Buscar

educação inclusiva para educação infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: Educação Inclusiva na Educação Infantil 
Autores: D.ra Maria Tereza Costa 
Revisão Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 
 
 
 
2 
 
Maria Tereza Costa 
 
 
 
 
 
 
Educação Inclusiva na Educação 
Infantil 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2015 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
COSTA, Maria Tereza. 
Educação Inclusiva na Educação Infantil / Maria Tereza Costa. – Curitiba, 
2015. 
43 p. 
Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Educação Inclusiva na Educação Infantil 
– Faculdade São Braz (FSB), 2015. 
 ISBN: 978-85-5475-006-0 
 
 
 
4 
 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Claudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, bem como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais, e 
grupos de estudos com alunos e tutores, o que proporciona excelente integração 
entre professores e estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Nesta disciplina serão abordados os tópicos desde os aspectos históricos 
da Educação Inclusiva na qual ao longo do tempo as pessoas com deficiência 
passaram da invisibilidade para o mundo dos direitos humanos. 
Serão evidenciadas as diretrizes e normativas que contemplam o auxílio 
as pessoas com deficiência, e qual a real necessidade de facilitação de 
acessibilidade (a qual é direito de todos). Serão elucidadas questões 
relacionadas à Lei Federal 12.796/2013, que altera a entrada obrigatória da 
criança na educação básica e ao Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil. 
Serão abordados sobre a rotina e espaços na educação Infantil e qual o 
papel as mesmas exercem no processo ensino/aprendizado. 
 
Aula 1 - Introdução à Educação Especial 
Apresentação Aula 1 
Nesta aula o foco será à Introdução à Educação Especial, fazendo uma 
viagem histórica até a Educação Especial no Brasil. Os temas abordados estão 
relacionados a maneira como as pessoas com deficiência vem sendo tratadas, 
historicamente, desde atitudes referentes à segregação até o paradigma da 
inclusão. Serão trabalhados os aspectos históricos, políticos, sociais, 
psicológicos e pedagógicos referentes à educação da criança com 
Necessidades Educacionais Especiais (NEE). 
 
1. Introdução à Educação Especial 
1.1 Deficiência contextos históricos 
 
 
6 
 
A presença de pessoas com deficiência na história da humanidade 
sempre existiu, assim como o olhar e os procedimentos atitudinais com os quais 
essas pessoas eram tratadas pelos demais participantes da mesma sociedade. 
Ao analisar-se diversos textos históricos, é possível encontrar escritos que 
datam da antiguidade, cuja trajetória registra que, por muitos séculos, pessoas 
com deficiência eram tidas como seres invisíveis, ignoradas, tratadas com 
indiferença e preconceito, em diversas sociedades e culturas. 
Silva (1987), coloca que: 
Anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações 
traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, de 
natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a própria 
humanidade (SILVA, 1987, p. 21). 
 
Adentrando nas leituras, as quais tratam desse tema, no período que diz 
respeito à História Antiga e Medieval, encontram-se registros de rejeição de 
pessoas com deficiência, como também a eliminação sumária de crianças que 
assim nasciam. O filme O corcunda de Notre-Dame foi baseado na obra Notre-
Dame de Paris originário do romance de autoria do escritor Victor Hugo, 
publicado em 1831, retrata, de maneira brilhante, uma história que se desenvolve 
em Paris, no ano de 1482, tendo a catedral de Notre-Dame e seu entorno como 
cenário principal. As personagens que aparecem na obra são oriundas de todas 
as camadas sociais existentes em Paris na Idade Média, na sua maioria, 
membros do clero e fidalgos. No entanto, é possível encontrar também dentre 
os personagens: pobres, sem abrigo, mendigos e ciganos que vagavam pelas 
ruas. Um dos personagens principais aparece como um homem coxo e 
deformado que, recém-nascido, foi adotado pelo arcediago chamado Claudio 
Frollo. 
Vocabula rio 
Arcediago ou Arquidiácono, palavra derivada do grego, 
archidiákonos é um vigário-geral encarregado, pelo bispo, da 
administração de uma parte da diocese (região administrativa 
em algumas antigas províncias romanas). 
 
 
7 
 
 
 
A prática do extermínio era permitida entre nobres e plebeus na Roma 
Antiga. Os pais podiam sacrificar seus filhos que nasciam com algum tipo de 
deficiência. Também em Esparta, bebês e pessoas que adquiriam alguma 
deficiência, eram lançados ao mar ou em precipícios, sem que os responsáveis 
por esse ato sofressem qualquer tipo de punição, uma vez que era uma prática 
aceita e de consenso. 
Conforme, Licurgo, apud Silva (1987), os dados históricos indicam que a 
chegada de um recém-nascido nas famílias conhecidas como homoio, obrigava 
o pai a levar a criança, independentemente de ter ou não uma deficiência, a um 
Conselho de Espartanos, cuja comissão de sábios iria avaliar se esse bebê era 
considerado normal e forte ou era um bebê disforme e franzino. No primeiro caso 
o recém-nascido era devolvido à família de origem, que tinha por obrigação criá-
lo até os sete anos. A partir dessa idade o Estado tornava-se responsável pela 
sua educação, a qual era voltada para a arte de guerrear. No segundo caso, 
principalmente se a criança apresentava sinais de algum tipo de limitação física, 
os anciãos tomavam-na para si e, em nome do Estado, a levavam para o 
Apothetai, mais precisamente abismo em que a mesma era jogada. O 
entendimento era de que deixar uma criança com limitações físicas viver não era 
bom nem para ela e nem para a república, por não se mostrar bem constituída 
para tornar-se forte, sã e rija para estar bem durante toda a sua vida. 
 
Vocabula rio 
Homoio: significava iguais. 
Apothetai: significava depósitos. 
 
 
 
 
8 
 
Ainda na antiguidade, a história apresenta a existência de pessoas com 
deficiência e a forma de tratamento que estasrecebiam, cujos dados foram 
encontrados nas múmias, nos papiros e na arte egípcia. 
 
Conforme Garcia (2011): 
Os remanescentes das múmias, os papiros e a arte dos egípcios 
apresentam-nos indícios muito claros não só da antiguidade de alguns 
“males incapacitantes”, como também das diferentes formas de 
tratamento que possibilitaram a vida de indivíduos com algum grau de 
limitação física, intelectual ou sensorial (GARCIA, 2011. S/p). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.ampid.org.br/ampid/Imagens_PD_Historia/PapiroMedico.jpg 
 
Em Atenas, as pessoas com deficiência eram amparadas, comportamento 
que resultou das ideias de Aristóteles que pregava a injustiça do tratamento igual 
aos desiguais. 
Estudos com base em remanescentes biológicos, de aproximadamente 
4.500 anos a.C. demonstram que pessoas com nanismo e sem qualquer 
impedimento físico, eram destinadas a ocupações que envolviam a dança e a 
música, sendo empregados em casa de altos funcionários e ao morrer tinham 
um funeral com honrarias. 
Superando a fase da rejeição, a história registra o período da proteção e 
do assistencialismo, que chega com o advento do Cristianismo, uma nova 
 
 
9 
 
concepção em relação as pessoas com deficiência. A doutrina cristã pregava a 
caridade, a humildade e o amor ao próximo, o que resultou em um olhar 
diferenciado para aqueles que apresentavam doenças crônicas, defeitos físicos 
ou problemas mentais. Esse aspecto resultou na criação de hospitais que tinham 
como finalidade o atendimento de pessoas pobres e marginalizadas, grupos 
compostos também por pessoas com algum tipo de deficiência. 
 O período que perdurou entre os séculos V e XV, também conhecido 
como Idade Média, evidencia a continuidade de locais destinados ao 
atendimento de pessoas com doenças e com deficiências, mas predominavam, 
na época, as concepções místicas, mágicas e misteriosas sobre essas pessoas. 
Incapacidades físicas, problemas mentais e malformações congênitas eram 
considerados, na maioria das vezes, sinais da ira de Deus e dos castigos 
impostos por essa divindade. A Igreja Católica, passa a discriminar e perseguir 
aqueles que não se enquadravam no que se considerava normal para a época. 
Os que conseguiam sobreviver passavam o resto dos seus dias na 
marginalidade ou confinados, privados da convivência social. 
 Os séculos XV a XVII, que integram o período do Renascimento, registram 
a fase em que os esclarecimentos da humanidade e das sociedades em geral 
esteve mais evidenciado, sendo que, a partir de uma filosofia humanista e do 
avanço da ciência, os direitos humanos foram reconhecidos como universais. 
Conforme Silva (1987): 
 
Entre os séculos XV e XVII, no mundo europeu cristão, ocorreu uma 
paulatina e inquestionável mudança sociocultural, cujas marcas 
principais foram o reconhecimento do valor humano, o avanço da 
ciência e a libertação quanto a dogmas e crendices típicas da Idade 
Média. De certa forma, o homem deixou de ser um escravo dos 
“poderes naturais” ou da ira divina. Esse novo modo de pensar, 
revolucionário sob muitos aspectos, “alteraria a vida do homem menos 
privilegiado também, ou seja, a imensa legião de pobres, dos 
enfermos, enfim, dos marginalizados. E dentre eles, sempre e sem 
sombra de dúvidas, os portadores de problemas físicos, sensoriais ou 
mentais (Silva, 1987. p. 226). 
 
