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Fonte: https://www.freepik.com/ Módulo 3 Políticas públicas e ações para o envelhecimento ativo e saudável 1. Justificativa e objetivos Olá! Bem-vindo a mais um módulo do curso. Neste bloco de conteúdos você aprenderá sobre a política de envelhecimento ativo e saudável, funcionalidade, acessibilidade e mobilidade urbana e domiciliar no contexto das pessoas idosas. Durante o processo de aprendizagem, você terá acesso a textos e materiais sobre a participação social das pessoas idosas e sobre as relações intergeracionais. Ao final desse módulo você deverá ter atingido os seguintes objetivos: Estudar as principais dimensões da política de envelhecimento ativo e saudável. Analisar os critérios que definem funcionalidade em pessoas idosas. Conhecer projetos e políticas voltados à acessibilidade e mobilidade urbana e domiciliar. Refletir sobre a participação social da pessoa idosa na sociedade, bem como o papel das relações intergeracionais para essa população. Bons estudos! 2. Políticas públicas para saúde, assistência social, educação e previdência social Muito se fala em envelhecimento ativo e saudável, mas você sabe qual o conceito? De acordo com a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos o envelhecimento ativo e saudável é um: “... processo pelo qual se otimizam as oportunidades de bem-estar físico, mental e social; de participar em atividades sociais, econômicas, culturais, espirituais e cívicas; e de contar com proteção, segurança e atenção, com o objetivo de ampliar a esperança de vida saudável e a qualidade de vida de todos os indivíduos na velhice e permitir-lhes assim seguir contribuindo ativamente para suas famílias, amigos, comunidades e nações. O conceito de envelhecimento ativo e saudável se aplica tanto a indivíduos como a grupos de população.” (OEA, 2015) Portanto, envelhecimento ativo e saudável não é sinônimo de realização de atividade física, mas um conceito aplicável tanto a pessoas, quanto a grupos populacionais para que as pessoas percebam e desenvolvam seu potencial na perspectiva do curso da vida e do bem-estar físico, mental e social. http://www.freepik.com/ http://www.freepik.com/ Fonte: OPAS (2005). O Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2005, lançou o documento intitulado “Envelhecimento Ativo: uma Política de Saúde” e que segue orientando as políticas públicas na área da saúde para as pessoas idosas. Nesse documento, o conceito de envelhecimento ativo se sustenta a partir de 3 (três) grandes pilares e sofre influência dos determinantes do envelhecimento ativo e dos princípios das Nações Unidas para o envelhecimento. Conheça o gráfico que representa essa ideia! Observe que no círculo interno da figura está escrito determinantes do envelhecimento ativo, vamos descobrir o que são? Amplamente, temos as questões de gênero e cultura, que variam de acordo com as localidades, e especificamente, pensando no que é comum a todas as sociedades que estão envelhecendo temos os determinantes econômicos, sociais, serviços sociais e de saúde, comportamentais, ambiente físico e pessoais. Esses determinantes influenciam cada um desses pilares, que por sua vez, possuem um conjunto de objetivos a serem alcançados e direitos a serem efetivados na medida do envelhecimento populacional. Veja quais são: Participação Propiciar educação e oportunidades de aprendizagem durante o curso da vida; Reconhecer e permitir a participação ativa de pessoas idosas nas atividades de desenvolvimento econômico, trabalho formal e informal e atividades voluntárias, de acordo com suas necessidades individuais, preferências e capacidades; Incentivar a participação integral das pessoas idosas na vida familiar e comunitária. Saúde Prevenir e reduzir a carga de deficiências em excesso, doenças crônicas e mortalidade prematura; Reduzir os fatores de risco associados às principais doenças e aumentar os fatores que protegem a saúde durante a vida; Desenvolver um contínuo de serviços sociais e de saúde acessíveis, baratos, de alta qualidade e adequados para as pessoas idosa, que abordem as necessidades e os direitos de homens e mulheres em processo de envelhecimento; Fornecer treinamento e educação para os cuidadores. Segurança Assegurar proteção, segurança e dignidade às pessoas idosas por meio dos direitos e necessidades de segurança social, financeira e física. Reduzir as iniquidades nos direitos a segurança e nas necessidades das mulheres mais velhas. Saúde da Pessoa Idosa A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é uma grande conquista para a população! Suas diretrizes contemplam a Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, a atenção integral à saúde da pessoa idosa, o estímulo às ações entre setores visando à integralidade da atenção, o provimento de recursos para assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa, o estimulo à participação, o fortalecimento do controle social, a formação e educação permanente dos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Você sabe quais