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BOVINOCULTURA DE LEITE

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BOVINOCULTURA DE LEITE 
 
TIPOS DE CRIAÇÃO 
 
•Sistema Extensivo: 
-idade elevada do primeiro parto → 40 a 60 meses; 
-base ZEBU → Gir e Guzerá; 
-baixa produção (8-9kg de leite/vaca/dia); leite de baixa qualidade; baixa rentabilidade; 
-leite sazonal → apenas em uma determinada época; 
-ordenha manual; locais de grandes extensões (à pasto); 
-animais com baixa aptidão leiteira; 
 
•Sistema Semi-Intensivo: 
-mais preocupação com a qualidade do produto; menor diferença entressafra 
-produção a pasto na época das águas e estratégia e técnica de suplementação de volumoso e/ou 
concentrado nos períodos críticos; 
-base MESTIÇOS → ½ a 7/8 TZ; 
-produção de 10-15kg de leite/vaca/dia; 
 
•Sistema Semi-Intensivo a pasto: 
-maior produção de leite por unidade de área; 
-manejo de pastagem adequado e exploração de forrageiras de alta produtividade no períodos das águas; 
-uso de fertilizantes e alimentos suplementares durante a época de seca; 
-base TAURINOS ou MESTIÇOS → 7/8 TZ; 
-raças Holandesa, Pardo-Suíço e Jersey → 16-18kg de leite/vaca/dia; 
 
•Sistema Semi-Intensivo em confinamento (intensivo): 
-maior produção de leite por área e por animal; maximiza o potencial genético; 
-alimentação baseada em volumosos fresco ou conservados enriquecido com concentrado (40-60% da 
dieta); 
-fornecidos no cocho sob a forma de “dieta total”; 
-base TAURINOS → Holandesa, Pardo-Suíço e Jersey → >20kg de leite/vaca/dia. 
 
-Estábulos Convencionais: local da ordenha e alimentação das vacas; sala de leite; cômodo de máquinas 
para ordenha mecânica; baias para os bezerros; sanitários e vestiários; 
 
-Estábulos Modernos: 
→Estabulação Livre (Open Lot): corredor de alimentação; 
→Estabulação livre com camas (Loose Housing): corredor de alimentação + áreas de camas coletivas. 
 -possui tanto área coberta, para os animais se protegerem do tempo, quanto área livre, para os mesmos 
poderem andar. 
→Estabulação livre com camas com divisórias (Free Stall): corredor de alimentação + áreas de camas com 
divisórias (individuais); 
 -ficam soltas dentro da própria baia e possui somente área coberta. 
→Estabulação Contida (Tie Stall): corredor de alimentação com camas anexas; 
 -as vacas ficam presas por uma corrente, com a cabeça para o cocho e não podem sair, apenas levantar e 
deitar. 
→Compost Barn: vacas ficam soltas apenas no galpão, contendo acesso para os cochos de alimentação; 
 -local com cama coletiva e feita de compostagem, a qual deve ser virada de 2-3 vezes no dia, para manter 
a cama seca. 
 
 
RAÇAS LEITEIRAS 
 
-Especializadas X Não Especializadas; 
-São avaliadas nos seguintes tópicos: 
→A) Grupo Racional → Taurino ou Zebuíno 
→B) Tamanho 
→C) Características Produtivas → nível de produção e composição do leite 
→D) Características Reprodutivas → Precocidade. 
 
