Buscar

Módulo 3 - Das politicas às ações direitos da pessoa idosa no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fonte: https://www.freepik.com/ 
 
 
 
 
Módulo 3 
Políticas públicas e ações para o envelhecimento ativo e saudável 
 
 
1. Justificativa e objetivos 
 
Olá! Bem-vindo a mais um módulo do curso. Neste bloco de 
conteúdos você aprenderá sobre a política de envelhecimento 
ativo e saudável, funcionalidade, acessibilidade e mobilidade 
urbana e domiciliar no contexto das pessoas idosas. Durante o 
processo de aprendizagem, você terá acesso a textos e 
materiais sobre a participação social das pessoas idosas e sobre 
as relações intergeracionais. 
 
Ao final desse módulo você deverá ter atingido os seguintes 
objetivos: 
 Estudar as principais dimensões da política de 
envelhecimento ativo e saudável. 
 Analisar os critérios que definem funcionalidade em pessoas idosas. 
 Conhecer projetos e políticas voltados à acessibilidade e mobilidade urbana e 
domiciliar. 
 Refletir sobre a participação social da pessoa idosa na sociedade, bem como o 
papel das relações intergeracionais para essa população. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
2. Políticas públicas para saúde, assistência social, educação e 
previdência social 
 
Muito se fala em envelhecimento ativo e saudável, mas você sabe qual o conceito? 
 
De acordo com a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos 
Idosos o envelhecimento ativo e saudável é um: 
 
 
 “... processo pelo qual se otimizam as oportunidades de bem-estar físico, 
mental e social; de participar em atividades sociais, econômicas, culturais, 
espirituais e cívicas; e de contar com proteção, segurança e atenção, com o 
objetivo de ampliar a esperança de vida saudável e a qualidade de vida de 
todos os indivíduos na velhice e permitir-lhes assim seguir contribuindo 
ativamente para suas famílias, amigos, comunidades e nações. O conceito 
de envelhecimento ativo e saudável se aplica tanto a indivíduos como a 
grupos de população.” (OEA, 2015) 
 
 
 
Portanto, envelhecimento ativo e saudável não é sinônimo de realização de atividade 
física, mas um conceito aplicável tanto a pessoas, quanto a grupos populacionais para 
que as pessoas percebam e desenvolvam seu potencial na perspectiva do curso da vida e 
do bem-estar físico, mental e social. 
 
 
 
 
 
http://www.freepik.com/
http://www.freepik.com/
 
Fonte: OPAS (2005). 
 
 
 
O Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), 
em 2005, lançou o documento intitulado “Envelhecimento Ativo: uma Política de Saúde” e 
que segue orientando as políticas públicas na área da saúde para as pessoas idosas. 
Nesse documento, o conceito de envelhecimento ativo se sustenta a partir de 3 (três) 
grandes pilares e sofre influência dos determinantes do envelhecimento ativo e dos 
princípios das Nações Unidas para o envelhecimento. Conheça o gráfico que representa 
essa ideia! 
 
 
 
 
 
 
Observe que no círculo interno da figura está escrito determinantes do envelhecimento 
ativo, vamos descobrir o que são? 
 
Amplamente, temos as questões de gênero e cultura, que variam de acordo com as 
localidades, e especificamente, pensando no que é comum a todas as sociedades que 
estão envelhecendo temos os determinantes econômicos, sociais, serviços sociais e de 
saúde, comportamentais, ambiente físico e pessoais. Esses determinantes influenciam 
cada um desses pilares, que por sua vez, possuem um conjunto de objetivos a serem 
alcançados e direitos a serem efetivados na medida do envelhecimento populacional. 
 
Veja quais são: 
 
Participação 
Propiciar educação e oportunidades de aprendizagem durante o curso da vida; 
Reconhecer e permitir a participação ativa de pessoas idosas nas atividades de 
desenvolvimento econômico, trabalho formal e informal e atividades voluntárias, de 
acordo com suas necessidades individuais, preferências e capacidades; 
Incentivar a participação integral das pessoas idosas na vida familiar e comunitária. 
 