 
O século XVI veio acompanhado de significativa melhora no atendimento 
à deficiência auditiva, superando a fase em que seus portadores eram 
entendidos como ineducáveis ou possuidores de maus espíritos, para a 
possibilidade de receber educação diferenciada. 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIROS APARELHOS AUDITIVOS 
Fonte:http://www.centroauditivoptv.com.br/media/1180/historia-
aparelhos.jpg?width=980 
 
Alguns países europeus constataram um princípio tímido de valorização 
das pessoas com deficiência e de pessoas idosas, as quais passam a ser 
entendidas como seres humanos. Simultaneamente, acontece a libertação dos 
dogmas e crendices próprios da Idade Média. Ocorre então a construção de 
locais com atendimentos específicos, numa proposta diferente dos até então 
conhecidos abrigos e/ou asilos. 
A Idade Moderna vem revestida de um grande avanço por conta, 
principalmente, da ciência, a qual começa a discutir e apresentar evidências das 
possibilidades e capacidades dos indivíduos. Dois grandes atores se 
apresentam neste cenário: os médicos e os pedagogos, os quais superam o 
paradigma da deficiência, entendida como doença, e passam a acreditar nas 
pessoas com necessidades especiais como capazes de serem educadas. Nessa 
dimensão aparece John Locke, importante filósofo inglês, que dá ênfase na 
experiência sensorial, com base na prática pedagógica e na importância do uso 
de objetos concretos na busca da aquisição das noções. 
Para John Locke, segundo a Portugal (2002): 
 
 
11 
 
[...] a experiência é dúplice: externa e interna. A primeira realiza-se 
através da sensação, e nos proporciona a representação dos objetos 
(chamados) externos: cores, sons, odores, sabores, extensão, forma, 
movimento, etc. A segunda realiza-se através da reflexão, que nos 
proporciona a representação das próprias operações exercidas pelo 
espírito sobre os objetos da sensação, como: conhecer, crer, lembrar, 
duvidar, querer, etc. [...] (PORTUGAL, 2002. p. 06). 
 
Ainda no período da Idade Moderna surge, em Paris (França), a primeira 
escola pública para o atendimento de alunos surdos, a qual foi fundada, em 
1760, por Charles-Michel de l'Épée, que acreditava na capacidade da pessoa 
surda possuir linguagem. Então, começou a desenvolver um sistema de 
instrução da língua francesa e da religião, por meio de sinais. 
Em 1828, nasce o 1º Instituto Nacional dos Jovens Cegos. Louis Braille faz 
uma adaptação de um código militar de comunicação noturna, criado por Charles 
Barbier de La Serre e chega ao Braille, um alfabeto convencional que, por meio 
de seis pontos em alto relevo, possibilita a combinação de 63 caracteres, que 
representam as letras simples, as letras acentuadas, as pontuações, os 
números, os sinais matemáticos e as notas musicais. Com o tato, o Braille 
permite que a palavra escrita seja disponibilizada a milhões de pessoas com 
deficiência visual. 
 
 
 
 
 
Fonte: http://camaradeparaguacu.mg.gov.br/escola/cursos/braille-basico/ 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre o Sistema Braille leia o artigo: A 
Leitura do Deficiente Visual e o Sistema Braille de autoria de 
Liziane Fernandes Sandez. O mesmo registra uma pesquisa 
 
 
12 
 
qualitativa e exploratória que tem por objetivo discutir e 
analisar como é realizada a leitura pelo cego e quais as 
potencialidades e limitações das técnicas utilizadas, com 
destaque para o sistema Braille. 
 
Link: 
http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/Monografia-
LIZIANE-FERNANDES-SANDES.pdf 
Continuando na evolução histórica, evidencia-se a médica italiana Maria 
Montessori, a qual desenvolveu um programa de treinamento para crianças com 
Deficiência Mental, que frequentavam os internatos de Roma. A ênfase de sua 
metodologia estava na autoaprendizagem, com o uso, em larga escala, de 
materiais didáticos, entre eles: blocos, encaixes, recortes, objetos coloridos e 
letras em relevo. O Método Montessori está presente, ainda hoje, em várias 
escolas brasileiras. 
 
1.2 A história da Educação Especial no Brasil 
A história da Educação Especial no Brasil passa também, pelas ideias 
liberais que envolvem a defesa dos direitos e da liberdade, bem como registra o 
surgimento da educação para crianças com deficiência e das Santas Casasde 
Misericórdia, as quais atendiam pessoas pobres e pessoas doentes, além de 
oferecer educação para pessoas com deficiência. 
Seguindo a mesma trajetória dos países europeus e dos Estados Unidos, 
no Brasil são criados os Asilos dos Expostos (Casa da Roda ou Roda dos 
Expostos) em 1825. Em 1854 ocorre a inauguração do Imperial Instituto dos 
Meninos Cegos e em 1857, a criação do Imperial Instituto de Surdos-Mudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Fonte: http://www.artigonal.com/literatura-artigos/origem-da-santa-casa-de-
misericordia-de-sao-paulo-6538837.html 
 
 
O Século XX, chega trazendo o desenvolvimento de várias 
especialidades, bem como de programas de reabilitação específicos em vários 
países mesmo que o objetivo fosse o treinamento e a reabilitação de veteranos 
de guerra. 
No Brasil, na década de 30, tem início a institucionalização por parte das 
organizações sociais, com a criação de associações e instituições filantrópicas. 
Tem início então, ações governamentais voltadas ao atendimento à criança com 
deficiência. Em 1926, foi criado o primeiro Instituto Pestalozzi do Brasil, em Porto 
Alegre/RS, que posteriormente se expande pelo país. Em 1935, criou-se o 
Instituto Pestalozzi em Minas Gerais, com a participação da psicóloga e 
pedagoga Helena Antipoff, de origem russa, que havia se instalado no país a 
partir de 1929, a convite do governo do Estado de Minas Gerais. Em 1954, ocorre 
a criação da 1ª Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), no Rio 
de Janeiro. Até a década de 60, a maioria dos serviços educacionais oferecidos 
aos estudantes com deficiências era privada. Com a participação da educação 
pública surgem as Classes Especiais em algumas redes públicas. Os anos de 
60 e 70 registram a ocorrência de um intenso atendimento educacional, 
principalmente no que se refere à Deficiência Mental, hoje chamada de 
Deficiência Intelectual. 
Por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), as pessoas com 
deficiência passam a ser objeto do debate público e de ações políticas, o que 
trouxe, como resultado, importantes conferências que culminaram com a 
elaboração de documentos mundialmente significativos para a educação, 
lançados a partir da realização da Conferência de Jomtien, na Tailândia, em 
1990, e que resultaram na Declaração Mundial sobre Educação Para Todos. Em 
1994 o Brasil foi signatário da Declaração de Salamanca, a qual aconteceu na 
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada de 
7 e 10 de junho de 1994, em Salamanca, na Espanha. Essa declaração trata dos 
 