 
RAÇA A B C D 
Holandesa Taurino Grande Porte → 
600-700kg, 1,40-
1,50m; 
- ±7500kg/305 dias 
de lactação 
(25kg/vaca/dia); 
- 3,5% de gordura 
e 3,2% de 
proteína; 
-IPP: 26 a 28 
meses 
Pardo-Suíço Taurino Grande Porte → 
600-700kg, 1,40-
1,50m; 
- ±7000kg/305 dias 
de lactação 
(22,5kg/vaca/dia); 
- 3,8% de gordura 
e 3,4% de 
proteína; 
-IPP: 26 a 28 
meses 
Jersey Taurino Pequeno Porte → 
350-450kg, 1,15-
1,30m; 
- ±4500kg/305 dias 
de lactação 
(15kg/vaca/dia); 
- 4,5% de gordura 
e 3,7% de 
proteína; 
-IPP: 24 a 26 
meses 
Gir Zebuíno Médio Porte → 
480-520kg, 1,22-
1,33m; 
- ±2900kg/305 dias 
de lactação 
(9,5kg/vaca/dia); 
- 5,5% de gordura 
e 4,3% de 
proteína; 
-IPP: 36 a 42 
meses 
Guzerá Zebuíno Médio Porte → 
500-600kg, 1,30-
1,40m; 
- ±2600kg/305 dias 
de lactação 
(8,5kg/vaca/dia); 
- 5,5% de gordura 
e 4,3% de 
proteína; 
-IPP: 36 a 42 
meses 
Girolando Taurino x Zebuíno Médio Porte → 
500-600kg, 1,30-
1,40m; 
- ±3600kg/305 dias 
de lactação 
(12,5kg/vaca/dia); 
- 4% de gordura e 
3,6% de proteína; 
-IPP: 30 a 36 
meses 
 
*IPP: Idade do Primeiro Parto 
 
 
 
MELHORAMENTO GENÉTICO DE BOVINOS LEITEIROS 
 
-É levado em consideração: quantidade adequada de leite em cada lactação; qualidade do leite; 
longevidade das vacas; desempenho reprodutivo satisfatório; saúde animal. 
 
-Genótipo: conjunto de genes do indivíduo que determinam características próprias; 
 
-Fenótipo: Genótipo + Ambiente → características expressadas pelo individuo 
 → características morfológicas, fisiológicas, comportamentais; 
 →Ex: cor do olho, cor do pelo, tipo sanguíneo. 
 
-Ambiente: conjunto de fatores que interfere nas características avaliadas, com exceção dos genes → 
manejo, nutrição, alimentação, instalações, condições edafoclimáticas (aquelas relativas ao clima e ao solo) 
 
-Herdabilidade: razão da variação genotípica à variação fenotípica → depende da variação ambiental; 
 →Baixa (0-0,1), Média (0,1-0,3) e Alta (>0,3) → variação devido as diferenças ambientais; 
 →Alta correlação genótipo/fenótipo ocorre devido as diferenças genéticas; 
 →a variabilidade do fenótipo pode ser atribuída pela variação genética. 
 
-Repetibilidade/Acurácia: expressão da mesma característica em diferentes épocas da vida do mesmo; 
 
-Correlações Genéticas e Fenótipas: reflexo de uma característica influindo sobre a outra, com maior ou 
menor grau; 
 →Alta Correlação, Nenhuma Correlação ou Correlação Negativa; 
 
-Heterose: superioridade média dos filhos em relação aos pais → VIGOR HÍBRIDO (melhoramento de 
qualquer qualidade biológica); 
 →é maior quando obtido na primeira geração → F1 
 
-Teste de Progênie: avalia os pais através do desempenho reprodutivo de seus filhos; 
 →Há necessidade de avaliar o desempenho dos filhos (as) do reprodutor, comparada com a população; 
 →realiza a estimativa da capacidade prevista de transmissão (PTA – Prodicted Transmitting Ability)) ou 
diferença esperada da progênie (DEP); 
 →DEP: é a previsão da capacidade de um animal transmitir para os seus descendentes genes que 
afetarão no desempenho de uma determinada característica, observando o que os filhos daqueles animais 
terão a mais que os pais; 
 →PTA = valor genético de animal/2 
 
-Características de importância econômica, herdáveis e mensuráveis: produção de leite, composição do 
leite, vida produtiva ou longevidade, características de reprodução (atuais), consumo de nutrientes e 
eficiência alimentar, condição corporal e saúde animal (em estudo). 
 
