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BOVINOCULTURA DE LEITE TIPOS DE CRIAÇÃO •Sistema Extensivo: -idade elevada do primeiro parto → 40 a 60 meses; -base ZEBU → Gir e Guzerá; -baixa produção (8-9kg de leite/vaca/dia); leite de baixa qualidade; baixa rentabilidade; -leite sazonal → apenas em uma determinada época; -ordenha manual; locais de grandes extensões (à pasto); -animais com baixa aptidão leiteira; •Sistema Semi-Intensivo: -mais preocupação com a qualidade do produto; menor diferença entressafra -produção a pasto na época das águas e estratégia e técnica de suplementação de volumoso e/ou concentrado nos períodos críticos; -base MESTIÇOS → ½ a 7/8 TZ; -produção de 10-15kg de leite/vaca/dia; •Sistema Semi-Intensivo a pasto: -maior produção de leite por unidade de área; -manejo de pastagem adequado e exploração de forrageiras de alta produtividade no períodos das águas; -uso de fertilizantes e alimentos suplementares durante a época de seca; -base TAURINOS ou MESTIÇOS → 7/8 TZ; -raças Holandesa, Pardo-Suíço e Jersey → 16-18kg de leite/vaca/dia; •Sistema Semi-Intensivo em confinamento (intensivo): -maior produção de leite por área e por animal; maximiza o potencial genético; -alimentação baseada em volumosos fresco ou conservados enriquecido com concentrado (40-60% da dieta); -fornecidos no cocho sob a forma de “dieta total”; -base TAURINOS → Holandesa, Pardo-Suíço e Jersey → >20kg de leite/vaca/dia. -Estábulos Convencionais: local da ordenha e alimentação das vacas; sala de leite; cômodo de máquinas para ordenha mecânica; baias para os bezerros; sanitários e vestiários; -Estábulos Modernos: →Estabulação Livre (Open Lot): corredor de alimentação; →Estabulação livre com camas (Loose Housing): corredor de alimentação + áreas de camas coletivas. -possui tanto área coberta, para os animais se protegerem do tempo, quanto área livre, para os mesmos poderem andar. →Estabulação livre com camas com divisórias (Free Stall): corredor de alimentação + áreas de camas com divisórias (individuais); -ficam soltas dentro da própria baia e possui somente área coberta. →Estabulação Contida (Tie Stall): corredor de alimentação com camas anexas; -as vacas ficam presas por uma corrente, com a cabeça para o cocho e não podem sair, apenas levantar e deitar. →Compost Barn: vacas ficam soltas apenas no galpão, contendo acesso para os cochos de alimentação; -local com cama coletiva e feita de compostagem, a qual deve ser virada de 2-3 vezes no dia, para manter a cama seca. RAÇAS LEITEIRAS -Especializadas X Não Especializadas; -São avaliadas nos seguintes tópicos: →A) Grupo Racional → Taurino ou Zebuíno →B) Tamanho →C) Características Produtivas → nível de produção e composição do leite →D) Características Reprodutivas → Precocidade. RAÇA A B C D Holandesa Taurino Grande Porte → 600-700kg, 1,40- 1,50m; - ±7500kg/305 dias de lactação (25kg/vaca/dia); - 3,5% de gordura e 3,2% de proteína; -IPP: 26 a 28 meses Pardo-Suíço Taurino Grande Porte → 600-700kg, 1,40- 1,50m; - ±7000kg/305 dias de lactação (22,5kg/vaca/dia); - 3,8% de gordura e 3,4% de proteína; -IPP: 26 a 28 meses Jersey Taurino Pequeno Porte → 350-450kg, 1,15- 1,30m; - ±4500kg/305 dias de lactação (15kg/vaca/dia); - 4,5% de gordura e 3,7% de proteína; -IPP: 24 a 26 meses Gir Zebuíno Médio Porte → 480-520kg, 1,22- 1,33m; - ±2900kg/305 dias de lactação (9,5kg/vaca/dia); - 5,5% de gordura e 4,3% de proteína; -IPP: 36 a 42 meses Guzerá Zebuíno Médio Porte → 500-600kg, 1,30- 1,40m; - ±2600kg/305 dias de lactação (8,5kg/vaca/dia); - 5,5% de gordura e 4,3% de proteína; -IPP: 36 a 42 meses Girolando