Saúde 
Prevenir e reduzir a carga de deficiências em excesso, doenças crônicas e mortalidade 
prematura; 
Reduzir os fatores de risco associados às principais doenças e aumentar os fatores que 
protegem a saúde durante a vida; 
Desenvolver um contínuo de serviços sociais e de saúde acessíveis, baratos, de alta 
qualidade e adequados para as pessoas idosa, que abordem as necessidades e os 
direitos de homens e mulheres em processo de envelhecimento; 
Fornecer treinamento e educação para os cuidadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança 
Assegurar proteção, segurança e dignidade às pessoas idosas por meio dos direitos e 
necessidades de segurança social, financeira e física. 
Reduzir as iniquidades nos direitos a segurança e nas necessidades das mulheres mais 
velhas. 
 
 
Saúde da Pessoa Idosa 
 
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é uma grande conquista para a população! 
 
Suas diretrizes contemplam a Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, a atenção 
integral à saúde da pessoa idosa, o estímulo às ações entre setores visando à 
integralidade da atenção, o provimento de recursos para assegurar qualidade da atenção 
à saúde da pessoa idosa, o estimulo à participação, o fortalecimento do controle social, a 
formação e educação permanente dos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
 
 
 
 
 
Você sabe quais são os tipos estabelecimentos de saúde integram a Rede de Atenção à 
Saúde da Pessoa Idosa no SUS? 
 
 Unidades Básicas de Saúde (UBS); 
 Atenção às urgências; 
 Unidades de atendimento ambulatorial especializado; 
 Unidades de reabilitação; 
 Atenção Domiciliar e à Saúde da Pessoa Idosa - Programa Melhor em Casa; 
 Atenção hospitalar; 
 Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (CREASI); 
 Unidades de proteção social. 
 
O Brasil vem desenvolvendo políticas e ações para as pessoas idosas. Vamos conhecer 
algumas delas? 
 
Academia da saúde 
São espaços voltados para práticas corporais e atividades físicas, promoção da 
alimentação saudável, educação em saúde, mobilização da comunidade, práticas 
artísticas e culturais, produção do cuidado e de modos de vida saudáveis, práticas 
integrativas e complementares, e planejamento e gestão. Um dos seus valores 
norteadores é o desenvolvimento de autonomia, equidade e participação social. 
 
Caderneta de saúde da pessoa idosa 
É um instrumento estratégico de registro e acompanhamento da pessoa idosa e pode ser 
preenchido pelos profissionais da saúde das Estratégias de Saúde da Família (ESF) e 
usado por todos os níveis de atenção à saúde e por familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
Boas práticas estaduais e municipais para saúde da pessoa idosa. Acesse: 
https://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/ 
https://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica de boas práticas: Capacitação de profissionais da área da saúde e de familiares para o 
uso da Caderneta do Idoso. 
Veja como a Universidade de São Carlos no Estado de São Paulo vem tratando esse 
assunto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Previdência Social 
 
A caminhada da proteção social das pessoas idosas teve como marco inicial a Lei Elói 
Chaves, de 1923, com a criação da Caixa de Aposentadoria e Pensões para os 
empregados das empresas ferroviárias no Brasil. Desde então foram instituídos leis e 
mecanismos para garantir que aposentados e pensionistas mantivessem acesso à renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conheça na íntegra a caderneta de saúde da pessoa idosa pelo site: 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-
PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf 
 
 
Saiba mais no manual para a utilização da caderneta de saúde da pessoa idosa 
em: 
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcad
ernetadoidoso.pdf 
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcadernetadoidoso.pdf
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcadernetadoidoso.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdfhttp://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf
 
Fonte: SPREVE (2017). 
 
