 104/2004 do Conselho Federal, de modo que compete a ele a elaboração da lista a ser encaminhada ao STJ, TST, STJD e de outros Tribunais Federais, com competências territoriais que abranjam mais de um Estado de Federação. Tratando-se de um Tribunal que tenha jurisdição em mais de um Estado, a lista sêxtupla será encaminhada para o Conselho Federal, que elaborará uma lista definitiva para a nomeação do cargo pretendido.
Outrora as críticas feitas ao Quinto Constitucional são respectivamente por alguns doutrinadores e magistrados, os quais, argumentam que sendo a decisão final do Chefe do Executivo, ficará mercê, prejudicada por se tratar de imparcialidade, dotando então politicamente correto que a escolha do candidato, é o que o agradou. 
 Nesse sentido posiciona-se o Desembargador Raimundo Nonato Magalhães Melo do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que aduz:
No entanto, ao se considerar que o instituto do Quinto Constitucional permite o acesso aos Tribunais por via diversa dos demais magistrados, integrantes da carreira, oriundos de concurso público, logrando o acesso por sucessivas promoções por merecimento e antiguidade, algumas críticas lhe são apresentadas, dentre elas, aquela que entende ser o ato de nomeação dos novos magistrados um ato eminentemente político, o que atentaria contra a independência e neutralidade do Poder Judiciário, tendo como expoente maior o consagrado doutrinador Pontes de Miranda. Sob esse prisma é que proponho o presente debate. Apesar do evidente arejamento dos Tribunais, a elaboração de listas sêxtuplas, acaba por sujeitar os indicados a constrangedores pedidos de apoio, seja a Conselheiros das Seções da Ordem dos Advogados, seja a integrantes do Ministério Público, seja aos próprios membros do Poder Judiciário, a quem incumbe elaborar as listas tríplices, o que viabiliza a interferência de interesses ou sentimentos pessoais que em nada enriquecem o sistema de escolha. Ademais, após a escolha dos Tribunais, a decisão final pertence ao Poder Executivo, cujo subjetivismo e discricionariedade na escolha apresenta-se, por vezes, latente[1].
Em igual sentido o advogado, jornalista e escritor Raul Haidar, testifica, que,
(...) a única forma verdadeiramente democrática de ingresso na magistratura e no serviço público em geral, especialmente no [Poder] Judiciário, pelas suas próprias e singulares características, finalidades e poder, é por meio de concursos públicos de provas e títulos, sistema que, evidentemente, melhor pode aferir o (...) notório saber jurídico. O acesso dos magistrados aos Tribunais superiores deve ser uma consequência de progressão na respectiva carreira, combinando-se a aferição de tempo de serviço e merecimento, critérios apuráveis objetivamente, enquanto a indicação por listas sêxtuplas pode resultar de composições de natureza estranha àqueles critérios. Da forma como atualmente existe, a instituição do Quinto possibilita interferências políticas ou de outra espécie, com o que os indiciados podem se ver obrigados ou comprometidos a retribuir tais interferências, com evidente prejuízo para uma Justiça verdadeiramente democrática, transparente e adequada aos tempos de modernidade em que vivemos[2].
 
Deve-se consumar que, o quinto constitucional é, sem dúvida, um importante mecanismo para os Tribunais, visto que, é dele que se incluem dentre os julgadores, Ministros, Desembargadores, juristas da Advocacia e do Ministério Público, ou seja, no abarcar as críticas ao instituto é necessário frisar que na realidade, o quinto Constitucional é responsável pelo surgimento e entendimento jurisprudenciais, em que pese as visões dos julgadores, magistrados e outros nem sempre serão as mesmas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO PODER JUDICIÁRIO.
ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio. Ética profissional. 6 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.
BASTOS. Alexandre. A OAB e a Democratização do Quinto Constitucional. Campo Grande News. 10 de fevereiro de 2012. Disponível em <http://www.campograndenews.com.br/artigos/a-oab-e-a-democratizacao-do-quinto-constitucional>. Acesso em 30/04/2014.
COÊLHO, Marcus Vinícius Furtado. OAB: 80 anos de Defesa do Advogado e da Nação. In 80 Anos da História da OAB e a História do Brasil. OAB Editora: Brasília, 2010.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12 ed. Saraiva: São Paulo, 2008.
MAMEDE, Gladston. A Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. 4 ed. Atlas: São Paulo, 2011.
Fonte: Justiça em Números.
Folha de São Paulo.
 
QUINTO CONSTITUCIONAL DA OAB E DO MP.
PRATES, Rodrigo. O instituto do quinto constitucional . Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 3998, 12 jun. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/28226>. Acesso em: 23 nov. 2016
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