Taurino x Zebuíno Médio Porte → 500-600kg, 1,30- 1,40m; - ±3600kg/305 dias de lactação (12,5kg/vaca/dia); - 4% de gordura e 3,6% de proteína; -IPP: 30 a 36 meses *IPP: Idade do Primeiro Parto MELHORAMENTO GENÉTICO DE BOVINOS LEITEIROS -É levado em consideração: quantidade adequada de leite em cada lactação; qualidade do leite; longevidade das vacas; desempenho reprodutivo satisfatório; saúde animal. -Genótipo: conjunto de genes do indivíduo que determinam características próprias; -Fenótipo: Genótipo + Ambiente → características expressadas pelo individuo → características morfológicas, fisiológicas, comportamentais; →Ex: cor do olho, cor do pelo, tipo sanguíneo. -Ambiente: conjunto de fatores que interfere nas características avaliadas, com exceção dos genes → manejo, nutrição, alimentação, instalações, condições edafoclimáticas (aquelas relativas ao clima e ao solo) -Herdabilidade: razão da variação genotípica à variação fenotípica → depende da variação ambiental; →Baixa (0-0,1), Média (0,1-0,3) e Alta (>0,3) → variação devido as diferenças ambientais; →Alta correlação genótipo/fenótipo ocorre devido as diferenças genéticas; →a variabilidade do fenótipo pode ser atribuída pela variação genética. -Repetibilidade/Acurácia: expressão da mesma característica em diferentes épocas da vida do mesmo; -Correlações Genéticas e Fenótipas: reflexo de uma característica influindo sobre a outra, com maior ou menor grau; →Alta Correlação, Nenhuma Correlação ou Correlação Negativa; -Heterose: superioridade média dos filhos em relação aos pais → VIGOR HÍBRIDO (melhoramento de qualquer qualidade biológica); →é maior quando obtido na primeira geração → F1 -Teste de Progênie: avalia os pais através do desempenho reprodutivo de seus filhos; →Há necessidade de avaliar o desempenho dos filhos (as) do reprodutor, comparada com a população; →realiza a estimativa da capacidade prevista de transmissão (PTA – Prodicted Transmitting Ability)) ou diferença esperada da progênie (DEP); →DEP: é a previsão da capacidade de um animal transmitir para os seus descendentes genes que afetarão no desempenho de uma determinada característica, observando o que os filhos daqueles animais terão a mais que os pais; →PTA = valor genético de animal/2 -Características de importância econômica, herdáveis e mensuráveis: produção de leite, composição do leite, vida produtiva ou longevidade, características de reprodução (atuais), consumo de nutrientes e eficiência alimentar, condição corporal e saúde animal (em estudo). -Interação Genótipo-Ambiente: extrema importância na seleção de genótipos mais adequados a determinado ambiente. As diferenças entre genótipos dependem das condições ambientais, ou seja, dos sistemas de produção. -Estratégia de cruzamento: utilizar as diferenças entre as raças (produção, reprodução, saúde, sobrevivência, adaptação). -Objetivos dos cruzamentos: produção da heterose, ou seja, incorporação dos genes desejáveis (no cruzamento é mais rápido do que na seleção). →Cruzamento Absorvente (ou Contínuo): substituição da raça local por uma raça nova, de forma rápida, a cada geração, na qual a porcentagem dos genes da população local é reduzida à metade. Via reprodução ou IA; -Patrimônio genético da raça inicial escolhida, vai sendo absorvida; →Cruzamento rotativo (ou alternado) de duas raças: dois touros simultaneamente, de dois grupos raciais. Exige-se identificação das fêmeas de acordo com a constituição genética. Deve ser acasalada cada fêmea com o touro da raça apropriada. Requer registros zootécnicos e monta controlada; -União de 2 ou mais raças para mante o