 
 
 
 Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 houve a 
inclusão dos desprotegidos, do salário mínimo como piso salarial e igualdade 
previdenciária entre trabalhadores do campo e da cidade. Inaugura-se “um 
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social” (Art. nº. 194). 
 
 
A cobertura previdenciária da população idosa, de acordo com os dados da Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indicam que o Brasil atingiu 81,9% em 2013 
e cerca de 85% em 2017 de cobertura previdenciária, o que indica que ainda há cerca de 
15% (quinze por cento) da população idosa sem nenhum tipo de renda para sua 
manutenção. 
 
 
 
 
 
 
E sabe o que isso representa para a economia dos municípios? 
 
Em dois de cada três municípios, a renda transferida pela Previdência Social a seus 
beneficiários é maior que o repasse do Fundo de Participação dos Municípios, o que 
significa que 64% (sessenta e quatro por cento) dos municípios brasileiros dependem da 
renda dos aposentados e pensionistas idosos. 
 
 
Assistência Social 
 
A Política de Assistência Social, prevê atenção à pessoa idosa em diferentes níveis de 
complexidade e é operacionalizada por meio do Sistema Único de Assistência Social 
(SUAS). Os níveis de proteção social do SUAS são organizados a partir da seguinte 
lógica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado por Michelle Clos (2018) adaptado de MDS (2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
No campo da assistência social um dos principais benefícios de transferência de renda é 
o Benefício de Prestação Continuada (BPC), instituído pela Lei Orgânica da Assistência 
Social, que garante um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência (de qualquer 
idade e que tenham impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial) e a 
pessoa idosa (com sessenta e cinco anos ou mais de idade), que comprovem não possuir 
meios de prover a própria manutenção nem tê-la provida por sua família. De acordo com 
dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) o número de benefícios ativos em 
2018 é de 2.039.289 do total de 3.407.302 benefícios concedidos desde 1996. 
 
 
Educação 
 
O direito de aprender está previsto no Estatuto do Idoso e vai além da educação formal 
nas escolas. No campo das políticas de educação é importante a garantia de condições e 
alternativas ao longo do curso da vida de aprendizagens diversificadas. 
 
Há um conjunto de legislações que preconizam a inserção de conteúdo gerontológico nos 
currículos escolares nos diferentes níveis de formação, o que pressupõe a inserção 
desses componentes nos currículos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e 
Superior, além do incentivo à criação e ampliação de cursos de pós-graduação que 
habilitem profissionais para o cuidado com a população que está envelhecendo. 
 
Na Política Nacional da Pessoa Idosa, Lei nº. 8842/94 em seu artigo 10 (dez), parágrafo 
3º (terceiro), alínea c, temos a seguinte orientação: 
 
 
 “Incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos 
superiores”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O voto é um dos exemplos da participação cívica. No Brasil o voto é obrigatório até 
os 70 (setenta) anos. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE, 2018) sobre as 
eleições municipais de 2016 indicaram que cerca de 18% (dezoito por cento) da 
população apta a votar tinha mais de 60 (sessenta) anos e para cerca de 8% (oito 
por cento) o voto já era facultativo. Esses dados tiveram ligeiro aumento nas 
eleições de 2018; 19% (dezenove por cento) do eleitorado acima de 60 (sessenta) 
anos e 8,1% acima de 70 (setenta) anos. 
Fonte: https://pixabay.com/pt/ 
 
 
 
Esta diretriz é incorporada no Estatuto do Idoso, Lei nº. 10.741/2003 em seu artigo 22 
(vinte e dois) ao determinar que: 
 
 
 “... nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão 
inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e 
valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir 
conhecimentos sobre a matéria.” (BRASIL, 2003). 
 
 
 
3. Participação social da pessoa idosa e intergeracionalidade 
 
A participação social das pessoas idosas tem relação com as atividades desenvolvidas em 
diferentes espaços: conselhos de direitos, participação cívica, redes sociais virtuais, 
associações, movimentos sociais, manifestações públicas, fóruns da sociedade civil e 
conferências. 
 
