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Módulo 4 - Das politicas às ações direitos da pessoa idosa no Brasil

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Módulo 4 
Prevenção e promoção em saúde para a pessoa idosa 
 
 
1. Justificativa e objetivos 
 
Olá! Bem-vindo a mais um módulo do curso. Nesse bloco de 
conteúdos você aprenderá sobre os aspectos importantes para 
prevenção e promoção em saúde para a Pessoa Idosa, que 
tratarão de conhecimentos sobre cuidado em domicílio, 
autocuidado, sexualidade e afetividade e uma breve análise dos 
tópicos: suicídio, depressão, doenças crônicas não 
transmissíveis e infeções sexualmente transmissíveis. 
 
Ao final desse módulo você deverá alcançar os seguintes 
objetivos: 
 Identificar os principais aspectos do cuidado em 
domicílio das pessoas idosas. 
 Problematizar questões relacionadas à promoção do autocuidado das pessoas 
idosas. 
 Conhecer dados de pesquisas e estudos sobre o comportamento e a sexualidade da 
população idosa. 
 Estudar tópicos de prevenção e promoção da saúde para a pessoa idosa. 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
2. Aspectos do cuidado em domicílio 
 
Cuidar de pessoas idosas é uma 
realidade cada vez mais presente nos 
domicílios brasileiros. Cuidado em 
Domicílio e Atenção Domiciliar, embora 
pareçam a mesma coisa, não são! 
 
Quando falamos em cuidado no 
domicílio, estamos nos referindo a 
todas as práticas de atenção e suporte 
às necessidades das pessoas idosas 
dentro de suas residências e que são 
realizadas por parentes, amigos ou 
“cuidadores”. Já a Atenção Domiciliar é 
uma modalidade de atendimento 
dentro da Política de Saúde, por meio 
do Sistema Único de Saúde e possui 
diretrizes para seu funcionamento. 
 
Segundo a Portaria nº. 963, de 27 de maio de 2013, a Atenção Domiciliar constitui-se 
como uma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: https://www.freepik.com/ 
 
 
 
 
 
 
 “... nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já 
existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, 
prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, 
com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de 
atenção à saúde.” 
 
 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 16,6% das 
pessoas com 60 (sessenta) anos ou mais vivem com alguma condição de dependência 
(BARROS, LIRA, 2017). O Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-
Brasil) é uma pesquisa nacional conduzida em amostra nacional representativa de adultos 
mais velhos. Os dados produzidos pela pesquisa serão importantes para o 
desenvolvimento de políticas públicas para as pessoas idosas. 
 
 
 
 
O objetivo geral do ELSI-Brasil é examinar a dinâmica do envelhecimento da população 
brasileira e seus determinantes, assim como a demanda dessa população para os 
sistemas sociais e de saúde. A pesquisa, portanto, produzirá informações estratégicas 
que contribuirão para avaliar o impacto desses sistemas e subsidiar políticas para a 
promoção do envelhecimento ativo e melhora da atenção à saúde nas faixas etárias mais 
velhas. Um objetivo adicional do estudo é permitir comparações entre os resultados 
brasileiros e os de outros países (Health and Retirement família de estudos), que 
realizam estudos semelhantes. Saiba mais sobre o estudo em: http://elsi.cpqrr.fiocruz.br 
 
 
 
 
De acordo com o grau de 
dependência, é que as exigências 
de cuidado vão se moldando. No 
cuidado domiciliar existem questões 
que devem ser observadas com 
cautela, tendo em vista as múltiplas 
necessidades que uma pessoa idosa 
apresenta. Dentre os aspectos 
centrais do cuidado, os que geram 
um maior número de dúvidas ou 
problemas têm relação com a 
higiene, medicação e segurança. 
 
Os aspectos relativos à higiene 
exigem do cuidador capacidade 
para dar banho, vestir e dar conforto 
à pessoa idosa. Em termos de medicação, é preciso atender às orientações da equipe de 
saúde e às prescrições. Com relação à segurança, o cuidador deve ficar atento aos riscos 
que o ambiente domiciliar oferece, protegendo ao máximo a pessoa idosa de acidentes 
domésticos. 
 