 
14 
 
princípios, das políticas e das práticas na área das necessidades educativas 
especiais e da inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades 
educacionais especiais (NEE) no sistema regular de ensino, em todos os níveis 
e modalidades de ensino, ou seja, desde a Educação Infantil até a Educação 
Superior. Esses documentos foram fundamentais para a elaboração dos 
princípios que constam do Plano Nacional de Educação/2014. 
Os anos 90 constituem um marco no que se refere aos movimentos 
inclusivistas para estudantes com NEE. Com o avanço das ciências a inclusão 
ganha vida, surgem novas concepções que migram para os livros, para os textos, 
para as publicações e para a mídia em geral. 
No entanto, a educação inclusiva ainda tropeça em vários obstáculos em 
função da forma como as escolas estão organizadas, em função da formação 
deficitária dos professores para esse atendimento, devido à concepções 
equivocadas por parte dos pais de estudantes com e sem NEE a respeito da 
deficiência, por parte de profissionais da educação, da sociedade em geral e, 
além de outros aspectos, da possibilidade de atendimento as políticas públicas 
e ações que levem a real inclusão dessas pessoas, não só na educação como 
na sociedade em geral. 
Para concluir, é importante realçar, com base no descrito no Seminário 
Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento, que a 
Educação, para ser de fato Inclusiva, requer: 
 Sistemas escolares com ciclos, currículos individuais, progressão 
continuada, avaliações contínuas e autoavaliações. 
 Pautas de cooperação, criatividade, reflexão crítica, solidariedade e 
educação libertária e emancipadora. 
 Reconhecimento de que todas as crianças podem aprender. 
 Reconhecimento e respeito as diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, 
língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde. 
 Estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendendo as 
necessidades de todas as crianças. 
 Estratégias mais abrangentes para promover uma sociedade inclusiva; 
 Processo dinâmico e em evolução constante. 
 
 
15 
 
 A não restrição ou limitação de uma boa educação devido a salas de aula 
numerosas, a falta de professores com a formação adequada e 
necessária, ou ainda a falta de recursos materiais e de acessibilidade. 
 
 Segundo Pablo Pineda (2012. S/p), ator e pedagogo espanhol, sendo o 
primeiro portador de síndrome de Down que obteve um diploma universitário na 
Europa, “Não existem pessoas não-capacitadas, mas sim pessoas com 
capacidades distintas”. Reforçando a ideia de Pineda é necessário acreditar e 
investir na capacidade de cada ser humano que chega até nós. 
 
Resumo Aula 1 
Nesta aula foram abordados os registros históricos referentes às 
deficiências no mundo, desde a antiguidade. Evidenciando a trajetória das 
deficiências no Brasil e seus aspectos históricos, políticos, sociais, psicológicos 
e pedagógicos, demonstrando que essas pessoas saíram da eliminação e da 
invisibilidade para a condição de cidadãos de direito e do atendimento 
educacional às NEE. 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
Com base no Seminário Internacional do Consórcio da 
Deficiência e do Desenvolvimento, apresentamos oito itens 
que são indicativos para que a Educação seja, de fato, 
Inclusiva. Escolha um desses itens, pesquise e discorra sobre 
o tema. 
 
 
Aula 2 - Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva, o trabalho pedagógico e a identificação de 
necessidades educacionais 
 
Apresentação Aula 2 
 
 
16 
 
Nesta aula será reforçada a necessidade de criar-se um novo olhar para 
as pessoas com qualquer tipo de deficiência, ver além das aparências, melhorar 
o olhos para descobrir as suas capacidades e potencialidades e melhorar os 
olhos para que se possa identificar, no ato pedagógico, o ser humano que está 
diante de nós, sem o véu do preconceito, da discriminação, da invisibilidade, da 
dúvida e do ceticismo, objetivando apresentar o papel da Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva. Serão abordados também assuntos 
relacionados a compreensão e legislação do Atendimento Educacional 
Especializado enquanto organização da Educação Especial, a importância da 
formação de professores e a acessibilidade. 
 
2.1 Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva 
Para começar a falar a respeito da legislação que respalda a educação 
inclusiva, enquanto paradigma de sustentação do atendimento às pessoas com 
Necessidades Educacionais Especiais (NEE), com qualidade e respeito, 
precisaremos conceituar a educação inclusiva: Parafraseando o MEC, Educação 
Inclusiva é aquela que não elege, não classifica e não segrega os indivíduos, 
mas que modifica o ambiente escolar, as atitudes e as estruturas desse 
ambiente, para que o mesmo se torne acessível a todos. 
Para o Alonso (2013): 
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um 
mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não 
significa negar as dificuldadesdos estudantes. Pelo contrário. Com a 
inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como 
diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode 
ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência 
a todas as crianças (ALONSO, 2013. S/p). 
 
A Educação Inclusiva, enquanto paradigma educacional, vem se 
consolidando a partir de um movimento que se configura como um ato político, 
cultural, social e pedagógico e que surge, mundialmente, em defesa dos direitos 
que todos os estudantes têm de participar das mesmas salas de aula, das 
mesmas atividades, das mesmas propostas pedagógicas, com os mesmos 
 
 
17 
 
professores e ao mesmo tempo, ou seja, o direito de aprender e de participar do 
processo educacional junto a todos os seus colegas que compõem faixas etárias 
e/ou experiências similares. Direito de estar, participar e aprender juntos, sem 
nenhum tipo de preconceito, invisibilidade ou qualquer outra atitude 
discriminatória. 
É uma proposta que extrapola os muros da escola, uma vez que leva 
também ao paradigma da inclusão social e que vem fundamentada na 
concepção de direitos humanos, a qual respeita a igualdade e a diferença como 
valores indissociáveis, que têm por meta a eliminação de todo e qualquer tipo de 
exclusão escolar ou social. 
Para tanto, se faz necessário que a escola, enquanto instituição 
promotora da educação inclusiva, se encontre em condições, não só de enfrentar 
os problemas que impedem que esta educação de qualidade aconteça, como 
também tenha instrumentos que lhe permitam superar os obstáculos 
evidenciados. 
A legislação brasileira, desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN), Lei nº 4.024/61, de 1961, vem privilegiando o atendimento 
educacional às pessoas com deficiência, preferencialmente, dentro do sistema 
geral de ensino. O termo preferencialmente não privilegiava a educação 
inclusiva, uma vez que não determinava o atendimento de todas as crianças no 
ensino regular. 
Na sequência, a Lei nº 5.692/71 modifica a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional de 1961, ao destinar, aos estudantes com deficiência, um 
tratamento entendido como especial, principalmente aqueles acometidos de 
deficiências físicas, deficiências mentais, estudantes que se encontram em 
atraso considerável em relação à idade regular de matrícula e também aos 
superdotados. No entanto, mesmo com um significativo avanço em relação a Lei 
nº 4024/61, essa nova Lei não primava pela organização de um sistema de 
ensino que fosse capaz de se modificar a ponto de atender às necessidades 
educacionais especiais dos seus estudantes, aqui entendidos como detentores 
desses direitos. Por continuar trabalhando da mesma forma, sem considerar a 
diversidade, a escola se tornava reforçadora das diferenças, não trabalhava em 
prol do sucesso desses estudantes e acabava por encaminhá-los às classes e 
escolas especiais. 
 
 
18 
 
Classe especial é uma sala de aula diferenciada, que funciona em escola 
do Ensino Regular, com espaço físico e modulação adequados, com a presença 
de um professor especializado na área da deficiência mental, que se vale do uso 
de métodos, técnicas, procedimentos didáticos e recursos pedagógicos 
especializados além de, sempre que necessário, recorrer a equipamentos e 
materiais didáticos distintos. No entanto, mesmo funcionado nas dependências 
de uma escola regular, a classe especial não privilegiava a inclusão de 
estudantes com NEE, uma vez os estudantes com NEE tinham todas as suas 
atividades pedagógicas separados dos demais alunos da escola e não seguiam 
os mesmos paradigmas quando se tratava de avanços e promoção. Portanto, 
era uma modalidade segregadora e não inclusiva. Da mesma forma, a Escola 
Especial, mesmo pertencendo à Educação, é uma instituição especializada que 
atende as pessoas com deficiência em espaços físicos separados do ensino 
regular, significativamente mais distante do conceito de educação inclusiva. 
Com a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), em 
1973, ao qual o MEC destinou a Gerência da Educação Especial no Brasil, 
passamos a ter como paradigma, o conceito de integração, com atos 
educacionais destinados às pessoas com deficiência e com superdotação. Este 
conceito ainda era sustentado por campanhas assistencialistas que aconteciam 
de forma isolada. Não se caracterizava como uma política que priorizasse a 
todos os estudantes, o acesso universal à educação. Ainda vigorava a 
concepção de tratamento diferenciado, gerador de políticas especiais que se 
referiam ao atendimento educacional de pessoas com deficiência. Quanto aos 
estudantes com superdotação, mesmo com o direito a frequentar o ensino 
regular, não tinham o direito de receber um atendimento especializado que 
levasse em consideração as suas singularidades e os diferentes estilos de 
aprendizagem. 
Nessa trajetória, alguns documentos representam avanços no trato das 
pessoas com deficiência. Conforme a Política Nacional de Educação Especial 
na Perspectiva da Educação Inclusiva: 
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos 
fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” 
(art.3º, inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito 
de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício 
da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso 
 
 
19 
 
I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na 
escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever 
do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, 
preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208) (MEC, 2007. 
S/p). 
 