são os tipos estabelecimentos de saúde integram a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa no SUS? Unidades Básicas de Saúde (UBS); Atenção às urgências; Unidades de atendimento ambulatorial especializado; Unidades de reabilitação; Atenção Domiciliar e à Saúde da Pessoa Idosa - Programa Melhor em Casa; Atenção hospitalar; Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (CREASI); Unidades de proteção social. O Brasil vem desenvolvendo políticas e ações para as pessoas idosas. Vamos conhecer algumas delas? Academia da saúde São espaços voltados para práticas corporais e atividades físicas, promoção da alimentação saudável, educação em saúde, mobilização da comunidade, práticas artísticas e culturais, produção do cuidado e de modos de vida saudáveis, práticas integrativas e complementares, e planejamento e gestão. Um dos seus valores norteadores é o desenvolvimento de autonomia, equidade e participação social. Caderneta de saúde da pessoa idosa É um instrumento estratégico de registro e acompanhamento da pessoa idosa e pode ser preenchido pelos profissionais da saúde das Estratégias de Saúde da Família (ESF) e usado por todos os níveis de atenção à saúde e por familiares. Boas práticas estaduais e municipais para saúde da pessoa idosa. Acesse: https://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/ https://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/ Dica de boas práticas: Capacitação de profissionais da área da saúde e de familiares para o uso da Caderneta do Idoso. Veja como a Universidade de São Carlos no Estado de São Paulo vem tratando esse assunto: Previdência Social A caminhada da proteção social das pessoas idosas teve como marco inicial a Lei Elói Chaves, de 1923, com a criação da Caixa de Aposentadoria e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias no Brasil. Desde então foram instituídos leis e mecanismos para garantir que aposentados e pensionistas mantivessem acesso à renda. Conheça na íntegra a caderneta de saúde da pessoa idosa pelo site: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA- PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf Saiba mais no manual para a utilização da caderneta de saúde da pessoa idosa em: https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcad ernetadoidoso.pdf https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcadernetadoidoso.pdf https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/201402061526_manualcadernetadoidoso.pdf http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdfhttp://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf Fonte: SPREVE (2017). Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 houve a inclusão dos desprotegidos, do salário mínimo como piso salarial e igualdade previdenciária entre trabalhadores do campo e da cidade. Inaugura-se “um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (Art. nº. 194). A cobertura previdenciária da população idosa, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indicam que o Brasil atingiu 81,9% em 2013 e cerca de 85% em 2017 de cobertura previdenciária, o que indica que ainda há cerca de 15% (quinze por cento) da população idosa sem nenhum tipo de renda para sua manutenção. E sabe o que isso representa para a economia dos municípios? Em dois de cada três municípios, a renda transferida pela Previdência Social a seus beneficiários é maior que o repasse do Fundo de Participação dos Municípios, o que significa que 64% (sessenta e quatro por cento) dos municípios brasileiros dependem da renda dos aposentados e pensionistas idosos. Assistência Social A Política de Assistência Social, prevê atenção à pessoa idosa em diferentes níveis de complexidade e é operacionalizada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Os níveis de proteção social do SUAS são organizados a partir da seguinte lógica: Fonte: Elaborado por Michelle Clos (2018) adaptado de MDS (2018). No campo da assistência social um dos principais benefícios de transferência de renda é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social, que garante um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência (de qualquer idade e que tenham impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial) e a pessoa idosa (com sessenta e cinco anos ou mais de idade), que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem tê-la provida por sua família. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) o número de benefícios ativos em 2018 é de 2.039.289 do total de 3.407.302 benefícios concedidos desde 1996. Educação O direito de aprender está previsto no Estatuto do Idoso e vai além da educação formal nas escolas. No campo das políticas de educação é importante a garantia de condições e alternativas ao longo do curso da vida de aprendizagens diversificadas. Há um conjunto de legislações que preconizam a inserção de conteúdo gerontológico nos currículos escolares nos diferentes níveis de formação, o que pressupõe a inserção desses componentes nos currículos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Superior, além do incentivo à criação e ampliação de cursos de pós-graduação que habilitem profissionais para o cuidado com a população que está envelhecendo. Na Política Nacional da Pessoa Idosa, Lei nº. 8842/94 em seu artigo 10 (dez), parágrafo 3º (terceiro), alínea c, temos a seguinte orientação: “Incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores”. O voto é um dos exemplos da participação cívica. No Brasil o voto é obrigatório até os 70 (setenta) anos. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE, 2018) sobre as eleições municipais de 2016 indicaram que cerca de 18% (dezoito por cento) da população apta a votar tinha mais de 60 (sessenta) anos e para cerca de 8% (oito por cento) o voto já era facultativo. Esses dados tiveram ligeiro aumento nas eleições de 2018; 19% (dezenove por cento) do eleitorado acima de 60 (sessenta) anos e 8,1% acima de 70 (setenta) anos. Fonte: https://pixabay.com/pt/ Esta diretriz é incorporada no Estatuto do Idoso, Lei nº. 10.741/2003 em seu artigo 22 (vinte e dois) ao determinar que: “... nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.” (BRASIL, 2003). 3. Participação social da pessoa idosa e intergeracionalidade A participação social das pessoas idosas tem relação com as atividades desenvolvidas em diferentes espaços: conselhos de direitos, participação cívica, redes sociais virtuais, associações, movimentos sociais, manifestações públicas, fóruns da sociedade civil e conferências. Todas as formas de participação das pessoas idosas na sociedade devem ser promovidas, respeitando interesses, capacidades e condições das dessa população. O estímulo ao protagonismo da população idosa é um compromisso a ser assumido por todos. Relações Intergeracionais As relações intergeracionais são um assunto cada vez mais presente em estudos e proposições para o trabalho com as pessoas idosas. Dessa interação surgem resultados como o atendimento das necessidades primárias, a educação social e transmissão dos valores familiares e culturais do grupo, a ajuda econômica a qualquer momento e também o apoio emocional entre os membros familiares do nascimento até a morte. Todas essas funções são positivas nas relações com pessoas mais jovens, pois transmitem história e significado social para a vida comunitária. Contudo, essas relações podem impactar negativamente no processo de envelhecimento quando há perda de capacidade protetiva das famílias, abandono, negligência e situações de conflito e violência dos membros mais jovens contra seus membros mais velhos. As relações intergeracionais são fundamentais em qualquer cultura, mas podem ser ambíguas, dependendo do modo como as pessoas se relacionam. 4. Envelhecimento e funcionalidade O envelhecimento é um processo natural e contínuo, portanto as funções do corpo e das atividades podem ser impactadas pelas mudanças ocasionadas por esse processo. Neste sentido, quando falamos de saúde e participação social precisamos também compreender o que significa funcionalidade, pois “...é um termo que engloba as funções do corpo, atividades e participação do indivíduo na vida familiar e na sociedade.” (CIF, 2004 apud MORAES, 2008) Dois conceitos são importantes quando falamos em funcionalidade: Autonomia e Independência. Veja no fluxo a diferença e o resultado quando há prejuízo nessas funções. Fonte: elaborado a partir de Moraes (2008) Fonte: elaborado a partir do Caderno de Atenção Básica: nº. 19 (BRASIL, 2007). Se nossa funcionalidade é impactada, podemos diminuir nossa capacidade de realizar atividades do dia a dia. Vamos conhecer como as atividades cotidianas são classificadas? Tipo de Atividade Conceito AÇÕES Atividades da Vida Diária (AVD) São considera as atividades básicas relacionadas ao autocuidado e que quando há limitação em realizar requerem a presença de um cuidador para auxiliar as pessoas idosas na realização das mesmas. Alimentar-se; Banhar-se; Vestir-se; Mobilizar-se; Deambular; Ir ao banheiro; Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas. Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) São as atividades mais complexas que indicam a independência do indivíduo dentro da comunidade. Utilizar meios de transporte; Manipular medicamentos; Realizar compras; Realizar tarefas domésticas leves e pesadas; Utilizar telefone; Preparar refeições; Cuidar das próprias finanças. Mobilidade Física Está relacionada à capacidade de locomoção a médias distâncias. A mobilidade é um indicador mediador entre AVD e AIVD, pois está relacionado à execução e atividades que exigem movimento, força e resistência. Transferência da cama para a cadeira; Levantar-se da cama ou dacadeira; Subir e descer escadas; Caminhar cerca de 100 metros; Caminhas cerca de 1 km. Caso precise avaliar o grau de funcionalidade das pessoas idosas, utilize o Índice de Katz, também conhecido como Índice de Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD). Você pode acessá-lo por meio da Cartilha de Avaliação Funcional. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg- avaliacaofuncionaldoidoso.pdf As pessoas, de modo geral, que apresentam dificuldades nas realizações das atividades da vida diária, podem gradualmente apresentar sinais de fragilidade como doenças incapacitantes, dificuldades para alimentar-se ou vestir-se. Você sabe diferenciar pessoas idosas frágeis de não frágeis? Veja o infográfico com os indicadores de independência/fragilidade. http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg-avaliacaofuncionaldoidoso.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/guias-e-manuais/ipgg-avaliacaofuncionaldoidoso.pdf Fonte: Material adaptado por Michelle Clos (2018) do curso Ações estratégicas para a Saúde da Pessoa Idosa, desenvolvido pela UNASUS, 2018. Por definição, espaço urbano pode ser considerado um conjunto de espaços edificados e livres no qual as relações sociais acontecem (FREIRE Jr., et all. 2016). 5. Acessibilidade e mobilidade urbana e domiciliar As cidades brasileiras apresentam muitos desafios no que se refere a espaços acessíveis para as pessoas que as habitam. Uma cidade para ser acessível deve ser projetada para todas as pessoas: jovens, adultos, pessoas idosas, grávidas, pessoas com deficiência ou pessoas com mobilidade reduzida. Isso significa que calçadas irregulares, buracos, poluição sonora, do ar, visual e das águas ou ausência de serviços essenciais prejudicam a longevidade e a convivência nos espaços urbanos. Saiba mais sobre Desenvolvimento de uma linha de cuidados para a pessoa idosa: hierarquização da atenção baseada na capacidade funcional, em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt Ser membro da “Rede Mundial de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas” da OMS não é indicativo de que a cidade ou comunidade já é um ambiente amigável e adaptado às necessidades das pessoas idosas. Essa certificação é dada como reconhecimento ao compromisso da cidade ou da comunidade em trabalhar para benefícios às pessoas idosas, além de propiciar políticas, serviços, ambientes e estruturas que permitam melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas à medida que elas envelhecem (OPAS, 2018). O Brasil acompanha um movimento mundial que vem discutindo modos de transformar as cidades e seus espaços em ambientes amigáveis às pessoas idosas. Com esse objetivo, em 2018, o Brasil lançou a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, em consonância com a orientação definida pela OMS no documento “Cidades Amigas das Pessoas Idosas” que tem como eixos: 1. Espaços abertos e prédios; 2. Transporte; 3. Moradia; 4. Participação social; 5. Respeito e inclusão social; 6. Participação cívica e emprego; 7. Comunicação e informação; 8. Apoio comunitário e serviços de saúde. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), até 2018, quatro cidades brasileiras já receberam a certificação emitida pela OMS de Cidade Amiga do Idoso: Pato Branco/PR, Esteio/RS, Veranópolis/RS e Porto Alegre/RS. Fórum Temático sobre "Cidade Amiga do Idoso", transmitido ao vivo em 6 de dez de 2017. Acesse: A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº. 7061/17, que altera o Estatuto do Idoso (Lei nº. 10.741/03) para incluir a garantia da mobilidade urbana entre os direitos fundamentais das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Mobilidade A mobilidade é a capacidade de nos movermos por espaços e ambientes. Na medida em que envelhecemos, a nossa mobilidade pode ficar mais limitada, o que nos obriga a perceber e nos relacionar de outras formas com o ambiente no qual vivemos. Mobilidade e acessibilidade tem conceitos diferentes, mas são fundamentais quando discutimos o direito de ir e vir, levando-se em conta o aumento da população idosa. Em termos de legislação, o Brasil possui uma Lei Ordinária Federal nº. 10.098/2000 (BRASIL, 2000), a qual estabelece normas e critérios para promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. As pessoas idosas são contempladas nesta lei ao serem incluídas no grupo de pessoas com mobilidade reduzida (FERREIRA, 2016). Conheça sobre o Projeto Cidade Amiga da Pessoa Idosa: Índice de Katz para avaliação de funcionalidade em: http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalida de.pdf http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalidade.pdf http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcionalidade.pdf Fonte: Material desenvolvido por Michelle Clos (2018) com base em Ferreira (2016) Você sabe quais são as principais barreiras para a mobilidade das pessoas idosas? Não podemos esquecer da importância da mobilidade no espaço doméstico! Conheça dicas e orientações sobre a organização do domicílio e saiba como orientar a prevenção de quedas e acidentes domésticos. Fonte: Machado (2014), disponível em: http://fernandareismachado.com/filter/infogr%C3%A1fico/IDOSOS-SEGURANCA-CONTRA-QUEDAS. Saiba mais sobre como tornar sua casa segura para pessoas idosas no site do Dr. Drauzio Varela. Acesse em: https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da- casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386 