bom nível de heterose, possibilitando utilizar matrizes mestiças para a reprodução; -Machos: devem ser escolhidos para serem REPRODUTORES → raças com maior aptidão para crescimento e produção de leite. -Fêmeas: devem ser escolhidas para fornecerem MATRIZES → raças com melhor taxa de fertilidade, boa habilidade materna e menor peso adulto (tamanho). -Métodos de melhoramento genético: →Seleção de reprodutores pelo pedigree: importante na avaliação de animais jovens; seleção contra genes recessivos indesejáveis. →Teste dePerformance: os dados são obtidos através da observação do próprio animal, avaliando o seu desempenho. →Teste de Progênie: a avaliação somente é válida quando houve a comparação dos pais com o desempenho produtivo de seus descendentes. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO E DINÂMICA DA PRODUÇÃO •FASES DA GLÂNDULA MAMÁRIA: →1º Mamogênese: desenvolvimento da glândula mamária →2º Lactogênese: princípio da lactação →3º Galactopoiese: manutenção da lactação →4º Involução: repressão da glândula •SÍNTESE DA SECREÇÃO DO LEITE – MODIFICAÇÃO METABÓLICAS ASSOCIADAS A LACTAÇÃO -↑ ingestão de alimentos -↑ ingestão de água - Hipertrofia do trato intestinal → ↑ absorção de nutrientes -Hipertrofia da glândula mamária - Hipertrofia do fígado -Hipertrofia do coração -↓ da necessidade do tecido periférico → ↑ disponibilidade de nutrientes para a síntese do leite •PRINCIPAIS COMPONENTES DO LEITE: -Água → 87% -Gordura → 3,5-5% (variável devido a genética) -Lactose → 4,85% -Proteína → 3-4,5% (caseína,β e α-lactoalbumina) -Minerais → Ca e P -Vitaminas → A, B, D, E, K •SECREÇÃO DO LEITE: síntese intracelular com passagem do leite do citoplasma das células epiteliais para o lúmen alveolar. •DESCIDA DO LEITE: ejeção ativa do leite e saída passiva do leite das cisternas (estímulo da ocitocina). →A OCITOCINA também é o hormônio responsável pela contração muscular uterina na hora do parto. •INÍCIO DA LACTAÇÃO: intensificação do metabolismo da glândula mamária. •NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA PRODUÇÃO DE LEITE: ácidos graxos de cadeia longa, AA essenciais e glicose. •ADAPTAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS COM A LACTAÇÃO FUNÇÃO MODIFICAÇÃO METABÓLICA TECIDOS ENVOLVIDOS Síntese do leite -Uso aumentado de nutrientes -Glândula Mamária Ingestão e Digestão -↑consumo de água e alimento -Hipertrofia do trato digestivo -↑ a capacidade de absorção de nutrientes -SNC -Todos os segmentos do trato digestório Metabolismo dos Lipídeos -↑ lipólise -Tecido Adiposo Metabolismo da Glicose -↑ gliconeogênese -↑ glicólise -utiliza-se acetato como energia -Fígado -Glândula Mamária Metabolismo das Proteínas -Mobilização de reservas protéicas -Músculos e outros tecidos corporais Metabolismo Mineral -↑absorção -mobilização de reservas -Intestino; Osso; Rim; Fígado Metabolismo da Água -↑ absorção -expansão do volume plasmático -Intestino; Rim; SNC •ACETATO: percursor da síntese de ácidos graxos a serem depositados nos ruminantes Alimento •PRODUTOS DA FERMENTAÇÃO RUMINAL: Ácidos Graxos Voláteis (AGV); Gases (Carbônico e Metano); massa microbiana; calor; →AGV: principal fonte de energia para os ruminantes (90%), produzidos no rúmen pela fermentação microbiana de carboidratos (principal fonte para a fermentação) e, em alguns casos, das seguintes proteínas: -Acético (ácido graxo e gordura) → Acetato → 54-74% → principal AGV circulante, utilizado pelas células dos ruminantes, principalmente para a síntese de gordura (tecido adiposo); -Propiônico → Propionato → 16-27% → consumido pelas células da parede ruminal, captado pelo