 
 
Todas as formas de participação das pessoas idosas na sociedade devem ser promovidas, 
respeitando interesses, capacidades e condições das dessa população. O estímulo ao 
protagonismo da população idosa é um compromisso a ser assumido por todos. 
 
 
Relações Intergeracionais 
 
As relações intergeracionais 
são um assunto cada vez 
mais presente em estudos e 
proposições para o trabalho 
com as pessoas idosas. 
Dessa interação surgem 
resultados como o 
atendimento das 
necessidades primárias, a 
educação social e 
transmissão dos valores 
familiares e culturais do 
grupo, a ajuda econômica a 
qualquer momento e também o apoio emocional entre os membros familiares do nascimento 
até a morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas essas funções são positivas nas relações com pessoas mais jovens, pois transmitem 
história e significado social para a vida comunitária. Contudo, essas relações podem impactar 
negativamente no processo de envelhecimento quando há perda de capacidade protetiva das 
famílias, abandono, negligência e situações de conflito e violência dos membros mais jovens 
contra seus membros mais velhos. 
 
As relações intergeracionais são fundamentais em qualquer cultura, mas podem ser 
ambíguas, dependendo do modo como as pessoas se relacionam. 
 
 
4. Envelhecimento e funcionalidade 
 
O envelhecimento é um processo natural e contínuo, portanto as funções do corpo e das 
atividades podem ser impactadas pelas mudanças ocasionadas por esse processo. Neste 
sentido, quando falamos de saúde e participação social precisamos também compreender o 
que significa funcionalidade, pois 
 
 
 “...é um termo que engloba as funções do corpo, atividades e participação do 
indivíduo na vida familiar e na sociedade.” (CIF, 2004 apud MORAES, 2008) 
 
 
 
Dois conceitos são importantes quando falamos em funcionalidade: Autonomia e 
Independência. Veja no fluxo a diferença e o resultado quando há prejuízo nessas funções. 
 
 
 
 
 
Fonte: elaborado a partir de Moraes (2008) 
 
 
Fonte: elaborado a partir do Caderno de Atenção Básica: nº. 19 (BRASIL, 2007). 
 
 
 
 
Se nossa funcionalidade é impactada, podemos diminuir nossa capacidade de realizar 
atividades do dia a dia. Vamos conhecer como as atividades cotidianas são classificadas? 
 
 
Tipo de 
Atividade 
Conceito AÇÕES 
Atividades da 
Vida Diária 
(AVD) 
São considera as atividades básicas 
relacionadas ao autocuidado e que 
quando há limitação em realizar 
requerem a presença de um cuidador 
para auxiliar as pessoas idosas na 
realização das mesmas. 
Alimentar-se; 
Banhar-se; 
Vestir-se; 
Mobilizar-se; 
Deambular; 
Ir ao banheiro; 
Manter controle sobre suas 
necessidades fisiológicas. 
Atividades 
Instrumentais 
da Vida Diária 
(AIVD) 
São as atividades mais complexas 
que indicam a independência do 
indivíduo dentro da comunidade. 
 
Utilizar meios de transporte; 
Manipular medicamentos; 
Realizar compras; 
Realizar tarefas domésticas leves 
e pesadas; 
Utilizar telefone; 
Preparar refeições; 
Cuidar das próprias finanças. 
Mobilidade 
Física 
Está relacionada à capacidade de 
locomoção a médias distâncias. A 
mobilidade é um indicador mediador 
entre AVD e AIVD, pois está 
relacionado à execução e atividades 
que exigem movimento, força e 
resistência. 
Transferência da cama para a 
cadeira; 
Levantar-se da cama ou dacadeira; 
Subir e descer escadas; 
Caminhar cerca de 100 metros; 
Caminhas cerca de 1 km. 
 
