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ESTAFILOCOCOS e ESTREPTOCOCOS Família: Micrococcaceae - S. saprophyticus - S. epidermidis - S. hycus - S. intermedius - Staphylococcus aureus ♦ Espécies: Coagulase negativa Coagulase positiva ESTAFILOCOCOS ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia ✔Células esféricas que se dispõem em cachos irregulares, cocos isolados, aos pares, em tétrades. ✔ Gram ( + ) ✔ São imóveis ✔ Não formam esporos ✔ Cultura: crescimento rápido em aerobiose ou microaerobiose. Cocos Gram positivos – S. aureus Staphylococcus aureus ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia ✔ Produtores de catalase - diferenciação com os estreptococos ✔ Fermentam carboidratos produzindo ácido láctico, não gás. ✔São relativamente resistentes ao ressecamento e ao calor. ✔ Sensibilidade variável a agentes antimicrobianos - produção de β-lactamases: resistência a penicilinas ESTAFILOCOCOS 2. Estrutura antigênica 2.1 Peptideoglicano ✔Induz a produção de interleucina-1 pelos monócitos/macrófagos e de anticorpos. ✔ Atividade semelhante a endotoxina. ✔ Pode atuar como quimiotático para polimorfonucleares. ESTAFILOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.1 Catalase ✔Conversão do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. 3.2 Coagulase ✔ Impede a cascata normal da coagulação do plasma. ✔Deposição de fibrina na superfície dos estafilococos. - ligações simultâneas ao MHC de classe II na APC e aos receptores de células T, sem a presença de antígenos específicos. febre alta, vômito, diarréia e disfunções hepáticas e renais liberação maciça citocinas prostaglandinas 3.3 Enterotoxinas ✔ TSST-1 - superantígeno ESTAFILOCOCOS ♦ dose mínima infectante: 105 UFC ✔ intoxicação - quantidade mínima para sintomas: 1ng/g ou ml de alimento ALIMENTOS MAIS ENVOLVIDOS EM SURTOS - leite e creme de leite - doces de confeitaria - manteigas - queijos - presunto - embutidos - sanduíches recheados - tortas recheadas com carne - salada de batata Intoxicação alimentar ♦ Raramente é fatal CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA ♦ Período de incubação: 30 minutos a 8 horas ♦ Sintomas: náuseas, vômitos, cãibras abdominais dolorosas, diarréia, sudorese, dores de cabeça, queda de pressão arterial. ♦ Duração: 12 a 48 horas ♦ Dose para um adulto: 20 ng ESTAFILOCOCOS ESTAFILOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.3 Exotoxinas – causam necrose na pele ✔ hemolisinas solúveis ( toxina alfa - lisa eritrócitos e lesa plaquetas; ação sobre musculatura lisa vascular; toxina beta - degrada esfingomielina). 3.4 Leucocidina ✔ Pode destruir leucócitos. ✔ São termoestáveis. ✔ O gene da enterotoxina pode estar no cromossomo ou ser transportado por plasmídeos. 4. Patogenia ✔Os estafilococos são membros da microbiota normal da pele, via respiratórias e trato gastrointestinal. ✔O estado de portador nasal é observado em 40% a 50% dos humanos. ✔Capacidade patogênica – desde a intoxicação alimentar a bacteremia e abscessos em vários órgãos. ESTAFILOCOCOS ESTAFILOCOCOS 5. Patologia Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica ) S.aureus no folículo piloso Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso Drenagem Tecido de granulação e cicatrização final Necrose tecidual + produção de fibrina No centro da lesão ocorre liquefação ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.1.Esfregaços: indistinguível os microrganismos saprófitas (S.epidermidis) dos patogênicos (S.aureus). ✔ Ágar Manitol: colonias