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Sepse Neonatal

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Sepse neonatal
ROTEIRO
• Epidemiologia
• Definições
• Classificação de sepse
• Fatores de risco
• Quadro clínico
• Diagnóstico
• Tratamento
• Profilaxia
EPIDEMIOLOGIA
• Incidência: 1 a 8 casos por 1000 nascidos vivos
• Taxa de mortalidade: 25% (até 50%)
• Diagnóstico + ATB + manejo precoce reduzem o risco de 
morbimortalidade
• Afecções concomitantes 
sobrepostas: cardiopatia congênita 
grave 
• Mãe assintomática
• Imaturidade imunológica do RN
SEPSE NEONATAL - DEFINIÇÃO
É uma síndrome clínica caracterizada por sinais 
sistêmicos de infecção acompanhadas pela presença de 
bacteremia no recém-nascido (28 dias)
Classificação
• Sepse Precoce: Ocorre nas primeiras 48h* de vida
• Sepse Tardia: Ocorre após as primeiras 48h* de vida
CLASSIFICAÇÃO
FORMAS DE TRANSMISSÃO
CORIOAMNIONITE
Diagnóstico:
Febre materna > 38 C + > 2 dos sinais abaixo:
• Hipotonia uterina
• Líquido amniótico fétido
• Leucocitose materna >200000/ mm3
• Taquicardia materna > 100 bpm
• Taquicardia > 160 bpm
FATORES DE RISCO
FATORES DE RISCO
- Febre materna: indicativo de infecção, especialmente da corioamnionite
- ITU: suspeita/comprovada (tratadas antes do parto)  chances de parto 
prematuro e de corioamnionite. 
- Colonização por SGB: aumenta os riscos de sepse, pneumonia e meningite
- RPMO > 18 horas: corioamnionite
- Risco de sepse em termo: 10 a 15%
- Risco no pré-termo: 35% a 50%
FATORES DE RISCO 
Fatores de risco da 
sepse neonatal 
PRECOCE
FATORES DE RISCO
- Prematuridade:
• Fator de risco mais importante: 8 a 11 vezes mais risco de infecção
• O RN prematuro apresenta deficiências imunológicas na produção de 
imunoglobulinas, no sistema complementos e na capacidade de opsonização e 
fagocitose.
- Taquicardia fetal: sofrimento fetal secundário ao quadro inicial
- Apgar: Asfixia perinatal grave → neutropenia e redução das reservas 
medulares de neutrófilos
- Sexo masculino: 2x mais chance → Deficiência de IL-1?
- Gemelar: controverso 
FATORES DE RISCO 
Fatores de risco da 
sepse neonatal TARDIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hipótese 
diagnóstica
Manifestações 
clínicas 
inespecíficas
Fatores 
de risco 
do RN
Fatores 
de risco 
maternos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Principais sinais clínicos de sepse neonatal: 
• Instabilidade térmica. 
• Dificuldade respiratória. 
• Hipotonia e convulsões. 
• Irritabilidade e letargia
• Manifestações gastrintestinais
• Icterícia idiopática
• Palidez cutânea
• Sinais de sangramento 
• Avaliação subjetiva: RN que “parece não estar bem”
Achados como recusa alimentar, hipoatividade, irritabilidade 
ou simplesmente a impressão de que o RN “não parece bem” 
podem levar à suspeita de quadro infeccioso.
INSTABILIDADE TÉRMICA
• Hipotermia (temperatura axilar menor que 36,5 °C): 
• Sinal de maior gravidade
• Mais comum no RN prematuro
• Hipertermia (temperatura axilar maior que 37,5°C): RN pode 
estar com extremidades frias
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
• Sintoma mais comum (90%);
• Sinais de desconforto respiratório:
• Taquipneia
• Apneia ou “pausa respiratória”
• Retrações subcostais, intercostais ou 
esternais, a última mais encontrada no RN 
prematuro
• Batimentos de asas nasais 
• Gemência
• Cianose
Não confundir com doença da membrana hialina ou com apneia 
da prematuridade no pré-termo
MANIFESTAÇÕES DO SNC
• Hipotonia
• Convulsão
• Irritabilidade
• Letargia
MANIFESTAÇÕES 
GASTROINTESTINAIS
• 35% a 40% dos casos de sepse neonatal precoce
• Todo RN com recusa alimentar, vômitos e distensão abdominal deve ser 
investigado para sepse neonatal.