-Interação Genótipo-Ambiente: extrema importância na seleção de genótipos mais adequados a 
determinado ambiente. As diferenças entre genótipos dependem das condições ambientais, ou seja, dos 
sistemas de produção. 
 
-Estratégia de cruzamento: utilizar as diferenças entre as raças (produção, reprodução, saúde, 
sobrevivência, adaptação). 
 
-Objetivos dos cruzamentos: produção da heterose, ou seja, incorporação dos genes desejáveis (no 
cruzamento é mais rápido do que na seleção). 
→Cruzamento Absorvente (ou Contínuo): substituição da raça local por uma raça nova, de forma rápida, a 
cada geração, na qual a porcentagem dos genes da população local é reduzida à metade. Via reprodução ou 
IA; 
 -Patrimônio genético da raça inicial escolhida, vai sendo absorvida; 
→Cruzamento rotativo (ou alternado) de duas raças: dois touros simultaneamente, de dois grupos raciais. 
Exige-se identificação das fêmeas de acordo com a constituição genética. Deve ser acasalada cada fêmea 
com o touro da raça apropriada. Requer registros zootécnicos e monta controlada; 
 -União de 2 ou mais raças para mante o bom nível de heterose, possibilitando utilizar matrizes mestiças 
para a reprodução; 
 -Machos: devem ser escolhidos para serem REPRODUTORES → raças com maior aptidão para 
crescimento e produção de leite. 
 -Fêmeas: devem ser escolhidas para fornecerem MATRIZES → raças com melhor taxa de fertilidade, boa 
habilidade materna e menor peso adulto (tamanho). 
 
-Métodos de melhoramento genético: 
→Seleção de reprodutores pelo pedigree: importante na avaliação de animais jovens; seleção contra genes 
recessivos indesejáveis. 
→Teste dePerformance: os dados são obtidos através da observação do próprio animal, avaliando o seu 
desempenho. 
→Teste de Progênie: a avaliação somente é válida quando houve a comparação dos pais com o 
desempenho produtivo de seus descendentes. 
 
 
 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO E DINÂMICA DA PRODUÇÃO 
 
•FASES DA GLÂNDULA MAMÁRIA: 
→1º Mamogênese: desenvolvimento da glândula mamária 
→2º Lactogênese: princípio da lactação 
→3º Galactopoiese: manutenção da lactação 
→4º Involução: repressão da glândula 
 
•SÍNTESE DA SECREÇÃO DO LEITE – MODIFICAÇÃO METABÓLICAS ASSOCIADAS A LACTAÇÃO 
-↑ ingestão de alimentos 
-↑ ingestão de água 
- Hipertrofia do trato intestinal → ↑ absorção de nutrientes 
-Hipertrofia da glândula mamária 
- Hipertrofia do fígado 
-Hipertrofia do coração 
-↓ da necessidade do tecido periférico → ↑ disponibilidade de nutrientes para a síntese do leite 
 
•PRINCIPAIS COMPONENTES DO LEITE: 
-Água → 87% -Gordura → 3,5-5% (variável devido a genética) 
-Lactose → 4,85% -Proteína → 3-4,5% (caseína,β e α-lactoalbumina) 
-Minerais → Ca e P -Vitaminas → A, B, D, E, K 
 
•SECREÇÃO DO LEITE: síntese intracelular com passagem do leite do citoplasma das células epiteliais para o 
lúmen alveolar. 
 
•DESCIDA DO LEITE: ejeção ativa do leite e saída passiva do leite das cisternas (estímulo da ocitocina). 
 →A OCITOCINA também é o hormônio responsável pela contração muscular uterina na hora do parto. 
 
•INÍCIO DA LACTAÇÃO: intensificação do metabolismo da glândula mamária. 
 
•NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA PRODUÇÃO DE LEITE: ácidos graxos de cadeia longa, AA essenciais e 
glicose. 
 
