FICHAMENTO CRÍTICO

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MINAÇU 
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
SAMARA CRISTINA TEIXEIRA DE SOUSA
FICHAMENTO CRÍTICO 
MINAÇU-GO, ABRIL DE 2020.
SAMARA CRISTINA TEIXEIRA DE SOUSA
FICHAMENTO CRÍTICO
Trabalho apresentado à UEG – Unu Minaçu, como requisito parcial da disciplina Didática e Práticas Docentes II, sob orientação da professora Me. Maria Margareth de Sousa dos Anjos.
 FICHAMENTO CRÍTICO
Após leitura do texto: Reflexão Sobre o Ensino da Geografia desafios e perspectivas. XVIII encontro de geógrafos.: desenvolva o fichamento crítico.
O fichamento crítico deve conter:
1 - Explicitação da importância da obra para o estudo em pauta (resumo). (1,0 ponto);
2 – Comentário (parecer e crítica) (0,5 ponto);
3 – Ideação (Novas perspectivas) (0,5 ponto).
CARDOSO, Cristiane, QUEIROZ, Edileuza Dias. Reflexão Sobre o Ensino da Geografia: desafios e perspectivas. XVIII Encontro de Geógrafos. De 24 a 30 de Junho São Luiz do Maranhão 
 
 No texto aborda o quanto é necessário rever constantemente a prática pedagógica, orientando com vistas a superar a reprodução e valorizar da produção crítica e criativa do saber. Essa preocupação com a prática pedagógica passa primeiramente pela análise da relação professor e aluno, pois ambos são coautores do processo ensino-aprendizagem. Esta prática pedagógica pode ser encontrada em nossa realidade escolar, um professor precisa aproveitar a bagagem cultural que o aluno traz de sua realidade para a escola. Encaminhar o educando para a construção da cidadania, para que seja agente transformador na sociedade. 
 Entedemos que a construção do conhecimento é desenvolvido por meio de práticas pedagógicas, havendo a necessidade dessas práticas serem dinâmicas, participativa e reflexiva, buscando aproximação do conteúdo com a realidade dos alunos inserido no processo ensino-aprendizagem. Mas para isso acontecer é de suma importância que o processo formativo docente, tenha sido baseado nas vertentes crítica, transformadora e emancipatória, a fim de que os professores atuem no intuito de mudar a sociedade. “Me movo como educador porque, primeiro, me movo como gente (...). Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Não posso ensinar o que não sei. (Freire, 1996. P, 106-107)
 Encontramos como um dos principais fatores da falta de interesse dos alunos nas aulas de Geografia, tem sido por causa de ser caracterizada como ciência descritiva, ocasionando também o desgate dos professores. No que diz a respeito ao ensino no presente, é essencial que se tenha compreensão e que, principalmente, busquem-se contribuições para que alunos e professores resgatem as potencialidades da Geografia enquanto disciplina escolar, quer seja na compreensão do significado do espaço geográfico, quer no conhecimento das múltiplas dimensões da realidade social, natural, cultural e histórica, que se manifestam nas transformações de tal espaço. 
 Desta forma, pode-se afirmar que mesmo diante das dificuldades encontradas pelo professor, em especial aqueles da rede pública, é possível fazer algum tipo de trabalho que motive os alunos. Como já foi dito não temos intenção de criar um manual de ensino, mas sim de possibilitar caminhos. O importante é despertar no aluno uma imaginação que produza o novo, a realização de um programa de democratização dos processos e métodos de ensino; é transformar a sala de aula num laboratório de criatividade.
TÓPICOS A COMENTAR 
1º Tópico: “A atividade docente exige do professor, além do domínio dos conteúdos específicos da sua disciplina, o desenvolvimento de práticas pedagógicas que possam possibilitar ao aluno a construção do conhecimento e uma reflexão mais crítica da realidade. Este conhecimento se constrói a partir de diversas maneiras (visual, auditiva, cognitiva, entre outros), cada indivíduo desenvolve capacidades diferentes nessa construção.”
 É certo afirmar que cada aluno vai desenvolver da sua própria maneira, pois existem uma variedade de metodologias que permitem aos alunos associá-las da melhor maneira possível. É importante ressaltar que o professor não se forma apenas de teoria, embora ela tenha sua importância. Um professor vai se formando na relação teoria e prática, pois é a partir da ação e da reflexão que o professor se constrói enquanto indivíduo em pleno estado de mudança. A aproximação entre teoria e prática nos mostra novos horizontes que nos possibilitam buscar novas práticas de ensino que facilitem a aprendizagem dos educandos e assim eles conseguirão se desenvolver. 
2º Tópico: O ensino de Geografia deve se desenvolver impulsionado pela sensibilidade e pela urgência de aliar o conhecimento científico e tecnológico a uma nova perspectiva de produção material da vida, pautado no respeito aos seres humanos e à natureza, e principalmente, vinculado a vivência dos estudantes e seu entorno.