 
 
 
 
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Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Atenção Domiciliar, o aspecto central está na manutenção da pessoa idosa em seu 
ambiente conhecido, com conforto, identidade e segurança. É importante que na atenção 
domiciliar o autocuidado seja promovido, para que haja uma efetiva redução nos 
processos de hospitalização. No conjunto de práticas e ações promovidas pela Atenção 
Domiciliar, o envolvimento da família e da comunidade são a base de relações de 
confiança e cuidado que garantirão à pessoa idosa atenção às suas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: UNASUS, 2015 
 
 
 
Saiba mais sobre esse tema no Caderno de Atenção Domiciliar – Volume 1, 
elaborado pelo Ministério da Saúde em 2012. O documento está disponível no link: 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Promoção do autocuidado 
 
Cuidar de si mesmo é uma conquista pessoal e uma manifestação de autonomia. Nesse 
sentido, a promoção do autocuidado pode ser definida como um conjunto que engloba 
atitudes, comportamentos e escolhas para promoção e preservação da qualidade de vida. 
 
 
 
 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf
 
 
 
Fonte: https://www.freepik.com/ 
 
 
 
 
O autocuidado, em uma compreensão 
ampliada, requer atividades de 
movimentos, cognitivas, ocupacionais ou 
socioculturais. Olhar para si, reconhecer a 
importância do lazer, da dança, das 
atividades em grupo, das conversas com 
amigos são estratégias importantes no 
autocuidado durante o processo de 
envelhecimento. Mais do que cuidar da 
saúde biológica, é preciso cuidar das 
relações, da autoestima e do s sonhos de 
cada sujeito no seu processo de 
envelhecimento. 
 
Com relação ao autocuidado de pessoas 
idosas frágeis ou incapacitadas, o mesmo 
deve ser estimulado no sentido de garantir que as pessoas idosas possam desenvolver 
atividades dentro de suas capacidades. 
 
 
 
 “Cuidar não é fazer pelo outro, mas ajudar o outro quando ele necessita, 
estimulando a pessoa cuidada a conquistar sua autonomia, mesmo que seja 
em pequenas tarefas. Isso requer paciência e tempo. O autocuidado não se 
refere somente àquilo que a pessoa a ser cuidada pode fazer por si. Refere-
se também aos cuidados que o cuidador deve ter consigo com a finalidade 
de preservar a sua saúde e melhorar a qualidade de vida.” (BRASIL, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O vídeo abaixo, produzido pelo Ministério da Saúde, mostra na prática a importância 
de se manter ativo. 
http://www.freepik.com/
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Fonte: https://pixabay.com/pt/ 
 
 
 
 
 
 
4. Sexualidade e afetividade da pessoa idosa 
 
A sexualidade da pessoa idosa, por muito tempo, 
foi um assunto tabu para a sociedade. Não 
podemos limitar a discussão sobre as expressões 
da sexualidade ao ato sexual, pois envolve 
sensualidade, emoções, sensações, relações de 
afeto e paixão. Sexualidade para as pessoas 
idosas envolve valorização, ternura, carinho ou 
mesmo os pequenos gestos nas relações afetivas. 
A busca pelo prazer não termina com o avançar do 
processo de envelhecimento e isso deve ser 
respeitado. 
 
Há um trabalho contínuo pela desmistificação do 
sexo e da sexualidade das pessoas idosas e isso 
envolve a superação do estereótipo de velhice 
assexuada. Ainda que o corpo humano passe por 
transformações, isso não necessariamente afeta o 
prazer sexual e a necessidade que sentimos de nos 
relacionarmos em busca do prazer, da satisfação 
de desejos e a vivência de experiências 
prazerosas. 
 