 
•ADAPTAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS COM A LACTAÇÃO 
 
FUNÇÃO MODIFICAÇÃO METABÓLICA TECIDOS ENVOLVIDOS 
Síntese do leite -Uso aumentado de nutrientes -Glândula Mamária 
Ingestão e Digestão -↑consumo de água e alimento 
-Hipertrofia do trato digestivo 
-↑ a capacidade de absorção de 
nutrientes 
-SNC 
-Todos os segmentos do trato 
digestório 
Metabolismo dos Lipídeos -↑ lipólise -Tecido Adiposo 
Metabolismo da Glicose -↑ gliconeogênese 
-↑ glicólise 
-utiliza-se acetato como energia 
-Fígado 
-Glândula Mamária 
Metabolismo das Proteínas -Mobilização de reservas 
protéicas 
-Músculos e outros tecidos 
corporais 
Metabolismo Mineral -↑absorção 
-mobilização de reservas 
-Intestino; Osso; Rim; Fígado 
Metabolismo da Água -↑ absorção 
-expansão do volume plasmático 
-Intestino; Rim; SNC 
 
•ACETATO: percursor da síntese de ácidos graxos a serem depositados nos ruminantes 
 
 
 
 
 
Alimento 
 
 
 
 
•PRODUTOS DA FERMENTAÇÃO RUMINAL: Ácidos Graxos Voláteis (AGV); Gases (Carbônico e Metano); 
massa microbiana; calor; 
→AGV: principal fonte de energia para os ruminantes (90%), produzidos no rúmen pela fermentação 
microbiana de carboidratos (principal fonte para a fermentação) e, em alguns casos, das seguintes 
proteínas: 
 -Acético (ácido graxo e gordura) → Acetato → 54-74% → principal AGV circulante, utilizado pelas células 
dos ruminantes, principalmente para a síntese de gordura (tecido adiposo); 
 -Propiônico → Propionato → 16-27% → consumido pelas células da parede ruminal, captado pelo 
fígado, sendo o principal percursor de glicose no metabolismo dos ruminantes (CK + Gliconeogênese); 
 -Butírico → Butirato → 6-15% → consumido pelas células das paredes ruminal como fonte de energia 
(60-80% do butirato pode ser convertido em acetato); 
 
 
 
 
 
Passagem 
Rúmen 
Degradação 
Massa 
Microbiana 
AGV 
Passagem 
Absorção 
 
 
 
 
PECTINA 
HEMICELULOSE 
CELULOSE 
AMIDO 
OLIGOSSACARÍDEOS (FRUTOSANOS) 
SACAROSE 
 
 
 
 
•PIRUVATO: é o componente resultante da conversão da glicose em duas moléculas. Tal elemento sofre 
uma descarboxilação oxidativa, sendo a ação que remove o CO2 do Piruvato (Ciclo de Ácido Cítrico), 
gerando o grupo Acetil, que se liga a coenzima A (CoA), gerando a Acetil-CoA, que é usada para o 
metabolismo celular. 
•PROPIONATO: é a principal fonte de glicose dos ruminantes. É absorvido pelo epitélio ruminal, passando 
pela circulação sanguínea e em seguida ao fígado, aonde é convertido a Succinil-CoA, conseguindo 
ingressar no Ciclo de Krebs. 
•LACTATO: molécula resultante da redução do piruvato através da fermentação láctica. Seu fornecimento 
de energia ocorre em baixos níveis de oxigênio. 
•ACETATO e BUTIRATO: ácidos graxos voláteis produzidos através da fermentação ruminal. Ambos são 
importantes precursores de corpos cetônicos 
 
 
 
 
GORDURA DO LEITE 
 
 
 
 
 
- MATÉRIA SECA (MS): alimento em matéria original, descontando o valor da umidade (água); 
 →considerando a MS total consumida na dieta avalia-se a desempenho da produção → principal fator 
relacionado a produção; 
 → Conversão alimentar: Kg de leite produzido, por Kg de MS consumida diariamente; 
 →Silagem de milho: 30-35% de MS 
 →a dieta é baseada na porcentagem de matéria seca → utiliza-se por volta de 1,5kg de MS para cada 
litro de leite 
 
