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Diagrama de Redes

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Entendendo o diagrama de redes do seu projeto 
 
 
 JOÃO VICTOR JANEIRO 18, 2019 CONSTRUÇÃO CIVIL LEAVE A COMMENT 
 
 
Antes de tomar forma dentro de um canteiro de obras, nossos projetos devem (em tese) 
ser amplamente estudados em escritório, onde todas as suas etapas construtivas e 
sequenciamento de atividades serão discutidos e apresentados por meio de diagramas 
entre as partes integrantes por sua realização bem como entre as partes interessadas 
por sua realização, externos à sua execução. 
Há diversas formas de se efetuar o sequenciamento de atividade, podemos citar, por 
exemplo, o Gráfico de Gantt (Diagrama de Barras), o Diagrama de Setas (com ou sem 
escala), o Diagrama de Blocos e o Diagrama condicional (Graphical Evaluation and 
Review Technique – GERT). Essas técnicas trabalham com o mesmo princípio de 
ordenamento lógico de atividades: o diagrama de redes. 
Entretanto, todas essas ferramentas fazem uso de termos estranhos ao senso comum. 
Então, nesse post traremos uma breve explicação sobre o diagrama de redes e 
explicaremos os termos mais utilizados durante a sua produção. 
História do diagrama de redes no planejamento de projetos 
Historicamente, gerenciar projetos de grande ou média complexidade com vista à 
redução no consumo de recursos e primando pela otimização do tempo por meio de 
ferramentas visuais representou uma das maiores mudanças de paradigmas gerenciais 
no século XX, transformando a arte de administrar em ciência da administração. 
Hoje, para o melhor controle de nossas obras, lançamos mão de técnicas como 
o Program Evaluation and Review Technique (PERT) e o Critical Path Method (CPM), ou 
Método do Caminho Crítico, surgidos no final da década de 1950 e no início dos anos 
1960. Finalmente, em 1964, surgiu o Diagrama de Precedências (MDP), desenvolvido 
por Roy no França. Basicamente, esse diagrama representou uma evolução das técnicas 
anteriores e, devido a sua simplicidade, tem consolidado sua disseminação até os dias 
de hoje em escritórios de projetos de pequeno, médio e grande porte. 
Esse diagrama também é conhecido por diagrama neopert ou, finalmente, método do 
diagrama de redes e método francês. Portanto, compreender o funcionamento deste 
fluxograma gerencial é de suma importância para a determinação do PERT/CPM e para 
o sucesso de seu projeto! 
Como funciona o diagrama de redes 
O diagrama de redes representa o sequenciamento lógico-temporal dos elementos 
terminais de um projeto a serem concluídos, fazendo um estudo entre os elementos 
terminais e suas dependências – nada mais do que colocar todas as atividades a serem 
executadas uma obra e relacioná-las em uma folha de papel. Enquanto uma EAP nos 
https://www.guiadaengenharia.com/category/construcao-civil/
https://www.guiadaengenharia.com/diagramas-redes-elementos/#respond
oferece uma visualização do “todo” decomposto em “partes”, o Diagrama de Redes nos 
entrega uma visualização do “antes” e do “depois”, facilitando a identificação de 
limitações de trabalho, de modo a não possuir relações circulares ou redundantes entre 
cada atividade. Este método, por sua grande disseminação, possui diferentes formas de 
representação. As mais comuns são: 
• Método da Atividade em Flechas (AoA) 
• Método da Atividade em Nó (AoN) 
Apesar dessas diferentes formas de representação, ambos trabalham de modo similar e 
possuem elementos comuns à sua interpretação. Vamos, agora, conhecer alguns desse 
elementos. 
Elementos do diagrama de redes e formas de representação 
Finalmente, vamos entender quais são cada um dos elementos que podem compor 
quaisquer dos tipos de diagramas que mencionamos acima. Importante lembrar que 
alguns dos elementos abaixo não são exclusivos a todos os tipos de representação do 
Método do Diagrama de Precedências (MDP). 
1) Diagrama da Atividade em Setas (ou Flechas) ou AoA: 
O método das Setas (MDS) usa somente dependências do tipo Término-para-Início e 
pode exigir o uso de relacionamentos “fantasmas”. Nessa representação, o cronograma 
do projeto usa setas para representar atividades e as conecta nos nós para demonstrar 
suas dependências. 
 
DIAGRAMA DE REDE – REPRESENTAÇÃO AOA 
2) Diagrama de Atividade no Nó ou AoN: 
Como grande parte dos métodos já citados, o MDP foi elaborado inicialmente para fins 
militares. A Marinha Americana desejava o uso de um método mais flexível e que ao 
mesmo tempo resolvesse a necessidade do uso de atividades fantasmas. 
 