 Com base em Ramos (2004) entende-se que é papel do professor (re) elaborar o seu plano, considerando a realidade e o contexto em que o estudante está inserido, pautando-se no bom senso, contudo garantindo aos estudantes o direito ao conhecimento sistematizado. Sendo assim é de suma importância que o professor trabalhe relacionando a vivência dos alunos com a realidade que vivemos, associando aos conteúdos essenciais para a formação do individuo em sociedade. As informações trazidas da vida cotidiana dos alunos servem para que compreendam que o mesmo conhecimento tratado na escola pode ser questionado, repensado de acordo com o lugar em que vivemos. Os professores precisam extrair isso, de forma que que os alunos assimilem os seus próprios conhecimentos com os conteúdos, entendendo que o conhecimento é uma produção coletiva, sendo o aluno a peça fundamental. 
3º Tópico: Morais (2013, p. 263), ao afirmar que, “para ensinar Geografia é preciso que o professor se encante e encante o aluno com uma práxis pedagógica que o faça descobrir e compreender a Geografia como ciência, arte e vida”.
 É certo dizer que atualmente está diferente o ensino, estamos passando por mudanças diariamente, novos paradigmas, novas perspectivas, novos desafios, novos métodos, novas formas de organizar o planejamento e estruturar as provas e atividades. Isso tudo exige total dedicação do profissional. Mas para se dedicar de tal maneira, antes de tudo é necessário o prazer em ensinar, em passar horas na frente de livros e da internet, procurando metodologias que vai encantar os seus alunos e adquirir a confiança, respeito e acima de tudo prazer em aprender, assim tendo um ensino recíproco. Entendemos bem quando um professor sente se bem em estar em uma sala de aula, alguns alunos conseguem sentir isso também. É sabido que, nas tentativas e tropeços um professor aprende, pois conseguindo vitórias e tolerando fracassos, é que se adquiri um saber por experiência. Esta é a chave para se ensinar com arte, com lógica, e com prazer. Experiência de vida e experiência de trabalho. A arte de ensinar está em saber ensinar o fundamental utilizando a pedagogia do afeto, e ao fazer com dedicação, de uma maneira inesquecível, interagindo, dialogando, chega-se às experiências transformadoras. 
4º Tópico: Diante da grande diversidade que nos é apresentada hoje, precisamos (re) pensar constantemente nossas práticas docentes. Não podemos pensar uma aula apolítica, conteudista e de forma tradicional, que visa a um resultado traduzido principalmente pelas notas de prova. É urgente trazer para o contexto da sala de aula novas linguagens e metodologias que auxiliem neste processo.
 Um problema recorrente no ensino de Geografia é a dificuldade que muitos professores de Geografia possuem em tornar suas aulas suficientemente atrativas para os alunos. Muitos problemas, que passam pelo desinteresse dos alunos e vão até a dificuldade do professor em tornar a matéria acessível,fazem com que a prática docente nessa disciplina se torne muito difícil e, às vezes, até traumática. Acredito que a mudança de metodologias em todas as aulas é preciso para diagnosticar quais as metodologias de cada turma são possíveis para terem o maior interesse dos alunos. Com esse diagnóstico é possível adquirir um retorno melhor e assim utilizar as metodologias da melhor maneira. Penso que o professor de geografia poderia utilizar a curiosidade para deixar tudo mais interessante, devendo considerar a realidade do aluno, utilizar-se músicas ou filmes para introduzir os assuntos e conteúdo, criar jogos ou outras práticas lúdicas e também colocando o aluno para assimilar melhor um conteúdo lidando com situações-problema, essas são algumas formas. No entanto, elas não encerram o assunto, havendo inúmeras possibilidades que estimulam o aprimoramento da prática docente.
5º Tópico: Acreditamos nos ensinamentos de Freire (2000), quando afirma que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”
 O ensino para Paulo Freire deve buscar, indagar, constatar, intervir, educar, atualizado constantemente pelo docente que sempre deve incentivar os seus alunos ao mesmo, é a troca de experiência, buscando sempre respeitar os conhecimentos prévios dos mesmos, referente à suas experiências, realidades e necessidades, sem verdades absolutas, prontas e acabadas trazidas pelos educadores em sala de aula. O mesmo pretende habilitar o aluno a "ler o mundo". Para ele, o docente deve ser o animador do processo de alfabetização, um formador de pensadores, pode influenciar a favor de possíveis e significantes mudanças. 
REFERÊNCIAS
Pesquisas em ciências humanas e sociais [livro eletrônico] : introduções metodológicas / Fabio Lanza...[et al.] (orgs.). – Londrina : UEL/Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades, 2017. 
TARTUCE, T. J. A. Métodos de pesquisa. Fortaleza: UNICE – Ensino Superior, 2006. Apostila
 
MÉTODOS de Pesquisa. In: Saiba quais são os principais métodos de pesquisa.. Doity: DoityTeam, 2018. Vida Acadêmica. Disponível em: https://blog.doity.com.br/metodos-de-pesquisa/. Acesso em: 25 mar. 2020.