GLICOSE PIRUVATO ACETIL-CoA 
-ACETATO 
-ETANOL 
-BUTIRATO 
PROPIONATO 
LACTATO 
-ACETATO 
-GLICOSE 
-AGCL 
-AMINOÁCIDOS 
Lactose do leite 
Proteínas do leite 
FORMATO 
OXALOACETATO 
METANO 
ACRILATO 
Relação positiva com a 
concentração molar do ácido 
acético e do butírico 
Relação negativa com a 
concentração molar do ácido 
propiônico 
-SÍNTESE DA LACTOSE: determina a quantidade de água, determinando a produção de leite, já que a água é 
o principal componente do leite → principal processo responsável pela extração de água para ser 
convertido em leite; 
 →devido à estreita relação entre lactose e água, a lactose é o componente menos variável no leite 
(4,85%); 
 
 → Carboidrato → Rúmen → AGV → Propionato → Fígado → Gliconeogênese → 
 
 
 
 
 
 
-FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE: 
 →A. Genética: herdabilidade de 0,25 com produção de leite, gordura e proteína; 
 -Correlação genética negativa entre produção e composição do leite → ↑produção 
↓composição 
 →B. Ambiente: temperaturas acima de 30ºC diminuem a produção de leite 
 →C. Estágio de Lactação: Proteínas → ↓ até 5-10 semanas pós-parto e ↑ até o final da lactação 
 -Gordura e Lactose → ↓ até 3 meses e depois aumenta 
 →D. Idade: a produção de leite é maior em vacas multíparas devido ao desenvolvimento do pubere, 
quando comparada com vacas primíparas; 
 - A quantidade de caseína ↓ conforme o número de partos (o pico da vaca é aos 3 anos) 
 →E. Frequência de Ordenha: influencia no teor de gordura e proteína do leite; 
 -úbere cheio ↑ a pressão nas células epiteliais, que ↓ sua atividade; 
 -o conteúdo de gordura é maior e vacas ordenhadas mais vezes; 
 -ordenha realizada 3x/dia ↑ de 5-15% o conteúdo de gordura e proteína e a 
produção de leite 
 →F. Relação Volumoso/Concentrado: CHO não estruturais (Citoplasma → Solúveis → PROPIONATO) e 
não fibrosos → fermentados mais rápidos e quase completamente no rúmen; o amido é um substrato 
gliconeogênico para o fígado, produzindo glicose e propionato; ↑ a densidade/energia na dieta; 
 -CHO estruturais (parede celular → celulose e hemicelulose → ACETATO E BUTIRATO → 
ácidos graxos do leite, com até 16 carbonos) e fibroso → estimula a produção de saliva e ruminação, 
fornece acetato e β-hidroxibutirato (gordura do leite), correspondem a ±50% dos ácidos graxos no leite (o 
restante é de origem corporal → mobilização de reservas). 
 -↓Forragem e ↑Concentrado = ↓ácido acético e butírico (pouco) e ↑propiônico 
 = ↓gordura e ↑produção de leite e de proteína 
 
 -O tamanho da partícula de forragem (tamanho da fibra) interfere no teor de gordura no leite: 
 →↓tamanho da fibra = ↓ruminação,salivação, pH ruminal e teor de gordura do leite, 
↑[propionato] 
 →o tamanho médio mínimo da fibra para prevenir a ↓ do teor de gordura do leite é de 0,6-
0,8cm; 
 -↑Volumoso = ↑Acetato, butirato e gordura no leite; 
 -↑Concentrado = ↑energia, fermentação ruminal (↓ pH ruminal), propionato, proteína 
microbiana, proteína do leite e a na produção; 
 →↓tamanho do grão = ↑fermentação ruminal (↓pH ruminal) e da gordura do leite; 
 -Ionóforos (Monensina): antibiótico que, seletivamente deprime ou inibe o crescimento de micro-
organismos do rúmen, aumentando a performance animal, principalmente devido às alterações na 
fermentação ruminal → ↑propionato, produção de leite e proteína no leite e ↓ gordura do leite. 
 