Por todas essas razões, a sexualidade da pessoa 
idosa deve integrar as avaliações de saúde. Estudos mostram que 74% (setenta e quatro por 
cento) dos homense 56% (cinquenta e seis por cento) das mulheres casadas mantêm vida 
sexual ativa após os 60 (sessenta) anos (BRASIL, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O vídeo abaixo promove um debate interessante sobre sexo e sexualidade no 
cotidiano das pessoas idosas. 
 
Fonte: https://www.freepik.com/ 
 
 
 
 
5. Saúde em tópicos: suicídio, depressão, solidão, doenças crônicas 
não transmissíveis e infecções sexualmente transmissíveis 
 
Prevenção e Promoção em Saúde são 
conceitos diferentes e que contribuem 
para entendermos as diferentes ações 
que são propostas pelas políticas 
públicas e pelas iniciativas sociais. 
Quando mencionamos prevenção 
estamos falando em evitar que algo 
aconteça: evitar a gripe, a pneumonia, 
as infeções sexualmente transmissíveis. 
Isso requer ações sistemáticas e 
antecipadas, tais como as campanhas 
de vacinação e de uso de preservativo, 
por exemplo. Já as ações de promoção 
em saúde estão centradas na autonomia 
dos sujeitos e na compreensão de que a 
saúde está relacionada a escolhas 
individuais e coletivas que resultam na melhora da qualidade de vida de forma ampla, como 
por exemplo a realização de exercícios físicos ou mesmo a alimentação saudável. 
 
Agora que já sabemos a diferença, vamos ver alguns tópicos importantes no campo da saúde 
que envolvem campanhas de prevenção ou promoção em saúde? 
 
 
Prevenção ao suicídio 
 
O suicídio de pessoas idosas é uma realidade assustadora e que exige atenção de toda a 
sociedade. Nos dados oficiais, o suicídio é chamado de autoagressão e representa mais de 
8% (oito por cento) do total das mortes violentas na população geral. 
 
De acordo o Manual de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa (BRASIL, 2013), na 
faixa de 60 (sessenta) a 69 (sessenta e nove) anos, os suicídios de homens corresponderam 
a 9,2% do total dos óbitos por causas externas e para as mulheres o percentual foi de 7,8%. 
Na faixa de 70 (setenta) a 79 (setenta e nove) anos o percentual de suicídio dos homens é 
8,7% e nas mulheres 3,7%. 
 
Dados como esses nos mostram que os homens são mais suscetíveis a retirar a própria vida. 
Dentre as principais causas, estão a saída do emprego e a falta de perspectiva depois da 
aposentadoria; questões de honra; doenças que afetam sua sexualidade; deficiências que 
levam à invalidez; interrupção do trabalho ou limitação da capacidade funcional; perdas de 
familiares de referência e, sobretudo a viuvez; e sobrecargas financeiras por endividamento 
pessoal ou de membros da família. 
 
Para as mulheres, contam como fatores estressantes e motivadores para o suicídio, o 
isolamento social, a perda de função social, ocorrência de outros casos de suicídio na família; 
as doenças e deficiências como transtornos físicos ou mentais incapacitantes; impacto de 
perdas ou doenças na família e violências sofridas, sobretudo as conjugais. 
 
Os estudos (BRASIL, 2013) indicam que existem fatores que são protetores contra o suicídio, 
tanto para homens quanto para mulheres. Esses fatores estão relacionados a uma vida ativa, 
a uma rede de suporte social efetiva, apoio familiar, convivência social e momentos de lazer. 
Por ser um assunto pouco explorado, ainda é um tema que requer estudos e ações de 
prevenção. 
 
 
 
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Fonte: Elaborado por Michelle Clos (2018) com base no Manual de Enfrentamento à Violência contra Pessoa Idosa 
(2013). 
 
 
 
 
 
Depressão e solidão 
 
O transtorno depressivo maior (TDM), popularmente conhecido como depressão é uma 
condição de saúde mental que afeta cada vez mais a população idosa. É um transtorno que 
tem como características: alteração do humor, do apetite, do sono, perda da capacidade de 
sentir prazer, letargia, sentimento de culpa, baixa autoestima, dificuldade de concentração, 
agitação e ideação suicida. Ou seja, a depressão clínica é mais do que sentimento de 
tristeza. 
 
