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Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 1 Idade Biológica:maturação Profª. Drª Nara M. M. Soares CREF: 1090-G/SE narasoares963@hotmail.com Maturação x Maturidade Maturação É um processo Maturidade É um estado OBS: Os indivíduos variam em maturidade, em timing (quando esses eventos ocorrem e em duração de tempo (Malina, Bouchard, & Bar-Or, 2009) Maturação É um fenômeno qualitativo, Relaciona-se com o amadurecimento das funções. É o processo em que o indivíduo assume forma adulta. (Malina, Bouchard, & Bar-Or, 2009) Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 2 Maturação Sucessivas modificações em determinadotecido ou sistema até que seu estágio final sejaalcançado. Podem ocorrer variações individuais emrelação à época em que a maturação éatingida. Importância da avaliação Para o profissional de EF: Idade Cronológica Idade Biológica avaliar aspectos morfológicos e funcionais dos jovens Fornece um registro do índice de seu progresso em direção à maturidade. Trata-se de uma idade variável que corresponde aproximadamente à idade cronológica e pode ser determinada. DE FI NI ÇÕ ES IDADE BIOLÓGICA Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 3 Avaliação da Maturidade Esquelética Maturação óssea (esquelética) verifica a quantidade deossificações apresentadas pelosossos e o número de fusõesepifisárias ocorridas. Conhece-se o ponto inicial e oponto final desse processo(progressão da cartilagem parao osso) Avaliação da Maturidade Esquelética Métodos utilizados Greulich-Pyle (GP): Todos os 30 ossos da mão Compara com radiografias padrões Tanner-Whitehouse (TW) 20 ossos da mão = 7 carpais (excluindo opisiforme) + 13 ossos longos (rádio, ulna,metacárpicos e falanges) Soma das pontuações para cada um dos 20ossos Fels Mesmos ossos de TW + pisiforme esesamóide adutor do 1º metacárpico Indicadores específicos, depende do sexo eda idade Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 4 Avaliação da Maturidade Esquelética Idade Esquelética (IE) Expressa em relação à idade cronológica (IC) Idade Biológica (IB) = IC - IE Avaliação da maturação dental Verifica a presença do nº de dentestemporários e permanentes; Estágios específicos foram descritospara cada dente: Calcificação da pontas Formação da raiz Fechamento da raiz Pontuação = atribuída a cada dente Soma = indica a idade dentária Avaliação da maturação sexual Verifica os caracteres sexuais secundários: desenvolvimentodos seios e menarca (meninas), desenvolvimento do pênis etestículos (meninos) e pelos pubianos (ambos os sexos) Identificação do nível de maturação pela prancha auto-ilustrativa de Tanner (1962): Estágio 1 Pré-púbere Estágio 2, 3 ou 4 Púbere Estágio 5 Pós-púbere Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 5 MENARCA Significante marcador biológico de maturidade reprodutiva aumentada, o início da primeira menarca é a culminação de muitas modificações hormonais que têm lugar no crescimento feminino e é observada, em média, entre os 12 a 13 anos de idade. (GARRET JR; KIRKENDALL, 2003) ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O A chegada da primeira menstruação depende do desenvolvimento do teor de gordura corporal. Se o seu percentual atingir 17% da massa corporal, geralmente ocorre a primeira menstruação. MENARCA ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 6 A leptina atua como um sinal hormonal que veicula informação do tecido adiposo para o eixo reprodutivo. Esse hormônio pode constituir um fator decisivo para o início do desenvolvimento puberal, pois existe associação entre concentração de leptina plasmática, o início da puberdade e a menstruação (DUCLOS, 2001). Duarte (1993) descreve que o PVA ocorre por volta de 6 meses antes da menarca. MENARCA ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O Rev. Bras. Med. Esporte, v.15, n.4 – jul/ago. 2009 A idade de menarca é inversamente correlacionadacom a leptina, sendo a quantidade de 12,2ng/mlconsiderada um marco para o inicio da menarca Leptina e GH apresentam correlação inversa durantea puberdade. A secreção de GH é maior em meninascom idades atrasadas de menarca e menor leptina ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O MÉDIA DE DOBRAS CUTÂNEAS EM FUNÇÃO DO ESTÁGIO DE MAMAS (AMOSTRA DE MENINAS BRASILEIRAS) ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 7 Rev. Assoc. Med. Bras. 2003; 49(4): 429-33 RESULTADOS: A média de idade cronológica e o IMC foram maiores no grupo com menarca do que no grupo sem menarca (p< 0,001). ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O No Brasil, estima-se a redução na idade da menarca em 2,4 a 2,7 meses por década. (KAC et al., 2000; JUNQUEIRA et al., 2003) VARIÁVEIS SÓCIO ECONÔMICAS: MENARCA Grau de urbanização (DUCROS; PASQUET, 1980); nível sócio-econômico (BIELICKI et al. 1986); tamanho da família e ordem de nascimento (ROBERTS et al. 1971); fatores nutricionais (SIMODON et al.1997); atividade física (MALINA 1983); altitude (GONZALES et al. 1996) são fatores que mostram um efeito significante sobre a idade da menarca. ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O TREINAMENTO E MENARCA Idade de menarca pode também ser influenciada pelo nível de treinamento físico. Este fenômeno está provavelmente relacionado não somente ao treinamento físico regular, mas também à seleção para atividades esportivas de meninas com predominância de linearidade corporal, as quais, por sua vez, apresentam menor percentual de gordura. ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 8 ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O É a ausência de menarca até os 16 anos de idade, essas garotas têm diminuição da densidade óssea para sua idade e maior risco de fraturas por estresse e escoliose, esses potenciais efeitos adversos estão associados a estados hipoestrogênicos. A MENARCA TARDIA DOBRA O RISCO DE OSTEOPOROSE NA IDADE ADULTA. (FAISAL-CURY; ZACCHELLO, 2007) ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O MENARCA TARDIA Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 9 AUTO-AVALIAÇÃO DAMATURAÇÃO SEXUAL FORMA DE APLICAÇÃO Em uma sala comum, mas individualmente, são apresentadas as pranchas com as fotografias dos diferentes estágios de desenvolvimento para cada característica sexual secundaria em particular segundo o sexo. Para evitar a curiosidade e facilitar o entendimento do procedimento deve ser colocada em cima das pranchas com as fotos uma folha em que é solicitada a criança observar com atenção cada uma das fotos e marcar na ficha de avaliação o numero da foto que mais se parece com ela naquele momento. ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O A técnica projetiva baseada nas pranchas com as fotografias dos estágios de maturação sexual para ambos os sexos tem validade moderada a alta (0,80 – 0,92). PRECAUÇÕES: 1. Fazer a auto-avaliação em um local tranquilo e individualmente 2. Colocar caneta e folha de anotação especifica e solicitar que a avaliação não seja marcada nas pranchas 3. Colocar separadamente as pranchas para o sexo masculino e feminino 4. Colocar sempre a folha explicativa grampeada a prancha evitando que as fotos fiquem expostas AUTO-AVALIAÇÃO DAMATURAÇÃO SEXUAL ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O ORQUIDÔMETRO DE PRADER O volume testicular médio de adolescentes brasileiros é de 4ml em G2, 9ml em G3, 16ml em G4 e de 20ml em G5. (CHIPKEVITCH, 2001) A aplicação desse recurso requer que o avaliador palpe os testículos do avaliado com uma das mãos enquanto segura o orquidômetro na outra. ME TO DO S DE A VA LI AÇ ÃO D A MA TU RA ÇÃ O Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 10 Avaliação da maturação sexual Outras características sexuais secundárias: Pelo axilar: 1 = nenhum pelo crescente (Pré-púbere) 2 = pequeno crescimento (Púbere) 3 = distribuição adulta (Pós-púbere) Alteração na voz: 1 = sem alterações (pré-púbere) 2 = sinais de alterações (púbere) 3 = alterações claras (pós-púbere) Pelos faciais: 1 = nenhum pelo crescente (Pré-púbere) 2 = aumento de comprimento com pigmentação no canto dos lábios superior(Púbere) 3 = pelos na parte superios das bochechas e logo abaixo do lábio inferior (Púbere) 4 = pelos nas laterais e na região inferior do queixo (Pós-púbere) Avaliação da maturação somática Verifica medidas antropométricas queofereçam informações sobre ocrescimento físico. Curvas de crescimento (2º pico deestirão) Associação da maturação com o desempenho motor Decisões metodológicas para a organização da prática motora devem considerar Idade cronológica e gênero Estágio maturacional em que o individuo se encontra A prática de exercícios físicos pode afetar o processo maturacional Atrasar ou adiantar Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 11 Associação da maturação com o desempenho motor Condições extremas de treinamento outros fatores negativos presentes no esporte de alto rendimento atraso maturacional Emocional, subnutrição e sobrecarga Classificando as crianças Idade biológica: Estágio em que determinado indicador biológico seencontra. Estágio maturacional Idades Avançado/precoce Cronológica < Biológica Tardio/atrasada Cronológica > Biológica Esperado/média Cronológica = Biológica Fonte: Guedes e Guedes (2006) Classificando as crianças Variação das idades cronológicas dentro de cada estágio de maturação genital (meninos) Estágio genital Idade cronológica(anos) G1 10,00 – 12,08 G2 10,75 – 13,17 G3 11,75 – 14,58 G4 12,83 – 14,83 G5 13,75 – 14,92 Adaptado de Haschke (1983) Profa. Drª. Nara Soares 02/03/2013 12 Cansados?
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