• Intolerância alimentar
• Resíduo gástrico na forma de leite digerido em borra de café ou bilioso
• Regurgitações
• Vômitos frequentes
• Diarreia
• Fezes com sangue Enterocolite necrosante
ICTERÍCIA IDIOPÁTICA
•  Bilirrubina conjugada: até um 
terço dos RN com sepse neonatal 
precoce
• Infecção por germe Gram-negativo 
(E. coli)
• Não há comprometimento de 
hepatócitos
PALIDEZ E SANGRAMENTO
PALIDEZ CUTÂNEA
• Pele fria e sudorética
• Hipotensão
• Tempo de enchimento capilar > 2 s
• Alteração hemodinâmica: 
frequente na sepse neonatal 
precoce (Streptococcus 
agalactiae) → comprometimento 
multissistêmico
SINAIS DE SANGRAMENTO
• Coagulação intravascular 
disseminada + Choque Séptico
• Sangramento em locais de 
punção venosa
• Hematúria
• Petéquias
• Hepatoesplenomegalia
CHOQUE SÉPTICO
• Taquicardia: >160bpm de forma constante e sustentada;
• Dificuldade respiratória: > 60ipm (até 2m);
• Redução do débito urinário – diurese inferior a 1mL/kg/hora;
• Hipotensão arterial sistêmica – pressão arterial média inferior a 
30mmHg. 
• Má perfusão periférica: tempo de enchimento capilar maior que 2s;
• Pulsos periféricos fracos; 
• Reticulado cutâneo, palidez ou cianose.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
A presença de três ou mais sinais clínicos no RN ou no mínimo dois
sinais associados a fatores de risco maternos autoriza o diagnóstico
de sepse clínica ou síndrome séptica, justificando-se, nesse caso, o
início da antibioticoterapia sem o auxílio de exames laboratoriais.
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Isolamento do micro-organismo: 
• Método padrão ouro 
• Hemocultura: padrão ouro → sensibilidade baixa e 
sua eficácia depende do meio de cultura utilizado e 
do micro-organismo 
• Punção Venosa Periférica: coleta 0,5 a 1 ml de 
sangue
• Punção da Veia Umbilical = alto índice de 
contaminação
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Líquor: método rápido e preciso para diagnóstico de 
meningite (comum na sepse neonatal tardia) 
• RN não tem condições clinica para realização de 
punção lombar → antibióticos em doses 
suficientes para tratar meningite 
• Coleta obrigatória em paciente 
hemodinamicamente estável :Sepse Neonatal 
tardia 
• Sepse Tardia: cultura de todos os 
dispositivos invasivos 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Isolamento do micro-organismo: 
• Urocultura: útil no diagnóstico de infecção nosocomial 
• Sepse Neonatal Precoce: RN sintomático com 
diagnostico pré natal de malformação de trato urinário 
→ Precoce: difícil obtenção de cultura de urina positiva 
• Aspirado Traqueal: 
• Objetivo de indicar pneumonia congênita 
• Úteis quando coletadas nas primeiras 8 horas de 
vida, podendo ser utilizadas nos RN intubados ao 
nascimento ou logo após 
EXAMES COMPLEMENTARES 
COADJUVANTES
• Hematológicos: 
• Leucograma: leucocitose (>25.000) ou leucopenia (<5000) 
• Leucocitose: asfixia perinatal, febre materna, condições associadas 
a estresse do trabalho de parto 
• Leucopenia: asfixia, hipertensão materna, hemorragia peri
ventricular e hemólise 
• Neutropenia (< 1000-1500): achado mais fidedigno de sepse neonatal e 
reflete a gravidade da sepse (sensibilidade de 50% em média) 
• Relação de neutrófilos imaturos e neutrófilos totais (relação I/T): > 
ou = 0,2: valor preditivo para sepse 
• Relação I/T <0,2 = RN provavelmente não infectado 
• Alterações morfológicas dos neutrófilos 
• Plaquetas: plaquetopenia (<100.000) – 50% dos RN tem 
plaquetopenia → maior gravidade da infecção 
• VHS: pouco sensível e específico (alterada = superior a 10 mm nas 
primeiras 48 a 72 horas de vida do RN)
EXAMES COMPLEMENTARES 
COADJUVANTES
• Imunológicos: 
• Proteína C reativa: anormais: >10 mg/L 
• Redução rápida dos níveis de PCR a valores próximos do 
normal (1mg/dl ou <10) afasta diagnóstico de sepse e 
autoriza suspensão do ATB nas primeiras 72 horas 
• Pro Calcitonina: elevado nas infecções neonatais (alcança níveis 
elevados 6 horas após invasão bacteriana) 
• Meia vida de 24 horas 
TRATAMENTO
1. Todo RN com quadro de sepse é internado 
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 
2. Monitoração de: 