Infelizmente esse é um problema sério, em que a falta de tratamento adequado está 
relacionada diretamente com os altos custos dos serviços especializados e à dificuldade de 
diferenciar a doença de outros sintomas que emergem no processo de envelhecimento. 
 
 
 
 
As pessoas idosas com depressão tendem a apresentar maior comprometimento físico, 
social e funcional afetando sua qualidade de vida (BRASIL, 2006). 
 
 
 
 
Um dos fatores associados à depressão é a solidão ou o isolamento social. Como 
consequência do afastamento físico da rede de suporte social as pessoas idosas tendem a 
ficar sós. As pessoas que gradualmente vão se isolando tem maiores chances de 
desenvolver problemas cardíacos e transtornos depressivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado por Michelle Clos (2018) com base em Peplay, Perlman (apud AZEREDO, AFONSO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A solidão é um sentimento penoso e angustiante, que conduz a um mal-
estar em que a pessoa se sente só, ainda que rodeada de pessoas, por 
pensar que lhe falta suporte, sobretudo de natureza afetiva.” Fonte: 
Azeredo e Afonso (2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo piloto trata depressão em idosos por meio de cuidado colaborativo em 
unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quer saber mais sobre o Ministério da Solidão no Reino Unido? Acesse o link 
abaixo e saiba mais: 
https://www.hypeness.com.br/2018/01/reino-unido-cria-ministerio-da-solidao-para-
solucionar-triste-realidade-moderna/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Reino Unido, uma das estratégias do governo para enfrentar a problemática da solidão foi 
criar o Ministério da Solidão, responsável por lidar com o que o país entende ser a triste 
realidade da vida moderna e entende o isolamento social como uma epidemia moderna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O curta metragem abaixo trata com delicadeza a solidão das pessoas idosas. Vale a 
pena conferir! 
 
 
Assista ao curta metragem “Solidão”: 
https://www.hypeness.com.br/2018/01/reino-unido-cria-ministerio-da-solidao-para-solucionar-triste-realidade-moderna/
https://www.hypeness.com.br/2018/01/reino-unido-cria-ministerio-da-solidao-para-solucionar-triste-realidade-moderna/
 
Fonte: Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no 
Brasil 2011-2022. 
 
 
 
 
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis 
 
Você sabe quais são as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)? São as doenças 
cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes mellitus e neoplasias que tem 
causas multifatoriais, se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração (BRASIL, 
2018). 
 
 
Conheça os principais fatores de risco para DCNT 
 
 
Tabaco 
Cerca de 6 milhões de pessoas morrem a cada ano pelo uso do tabaco, tanto por utilização 
direta quanto por fumo passivo. Até 2020, esse número deve aumentar para 7,5 milhões, 
contando 10% (dez por cento) de todas as mortes. Estima-se que fumar cause, 
aproximadamente, 70% (setenta por cento) dos cânceres de pulmão, 42% (quarenta e dois 
por cento) das doenças respiratórias crônicas e cerca de 10% (dez por cento) das doenças 
do aparelho circulatório. 
 
Uso nocivo do álcool 
2,3 milhões de pessoas morrem a cada ano pelo consumo nocivo de álcool, correspondendo 
a 3,8% de todas as mortes do mundo. Mais da metade desses óbitos são causados por 
DCNT, incluindo câncer, doenças do aparelho circulatório e cirrose hepática. O consumo per 
capita é mais alto em países de alta renda. 
 
Alimentação Inadequada 
A maioria das populações consome mais sal que o recomendado pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS) para a prevenção de doenças. O grande consumo de sal é um importante 
determinante de hipertensão e risco cardiovascular. A alta ingestão de gorduras saturadas e 
ácidos graxos trans está ligada às doenças cardíacas. A alimentação não saudável, incluindo 
o consumo de gorduras, está aumentando rapidamente na populaçãode baixa renda. 
 