Dois anos depois do advento da Constituição Federal de 1988, o Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, em seu artigo 55, vem 
reforçar os dispositivos legais já citados, ao determinar que: 
[...] os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos 
ou pupilos na rede regular de ensino. Também nessa década, 
documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos 
(1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a 
formulação das políticas públicas da educação inclusiva (MEC, 2007). 
 
Vocabula rio 
Pupilos: Termo derivado do latim "pupillu" cujo significado é 
criança órfã. Faz referência a uma criança ou adolescente 
órfã que se encontra sob os cuidados de um tutor. A 
expressão foi generalizada para designar uma criança ou 
jovem que é escolhida por alguém para ser protegida de 
alguma forma. Nestes casos, uma criança adotada, enteada, 
ou mesmo um afilhado ou um sobrinho podem ser chamados 
de pupilo. 
 
A publicação da Política Nacional de Educação Especial, que se deu em 
1994, teve por função orientar todo o processo de integração instrucional para 
acesso às classes comuns do ensino regular, aos estudantes que se 
encontravam em condições de acompanhar e desenvolver as atividades 
curriculares programadas pelo ensino comum, no mesmo ritmo que os 
estudantes considerados “normais”, conforme o texto da Lei. Mais uma vez é 
possível perceber os aspectos não inclusivos, uma vez que o texto determina 
que cabe ao estudante com deficiência se enquadrar em um sistema que não se 
modifica para recebê-lo e espera que o mesmo se enquadre, acompanhe e 
desenvolva as mesmas atividades desenvolvidas pelos estudantes sem 
deficiência, ao mesmo tempo e no mesmo ritmo, isso tudo com base em padrões 
 
 
20 
 
homogêneos de participação e aprendizagem. As práticas educacionais 
permanecem inalteradas e a educação dos estudantes comnecessidades 
especiais continua sendo entendida como responsabilidade da educação 
especial. 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, em seu 
artigo nº 59: 
[...] preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos 
currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender 
às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles 
que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino 
fundamental, em virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração 
de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. 
Também define, dentre as normas para a organização da educação 
básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante 
verificação do aprendizado” (art. 24, inciso V) e “[...] oportunidades 
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, 
seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e 
exames” (art. 37). 
 
O Decreto nº 3.298, de 1999, regulamenta a Lei nº 7.853/89, dispõe sobre 
a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e 
define a educação especial como sendo uma modalidade transversal a todos os 
níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da 
educação especial ao ensino regular. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cadernocoordenador.pdf 
 
 
 
21 
 
 2.2 O trabalho pedagógico 
A concepção de trabalho pedagógico deixa claro que a Educação 
Especial deve estar presente, apoiando o atendimento de estudantes com NEE 
no ensino regular, desde a Educação Infantil até a Educação Superior, passando 
pelo Ensino Médio e Ensino Fundamental, incluindo a Educação Indígena e a 
Educação Quilombola. A transversalidade pressupõe que todos os estudantes 
estudem juntos, no ensino regular, e também que ocorra, em todos os níveis e 
modalidades de ensino, a presença da Educação Especial dando suporte ao 
processo pedagógico do ensino regular. 
Essa mesma proposta prevê a garantia do Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), a todos os estudantes com NEE que dele necessitem. O 
atendimento tem como pressupostos fundamentais: 
 
 Integrar a proposta pedagógica da escola; 
 Envolver a participação da família, no sentido de garantir o pleno acesso 
e a participação dos estudantes; 
 Organizar os recursos pedagógicos e de acessibilidade que são 
necessários para eliminar as barreiras e que se configurem como meios 
para o acesso ao currículo, visando a independência para a realização 
das tarefas e a construção da autonomia. 
 
A oferta do AEE é obrigatória. Esse deve ocorrer de maneira diferenciada 
das atividades que acontecem na sala de aula comum, no turno contrário ao do 
ensino regular, atendendo as necessidades específicas das pessoas que são 
público-alvo da educação especial, em articulação com as demais políticas 
públicas. 
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na 
Educação Básica, a Resolução CNE/CEB nº 2/2001, em seu artigo 2º, determina 
que: 
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às 
escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com 
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições 
necessárias para uma educação de qualidade para todos 
(MEC/SEESP, 2001). 
 
 
 
22 
 
Portanto, cabe aos sistemas de ensino, matricular estudantes com 
Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e Altas Habilidades 
ou Superdotação (AHSD) nas classes comuns do ensino regular, com a oferta 
do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o qual pode acontecer em 
Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), em Centros de Atendimento 
Educacional Especializado ou em instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas, sem fins lucrativos. 
Conforme Gomes (2012): 
O AEE é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas 
as particularidades de cada aluno com Necessidades Educativas 
Especiais. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou 
seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, 
equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às 
necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer 
suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos 
alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. [...]. Uma mesma 
sala de recursos, conforme cronograma e horários pode atender alunos 
com altas habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de 
atenção ou outras necessidades educacionais especiais (GOMES, 
2012. S/p.). 
 
A escola não deve entender que o AEE substitui a escolarização que 
ocorre na sala de aula comum, uma vez que o mesmo funciona de maneira 
complementar à formação dos estudantes com Deficiência ou com TGD e 
suplementar no caso de estudantes com AHSD. 
Curiosidade 
Os TGD, agora definidos pelo DSM-V (Manual de 
Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, 5.ª 
edição), como Transtorno do Espectro Autista, englobam 
transtornos caracterizados por grave comprometimento em 
inúmeras áreas do desenvolvimento, com severas 
dificuldades nas interações sociais e com manifestação 
desde a primeira infância. 
 
Para dar suporte as ações educacionais do ensino comum, com ênfase 
na educação inclusiva, a educação especial disponibiliza os recursos e serviços 
necessários e orienta quanto a utilização desses recursos no processo de ensino 
 
 
23 
 
e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. Ao primar pela educação 
de qualidade, enquanto direito de todos, tem dois grandes objetivos: 
 Modificar a estrutura tradicional existente nas escolas que têm, como 
fundamento, padrões de ensino homogêneo e critérios de seleção e 
classificação; 
 Ver a educação enquanto direito de todos os estudantes, com o sem 
qualquer tipo de NEE, uma vez que o paradigma traçado com base na 
valorização das diferenças permeia todos os atos, sejam eles legislativos, 
pedagógicos, de atendimento especializado ou referentes a qualquer 
outro aspecto que tenha como princípio, o respeito a diferença e à 
dignidade humana. 
 
Nessa dimensão, o trabalho pedagógico na Educação Infantil prima pelo 
desenvolvimento de rotinas, pela educação e cuidado, pelas práticas 
pedagógicas demarcadas pelas características da faixa etária atendida, pela 
visibilidade das concepções e posicionamentos dos adultos, que devem ser 
expressos nos espaços educativos de crianças pequenas e pela brincadeira. 
Essas atividades são de fundamental importância para o desenvolvimento 
cognitivo e emocional das crianças. 
Para tanto, é fundamental que a criança: 
 Aprenda a brincar com as outras crianças; 
 Tenha acesso a brinquedos e a brincadeiras; 
 Aprenda a respeitar os limites; 
 Aprenda a se relacionar com os adultos; 
 Aprenda sobre si e sobre seus amigos; 
 Adquira sentimento de pertencimento. 
 Aprenda a controlar comportamentos inadequados. 
 Viva em ambiente livre mas com princípio pedagógico; 
 Tenha liberdade para locomoção; 
 Tenha oportunidade para desenvolver sua autonomia. 
 