1. Temperatura Corporal (hipotermia: 
RN<1500g e/ou IG<32 semanas) 
2. PA, FC, FR, diurese, Saturação de 
oxigênio(90-94%)
3. Infusão de soluções hidroeletrolíticas, 
suporte nutricional, glicemia 
ANTIBIOTICOTERAPIA
• Antibioticoterapia: 
• Sepse Neonatal Precoce: Ampicilina + Gentamicina (por 7-10 dias) = 
esquema empírico• Ampicilina (200 mg/kg/dia) + Gentamicina (5 mg/kg/dia) 
• Gentamicina pode ser substituída por amicacina (20 mg/kg/dia) -> 
resistência a gentamicina 
• Sepse Neonatal Precoce: antibioticoterapia específica 
• Sepse Neonatal Tardia: depende da prevalência de micro organismo na 
unidade e padrão de sensibilidade bacteriana (por 7-10 dias)
• Fungos: anfotericina B/ Gram -: cefotaxima e cefepime/ S. Aureus 
metilciclinorresistente: vancomicina 
• Meningite: estende tratamento 14-21 dias 
MEDIDAS ADJUVANTES 
ESPECÍFICAS
• Imunoglobulina Endovenosa: RN prematura extremo com sepse 
grave 
• Transfusão de granulócitos: uso limitado (dificuldade técnicas e 
custo elevado) → deve ser feita mais precoce depois do diagnóstico 
• Transfusão de plasma fresco: utilizada para expansão de volume e 
coexistência de CIVD 
• Exsanguineotransfusão: não tem sido recomendado para tratamento da 
sepse neonatal (procedimento de risco e invasivo) 
• Fatores Estimulantes de Colônias: 
• RN com <1.200 neutrófilos e sepse neonatal precoce sugere-se fator 
estimulador de colônias de granulócitos humanos na dose de 10 
Ug/kg/dia por 3 dias 
PROFILAXIA PARA SGB
• Estreptococo Grupo B é principal agente etiológico da sepse neonatal 
precoce 
• Pré Natal: coleta do Swab retal e vaginal → cultura para EGB → entre a 
35º e 36º semana de gestação 
• Fatores de Risco: 
• Colonização materna 
• Prematuridade <37 semanas 
• Tempo prolongado de bolsa rota 
• Corioamnionite (febre materna, sensibilidade uterina, taquicardia 
fetal, liquido amniótico fétido) 
• Mães jovens
• Raça negra
• Filho anterior com sepse neonatal precoce 
INDICAÇÕES PARA PROFILAXIA 
SGB
• RN prévio com doença pelo EGB 
• Gestante com bacteriúria pelo EGB em qualquer trimestre de 
gestação atual 
• Cultura para EGB positiva realizada na 35-36 semana de 
gestação 
• Gestante com status desconhecido para GBS na presença de: 
• Parto Prematuro (<37 semanas)
• Ruptura Prolongada de Membranas (> ou igual 18 horas)
• Temperatura Materna > ou igual a 38º 
• Teste intraparto para GBS +
QUIMIOPROFILAXIA MATERNA
• Penicilina G cristalina (dose de ataque: 5 milhões 
UI IV + 2,5/3 milhões UI IV de 4/4 horas até o 
parto) 
• Ampicilina (dose de ataque: 2 g IV + 1 G IV de 
4/4 horas) 
• OBS: gestantes alérgicas: clindamicina/eritromicina, 
vancomicina ou Cefazolina*
• OBS: Clindamicina: terapia inadequada → RN terá que 
receber profilaxia 
QUIMIOPROFILAXIA NEONATO
• RN sintomático: ampicilina (200 mg/kg/dia) + gentamicina (5mg/kg/dia) 
e exames (hemograma completo com leucometria e diferencial, 
hemocultura, raio X de tórax se sintomas e punção lombar) 
• RN assintomático: 
• Corioamnionite materna: coleta de exames 6-12 horas de vida+ 
ampicilina (200 mg/kg/dia) com gentamicina (5mg/kg/dia) 
• Ausência de corioamnionite materna: 
• Mãe que recebeu quimioprofilaxia primária > ou = 4: observa RN 
por 48 horas 
• Mãe não recebeu quimioprofilaxia: observa RN por 48 h + coleta 
de exames 6-12 horas para prematuros e rotura de membranas 
ovulares >18horas 
PROFILAXIA ADEQUADA
- Tratamento com penicilina, ampicilina ou Cefazolina em 2 doses 
- Pelo menos 4 horas antes do parto 
• Quimioprofilaxia Primária: 
• Pode ser dispensada: 
• Cesárea 
• Membranas íntegras 
• Fora de trabalho de parto 
REFERÊNCIAS
• Atenção à Saúde do Recém Nascido (Guia para Profissionais de
Saúde) – Intervenções comuns, icterícia e infecções – Volume 02 –
2011 - Ministério da Saúde
• BURNS, Dennis Rabelo, CAMPOS JÚNIOR, Dioclécio, SILVA,
Luciana Rodrigues, BORGES,Wellingt. Tratado de Pediatria,
Volume 2, 4th edição. Manole, 2017.
• Rita de Cássia Silveira1, Renato S. Procianoy. Uma revisão atual
sobre sepse neonatal.Boletim Científico de Pediatria - Vol. 1, N° 1,
2012. Disponível em:
Obrigada

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