Pressão Arterial Alta 
Estima-se que a pressão arterial alta cause 7,5 milhões de óbitos, ou seja, 12,8% de todas as 
mortes. Esse é um fator de risco para doenças do aparelho circulatório (WHITWORTH, 
2003). A prevalência de pressão alta é semelhante em todos os grupos de renda, contudo, é 
geralmente menor na população de alta renda. 
 
Excesso de peso e obesidade 
2,8 milhões de pessoas morrem a cada ano em decorrência do excesso de peso ou da 
obesidade. Os riscos de doença cardíaca, acidente vascular encefálico (AVE) e diabetes 
aumentam consistentemente com o aumento de peso. 
 
Colesterol aumentado 
Estima-se que o colesterol elevado cause 2,6 milhões de mortes a cada ano. Ele aumenta o 
risco de doença cardíaca e AVE. O colesterol elevado é mais prevalente em países de alta 
renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: WHO, 2003 (apud BRASIL, 2011). 
 
 
 
Saiba mais sobre o que são ISTs, sintomas e formas de contágio no site do 
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das 
Hepatites Virais vinculado ao Ministério da Saúde: 
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist 
 
 
 
Essas doenças, por serem multifatoriais podem se desenvolver ao longo do curso de vida e 
são influenciadas diretamente pela má alimentação, sedentarismo, comportamento de risco, 
questões genéticas, hábitos não saudáveis e acesso precarizado a políticas públicas. 
 
 
Com o aumento dos anos vividos, a população idosa tem apresentado taxas crescentes 
deste conjunto de doenças. Isso impacta diretamente nas políticas de saúde e na qualidade 
dos anos vividos pelas pessoas idosas. 
 
 
Infecções Sexualmente Transmissíveis 
 
Você sabia que a terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser 
adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque 
destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e 
sintomas? Logo, ao falarmos sobre vírus, bactérias ou outros microrganismos transmitidos 
por meio de contato sexual, estaremos falando das ISTs. 
 
 
 
É alarmante o aumento dos casos das IST na população idosa e isso nos provoca a refletir 
sobre o real alcance das campanhas de prevenção direcionadas a essa população. 
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist
 
Os profissionais de saúde precisam dialogar com as pessoas a partir dos 60 
(sessenta) anos de idade e solicitar exames de sorologia para HIV e outras 
infecções sexualmente transmissíveis – e não se limitar apenas a detectar os 
sintomas, associando-os a outras doenças comuns nessa faixa etária. Fonte: 
Ministério da Saúde (2018). 
 
Fonte: Boletim epidemiológico HIV/Aids (BRASIL, 2018). 
 
 
 
O Boletim epidemiológico HIV/Aids – 2018, indica que foram registrados em 2015, 2.187 
casos e em 2016, 2.252 casos de Aids entre as pessoas acima de 60 (sessenta) anos. 
 
No gráfico você verá o número de casos notificados no Sistema de Informação de Agravos 
de Notificação (SINAN), que foram declarados no Sistema Integrado de Monitoramento de 
Eventos em Saúde Pública (SIME) e registrados no Sistema de Controle de Exames 
Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV 
(Siscel) e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM) de acordo com sexo e 
faixa etária por ano de diagnóstico, no Brasil, no período de 2006 a 2018. 
 
 
 
 
 
 
Apesar de uma queda nas notificações de casos de AIDS, verifica-se que, nos últimos 
dez anos, a taxa de detecção em mulheres com idade igual ou superior a 60 (sessenta) 
anos, aumentou cerca de 21,2% quando comparados os anos de 2007 e 2017. 
 