 →G. Amido: Fonte e qualidade → o amido é rapidamente fermentescível, podendo ↓ o pH ruminal, 
diminuindo a digestão da fibra, o aporte de acetato, utilizado para a síntese de gordura do leite. 
 →H. Forragem: excesso de forragem pode diminuir CMS 
Glicose 
+ 
Galactose 
LACTOSE 
 -o conteúdo de fibras na dieta depende do estágio de maturidade e espécie de forragem; 
 →E. Proteína: PNDR não aumenta o total de AA no duodeno, não reduz a síntese de proteína microbiana 
 - PDR ↓ [NH3] no rúmen e a digestão da fibra, diminuindo a % de gordura do leite → 
proteína ruim; 
 →J. Gordura: o ↑ da gordura na dieta pode ↑ a produção de leite de 2-2,5kg/dia, mais isso depende da 
adaptação dos animais; 
 -Tipos de gordura: 
 →1. Saturada: tende a ↑ a % de gordura do leite; 
 →2. Insaturada: tende a ↓ a % de gordura do leite por reduzir a digestibilidade de 
fibra. 
 
VACA SECA 
 
•PERÍODO SECO: decisões nesse período influenciam do desenvolvimento da lactação seguinte 
-Adequada assistência ao parto 
-Manutenção adequada com ECC 
-Preparação da glândula mamária para a próxima lactação 
-Preparação do TGI para a próxima lactação 
-Minimizar a ocorrência de desordens digestivas, metabólicas e infecciosas 
-Duração do período seco: 45-60 dias Pré-Parto 
 → <40 dias → involução da glândula mamária insuficiente 
 →>70 dias → ↑ a chance de parição com ECC alto (>3,5) 
 
 
•PROCEDIMENTO DE SECAGEM: 
-Interrupção das ordenhas: ↑ pressão intra-alveolar, auxiliando o processo de secagem 
-Redução do fornecimento de alimentos → cessar a oferta de concentrado; 
-Prevenção e verificação de Mastite: 40% das novas infecções ocorrem no período seco; 
 →Verificar no início da secagem se a vaca não está com mastite. Se o teste der negativo a vaca está apta 
para iniciar o processo de secagem, caso o contrário deve ser tratada a mastite. 
 →realizar uma avaliação principalmente nas 3 primeiras semanas do período seco e na última semana do 
pré-parto; 
 →esgotar todos os tetos e aplicar em todos os quartos antimicrobiano para vacas secas, auxiliando 
também no tratamento de mastite sub clínica; 
-4. ECC no período seco → ECC de 3-3,5, o ideal é a manutenção ou leves ganhos de ECC no período seco 
(0,25-0,5); 
 →vacas gordas (>3,75) são mais susceptíveis a apresentarem alterações metabólicas e edema de úbere 
pós-parto. 
 
•AGRUPAMENTO DE VACAS SECAS: 
-Grupo 1: as vacas do sistema, aquelas que ainda estão no processo de secagem; 
-Grupo 2: as vacas que estão nos últimos 60 dias em relação a previsão do parto 
 →Primeira Fase (Far-Off): Pós-Secagem → instalações mais simples, om menos conforto, como piquetes 
+ cochos ou estábulos tipo “open-lot” → dieta de baixa energia e alta fibra, para facilitar o processo de 
secagem 
 →Segunda Fase (Close-Up): 21 dias pré parto → minimizar a ocorrência de fatores geradores de estresse 
para que a vaca e o bezerro tenham condições sanitárias ideias → dieta com teor energético (menor 
ingestão de MS) e proteico aumentado, quando comparados aos fornecidos durante a primeira fase. 
 -é comum ver fazendas que utilizam nesta fase uma dieta ANIÔNICA, a qual possui Sulfato e Cloreto 
para NEGATIVAR o Balanço Cátion-Aniônico, melhorando o metabolismo do Cálcio → ↓ a incidência de 
uma Hipocalcemia Puerperal. 
 