fígado, sendo o principal percursor de glicose no metabolismo dos ruminantes (CK + Gliconeogênese); -Butírico → Butirato → 6-15% → consumido pelas células das paredes ruminal como fonte de energia (60-80% do butirato pode ser convertido em acetato); Passagem Rúmen Degradação Massa Microbiana AGV Passagem Absorção PECTINA HEMICELULOSE CELULOSE AMIDO OLIGOSSACARÍDEOS (FRUTOSANOS) SACAROSE •PIRUVATO: é o componente resultante da conversão da glicose em duas moléculas. Tal elemento sofre uma descarboxilação oxidativa, sendo a ação que remove o CO2 do Piruvato (Ciclo de Ácido Cítrico), gerando o grupo Acetil, que se liga a coenzima A (CoA), gerando a Acetil-CoA, que é usada para o metabolismo celular. •PROPIONATO: é a principal fonte de glicose dos ruminantes. É absorvido pelo epitélio ruminal, passando pela circulação sanguínea e em seguida ao fígado, aonde é convertido a Succinil-CoA, conseguindo ingressar no Ciclo de Krebs. •LACTATO: molécula resultante da redução do piruvato através da fermentação láctica. Seu fornecimento de energia ocorre em baixos níveis de oxigênio. •ACETATO e BUTIRATO: ácidos graxos voláteis produzidos através da fermentação ruminal. Ambos são importantes precursores de corpos cetônicos GORDURA DO LEITE - MATÉRIA SECA (MS): alimento em matéria original, descontando o valor da umidade (água); →considerando a MS total consumida na dieta avalia-se a desempenho da produção → principal fator relacionado a produção; → Conversão alimentar: Kg de leite produzido, por Kg de MS consumida diariamente; →Silagem de milho: 30-35% de MS →a dieta é baseada na porcentagem de matéria seca → utiliza-se por volta de 1,5kg de MS para cada litro de leite GLICOSE PIRUVATO ACETIL-CoA -ACETATO -ETANOL -BUTIRATO PROPIONATO LACTATO -ACETATO -GLICOSE -AGCL -AMINOÁCIDOS Lactose do leite Proteínas do leite FORMATO OXALOACETATO METANO ACRILATO Relação positiva com a concentração molar do ácido acético e do butírico Relação negativa com a concentração molar do ácido propiônico -SÍNTESE DA LACTOSE: determina a quantidade de água, determinando a produção de leite, já que a água é o principal componente do leite → principal processo responsável pela extração de água para ser convertido em leite; →devido à estreita relação entre lactose e água, a lactose é o componente menos variável no leite (4,85%); → Carboidrato → Rúmen → AGV → Propionato → Fígado → Gliconeogênese → -FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE: →A. Genética: herdabilidade de 0,25 com produção de leite, gordura e proteína; -Correlação genética negativa entre produção e composição do leite → ↑produção ↓composição →B. Ambiente: temperaturas acima de 30ºC diminuem a produção de leite →C. Estágio de Lactação: Proteínas → ↓ até 5-10 semanas pós-parto e ↑ até o final da lactação -Gordura e Lactose → ↓ até 3 meses e depois aumenta →D. Idade: a produção de leite é maior em vacas multíparas devido ao desenvolvimento do pubere, quando comparada com vacas primíparas; - A quantidade de caseína ↓ conforme o número de partos (o pico da vaca é aos 3 anos) →E. Frequência de Ordenha: influencia no teor de gordura e proteína do leite; -úbere cheio ↑ a pressão nas células epiteliais, que ↓ sua atividade; -o conteúdo de gordura é maior e vacas ordenhadas mais vezes; -ordenha realizada 3x/dia ↑ de 5-15% o conteúdo de gordura e proteína e a produção de leite →F. Relação Volumoso/Concentrado: CHO não estruturais (Citoplasma → Solúveis → PROPIONATO) e não fibrosos → fermentados mais rápidos e quase completamente no rúmen; o amido é um substrato gliconeogênico para o fígado, produzindo glicose e