https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da-casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386 https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/como-aumentar-a-seguranca-da-casa-contra-quedas-de-idoso/#imageclose-36386 Encerramos este terceiro módulo. A seguir, você deverá realizar uma avaliação de aprendizagem! Dica de leitura: Conheça o Manual de quedas para pessoas idosas, um conteúdo didático e ilustrado que exemplifica as situações de quedas mais comuns entre as pessoas idosas e os modos de prevenção. Acesse: https://www.aaps.com.br/pdf/ManualQuedasPessoaIdosa.pdf 6. Guarde na memória! Neste módulo você conheceu os três pilares que sustentam o envelhecimento ativo e as principais políticas e ações públicas existentes para a sua manutenção. Além disso, você aprendeu sobre a importância da participação social da população idosa e das relações intergeracionais. Ainda nesse módulo, você foi apresentado aos conceitos de funcionalidade, autonomia e dependência e descobriu como eles impactam na vida diária das pessoas idosas. Por fim, você aprendeu sobre a importância da acessibilidade e mobilidade urbana e domiciliar para garantir a segurança e a qualidade de vida das pessoas idosas. 7. Referências Bibliográficas BRASIL, Lei Nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2000/lei-10098-19-dezembro-2000-377651- publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 26 nov. 2018. BRASIL,Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI). Caderneta de saúde da pessoa idosa. 4ª. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA- IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf. Acesso em: 25 nov. 2018. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social. Encontro sobre integração dos benefícios assistenciais para pessoa idosa. Jun., São Paulo, 2018. BRASIL, Ministério dos Direitos Humanos. Guia de Políticas, Programa e Projetos do Governo Federal para a População Idosa: Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo. Brasília, 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br//wp- content/uploads/2014/10/1436207288_Guia_de_poli_ticas_pu_blicas_2015.pdf. Acesso em 25 nov. 2018. https://www.aaps.com.br/pdf/ManualQuedasPessoaIdosa.pdf BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei nº. 10.741, de 1º. de outubro de 2003. Brasília: Senado Federal, 2003. BRASIL. Lei nº. 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cciVil_03/Leis/L8842.htm>. Acesso em: 25 nov. 2018. BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em 25 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº. 1.395, de 10 de dezembro de 1999. [Política Nacional de Saúde do Idoso]. Diário Oficial da União nº. 237-E, 13 dez. 1999. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa Idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 2007. 192 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica: nº. 19. Disponível em: http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf . FERREIRA, Mario dos Santos. Ergonomia do envelhecimento: acessibilidade e mobilidade urbana no Brasil, Ergondesing & HCI, número 1, vol. 4, ano 4, 2016. FREIRE Jr., Renato Campos. Acessibilidade de idosos no centro de Caratinga, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2013; 16(3):541-558. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v16n3/v16n3a12. Acesso em: 25 nov. 2018. MACHADO, Fernanda. Idosos: segurança contra quedas. Projeto de ilustração gráfica. 2014. Disponível em: http://fernandareismachado.com/filter/infogr%C3%A1fico/IDOSOS- SEGURANCA-CONTRA-QUEDAS. Acesso em: 25 nov. 2018. MDS, Ministério do Desenvolvimento Social. Proteção Social no SUAS. Disponível em: http://mds.gov.br/acesso-a-informacao/mds-pra-voce/carta-de-servicos/gestor/assistencia- social/protecao-social-no-suas. Acesso em: 24 nov. 2018. MORAES, Edgar. Processo de envelhecimento e bases da avaliação multidimensional do idoso. Disponível em: http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_215591311.pdf. Acesso em 26 nov. 2018. OEA, Organização dos Estados Americanos. Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos. Washington, D.C., 2015. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/CAO_Idoso/Textos/Conven%C3%A7%C3%A3o%2 0Interamericana.pdf. Acesso em: 07 nov. 2018. OMS, Organização Mundial da Saúde. Guia Global: Cidade Amiga do Idoso. OMS: Genebra, 2008. OMS, Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. OMS: Genebra, 2015. Sumário Executivo. OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Quatro cidades brasileiras já possuem certificação internacional de Cidade e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5716:quatro- cidades-brasileiras-ja-possuem-certificacao-internacional-de-cidade-e-comunidades- amigaveis-a-pessoa-idosa&Itemid=820. Acesso em: 25 nov. 2018. OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. 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Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1809- 98232013000200018. Acesso em: 24 nov. 2018.
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