 
 
24 
 
Esse trabalho deve ter por base um currículo inclusivo, que parta do 
cotidiano dos estudantes mas que se estenda para o conhecimento formal. O 
envolvimento da afetividade e da emoção é fundamental para o desenvolvimento 
da autoestima da criança pequena, tenha ela ou não alguma deficiência. 
 
2.3 Identificação de necessidades educacionais 
No que se refere a identificação e avaliação de NEE, essa requer muitos 
cuidados e critérios bem específicos, uma vez que vai tratar da avaliação das 
condições físicas, mentais, psicossociais e educacionaisda criança. Deve 
analisar sinais e sintomas, buscando localizar os problemas ou obstáculos e 
fazer encaminhamentos conforme os respectivos quadros identificados. 
 
2.3 Acessibilidades 
Ao falar sobre NEE torna-se necessário abordar a questão da 
acessibilidade, a qual diz respeito a mobilidade da pessoa com deficiência, a 
qual tem direito de acesso a todos os lugares, a todos os serviços e a todos os 
recursos que a educação e a comunidade podem lhe oferecer. A acessibilidade 
permite que não só as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida 
participem de atividades que incluam o uso de produtos, serviços e informação, 
mas também a inclusão, com vistas a sua adaptação e locomoção, eliminação 
de barreiras e o acesso a materiais em diferentes mídias, com as adequações 
que a tecnologia possa permitir. 
A acessibilidade envolve ainda os recursos referentes a arquitetura e 
urbanismo, com construções de prédios adequados, adaptações de edifícios 
antigos e adequação de espaços públicos, com o objetivo da eliminação de 
obstáculos que possam impedir o cidadão com qualquer tipo de NEE de ir, vir e 
estar. 
 
Resumo Aula 2 
Nesta aula abordou-se sobre a legislação que protege, orienta e destina 
recursos para o atendimento educacional aos estudantes com NEE e também 
sobre as práticas pedagógicas e a identificação das NEE. 
 
 
25 
 
Finalizando evidenciaram-se as situações de acessibilidade e do direito 
de todo e qualquer cidadão de ir, vir e estar. 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
Com base na Norma Brasileira - ABNT NBR 9050, edição de 
2015, sobre acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos, pesquise outras possibilidades de 
acessibilidade que esta LEI destina às pessoas com 
necessidades especiais. Você encontra no link: 
 
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/
arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-
description%5D_164.pdf 
 
 
Aula 3 - Prevenção de defasagens no desenvolvimento infantil. 
Especificidades, necessidades e possibilidades da criança com 
necessidades educacionais especiais e seu atendimento 
 
Apresentação Aula 3 
O foco desta aula será a prevenção de defasagens no desenvolvimento 
infantil, evidenciando as necessidades especiais e possibilidades de auxílio em 
seu atendimento em seu atendimento, apresentando as intercorrências que 
podem fazer parte do desenvolvimento infantil, as circunstâncias destes fatos e 
as possibilidades de atendimento e de superação dos obstáculos ou 
minimização de seus efeitos. 
 
3.1 Prevenção de defasagens no desenvolvimento infantil 
A prevenção de defasagens no desenvolvimento infantil, necessita de 
esclarecimento, identificando quais os seus objetivos, os quais são detectar a 
presença de possíveis riscos para atrasos do desenvolvimento. 
Para tanto, se faz necessário discutir as causas pré, peri e pós-natais que 
podem ser responsáveis por uma deficiência ou uma Necessidade Educacional 
 
 
26 
 
Especial (NEE). Enquanto fatores de risco de causas pré-natais encontram-se 
aquelas que acontecem, desde antes da concepção, até o parto propriamente 
dito, e que são originárias da desnutrição materna, as resultantes da má 
assistência à gestante e aquelas que dizem respeito a doenças infecciosas como 
a sífilis, a rubéola, a toxoplasmose, a poluição ambiental, o tabagismo, o uso de 
drogas ilícitas e o efeitos colaterais de determinados medicamentos, conhecidos 
como teratogênicos, muitas vezes causados pela automedicação ou até 
mesmo por medicamentos prescritos pelos médicos. Esses medicamentos 
podem afetar a estrutura e o desenvolvimento da anatomia do bebê, entre outros 
fatores. Um exemplo desse fato é o uso da talidomida, um medicamento 
desenvolvido na Alemanha, em 1954, que é utilizado como sedativo, anti-
inflamatório e hipnótico. Quando usado na gestação pode ter, como resultado, 
uma síndrome chamada de Focomelia, caracterizada pela aproximação ou 
encurtamento dos membros junto ao tronco do feto, deixando-os semelhantes 
aos de uma foca. Esse medicamento ultrapassa a barreira placentária e interfere 
na formação do feto. Pode ainda causar graves defeitos visuais, auditivos e da 
coluna vertebral, entre outros problemas. 
 
Vocabula rio 
Teratogênicos: Agentes teratogênicos referem-se a tudo o 
que é capaz de produzir danos ao embrião ou feto durante o 
período de gravidez. Esses danos podem resultar na perda do 
bebe ou, diante da sua sobrevivência, o mesmo pode ser 
atingido por malformações ou alterações funcionais, como, 
por exemplo, retardo de crescimento, ou ainda, ser acometido 
por distúrbios neurocomportamentais, como o retardo mental. 
 
Automedicação: Conforme o Dicionário Houaiss, 
automedicação tem como definição o consumo de 
medicamentos sem prescrição médica, prática difundida em 
vários países, inclusive no Brasil, constituindo um dos 
principais problemas na gestação. 
 
 
 
 
27 
 
Existem também as causas de origem genéticas, resultantes de 
alterações cromossômicas, como a síndrome de Down, a fenilcetonúria e os 
erros inatos do metabolismo. 
Causas perinatais são entendidas como aquelas que acontecem durante 
o trabalho de parto, se estendendo até o 30° dia de vida do bebê. É possível 
encontrar registros que dizem respeito a má assistência ao parto, aos traumas 
causados durante o mesmo e as causas originárias da hipóxia ou da anóxia, 
referentes a oxigenação do cérebro de forma insuficiente. Fazem parte desse 
grupo a prematuridade, também conhecida como pré-termo, situação em que o 
bebê nasce com menos de 37 semanas de gestação, ou então o termo bebê de 
baixo peso, considerado um bebê PIG (Pequeno para Idade Gestacional) que 
são aqueles bebês que nascem com peso inferior a 2,5 Kg, ou bebês de muito 
baixo peso, que nascem com menos de 1,5 Kg. 
 
Importante 
 
As causas mais comuns de prematuridade são causas 
maternas. Infecção urinária, pressão alta, descolamento 
prematuro de placenta, diabetes, alterações de tireoide, 
infecções congênitas (toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis, 
HIV) uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas estão entre as 
causas comuns de prematuridade. O bebê também pode ser 
acometido de outras causas que levem a prematuridade como 
síndrome genética e mal formações. 
 
Poder também ocorrer a icterícia grave do recém-nascido. 
Saiba Mais 
Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. 
Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que 
é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A 
bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo 
metabolismo das células vermelhas do sangue. A criança fica 
ictérica quando a formação de bilirrubina é maior do que a 
capacidade do seu fígado de metabolizá-la. O acúmulo deste 
pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para 
 
 
28 
 
o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e 
irreversíveis. 
 
Alguns testes devem ser realizados logo após o nascimento dos bebês, 
sendo esses testes obrigatórios, os quais se destinam a identificar, 
precocemente, uma série de doenças. Esses testes compreendem a tipagem 
sanguínea, o teste do pezinho, o teste do olhinho e teste da orelhinha. 
 
 
Pesquise 
Pesquise a respeito dos testes que devem ser feitos logo 
após o nascimento dos bebês. Saiba o que pode ser 
identificado com esses testes e que programas de 
estimulação existem para minimizar ou, até mesmo sanar, 
possíveis intercorrências identificadas. Pesquise também 
sobre efeitos quando da ausência desses testes ou de seu 
uso em momento tardio. 
 
Entre as causas pós-natais, entendidas como aquelas que acontecem do 
30° dia de vida dobebê, se estendendo até o final da adolescência, vamos 
encontrar a desnutrição, a desidratação grave, a carência de estimulação global, 
as infecções como a meningoencefalite e o sarampo, entre outras, as 
intoxicações exógenas, causadas por envenenamento (remédios, inseticidas, 
produtos químicos, chumbo, mercúrio, etc.), os acidentes de trânsito, os 
afogamentos, os choques elétricos, a asfixia, as quedas, etc., e as infestações 
resultantes, por exemplo, da neurocisticircose (larva da Taenia Solium). 
 