propionato; ↑ a densidade/energia na dieta; -CHO estruturais (parede celular → celulose e hemicelulose → ACETATO E BUTIRATO → ácidos graxos do leite, com até 16 carbonos) e fibroso → estimula a produção de saliva e ruminação, fornece acetato e β-hidroxibutirato (gordura do leite), correspondem a ±50% dos ácidos graxos no leite (o restante é de origem corporal → mobilização de reservas). -↓Forragem e ↑Concentrado = ↓ácido acético e butírico (pouco) e ↑propiônico = ↓gordura e ↑produção de leite e de proteína -O tamanho da partícula de forragem (tamanho da fibra) interfere no teor de gordura no leite: →↓tamanho da fibra = ↓ruminação,salivação, pH ruminal e teor de gordura do leite, ↑[propionato] →o tamanho médio mínimo da fibra para prevenir a ↓ do teor de gordura do leite é de 0,6- 0,8cm; -↑Volumoso = ↑Acetato, butirato e gordura no leite; -↑Concentrado = ↑energia, fermentação ruminal (↓ pH ruminal), propionato, proteína microbiana, proteína do leite e a na produção; →↓tamanho do grão = ↑fermentação ruminal (↓pH ruminal) e da gordura do leite; -Ionóforos (Monensina): antibiótico que, seletivamente deprime ou inibe o crescimento de micro- organismos do rúmen, aumentando a performance animal, principalmente devido às alterações na fermentação ruminal → ↑propionato, produção de leite e proteína no leite e ↓ gordura do leite. →G. Amido: Fonte e qualidade → o amido é rapidamente fermentescível, podendo ↓ o pH ruminal, diminuindo a digestão da fibra, o aporte de acetato, utilizado para a síntese de gordura do leite. →H. Forragem: excesso de forragem pode diminuir CMS Glicose + Galactose LACTOSE -o conteúdo de fibras na dieta depende do estágio de maturidade e espécie de forragem; →E. Proteína: PNDR não aumenta o total de AA no duodeno, não reduz a síntese de proteína microbiana - PDR ↓ [NH3] no rúmen e a digestão da fibra, diminuindo a % de gordura do leite → proteína ruim; →J. Gordura: o ↑ da gordura na dieta pode ↑ a produção de leite de 2-2,5kg/dia, mais isso depende da adaptação dos animais; -Tipos de gordura: →1. Saturada: tende a ↑ a % de gordura do leite; →2. Insaturada: tende a ↓ a % de gordura do leite por reduzir a digestibilidade de fibra. VACA SECA •PERÍODO SECO: decisões nesse período influenciam do desenvolvimento da lactação seguinte -Adequada assistência ao parto -Manutenção adequada com ECC -Preparação da glândula mamária para a próxima lactação -Preparação do TGI para a próxima lactação -Minimizar a ocorrência de desordens digestivas, metabólicas e infecciosas -Duração do período seco: 45-60 dias Pré-Parto → <40 dias → involução da glândula mamária insuficiente →>70 dias → ↑ a chance de parição com ECC alto (>3,5) •PROCEDIMENTO DE SECAGEM: -Interrupção das ordenhas: ↑ pressão intra-alveolar, auxiliando o processo de secagem -Redução do fornecimento de alimentos → cessar a oferta de concentrado; -Prevenção e verificação de Mastite: 40% das novas infecções ocorrem no período seco; →Verificar no início da secagem se a vaca não está com mastite. Se o teste der negativo a vaca está apta para iniciar o processo de secagem, caso o contrário deve ser tratada a mastite. →realizar uma avaliação principalmente nas 3 primeiras semanas do período seco e na última semana do pré-parto; →esgotar todos os tetos e aplicar em todos os quartos antimicrobiano para vacas secas, auxiliando também no tratamento de mastite sub clínica; -4. ECC no período seco → ECC de 3-3,5, o ideal é a manutenção ou leves ganhos de ECC no período seco (0,25-0,5); →vacas gordas (>3,75) são mais susceptíveis a apresentarem alterações metabólicas e edema de úbere