DIAGRAMA DE REDE – REPRESENTAÇÃO AON 
3) Atividade Fantasma (Dummy): 
São representadas por setas pontilhadas. 
 
REPRESENTAÇÃO DE UMA ATIVIDADE FANTASMA 
A atividade fantasma é um recurso para a montagem de redes em diagramas que 
utilizam o MDS, simbolizando atividades fictícias. Esse recurso surgiu para contornar 
problemas de representação entre atividades e definir corretamente todos os 
relacionamentos lógicos, desprovidos de conteúdo de trabalho. Como não são 
atividades reais do cronograma, possuem duração nula e consumo de recursos 
inexistente. 
Como mencionado, o no Diagrama de Precedências não existe atividade fantasma. 
Observe o comparativo abaixo entre cinco atividades. 
 
COMPARATIVO ENTRE DIAGRAMAS DE SETAS E DIAGRAMA DE NÓS 
4) Nó (evento): 
Representa a situação em que todas as atividades predecessoras estão completas e 
todas as sucessoras podem ser iniciadas. É o elo entre atividades interdependentes. 
5) Predecessora: 
Uma atividade que, de acordo com a lógica, vem antes de uma atividade que depende 
da mesma, em um cronograma. Atividades que têm várias predecessoras indicam 
uma convergência de caminhos. 
6) Sucessora: 
É uma atividade dependente que logicamente vem depois de outra atividade em um 
cronograma. Atividades que têm várias sucessoras indicam uma divergência de 
caminhos. Atividades com divergência e convergência têm maior risco, pois são 
afetadas ou podem afetar várias atividades. 
7) Duração: 
É o tempo estimado que uma atividade considerada leva para sua conclusão, 
considerando-se, além das datas de início e fim, os possíveis imprevistos. Há diversas 
técnicas para estimar as durações de atividades em gerenciamento de projetos, 
algumas, inclusive, tratam as oscilações em relação ao tempo de execução das 
atividades por meios probabilísticos, utilizando cenarização e distribuição Beta. 
8) Folga livre: 
É a quantidade de tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar as 
atividades sucessoras. 
9) Folga total: 
É a quantidade de tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar a data do projeto. 
Gostaria de chamar atenção para um ponto importante: o caminho crítico é 
normalmente caracterizado por uma folga total igual a zero em suas atividades. Quando 
implementados com sequenciamento do MDP, os caminhos críticos podem ter uma 
folga total positiva, igual a zero ou negativa, dependendo das restrições aplicadas. 
A intenção do post não é aprofundar na parte técnica, mas – a título de curiosidade 
– saiba que a folga total positiva é causada quando o caminho de volta é calculado a 
partir de uma restrição do cronograma que é mais tarde que a “data de término mais 
cedo” que foi calculada durante o cálculo do caminho de ida. A folga total negativa é 
causada quando uma restrição nas “datas mais tarde” é violada pela duração e lógica. A 
análise de folga negativa é uma técnica que ajuda a encontrar possíveis formas 
aceleradas de colocar um cronograma atrasado de volta aos trilhos. 
10) Folga do projeto: 
É a quantidade de tempo que o projeto pode atrasar sem que atrase a data de 
entrega imposta pelo cliente. 
11) Caminho crítico: 
A ordem de realização de tarefas, em um cronograma, é denominada “caminho”. O 
caminho crítico, por sua vez, é a sequência de atividades que representa o caminho mais 
longo de um projeto, que determina a sua menor duração possível. O caminho mais 
longo tem a menor folga total—geralmente zero. Cuidado com isso, pois é muito 
encontrar engenheiros afirmando que a folga total do caminho crítico de um projetoé 
“sempre zero”, e isso é um erro! 
Ademais, as datas resultantes de início e término mais cedo e início e término mais tarde 
não são necessariamente o cronograma do projeto, mas sim uma indicação dos períodos 
de tempo dentro dos quais a atividade poderia ser executada, usando os parâmetros 
inseridos no modelo do cronograma para durações de atividades, relações lógicas, 
antecipações, esperas, e outras restrições conhecidas. 
 