3.2 Especificidades, necessidades e possibilidades da criança com 
necessidades educacionais especiais e seu atendimento 
Enquanto prevenção de problemas no desenvolvimento neuropsicomotor, 
deve-se realizar uma investigação, o mais precocemente possível. Quando da 
 
 
29 
 
ausência de um diagnóstico precoce e a presença de sinais de alerta, ou seja, 
um desenvolvimento neuropsicomotor que acontece em descompasso com o 
esperado para cada fase do desenvolvimento infantil, é possível e importante 
realizar esta investigação na própria Educação Infantil, por meio de uma 
Triagem, a qual se efetiva como um dos recursos que nos ajudam a identificar 
possíveis problemas que a criança possa apresentar. Esta triagem é uma 
investigação rápida, que tem por objetivo, conforme Crepaldi et al, 2006, em 
Sigolo (2011), identificar problemas no processo evolutivo, almejando ações 
para promover o desenvolvimento saudável, imprimindo assim uma relação 
dinâmica entre avaliação e estimulação (SIGOLO, 2011). 
A triagem do desenvolvimento infantil, conforme Costa et. al, 2015, tem 
como funções: identificar crianças que podem necessitar de avaliação mais 
completa, informar sobre o desenvolvimento da mesma e levar ao diagnóstico 
definitivo e à formulação de um atendimento interdisciplinar. O avaliador, a partir 
de seu conhecimento, deve selecionar o instrumento que melhor se adequa à 
criança ou ao grupo ao qual a triagem se destina. Também é fundamental, além 
do conhecimento necessário para o uso do instrumento selecionado, usá-lo com 
rigoroso critério, seguindo as normas e as regras estabelecidas e tendo clareza 
quanto a sua aplicação, quanto a interpretação dos resultados e quanto a melhor 
forma para o repasse dos resultados. 
Conforme o Committee on Children with Disabilities - American Academy 
of Pediatrics (AAP) (2001), uma boa triagem permite a escolha de estratégias de 
estimulação e o encaminhamento para uma avaliação mais completa e precisa, 
quando necessária. É importante ressaltar que o diagnóstico para a identificação 
precoce de fatores de risco para o desenvolvimento infantil ou constatação de 
possíveis intercorrências nesse desenvolvimento, é clínico, ou seja, realizado 
por médicos neuropediatras ou psiquiatras infantis, apontando para 
encaminhamento mais adequado e para o atendimento interdisciplinar 
necessário. 
Na estrutura da Educação Infantil, um bom programa de estimulação infantil 
prevê desenvolvimento integral dos aspectos físicos, psicológicos, sociais e 
culturais, priorizando a construção harmônica do desenvolvimento da primeira 
infância. 
 
 
30 
 
Para tanto, é possível utilizar uma metodologia que priorize: 
 A repetição de diferentes exercícios sensoriais; 
 A ampliação dos aspectos emocionais; 
 A promoção de sensação, de segurança e de prazer; 
 A estimulação de habilidades cognitivas; 
 O uso do lúdico na aprendizagem; 
 O desenvolvimento da curiosidade e da imaginação; 
 O trabalho com as áreas cognitiva, motora, linguagem, socioemocional e 
de autocuidado; 
 A estimulação de movimentos voluntários; 
 As mudanças de posição e postura; 
 A coordenação motora fina e global; 
 A apropriação da imagem corporal; 
 O desenvolvimento do esquema corporal e da linguagem expressiva e 
compreensiva; 
 Os movimentos orofaciais; 
 A noção de espaço-temporal; 
 As percepções tátil, auditiva, visual, gustativa e olfativa; 
 A socialização e interação, de forma lúdica; 
 O respeito ao nível de desenvolvimento e da idade da criança; 
 O desenvolvimento de Atividades da Vida Diária, conhecidas como (AVD); 
 Os atendimentos terapêuticos, sejam eles, individuais ou grupais; 
 A organização didático-pedagógica; 
 Os procedimentos de intervenção, orientados pela equipe 
multiprofissional, conforme as individualidades e necessidades de cada 
criança; 
 A avaliação da criança por equipe multiprofissional; 
 O histórico da criança e da família sempre presente, com os devidos 
registros; 
 A participação da família enquanto parte integrante do próprio programa, 
com as devidas orientações para continuidade dos procedimentos em 
casa. 
 
 
 
31 
 
No trabalho com crianças com NEE é possível utilizar, conforme o Comitê 
de Ajudas Técnicas (CAT/2007), as Tecnologias Assistivas, as quais permitem 
a atenção à habilidade de preensão da criança, a atenção ao seu controle motor, 
os cuidados com crianças que apresentam tremores e movimentos involuntários, 
além de outros aspectos. 
Sendo assim é importante que o professor, no exercício de sua função de 
mediador do conhecimento deve proporcionar os recursos para que esse ato 
aconteça, orientando e encorajando o aluno. 
 
Ví deo 
Assista o vídeo Convivendo com as diferenças-Deficientes 
Intelectuais (2013) de autoria da TV Câmara para a sua 
programação de comemorações ao Dia da Acessibilidade. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=DP2xOWsF4Uc 
 
 
Resumo Aula 3 
Nesta aula abordaram-se os temas relacionados à prevenção das 
deficiências e as possíveis defasagens que podem ocorrer no desenvolvimento 
infantil. Ressaltaram-se as deficiências, e possíveis síndromes e/ou transtornos, 
passando pelas causas pré, peri e pós natais, abordando os testes que devem 
ser feitos, obrigatoriamente, logo após o nascimento do bebê (tipagem 
sanguínea, teste do pezinho, teste do olhinho e teste da orelhinha), discutindo 
as especificidades e as necessidades da criança com NEE, bem como as 
possibilidades destinadas ao seu atendimento. 
 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
 
Efetue uma pesquisa para o maior aprofundamento sobre as 
Tecnologias Assistivas, como e quando elas podem ser aplicadas 
 
 
32 
 
na Educação Infantil. Discorra sobre o tema. Para auxiliar em sua 
pesquisa leia o texto que fala sobre a Tecnologia Assistiva e a 
Educação, o qual encontra-se disponível no acesso abaixo. 
 
Link: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html 
 
 
 
 
Aula 4 - Os diferentes espaços institucionais em que se encontram as 
crianças com necessidades educacionais especiais 
Apresentação Aula 4 
Esta aula fará um breve retrato dos diferentes espaços de atendimento às 
crianças com NEE, passando por aqueles definidos em legislação, até chegar 
no ambiente educacional formado por diferentes tempos, recursos, propósitos e 
espaços educacionais. 
 
4.1 Os diferentes espaços institucionais em que se encontram as crianças 
com necessidades educacionais especiais 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº. 9394/96, que 
define a Educação infantil como primeira etapa da educação básica, devendo 
esta ser oferecida em creches (0 a 3 anos) e pré-escolas (4 a 6 anos). No 
entanto, para 2016, por meio da Lei 12.796 de 4 de abril de 2013, o MEC altera 
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n°. 9394/96, no que diz 
respeito às crianças com 4 anos, as quais, obrigatoriamente, deverão ser 
matriculadas na Educação Infantil, parte integrante da educação básica. 
A partir de 2016, todas as crianças deverão ser matriculadas na 
educação básica a partir dos quatro anos de idade. É o quedetermina 
A Lei 12.796, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff [...]. A lei 
também ajusta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), tornando obrigatória a oferta gratuita de educação básica a 
partir desta mesma idade. Para atender a essa obrigatoriedade de pais 
e responsáveis, as redes municipais e estaduais deverão se adequar, 
dentro do mesmo prazo, para acolher alunos de quatro a 17 anos. O 
fornecimento de transporte, alimentação e material didático também 
será estendido a todas as etapas da educação básica. A nova lei 
 
 
33 
 
estabelece, ainda, que a educação infantil - que contemplará crianças 
de quatro e cinco anos na pré-escola - seja organizada com carga 
horária mínima anual de 800 horas, distribuída por no mínimo 200 dias 
letivos. O atendimento ao estudante deve ser, no mínimo, de quatro 
horas diárias para o turno parcial e de sete para a jornada integral, 
medida que já valia para os ensinos fundamental e médio (MEC, 2013. 
S/p). 
 