pós-parto. •AGRUPAMENTO DE VACAS SECAS: -Grupo 1: as vacas do sistema, aquelas que ainda estão no processo de secagem; -Grupo 2: as vacas que estão nos últimos 60 dias em relação a previsão do parto →Primeira Fase (Far-Off): Pós-Secagem → instalações mais simples, om menos conforto, como piquetes + cochos ou estábulos tipo “open-lot” → dieta de baixa energia e alta fibra, para facilitar o processo de secagem →Segunda Fase (Close-Up): 21 dias pré parto → minimizar a ocorrência de fatores geradores de estresse para que a vaca e o bezerro tenham condições sanitárias ideias → dieta com teor energético (menor ingestão de MS) e proteico aumentado, quando comparados aos fornecidos durante a primeira fase. -é comum ver fazendas que utilizam nesta fase uma dieta ANIÔNICA, a qual possui Sulfato e Cloreto para NEGATIVAR o Balanço Cátion-Aniônico, melhorando o metabolismo do Cálcio → ↓ a incidência de uma Hipocalcemia Puerperal. https://www.fundacaoroge.org.br/blog/5-dicas-infal%C3%ADveis-para-prevenir-a-mastite-em-vacas-leiteiras •ALIMENTAÇÃO: ↑ das exigências nutricionais em função da proximidade do parto e da diminuição da CMS (e de nutrientes) em função do tamanho do feto → ↑ a densidade nutricional da dieta (↓ V:C); -Na fase 1 o CMS é por volta de 1,8-2,2% do PV -Na fase 2 o CMS é por volta de 1,2-1,7% do PV -O ideal é formular as dietas com os mesmos componentes das dietas das vacas no início da lactação. •ASSISTÊNCIA AO PARTO: -25-30% das novilhas necessitam de assistência no primeiro parto -12-25% das multíparas necessitam de assistência no parto -A expulsão da placenta deve ocorrer até 24h depois do parto (sendo 12h o ideal), caso isso não ocorra, é considerado uma RETENÇÃO DE PLACENTA. -A RETENÇÃO DE PLACENTA é uma enfermidade caracterizada por uma falha no mecanismo de separação das estruturas que fixam a placenta ao útero da vaca (Placentoma); →o manejo nutricional pré-parto é muito importante para a prevenção dessa enfermidade, contendo níveis adequados de macro e micro minerais, Vit E e Selênio, conjuntamente a redução do estresse. •PERÍODO DE LACTAÇÃO: -Condições adequadas para o animal expressar seu potencial produtivo e para maximizar seu desempenho reprodutivo -Manutenção adequada do ECC -↓ ao mínimo a incidência de alterações de saúde nos animais de produção. •EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS: manutenção, produção, reprodução e crescimento -Nutrientes Dietéticos: CHO, proteínas, ácidos graxos, minerais e vitaminas -Vacas em lactação – critérios de agrupamento: produção de leite; dias em lactação (fase de lactação); ECC; situação reprodutiva; ordem de partos. •INSTALAÇÕES: prioridade de uso das instalações mais confortáveis para vacas no início da lactação. •ALIMENTAÇÃO: -Dietas de início de lactação: maior quantidade de concentrado e menor de volumoso → V:C= 60-40 : 40-60 -Dietas na Fase 2: quantidade intermediária de concentrado e volumoso → V:C = 70-50 : 30-50 -Dietas na Fase 3: menor quantidade de concentrado e mais quantidade de volumoso → V:C= 85-70 : 15-30 •PROBLEMAS COMUNS: -A. Vacas que apresentam no momento da secagem baixo ECC (<3) ou alto ECC (>4) -B. ECC além do necessário no pós-parto pode gerar → Cetose, Metrite, Retenção de Placenta, Mastite, Deslocamento de abomaso, etc -C. Vacas que estão próximas ao pico de lactação, aos 60 dias de lactação, apresentam mobilização de mais de 1 unidade de ECC -D. Vacas que no meio da lactação apresentam ECC menor que 2,5 → pode levar a doenças infecciosas, transtornos metabólicos, baixa eficiência reprodutiva, queda na produção de leite; →ou maior de 3,5 → pode gerar