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Modelo Peça Relaxamento da Prisão

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Grupo: Júlia Reis, Ana Paula, Anádria, Valquíria – 9º período de direito. (19/02/2020)
1º peça
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA __ DO ESTADO __
JOÃO DA CUNHA, nacionalidade, estado civil, psicólogo, portador do RG XXXX e do CPF XXXX, residente e domiciliado, endereço eletrônico, através de seu advogado regularmente constituído conforme procuração em anexo que abaixo subscreve à presença de Vossa Excelência, requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
I – DOS FATOS 
O requerente foi abordado por policiais militares, que lá estava a fim de procurar um indivíduo que estava foragido do presídio dessa cidade, em 07 de fevereiro de 2016, quando em condução de seu carro em via pública na zona rural deserta. Em virtude de sinais de embriaguez os policiais constrangeram o requerente a realizar o teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar que registrou uma concentração de álcool de um miligrama por litro, por exalação. Em ato contínuo, conduziram-no à Delegacia e a autoridade Policial Judiciária lavrou auto de prisão em flagrante, como incurso no crime do artigo 306 da lei nº 9.503/97 c/c artigo 2º, inciso II do Decreto nº 6.448/2008, sendo-lhe vedado entrevistar-se pessoalmente de forma reservada com seu advogado, encontrando-se preso até o presente momento. 
II – DO DIREITO 
Trata-se de flagrante ilegal, devendo ser imediatamente relaxado. Em primeiro lugar, a nulidade da prisão é vislumbrada sob a ótica do princípio do “nemo tenetur se detegere”, isto é, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A violação à norma é evidente, pois para que ocorra a subsunção do fato ao tipo penal do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro é indispensável a realização de exame, no caso teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar, para se aferir se a concentração de álcool descrita no tipo penal fora ou não alcançada. Por se tratar de meio de prova invasiva, ou seja, dependente da participação ativa do agente, a sua produção só é permitida no ordenamento jurídico de forma voluntária. Como, no caso presente, o requerente foi compelido a produzir prova contra sua vontade, a prisão em flagrante é inquestionavelmente nula, por derivar de prova ilícita, portanto contrária ao princípio do “nemo tenetur se detegere”, segundo o art. 5º, incisos LXIII e LVI, da CF, conforme transcrição abaixo:
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
De outra banda, a prisão é igualmente ilegal em razão de negativa do direito do preso de entrevistar-se com seu advogado e familiares, direito subjetivos seu, importando em incomunicabilidade. A ilegalidade também é evidente em outro aspecto. No caso, a autoridade coatora deixou de comunicar acerca da prisão ao juiz e à Defensoria Pública, em descompasso com o art. 5º, LXII, da CF e art. 306 do CPP, a seguir transcritos:
Art. 5º, LXII, CF: “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada”.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
Sendo assim, por não ter a prisão em flagrante se estribado nos termos da Constituição Federal e do Código de Processo Penal, a prisão deve ser imediatamente relaxada por padecer a medida coercitiva de vício de ilegalidade.
III – DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer que seja deferido o presente pedido de relaxamento de prisão em flagrante imposta ao requerente, expedindo-se o competente alvará de soltura em seu favor. 
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local e data 
Advogado 
OAB nº XXX

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