DIAGRAMA DE REDES COM REPRESENTAÇÃO DO CAMINHO CRÍTICO 
Além disso, as redes do cronograma podem ter múltiplos caminhos quase críticos. 
12) Tipos de Relacionamentos: 
O desenvolvimento do MDP tem por base uma lista de atividades previamente 
estabelecida, na qual o profissional responsável por montá-lo analisará a Estrutura 
Analítica de Projetos (EAP), o dicionário da EAP, bem como as demais atividades que 
julgar necessárias para o sucesso do projeto. Em diagramas de rede podemos 
visualizar quatro tipos de relacionamento: 
1. Término para Início – Esse é o tipo de relacionamento mais comum no setor da 
Construção Civil. Para que uma atividade sucessora se inicie é necessário que a seu 
predecessor, de quem depende, seja finalizada. Conforme explica o Project 
Management Body of Knowledge (PMBOK), trata-se de um relacionamento lógico 
em que uma atividade sucessora não pode começar até que uma atividade 
predecessora tenha terminado. Um exemplo simples seria o processo de 
concretagem de pilares (sucessora), o qual depende sumariamente da prévia 
montagem de fôrmas (predecessora). 
 
RELAÇÃO TÉRMINO-PARA-INÍCIO 
1. Início para Início (II) – Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora 
não pode ser iniciada até que uma atividade predecessora tenha sido iniciada. Por 
exemplo, o nivelamento do concreto (sucessora) não pode ser iniciado até que a 
colocação da fundação (predecessora) seja iniciada. 
 
RELACIONAMENTO TIPO INÍCIO-PARA-INÍCIO 
1. Término para Término (TT) – Um relacionamento lógico em que uma atividade 
sucessora não pode terminar até que a atividade predecessora tenha terminado. 
Existem atividades (sucessoras) que somente cessam quando igualmente houverem 
cessados os recursos (predecessoras), por exemplo, de modo que sua continuidade 
seja vinculada – uma somente termina quando outra também terminar. 
 
RELACIONAMENTO DO TIPO TÉRMINO-PARA-TÉRMINO 
1. Início para Término (IT) – De acordo com o PBMOK 6ª edição, trata-se de um 
relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode ser terminada até 
que uma atividade predecessora tenha sido iniciada. Por exemplo, um novo sistema 
de contas a pagar (sucessor) tem que começar antes que o velho sistema de contas 
a pagar (predecessor) possa ser desativado. 
 
RELACIONAMENTO DO TIPO INÍCIO-PARA-TÉRMINO 
Este último relacionamento MDP é um dos mais raros de se encontrar em projetos 
da Construção Civil. 
Duas atividades podem ter dois relacionamentos lógicos ao mesmo tempo (por 
exemplo, II e TT). Vários relacionamentos entre as mesmas atividades não são 
recomendáveis, assim, uma decisão tem que ser tomada para escolher o 
relacionamento de mais alto impacto. Ciclos fechados tampouco são recomendados 
em relacionamentos lógicos. 
13) Tipos de Dependência 
Por fim, vamos comentar sobre os tipos de dependência me um MDP. A dependência 
tem quatro atributos, mas dois podem ser aplicáveis ao mesmo tempo das seguintes 
maneiras: dependências externas obrigatórias, dependências internas obrigatórias, 
dependências externas arbitradas, ou dependências internas arbitradas. 
1. Dependência Obrigatória – As dependências obrigatórias são as exigidas legal ou 
contratualmente ou inerentes à natureza do trabalho. As dependências obrigatórias 
frequentemente envolvem limitações físicas, tais como num projeto de construção 
onde é impossível erguer a superestrutura antes que a fundação tenha sido 
concluída. 
2. Dependência Arbitrada – As dependências arbitradas às vezes são chamadas de 
lógica preferida, lógica preferencial ou “soft logic”. As dependências arbitradas são 
estabelecidas com base no conhecimento das melhores práticas numa área de 
aplicação específica ou em algum aspecto singular do projeto onde uma sequência 
específica é desejada, mesmo que haja outras sequências aceitáveis. Por exemplo, 
práticas recomendadas geralmente aceitas especificam que, durante uma 
construção, o trabalho elétrico comece depois de terminar o trabalho de 
encanamento. Esta ordem não é obrigatória e ambas as atividades podem ocorrer 
ao mesmo tempo (em paralelo), mas realizar as atividades em ordem sequencial 
reduz o risco geral do projeto. 
3. Dependência Externa – As dependências externas envolvem um relacionamento 
entre as atividades do projeto e as não pertencentes ao projeto. Tais dependências 
normalmente não estão sob o controle da equipe do projeto. 
4. Dependência Interna – As dependências internas envolvem uma relação de 
precedência entre as atividades do projeto e estão geralmente sob o controle da 
equipe do projeto

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