A partir de 2016 um número maior de crianças fará parte da Educação 
Infantil, principalmente e obrigatoriamente, aquelas que compreendem a faixa 
etária de 4 a 6 anos de idade. Desta forma, teremos também uma aumento 
significativo de crianças com NEE nesta fase da educação básica, tornando-se 
este também um espaço de educação inclusiva para todas as crianças. 
As alterações nos artigos da LDB também englobam a educação 
especial que, de acordo com a lei, é a modalidade de educação escolar 
oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino para pessoas 
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação. O texto também garante que o poder 
público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do 
atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede 
pública. Também foi incluída na lei sancionada a consideração com a 
diversidade étnico-racial entre as bases nas quais o ensino será 
baseado (MEC, 2013. S/p). 
 
A Lei Federal 12.796/2013 estabelece como marco, para as crianças que 
completam 4 anos e têm direito à matrícula na educação básica, a data de 31 de 
março. Esta mesma Lei garante a ampliação do atendimento aos estudantes 
com Deficiência, TGD e AHSD dessa faixa etária. 
Com a obrigatoriedade, os estados e municípios organizarão a sua 
educação básica de forma a cumprir com o determinado em Lei, permitindo a 
cada criança (incluindo as com NEE) que receberá essa atenção, uma grande 
contribuição no seu desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social, o 
que terá como complemento, as ações advindas da família e da sua comunidade 
de inserção. 
 
 De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil, organizado pelo Ministério da Educação (MEC), as creches e 
pré-escolas devem educar, cuidar e proporcionar brincadeiras, 
contribuindo para o desenvolvimento da personalidade, da linguagem 
e para a inclusão social da criança. (MEC, 2009. S/p.). 
 
 
 
34 
 
Sendo assim, todo o trabalho que envolve o brincar, a contação de 
histórias, as oficinas de desenho, pintura e música e os cuidados com o corpo, 
são fundamentais para o desenvolvimento das crianças que frequentam a escola 
nesta etapa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-
atividades/89/imagens/i207631.jpg 
Amplie Seus Estudos 
Amplie seus estudos e conhecimentos em relação às 
atividades que contribuem, fundamentalmente, para O 
desenvolvimento infantil, pesquisando no Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil - volume I, II e III. 
Link (volume I): 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf 
 
 
 
35 
 
Link (volume II): 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf 
 
Link (volume III): 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf 
 
Uma vez garantida a presença da Educação Especial na Educação Básica, 
sendo que a primeira realiza-se em todos os níveis, etapas e modalidades de 
ensino, se faz necessária uma boa articulação entre educação especial e 
educação infantil. 
Ví deo 
Assista o vídeo Referenciais Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil, exibido na TV Escola, o qual evidencia de 
forma clara como é o trabalho do professor em sala de aula, 
dando uma ideia como seria o trabalho pedagógico de uma 
creche. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=8sTl2Qjxhjg 
 
Essa articulação tem por objetivo, a garantia de oportunidades 
socioeducacionais à criança, promovendo o seu desenvolvimento e 
aprendizagem, com ampliação de suas experiências, conhecimento e 
participação social, inclusive às crianças com NEE. Conforme as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013), o capítulo que trata das 
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica, modalidade a Educação Especial, define os procedimentos da 
seguinte forma: 
Artigo 3º A Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e 
modalidades de ensino, tendo o AEE como parte integrante do 
processo educacional. Art. 4º Para fins destas Diretrizes, considera-se 
público-alvo do AEE: I – Alunos com deficiência: aqueles que têm 
impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou 
sensorial. II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: 
aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento 
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na 
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição 
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, 
 
 
36 
 
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos 
sem outra especificação. III – Alunos com altas 
habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial 
elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento 
humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, 
artes e criatividade (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação 
Básica. Brasília, 2013). 
Saiba Mais 
Para saber mais a respeito do Atendimento Educacional 
Especializado quanto a: Salas de Recursos Multifuncionais; 
Atendimento Hospitalar; Atendimento aos estudantes com 
AHSD; Matrícula quanto aos parâmetros do FUNDEB; 
Elaboração do Plano de AEE; Projeto pedagógico da escola 
do ensino regular; Proposta do AEE; Orientações para a 
atuação; Atribuições do professor do AEE, nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais para Educação Básica (2013). 
 
Link: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&vie
w=download&alias=13677-diretrizes-educacao-basica-
2013-pdf&Itemid=30192 
 
4.2 Rotina na Educação Infantil 
A Rotina na Educação Infantil compreende uma estrutura básica que é a 
“espinha dorsal” no que diz respeito às atividades realizadas durante o dia. 
Importante 
 
 
 
37 
 
Rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É 
também a sequência de diferentes atividades que acontecem 
no dia a dia da creche e é essa sequência que vai possibilitar 
que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se 
desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo 
para a criança, pois permite que ela estruture sua 
independência e autonomia, além de estimular a sua 
socialização. 
Na organização das ações de rotinas, faz-se necessária maior atenção 
aos aspectos que envolvem a organização do dia: 
 a destinação do tempo para cada atividade, respeitando o tempo 
próprio de cada estudante; 
 a escolha dos espaços em que as atividades serão realizadas e as 
concepções pedagógicas que respaldam o planejamento; 
 a organização do professor; a organização das próprias crianças e a forma de estabelecer a 
orientação controlada no desenvolvimento pedagógico com elas; 
 a concepção que a escola tem de criança e de infância; 
 o conceito de escola; 
 o respeito a autonomia; 
 a sintetização do Projeto Político Pedagógico da instituição; 
 a ação educativa. 
 
 
No dia a dia de uma turma que tem estudantes com NEE, a elaboração 
do documento de planejamento das atividades deve respeitar alguns aspectos 
importantes: 
 Conhecer o estudante enquanto sua realidade familiar e social; 
 Conhecer suas características pessoais e seus interesses e 
peculiaridades; 
 Conhecer o seu processo de aprender e seu estilo de aprendizagem; 
 Identificar suas necessidades no ato do aprender; 
 Ter clareza sobre o que este estudante já sabe e o que está em vias 
de aprender. 
 
 
 
38 
 
As atividades cotidianas organizadas por meio das rotinas pressupõem: 
 Aprendizagens numa perspectiva relacional; 
 A co-construção do conhecimento; 
 A imagem de criança ativa, criança que é protagonista e autônoma; 
 A organização do espaço; 
 Os sistemas perceptivos, motores, de comunicação, cognitivos e 
emocionais; 
 A estimulação das inter-relações com outras crianças. 
 
O ambiente deve ser organizado de maneira a se tornar desafiador, para 
que as propostas ultrapassem o que já é dominado pela criança. Deve ser um 
ambiente que diga respeito à história dessa e do grupo, que registre experiências 
que permitam a exploração e as aventuras, que promova o bem-estar para que 
a criança sinta confiança no professor e com este estabeleça relacionamentos 
seguros e de boa aprendizagem. O cuidado com o mobiliário deve ser adequado 
às NEE da criança que dele necessita, estando disposto de forma a garantir a 
boa circulação. Prioriza-se um ambiente natural, de fácil acesso, rico em 
elementos, que oriente a construção de cantos temáticos e esconderijos, uma 
vez que esses espaços favorecem o trabalho em pequenos grupos, os quais 
promovem interações entre crianças de mesma idade e de idades diferentes, 
aspecto fundamental para aquela com NEE. A proposta deve garantir a 
participação das famílias e uma boa relação com a comunidade, bem como a 
promoção de acessibilidade a espaços e materiais destinados a todas as 
crianças, sejam elas com alguma necessidade especial ou não. 
Na inserção da brincadeira no contexto escolar e no planejamento da 
Educação Infantil, quando destinada a todas as crianças, inclusive aquelas com 
NEE, é fundamental que se preserve o tempo destinado ao brincar. O aprender 
pelo lúdico é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, uma 
vez que atua nos aspectos relacionados às sensações e as emoções. Ao brincar 
a criança forma sua personalidade e aprende a lidar com o mundo à sua volta. 
Conforme (Costa et al, 2015): 
O brincar permite à criança, por livre escolha e sem um objetivo 
determinado, assimilar habilidades que são importantes na aquisição 
 
 
39 
 
de determinadas funções consideradas primordiais ao processo de 
aprendizagem (COSTA et al, 2015. S/p). 
 