 
 
 
 
Caso precise avaliar o grau de funcionalidade das pessoas idosas, utilize o Índice de Katz, 
também conhecido como Índice de Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD). 
Você pode acessá-lo por meio da Cartilha de Avaliação Funcional. Disponível em: 
 
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg-
avaliacaofuncionaldoidoso.pdf 
 
 
 
 
 
 
As pessoas, de modo geral, que apresentam dificuldades nas realizações das atividades da 
vida diária, podem gradualmente apresentar sinais de fragilidade como doenças 
incapacitantes, dificuldades para alimentar-se ou vestir-se. 
 
 
Você sabe diferenciar pessoas idosas frágeis de não frágeis? 
Veja o infográfico com os indicadores de independência/fragilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg-avaliacaofuncionaldoidoso.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg-avaliacaofuncionaldoidoso.pdf
 
Fonte: Material adaptado por Michelle Clos (2018) do curso Ações estratégicas para a Saúde da 
Pessoa Idosa, desenvolvido pela UNASUS, 2018. 
 
Por definição, espaço urbano pode ser considerado um conjunto de espaços 
edificados e livres no qual as relações sociais acontecem (FREIRE Jr., et all. 
2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Acessibilidade e mobilidade urbana e domiciliar 
 
As cidades brasileiras apresentam muitos desafios no que se refere a espaços acessíveis 
para as pessoas que as habitam. Uma cidade para ser acessível deve ser projetada para 
todas as pessoas: jovens, adultos, pessoas idosas, grávidas, pessoas com deficiência ou 
pessoas com mobilidade reduzida. Isso significa que calçadas irregulares, buracos, poluição 
sonora, do ar, visual e das águas ou ausência de serviços essenciais prejudicam a 
longevidade e a convivência nos espaços urbanos. 
 
 
 
 
 
 
Saiba mais sobre Desenvolvimento de uma linha de cuidados para a pessoa idosa: 
hierarquização da atenção baseada na capacidade funcional, em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
 
Ser membro da “Rede Mundial de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas 
Idosas” da OMS não é indicativo de que a cidade ou comunidade já é um ambiente 
amigável e adaptado às necessidades das pessoas idosas. Essa certificação é dada 
como reconhecimento ao compromisso da cidade ou da comunidade em trabalhar 
para benefícios às pessoas idosas, além de propiciar políticas, serviços, ambientes e 
estruturas que permitam melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas à 
medida que elas envelhecem (OPAS, 2018). 
 
 
 
O Brasil acompanha um movimento mundial que vem discutindo modos de transformar as 
cidades e seus espaços em ambientes amigáveis às pessoas idosas. Com esse objetivo, em 
2018, o Brasil lançou a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, em consonância com a 
orientação definida pela OMS no documento “Cidades Amigas das Pessoas Idosas” que tem 
como eixos: 
1. Espaços abertos e prédios; 
2. Transporte; 
3. Moradia; 
4. Participação social; 
5. Respeito e inclusão social; 
6. Participação cívica e emprego; 
7. Comunicação e informação; 
8. Apoio comunitário e serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde 
(OPAS/OMS), até 2018, quatro cidades brasileiras já receberam a certificação emitida pela 
OMS de Cidade Amiga do Idoso: Pato Branco/PR, Esteio/RS, Veranópolis/RS e Porto 
Alegre/RS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fórum Temático sobre "Cidade Amiga do Idoso", transmitido ao vivo em 6 de dez 
de 2017. Acesse: 
 
 
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados 
aprovou o Projeto de Lei nº. 7061/17, que altera o Estatuto do Idoso (Lei nº. 
10.741/03) para incluir a garantia da mobilidade urbana entre os direitos 
fundamentais das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mobilidade 
 
A mobilidade é a capacidade de nos movermos por espaços e ambientes. Na medida em que 
envelhecemos, a nossa mobilidade pode ficar mais limitada, o que nos obriga a perceber e 
nos relacionar de outras formas com o ambiente no qual vivemos. Mobilidade e 
acessibilidade tem conceitos diferentes, mas são fundamentais quando discutimos o direito 
de ir e vir, levando-se em conta o aumento da população idosa. 
 