fermentadoras de manitol – mudança da coloração do meio para amarelo (ácido) Ágar Manitol 6. Diagnóstico 6.2.Cultura: ágar-sangue a 37ºC. 6.3.Teste da catalase H2o2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas (teste positivo) ✔ Diferencia Staphylococcus (+) de Streptococcus (-) ESTAFILOCOCOS Ágar sangue β- hemólise 1. Catalase + 2. Catalase - 1 2 ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.4.Teste da coagulase Plasma citratado de coelho (1:5) + cultura Coágulos 37°C (teste positivo) ✔ Diferencia os S. aureus (coagulase +) dos S. epidermidis (coagulase -) ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.5.Teste de sensibilidade : Difusão de microbianos em discos. 6.6.Provas sorológicas ✔Pouco valor prático. ✔Possibilidade de detectar a presença de anticorpos contra ácidos teicóicos em infecções profundas e prolongadas. ESTAFILOCOCOS 7.Epidemiologia ✔ Principais fontes: lesões humanas, fômites contaminados, vias respiratórias e pele humana. ✔ Importância do estado de portador crônico (nariz e pele) de S.aureus resistente a antibióticos. ✔ Nos hospitais, as áreas de maior risco de infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I., centro cirúrgico e enfermarias de quimioterapia de câncer Dermatite por S.aureus Aumento de volume do joelho esquerdo por artrite decorrente de infecção pelo S.aureus Síndrome da pele escaldada http://www.youtube.com/watch?v=I3WRzPc09 V8 https://www.google.com/url?q=http://www.youtube.com/watch?v%3DI3WRzPc09V8&sa=D&ust=1588209732774000&usg=AFQjCNGycCuLBVsE2_Ibs_Pl-zC6gUixhQ https://www.google.com/url?q=http://www.youtube.com/watch?v%3DI3WRzPc09V8&sa=D&ust=1588209732775000&usg=AFQjCNG9HtpiJfP1ZRPDCCtFwlQP4j_DWw ESTREPTOCOCOS Família Streptococcaceae GRUPO I Anaeróbios Facultativos ✔Streptococcus spp. ✔Enterococcus Aerococcus Lactococcus Leuconostoc Pediococcus Gemella Alloiococcus Vagococcus Tetragenococcus Globicatella Helcococcus GRUPO II Anaeróbios Estritos Peptococcus Peptostreptococcus Ruminococcus Coprococcus Sarcina Gênero Streptococcus • Hemólise variável CARACTERÍSICAS GERAIS • Cocos Gram positivos aos pares, cadeias curtas ou longas • Anaeróbios facultativos • Imóveis • Nutricionalmente exigentes • Catalase negativa Coloração: Gram Fotografia eletrônica de Streptococcus CLASSIFICAÇÃO • Pelo tipo de hemólise a, b, g testes bioquímicos • Pela estrutura antigênica - pesquisa do carboidrato C Sorogrupagem (Lancefield) β- hemólise – hemólise total α-hemólise – hemólise parcial Streptococcus pyogenes • Streptococcus Grupo A de Lancefield • São beta-hemolíticos SENSIBILIDADE ÀS DROGAS •Penicilina - Eritromicina - Clindamicina 1. Faringo-amidalite - mais comum no inverno - locais fechados - escolares (5 a 15 anos) - evolução da doença: sinusite, otite, meningite, septicemia e pneumonia 2. Piodermites - impetigo: infecção comum – camada superficial da pele - mais comum no verão - crianças de 2 a 5 anos - erisipela: infecção cutânea – pode atingir tecido adiposo Patogenicidade Impetigo Erisipela Erisipela por S. pyogenes - celulite - fasciite necrosante - evolução da doença: septicemia 3. Doenças Pós Estreptocócicas - Febre Reumática: faringo-amidalite - Glomerulonefrite - faringo-amidalite - piodermite - escarlatina: complicação da faringe, com sintomas de pele Escarlatina por S. pyogenes A escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por estreptococos beta hemolítico do grupo A. Celulite infecciosa por S. pyogenes Fasciite Necrosante por S. pyogenes FATORES DE VIRULÊNCIA 