Com a criança com NEE não é diferente, uma vez que por meio do 
brinquedo e da brincadeira, ela passa a conviver com uma série de situações 
que são fundamentais ao processo de apropriação do conhecimento. Conforme 
Antoniuk e Marques, em Costa (2015): 
[...] a atividade lúdica é uma ação desprovida de todo e qualquer 
interesse material, sendo que parte da livre escolha do sujeito. Ela se 
inicia através da imitação, mas permite que a criança possa 
desenvolver sua imaginação e fantasia. Parte do real para um mundo 
fantástico, que só ela é capaz de criar (COSTA et al, 2015. S/p). 
 
As brincadeiras e interações auxiliam a criança com ou sem NEE, a 
desenvolver aspectos importantes no contexto educacional e de 
desenvolvimento. 
Conforme Horn & Fochi (2012), eles são: 
 O conhecimento de si e do mundo. 
 A experimentação de distintas linguagens. 
 A experimentação e audição de distintas narrativas. 
 A vivência de práticas cotidianas matemáticas. 
 O estabelecimento de relações entre pares e com outras crianças. 
 O conhecimento de diferentes grupos e de diferentes contextos 
culturais. 
 A ação autônoma. 
 A curiosidade pelo mundo social e natural. 
 A relação entre as linguagens artísticas e tecnológicas. 
 A promoção de ambiente de cuidados de si, do outro e do espaço em 
que vive. 
Para Refletir 
Ser criança é viver a infância em toda a sua inteireza. Ser 
professor é fotografar a infância em todos os seus “agoras”, 
 
 
40 
 
vendo essa infância de muitas e todas as formas possíveis e 
visíveis. Reflita sobre isto. 
 
 
Resumo Aula 4 
Nesta aula abordaram-se a respeito dos diferentes espaços institucionais 
em que se encontram as crianças com necessidades educacionais especiais e 
os espaços da educação infantil em que essas crianças são acolhidas, 
abordando também as questões relacionadas à Lei Federal 12.796/2013 e, para 
finalizar elucidou-se sobre a rotina diária na educação Infantil e sua importância 
 
Atividade 
Faça uma leitura das Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação Básica, nos aspectos que se referem às Diretrizes 
Operacionais para o atendimento educacional especializado na 
Educação Básica, modalidade Educação Especial. Discorra 
sobre os pontos que você considera mais importantes. 
Link de acesso para a leitura das Diretrizes: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view
=download&alias=15547-diretrizes-curiculares-nacionais-
2013-pdf-1&Itemid=30192. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
Resumo da disciplina 
 Esta disciplina permitiu o entendimento de que ao longo do tempo, 
pessoas com deficiência passaram do extermínio, da invisibilidade e da 
incapacidade, para o mundo dos direitos humanos, do direito à educação de 
qualidade, do respeito a diversidade e do respeito as habilidades individuais de 
cada um. Atualmente, acredita-se estar no patamar da credibilidade, e se 
acreditamos, apostamos também na nossa capacidade de ultrapassar as 
fronteiras da incapacidade para o mundo da capacidade, da competência e do 
empoderamento. 
 Discutiu-se a promoção do acesso, a participação e a aprendizagem de 
estudantes com Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e 
Altas Habilidades ou Superdotação (AHSD), nas escolas comuns, discutindo 
sobre a continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino, 
enfatizando a importância da formação de professores e o quanto é positivo a 
participação da família e da comunidade nesse processo. 
 Abordou-se também sobre as questões relacionadas à Lei Federal 
12.796/2013, que altera a entrada obrigatória da criança na educação básica e 
ao Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. 
Finalizado com a importância da rotina diária na Educação Infantil, a qual 
compreende uma estrutura básica dos espaços e tempos, criando um ambiente 
organizado de maneira a se tornar desafiador, para que as propostas 
ultrapassem o que já é dominado pela criança auxiliando em seu 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M.S.R. A Escola Inclusiva do Século XXI - As crianças podem 
esperar tanto TEMPO? Site Bica 41, 2007. 
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1003 
 
ALONSO, D. Os desafios da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio. 
São Paulo: Abril Nova Escola, 2013. Disponível no acesso: 
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/palavra-especialista-desafios-
educacao-inclusiva-foco-redes-apoio-734436.shtmlAcessado em Dez/2015. 
 
ANTONIUK, M.; MARQUES, D. As diferentes linguagens da criança: O jogo 
simbólico. Programa de Educação Tutorial– PET/MEC: PUC São Paulo, 2012. 
http://www4.pucsp.br/educacao/brinquedoteca/downloads/as_diferentes_lingua
gens_da_crianca_e_o_jogo_simbolico1.pdf 
 
ARADAS, A. Ator e pedagogo com síndrome de Down relata rotina de 
preconceito e superação. [entrevista com Pablo Pineda]. Rio de Janeiro: BBC 
Brasil, 2012. Disponível em: 
http://www.bbc.com/portuguese/celular/noticias/2012/08/120828_down_entrevis
ta_dg.shtml Acessado em Set/2015. 
 
BRASIL, Ministério da Educação. Crianças de 4 anos deverão estar 
obrigatoriamente matriculadas nas escolas em 2016. Portal Brasil, publicado 
em 08/04/2013. http://www.brasil.gov.br/educacao/2013/04/criancas-a-partir-de-
4-anos-deverao-estar-obrigatoriamente-matriculadas-em-2016. 
 
______, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de 
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Conselho 
Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da 
Educação Básica/ Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. 
Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 
 
______, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / 
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — 
Brasília: MEC/SEF, 1998. 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf 
 
CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação 
Comunitária. São Paulo. www.cenpec.org.br/quem-somos/ Acesso em 
Dez/2015. 
 
 
 
43 
 
CORDEIRO, M.L.; FARIAS, A.C.; MARTINS, L.F.; COSTA, M.T.; ALMEIDA, S.V. 
Brincando para aprender: A neurociência e a psicopedagogia no processo 
de aprendizagem. Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul 
Carneiro. Curitiba, 2015. 
 
CORTEZ, Comunidade Filosofia Cortez, 2012. 
http://filosofiacortez.blogspot.com.br/2012/03/o-empirismo-de-john-locke.html 
 
CRAIDY, C.; KAERCHER, G.F. Educação Infantil - Para que te quero. 
ARTMED. Porto Alegre, 2001. 
 
CRIPALDI et al, 2006 in SIGOLO, A.R.L. 2011. Avaliação do Desenvolvimento 
Infantile m Programas de Saúde da família. Universidade Federal de São 
Carlos. São Carlos/SP, 2011. 
 
GARCIA, V.G. As pessoas com deficiência na história do mundo. Site 
Bengala Legal, 2011. http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial 
 
GOMES, F.Z. Atendimento Educacional Especializado – AEE. Atividade de 
natureza complementar e suplementar. 2012. 
 
HORN, M.G.; FOCHI, P.S., A organização do trabalho pedagógico na 
educação infantil/2012. 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/otp_educacao_infanti
l.pdf 
 
LIMA, G.E. Cotidiano e trabalho pedagógico: a educação de crianças 
pequenas e a formação de pedagogos. PUC/RS, 2012. 
 
MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva. MEC, SEESP, 2007. 
http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf 
 
MEC: EDUCAÇÃO BÁSICA - Crianças terão de ir à escola a partir do 4 anos 
de idade. MEC, SEESP, 2007. 
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=18563:criancas-terao-de-
ir-a-escola-a-partir-do-4-anos-de-idade. Acessado em: Dez/2015. 
 
PORTUGAL, C. A. Discussão sobre Empirismo e Racionalismo no Problema 
da Origem do Conhecimento. Diálogos & Ciência – Revista Eletrônica da 
Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana. Ano I, n. 1, dez. 2002. 
Disponível em: http://www.ftc.br/revistafsa/upload/art02_Conhecimento.pdf. 
Acessado em: Dez/2015. 
 
SILVA, O. M. A Epopeia Ignorada - A Pessoa Deficiente na História do 
Mundo de Ontem e de Hoje. São Paulo: CEDAS/São Camilo, 1987. 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.

Continue navegando

Outros materiais