 
 
Em termos de legislação, o Brasil possui uma Lei Ordinária Federal nº. 10.098/2000 (BRASIL, 
2000), a qual estabelece normas e critérios para promoção da acessibilidade de pessoas 
com deficiência ou mobilidade reduzida. As pessoas idosas são contempladas nesta lei ao 
serem incluídas no grupo de pessoas com mobilidade reduzida (FERREIRA, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conheça sobre o Projeto Cidade Amiga da Pessoa Idosa: 
 
 
 
 
Índice de Katz para avaliação de funcionalidade em: 
http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalida
de.pdf 
 
http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalidade.pdf
http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalidade.pdf
 
Fonte: Material desenvolvido por Michelle Clos (2018) com base em Ferreira (2016) 
 
 
 
 
Você sabe quais são as principais barreiras para a mobilidade das pessoas idosas? 
 
 
 
 
 
 
 
Não podemos esquecer da importância da mobilidade no espaço doméstico! Conheça dicas 
e orientações sobre a organização do domicílio e saiba como orientar a prevenção de quedas 
e acidentes domésticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Machado (2014), disponível em: 
http://fernandareismachado.com/filter/infogr%C3%A1fico/IDOSOS-SEGURANCA-CONTRA-QUEDAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saiba mais sobre como tornar sua casa segura para pessoas idosas no site do Dr. 
Drauzio Varela. Acesse em: 
https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da-
casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386 
https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da-casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386
https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da-casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386
 
Encerramos este terceiro módulo. A seguir, você deverá realizar uma 
avaliação de aprendizagem! 
 
 
 
Dica de leitura: Conheça o Manual de quedas para pessoas idosas, um conteúdo didático e 
ilustrado que exemplifica as situações de quedas mais comuns entre as pessoas idosas e os 
modos de prevenção. Acesse: 
 
https://www.aaps.com.br/pdf/ManualQuedasPessoaIdosa.pdf 
 
 
 
6. Guarde na memória! 
 
 Neste módulo você conheceu os três pilares que sustentam o envelhecimento ativo e 
as principais políticas e ações públicas existentes para a sua manutenção. 
 Além disso, você aprendeu sobre a importância da participação social da população 
idosa e das relações intergeracionais. 
 Ainda nesse módulo, você foi apresentado aos conceitos de funcionalidade, 
autonomia e dependência e descobriu como eles impactam na vida diária das 
pessoas idosas. 
 Por fim, você aprendeu sobre a importância da acessibilidade e mobilidade urbana e 
domiciliar para garantir a segurança e a qualidade de vida das pessoas idosas. 
 
 
 
 
 
7. Referências Bibliográficas 
 
BRASIL, Lei Nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios 
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com 
mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2000/lei-10098-19-dezembro-2000-377651-
publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 26 nov. 2018. 
 
BRASIL,Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI). Caderneta 
de saúde da pessoa idosa. 4ª. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-
IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social. Encontro sobre integração dos benefícios 
assistenciais para pessoa idosa. Jun., São Paulo, 2018. 
 
BRASIL, Ministério dos Direitos Humanos. Guia de Políticas, Programa e Projetos do 
Governo Federal para a População Idosa: Compromisso Nacional para o Envelhecimento 
Ativo. Brasília, 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br//wp-
content/uploads/2014/10/1436207288_Guia_de_poli_ticas_pu_blicas_2015.pdf. Acesso em 
25 nov. 2018. 
 
 
 
https://www.aaps.com.br/pdf/ManualQuedasPessoaIdosa.pdf
 
 
 
 
BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei nº. 10.741, de 1º. de outubro de 2003. Brasília: Senado 
Federal, 2003. 
 