https://www.fundacaoroge.org.br/blog/5-dicas-infal%C3%ADveis-para-prevenir-a-mastite-em-vacas-leiteiras
•ALIMENTAÇÃO: ↑ das exigências nutricionais em função da proximidade do parto e da diminuição da 
CMS (e de nutrientes) em função do tamanho do feto → ↑ a densidade nutricional da dieta (↓ V:C); 
-Na fase 1 o CMS é por volta de 1,8-2,2% do PV 
-Na fase 2 o CMS é por volta de 1,2-1,7% do PV 
-O ideal é formular as dietas com os mesmos componentes das dietas das vacas no início da lactação. 
 
•ASSISTÊNCIA AO PARTO: 
-25-30% das novilhas necessitam de assistência no primeiro parto 
-12-25% das multíparas necessitam de assistência no parto 
-A expulsão da placenta deve ocorrer até 24h depois do parto (sendo 12h o ideal), caso isso não ocorra, é 
considerado uma RETENÇÃO DE PLACENTA. 
-A RETENÇÃO DE PLACENTA é uma enfermidade caracterizada por uma falha no mecanismo de separação 
das estruturas que fixam a placenta ao útero da vaca (Placentoma); 
 →o manejo nutricional pré-parto é muito importante para a prevenção dessa enfermidade, contendo 
níveis adequados de macro e micro minerais, Vit E e Selênio, conjuntamente a redução do estresse. 
 
•PERÍODO DE LACTAÇÃO: 
-Condições adequadas para o animal expressar seu potencial produtivo e para maximizar seu desempenho 
reprodutivo 
-Manutenção adequada do ECC 
-↓ ao mínimo a incidência de alterações de saúde nos animais de produção. 
 
•EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS: manutenção, produção, reprodução e crescimento 
-Nutrientes Dietéticos: CHO, proteínas, ácidos graxos, minerais e vitaminas 
-Vacas em lactação – critérios de agrupamento: produção de leite; dias em lactação (fase de lactação); 
ECC; situação reprodutiva; ordem de partos. 
 
•INSTALAÇÕES: prioridade de uso das instalações mais confortáveis para vacas no início da lactação. 
 
•ALIMENTAÇÃO: 
-Dietas de início de lactação: maior quantidade de concentrado e menor de volumoso → V:C= 60-40 : 40-60 
-Dietas na Fase 2: quantidade intermediária de concentrado e volumoso → V:C = 70-50 : 30-50 
-Dietas na Fase 3: menor quantidade de concentrado e mais quantidade de volumoso → V:C= 85-70 : 15-30 
 
•PROBLEMAS COMUNS: 
-A. Vacas que apresentam no momento da secagem baixo ECC (<3) ou alto ECC (>4) 
-B. ECC além do necessário no pós-parto pode gerar → Cetose, Metrite, Retenção de Placenta, Mastite, 
Deslocamento de abomaso, etc 
-C. Vacas que estão próximas ao pico de lactação, aos 60 dias de lactação, apresentam mobilização de mais 
de 1 unidade de ECC 
-D. Vacas que no meio da lactação apresentam ECC menor que 2,5 → pode levar a doenças infecciosas, 
transtornos metabólicos, baixa eficiência reprodutiva, queda na produção de leite; 
 →ou maior de 3,5 → pode gerar dificuldade na hora do parto, Síndrome da Vaca Gorda (Esteatose 
Hepática). 
 