Isso é preocupante, pois as pessoas idosas com HIV apresentam um risco 4 (quatro) vezes 
maior de comorbidades do que entre as pessoas não infectadas. A prevenção das ISTs na 
população idosa começa com o enfrentamento ao preconceito com relação à sexualidade da 
pessoa idosa. 
0
500
1000
1500
2000
2500
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Casos de Aids notificados no Brasil de 2006 a 2018 
 
Encerramos este quarto módulo. A seguir, você deverá realizar uma 
avaliação de aprendizagem! 
Você sabe quais são os principais impactos mencionados pelas pessoas idosas ao 
se descobrirem com o diagnóstico de HIV/Aids? Tristeza; Negação do diagnóstico; 
Solidão; Isolamento social; Afastamento de pessoas, grupo e atividades cotidianas; 
Surpresa; Vergonha; Constrangimento; Incredulidade em relação ao diagnóstico; 
Ansiedade em relação ao possível preconceito a ser enfrentado enquanto pessoa 
vivendo com HIV (CASSETI et. all, 2016). 
 
 
Conheça os conteúdos produzidos pelo Ministério da Saúde sobre questões 
relacionadas às ISTs: 
http://www.aids.gov.br/ 
 
 
 
Portanto, se descobrir com o vírus exige suporte social e políticas públicas atentas às 
particularidades das pessoas idosas. 
 
 
6. Guarde na memória! 
 
 
 Ao iniciar esse módulo você aprendeu sobre os principais aspectos ligados ao 
cuidado em domicílio de pessoas idosas. 
 Em seguida, você aprendeu sobre a importância do autocuidado para a população 
com mais de 60 anos. 
 Ainda nesse módulo, discutimos um pouco sobre a sexualidade das pessoas idosas e 
a importância da desmitificação do sexo nessa idade. 
 Por fim, você conheceu alguns problemas de saúde comuns nessa fase da vida 
como, por exemplo, a depressão, a solidão e as DCNT. 
 
 
 
 
7. Referências Bibliográficas 
 
AZEREDO, Zaida de Aguiar Sá; AFONSO, Maria Alcina Neto. Solidão na perspectiva do 
idoso, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2016; 19(2):313-324. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v19n2/1809-9823-rbgg-19-02-00313.pdf. Acesso em: 28 nov. 
2018. 
 
 
 
 
http://www.aids.gov.br/
 
 
 
BARROS, Janaina Carvalho; LIRA, Izabel Cristina Dias. Velhice dependente e o serviço de 
cuidado no domicílio na política de assistência social, Estudos sobre Envelhecimento, V.28, 
nº. 68, set. 2017. Disponível em: 
https://www.sescsp.org.br/files/artigo/e717357c/01fa/401a/886f/cdc3e829270b.pdf. Acesso 
em: 26 nov. 2018. 
 
BRASIL, Ministério da saúde. Portaria nº. 963, de 27 de maio de 2013, que redefine a 
atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico, v. 
49, nº. 53, 2018. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa: cadernos de atenção básica nº.19. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do 
Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 
2008. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de ações 
estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no 
Brasil 2011-2022. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. 160 p. (Série B. Textos Básicos de 
Saúde). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/.... 
 
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Brasil: manual de 
enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. Brasília, DF: Secretaria de Direitos 
Humanos da Presidência da República, 2013. Disponível em: 
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-idosa/manual-de-enfrentamento-a-violencia-contra-
a-pessoa-idosa/view. Acesso em: 27 nov. 2018. 
 
CAMARANO, A.M. (Org.). Os Novos Idosos Brasileiros: Muito Além dos 60? Rio de Janeiro: 
IPEA, 2004, p. 137-65. 
 
CASSÉTTE, Júnia Brunelli et. all. HIV/aids em idosos: estigmas, trabalho e formação em 
saúde, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2016; 19(5):733-744. 
 
LOPES, Renata Francioni; LOPES, Maria Teresinha Francioni, CAMARA, Vilma Duarte. 
Entendendo a solidão do idoso. RBCEH, Passo Fundo, v. 6, nº. 3, p. 373-381, set./dez. 2009. 
Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/viewFile/362/818.Acesso em: 23 out. 
2018. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do 
HIV/Aids e das Hepatites Virais. Audiência pública debate HIV/aids na população idosa. 
Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/audiencia-publica-debate-hivaids-na-
populacao-idosa. Acesso em: 28 nov. 2018. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. UNA-SUS/UFMA. Vigilância das DCNT. São 
Luís, 2017.

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