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A RELAÇÃO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO COM A EROSÃO DA CONSCIÊNCIA CONSTITUCIONAL E A TEORIA DA CONSTITUIÇÃO SIMBÓLICA SOUSA, João Vito Soares (FAFIC)1 GOMES, Andressa Michelly Praxedes (FAFIC) 2 INTRODUÇÃO Inicialmente, destaca-se que a Constituição de um país espelha a realidade social na qual a sociedade está introduzida. Isso significa dizer que a Constituição de um Estado regula o comportamento humano através de normas, segundo o contexto social, ou seja, de acordo com os valores sociais seguidos. No entanto, essas normas são insuficientes, devido ao excesso de valorização do aspecto político-ideológico da constituição, as normas jurídicas tornam-se sem eficácia para a obtenção da força normativa pelo fato de que o que está expresso, precisa ainda de sua efetização pelo Estado, devendo ser levado em conta que a desvalorização funcional da constituição, atrai a erosão da consciência constituição, tendo diferenciações entre sociedade, sistemas e subsistemas. OBJETIVO O objetivo principal foi abranger, tendo em vista a relação entre os referidos temas; a força normariva da constiuição (Konrad Hesse); A erosão da consciência constitucional (Karl Loewenstein) e a Teoria da constituição simbolica (Marcelo Neves). METODOLOGIA Foi utilizado como prioridade dessa pesquisa o caráter bibliográfico sobre a temática aliado ao método dedutivo analítico. 1 Discente do IV período do Curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras – FAFIC; e-mail: joaovictorsoares311@gmail.com ² Discente do IV período do Curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras – FAFIC; e-mail: andressamichelly@hotmail.com FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS – FAFIC Autorizada pelo Decreto Federal Nº 66.472/1970 Recredenciada pela Portaria N° 531/2013 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em sua obra a forca normativa da constituição se faz em especial uma critica a teoria de Lassalle, a obra vem criticar o que o Lassalle entende de que a constituição real ela submete a constituição jurídica e isso para o Hesse é como você negar a natureza transformadora da constituição jurídica, porque nesse sentido ela se tornaria apenas um legitimador da realidade social e não transformador, Para Hesse o erro de Lassalle foi não perceber que a função do direito não é descrever a realidade, pois segundo Hesse a norma jurídica tem função prescritiva, a constituição é norma jurídica, e como tal, tem força normativa obrigatória; O autor explicita que o pensamento constitucional do passado recente está marcado pelo isolamento entre norma e realidade. Tal separação pode levar a uma confirmação da tese que atribui exclusiva força determinante às relações fáticas. Entretanto, faz-se mister encontrar um caminho entre o abandono da normatividade em favor do domínio das relações fáticas, de um lado, e a normatividade despida de qualquer elemento de realidade, de outro (HESSE, 1991, p. 14). O elemento essencial para a força normativa é o que Hesse descreve como “vontade da constituição” pois ele descreve qual a essência de uma constituição, ou seja os aspectos jurídicos deve está de acordo com os anseios da sociedade, com a realidade daquela sociedade, defendendo assim como algo aplicável, eficaz e atribuído de poder e predominância se for determinada pelo princípio da necessidade. A legislação simbólica consiste no crescimento excessivo da função simbólica da norma constitucional, compreendida pelas eleições democráticas, princípio da separação dos poderes e os direitos fundamentais. Essa teoria diminui tornando mais branda essa força normativa, devido ao seu excesso de valorização do aspecto político e ideológico da constituição, ou seja, o excesso das normas de valores incluídas na constituição em detrimento da parte jurídica instrumental. Diante exposto percebe-se que a proposta de constitucionalização simbólica deve ser o ponto de partida para compreender a problemática diante das expectativas colocadas, as normas não serviam apenas como retorica política ou como álibi dos governantes, é preciso identificar os mecanismo de sua concretização e nisso além do papel da sociedade o judiciário tem uma grande missão que é realizar a implementação da efetivação e inclusão de valores sociais e fundamentais. Assim essa situação aparentemente sem solução, não consiste no simbolismo e sim no excesso dele. O alemão Loewenstein, este, por sua vez denominou o fenômeno de Erosão da Consciência Constitucional, como um alerta para a desvalorização funcional da Constituição frente a inercia do poder público em buscar a efetividade de seus preceitos. Assim sendo a ineficácia dos órgãos públicos faz ocorrer a erosão da consciência constitucional definido pelo filósofo alemão Karl Loewenstien como a desvalorização da constituição democrática ou seja a falha do estado no cumprimento das normas, fazendo assim com que ocorra desrespeito, e sobre tudo a inconstitucionalidade, isto é, a omissão dos poderes públicos desvaloriza a função da constituição. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nota-se de forma clara que a força normativa é a vontade na realização concreta da norma, fazendo com que seja eficaz e ativa, pois está voltada a sociedade e que não seja um amontoado de letras estabelecendo algo distante irrealizável, e está teória liga-se com a erosão do consciência constitucional deixando claro a falta de efetivação na prática vinda do estado, quando ele não segue a norma constitucional, desvinculando-se a consituição simbolica devido não ter a força normativa. PALAVRAS-CHAVE: Constituição. Efetivação. Estado. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil . Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> acesso em: 05/04/2020 HESSE, Konrad – A Força Normativa da Constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: safE, 1991. ABRANTES, Ângela Maria Rocha Gonçalves; GONÇALVES DA SILVA, Mozart. As constituições brasileiras sob a ótica da constitucionalização simbólica. Verba Juris, João Pessoa, v. 4, n. 1, jan/dez, p. 175-202, 2005 NEVES, Marcelo, Constituição simbólica 1º edição, Pernanbuco, Editora Martins Fontes 1998. SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. 7ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
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