1. Fímbrias (fibrilas): Proteína M + ácido teicóico 4. Proteína M: 5. Cápsula de ácido hialurônico: antifagocitário 2. Proteínas relacionadas com M 3. Proteínas F1 e F2 ADESÃO 6. C5a peptidase ANTIFAGOCITÁRIA 11. Hialuronidase 9. Estrepdornase (Dnase estreptocócica): A a D 10. Estreptoquinase 12. Estreptolisinas O e S: citolíticas 13. SPE (exotoxina pirogênica de estreptococos): A - J DISSEMINAÇÃO FATORES DE VIRULÊNCIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Método Rápido: pesquisa do Ag do grupo A direto no material clínico Teste de aglutinação em lâmina • Cultura: isolamento e identificação Gram: CGPÁgar sangue Colônias β hemolíticas (CGP) Catalase negativa Material ClínicoStreptococcus agalactiae • São β hemolíticos • Grupo B de Lancefield • Neonatos - septicemia: tipo III - pneumonia: tipo III - meningite choque séptico • Adultos - endometrite pós- parto - bacteremia pós-cesariana - infecção do trato urinário - meningite - endocardite - celulite - abcessos intrabdominais - Síndrome do Choque Tóxico FATORES DE VIRULÊNCIA • Cápsula de polissacarídeo - antifagocitária - ácido siálico: aumenta a virulência (Tipo III) SENSIBILIDADE ÀS DROGAS • Penicilina - Eritromicina - Clindamicina DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Método Rápido: pesquisa do Ag do grupo B direto no material clínico Teste de aglutinação em lâmina isolamento e identificação Gram: CGPÁgar sangue Colônias β hemolíticas (CGP) Catalase negativa • Cultura: Material Clínico Streptococcus pneumoniae • Não agrupável pelo esquema de Lancefield - cocos Gram positivos aos pares: forma lanceolada - α hemolítico - autolisina: colônias achatadas SENSIBILIDADE A DROGAS - Penicilina PATOGENICIDADE • Pneumonia • Otite • Sinusite • Mastoidite • Meningite • Septicemia FATORES DE VIRULÊNCIA • Cápsula de polissacarídeo • Adesinas: receptor dissacarídico no epitélio da faringe • PsaA (pneumococcal surface adhesin): aderência aos pneumócitos • SpsA (S. pneumoniae protein): inibe Ig A secretora da mucosa • Pneumolisina - lise de cels do trato respiratório superior e do pulmão - antifagocitário - inibe o movimento ciliar - diminui a atividade dos neutrófilos • Autolisina: libera a pneumolisina • peptídeoglicano e ácido lipoteicóico: reação inflamatória Gram: CGPÁgar sangue Colônias α hemolíticas (CGP) Catalase negativa • cultura: Isolamento e identificação • Identificação -teste da bile- solubilidade - teste da optoquina Material Clínico Streptococcus mutans – É uma bactéria Gram-positiva, catalase-negativa, α-hemolítica. – Possui subespécies relacionadas que podem ser classificadas em grupos. – Está relacionada a cáries, gengivites e periodontites. Streptococcus mitis – E uma bactéria Gram-positiva, catalase-negativa, α-hemolítica. – É definida como S. mitis quando da exclusão do: S. sanguis, S. salivarius e S. mutans. – Pode ser isolada das placas dentais e sulcos gengivais. – Está relacionada a cárie, gengivites e raramente a periodontites. Streptococcus sanguis – E uma bactéria Gram-positiva, catalase-negativa, α-hemolítico. – Foi inicialmente isolada de pacientes com endocardite bacteriana. – Pode ser isolada das placas dentais. – Pode ser diferenciada pelo antígeno H. Streptococcus salivarius – E uma bactéria Gram-positiva, catalase-negativa, γ-hemolítica com colônias semelhantes a gotículas de orvalho. – Possui poder cariogênico embora em menor grau. – Serve como indicador de infecção salivar. – É encontrado na língua.
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