 
BEZERROS 
 
•CRIAÇÃO DOS BEZERROS: 
-1. Ingestão de colostro: o bezerro absorve os ATC de 12h-24h de vida, tal alimento é considerado uma 
“vacina”, pois ao nascer, os bezerros estão praticamente insetos de ATC. O colostro deve ser o primeiro 
alimento ingerido, evitando contaminação e futuras enfermidades 
-2. Cura do Umbigo: iodo 10% por 5 dias, deixar por ± 30 segundos, fechando uma porta de entrada para 
infecções 
-3. Identificação 
-4. Vermifugação Preventiva: Ivermectina 1% SC; 
 →A partir da 3a semana de vida, utiliza-se o BayCox (VO), sendo um medicamento preventivo e curativo 
para Coccidiose; 
-Peso ao nascimento: Holandesa e Pardo-Suíça → 40-45Kg 
 -Jersey: 25-30kg 
 -Gir e Guzera: 30-35Kg 
 
•ALIMENTAÇÃO: estratégia de desenvolvimento do rúmen 
-Sistema Taurino: aleitamento artificial → para sistema intensivo de produção, deve-se realizar um 
controle de qualidade e quantidade do leite fornecido. 
 →Desmamar com 7-10 semanas de vida bezerro, pesando entre 75-80Kg PV; 
-Sistema Zebuíno: aleitamento natural → vacas que não descem o leite sem o bezerro; 
 →melhor desempenho do bezerroe reduz a incidência e infecções na glândula mamária. 
 
•DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN: ao nascer o TD do bovino pode ser comparado ao dos monogástricos, 
sendo que a atividade gástrica é exercida pelo abomaso. O desenvolvimento dos pré-estômagos dos 
bovinos pode ser dividido em 3 fases: 
 →1. Do nascimento a 3 semana de vida: pré ruminante → consumo apenas de leite 
 →2. Período de transição: 3-8 semana de vida → os animais começam a ter acesso à alimento grosseiro 
juntamente com o leite 
 →3. Ruminante Funcional: > 8 semanas → animais tem acesso a alimentos sólidos, apresentando as 
proporções dos estômagos semelhantes à de animais adultos 
-Bezerros que recebem uma dieta apenas de leite permanecem com os pré-estômagos rudimentares entre 
14-15 semanas 
-Goteira Esofágica: leite ingerido passa pelo esôfago indo direto para o omaso, evitando o rúmen e o 
retículo, e do omaso vai para o abomaso, encaminhando-se para o intestino 
-Rúmen, Retículo e Omaso: desenvolvidos apenas na 12º semana de vida. O consumo de alimentos secos 
aceleram o desenvolvimentos dos pré-estômagos, aumentando a participação deles na superfície total do 
aparelho digestivo 
-Abomaso: funcionalmente ativo ao nascimento, utilizado para a digestão do leite; realiza digestão física e 
química 
-Otimização do desempenho animal 
-Redução de custos de criação 
-Síntese de AA essenciais e vitaminas 
-Capacidade de digerir a fibra do alimento 
-Reduz a incidência de diarreias. 
 
•NUTRIÇÃO DO BEZERRO: tem como objetivo promover o desenvolvimento precoce do rúmen. O bezerro 
depende exclusivamente das enzimas digestivas do abomaso e do intestino delgado para a metabolização 
de proteínas e CHO, mas a água pode ser absorvida no rúmen. 
-Dietas: Leite até o desmame; 
 →Água a partir do 5º dia de vida 
 →Concentrado a partir do 7º dia de vida → 0,5kg/dia 
 →Volumoso a partir da 4a semana, preferencialmente feno. 
 
•CRIAÇÃO DE NOVILHA DE REPOSIÇÃO: 
-Bezerra: 0-3 meses 
-Novilha: 3-24 meses 
-Primeiro parto: 24 meses 
-Descarte: 72-84 meses (6 a 7 anos) 
 
PERÍODO TAURINOS - Meses ZEBUÍNOS - Meses 
Bezerra Lactante 0 -2 a 3 0 – 2 a 3 
Pré Pubertal 3-4 a 10-12 3-4 a 16-20 
1a Cobertura 14-17 24-27 
Pós Pubertal 10-12 a 24-26 16-20 a 33-36 
Parto 24-26 33-36 
 
 
•METAS DE CRIAÇÃO E PESOS ALVO: 
-Peso a Puberdade: 38-42% do peso adulto 
-Peso a 1a cobertura/IA: 50-55% peso adulto 
-Peso ao 1º parto: 80-85% do peso adulto

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