BRASIL. Lei nº. 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do 
Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/cciVil_03/Leis/L8842.htm>. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. 
Acesso em 25 nov. 2018. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº. 1.395, de 10 de dezembro de 
1999. [Política Nacional de Saúde do Idoso]. Diário Oficial da União nº. 237-E, 13 dez. 1999. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Envelhecimento e saúde da 
pessoa Idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 2007. 192 p. (Série A. Normas e Manuais 
Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica: nº. 19. Disponível em: 
http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf . 
 
FERREIRA, Mario dos Santos. Ergonomia do envelhecimento: acessibilidade e mobilidade 
urbana no Brasil, Ergondesing & HCI, número 1, vol. 4, ano 4, 2016. 
 
FREIRE Jr., Renato Campos. Acessibilidade de idosos no centro de Caratinga, Rev. Bras. 
Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2013; 16(3):541-558. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v16n3/v16n3a12. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
MACHADO, Fernanda. Idosos: segurança contra quedas. Projeto de ilustração gráfica. 2014. 
Disponível em: http://fernandareismachado.com/filter/infogr%C3%A1fico/IDOSOS-
SEGURANCA-CONTRA-QUEDAS. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
MDS, Ministério do Desenvolvimento Social. Proteção Social no SUAS. Disponível em: 
http://mds.gov.br/acesso-a-informacao/mds-pra-voce/carta-de-servicos/gestor/assistencia-
social/protecao-social-no-suas. Acesso em: 24 nov. 2018. 
 
MORAES, Edgar. Processo de envelhecimento e bases da avaliação multidimensional do 
idoso. Disponível em: http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_215591311.pdf. 
Acesso em 26 nov. 2018. 
 
OEA, Organização dos Estados Americanos. Convenção Interamericana sobre a Proteção 
dos Direitos Humanos dos Idosos. Washington, D.C., 2015. Disponível em: 
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/CAO_Idoso/Textos/Conven%C3%A7%C3%A3o%2
0Interamericana.pdf. Acesso em: 07 nov. 2018. 
 
OMS, Organização Mundial da Saúde. Guia Global: Cidade Amiga do Idoso. OMS: Genebra, 
2008. 
 
OMS, Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. OMS: 
Genebra, 2015. Sumário Executivo. 
 
OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Quatro cidades brasileiras já possuem 
certificação internacional de Cidade e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa. Disponível 
em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5716:quatro-
cidades-brasileiras-ja-possuem-certificacao-internacional-de-cidade-e-comunidades-
amigaveis-a-pessoa-idosa&Itemid=820. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. 
Tradução Suzana Gontijo. Brasília: Opas, Ministério da Saúde, 2005. 
 
SPREVE, Secretaria de Previdência. Cobertura da Previdência Social no Brasil - 2017. 
Disponível em: http://sa.previdencia.gov.br/site/2018/06/Apresentacao-Feruccio-Cobertura-
2017.pdf. Acesso em: 26 nov. 2018. 
 
TSE, Tribunal Superior Eleitoral. Brasil tem 147,3 milhões de eleitores aptos a votar nas 
Eleições 2018. Disponível em: http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2018/Agosto/brasil-
tem-147-3-milhoes-de-eleitores-aptos-a-votar-nas-eleicoes-2018. Acesso em: 25 nov. 2018. 
 
VERAS, Renato Peixoto et al. Desenvolvimento de uma linha de cuidados para o idoso: 
hierarquização da atenção baseada na capacidade funcional. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 
Rio de Janeiro, v. 1, nº. 2, p. 385-392, 2013. 15. 
 
CARVALHO, José Alberto Magno de. GARCIA, Ricardo Alexandrino. O envelhecimento da 
população brasileira: um enfoque demográfico. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, nº. 
3, p. 725-733, maio/jun. 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-
98232013000200018. Acesso em: 24 nov. 2018.

Continue navegando