dificuldade na hora do parto, Síndrome da Vaca Gorda (Esteatose Hepática). BEZERROS •CRIAÇÃO DOS BEZERROS: -1. Ingestão de colostro: o bezerro absorve os ATC de 12h-24h de vida, tal alimento é considerado uma “vacina”, pois ao nascer, os bezerros estão praticamente insetos de ATC. O colostro deve ser o primeiro alimento ingerido, evitando contaminação e futuras enfermidades -2. Cura do Umbigo: iodo 10% por 5 dias, deixar por ± 30 segundos, fechando uma porta de entrada para infecções -3. Identificação -4. Vermifugação Preventiva: Ivermectina 1% SC; →A partir da 3a semana de vida, utiliza-se o BayCox (VO), sendo um medicamento preventivo e curativo para Coccidiose; -Peso ao nascimento: Holandesa e Pardo-Suíça → 40-45Kg -Jersey: 25-30kg -Gir e Guzera: 30-35Kg •ALIMENTAÇÃO: estratégia de desenvolvimento do rúmen -Sistema Taurino: aleitamento artificial → para sistema intensivo de produção, deve-se realizar um controle de qualidade e quantidade do leite fornecido. →Desmamar com 7-10 semanas de vida bezerro, pesando entre 75-80Kg PV; -Sistema Zebuíno: aleitamento natural → vacas que não descem o leite sem o bezerro; →melhor desempenho do bezerroe reduz a incidência e infecções na glândula mamária. •DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN: ao nascer o TD do bovino pode ser comparado ao dos monogástricos, sendo que a atividade gástrica é exercida pelo abomaso. O desenvolvimento dos pré-estômagos dos bovinos pode ser dividido em 3 fases: →1. Do nascimento a 3 semana de vida: pré ruminante → consumo apenas de leite →2. Período de transição: 3-8 semana de vida → os animais começam a ter acesso à alimento grosseiro juntamente com o leite →3. Ruminante Funcional: > 8 semanas → animais tem acesso a alimentos sólidos, apresentando as proporções dos estômagos semelhantes à de animais adultos -Bezerros que recebem uma dieta apenas de leite permanecem com os pré-estômagos rudimentares entre 14-15 semanas -Goteira Esofágica: leite ingerido passa pelo esôfago indo direto para o omaso, evitando o rúmen e o retículo, e do omaso vai para o abomaso, encaminhando-se para o intestino -Rúmen, Retículo e Omaso: desenvolvidos apenas na 12º semana de vida. O consumo de alimentos secos aceleram o desenvolvimentos dos pré-estômagos, aumentando a participação deles na superfície total do aparelho digestivo -Abomaso: funcionalmente ativo ao nascimento, utilizado para a digestão do leite; realiza digestão física e química -Otimização do desempenho animal -Redução de custos de criação -Síntese de AA essenciais e vitaminas -Capacidade de digerir a fibra do alimento -Reduz a incidência de diarreias. •NUTRIÇÃO DO BEZERRO: tem como objetivo promover o desenvolvimento precoce do rúmen. O bezerro depende exclusivamente das enzimas digestivas do abomaso e do intestino delgado para a metabolização de proteínas e CHO, mas a água pode ser absorvida no rúmen. -Dietas: Leite até o desmame; →Água a partir do 5º dia de vida →Concentrado a partir do 7º dia de vida → 0,5kg/dia →Volumoso a partir da 4a semana, preferencialmente feno. •CRIAÇÃO DE NOVILHA DE REPOSIÇÃO: -Bezerra: 0-3 meses -Novilha: 3-24 meses -Primeiro parto: 24 meses -Descarte: 72-84 meses (6 a 7 anos) PERÍODO TAURINOS - Meses ZEBUÍNOS - Meses Bezerra Lactante 0 -2 a 3 0 – 2 a 3 Pré Pubertal 3-4 a 10-12 3-4 a 16-20 1a Cobertura 14-17 24-27 Pós Pubertal 10-12 a 24-26 16-20 a 33-36 Parto 24-26 33-36 •METAS DE CRIAÇÃO E PESOS ALVO: -Peso a Puberdade: 38-42% do peso adulto -Peso a 1a cobertura/IA: 50-55% peso adulto -Peso ao 1º parto: 80-85% do peso adulto
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