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Apostila Anatomia Geral

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APOSTILA
ANATOMIA HUMANA
Prof. Melk 
“AS DIFICULDADES SÃO DO TAMANHO QUE AS IMAGINAMOS”
ORAÇÃO AO CADÁVER
“HIC MORS GAUDET SUCCURRERE VITAE”
“Aquele sobre sujo peito não se derramaram lágrimas de saudade, sobre cuja fronte não se depositou o beijo do adeus, sobre cujo ataúde não se jogaram flores, por cuja alma não se acenderam velas, de cujo nome não se soube, de cujos brasões não se escreveu a história, mas cuja memória há de ser perpétua como a fé, eterna como a esperança, inolvidável como a saudade, grande como o seu altruísmo, eloqüente como o seu gesto, dando tudo à mesma humanidade que tudo lhe negara”
O CADÁVER DESCONHECIDO
EU FUI O QUE ÉS
TÚ SERÁS O QUE EU SOU.
ANATOMIA
CONCEITO: 
É a ciência que estuda a estrutura de um organismo e das relações entre suas partes. 
Sua origem grega: anatomein – ana em partes
 - tomein cortar
O correspondente no latim: dissecare – dis separadamente
 - secare cortar
NOMENCLATURA ANATÔMICA
O termo provém de nomina + calare = terminologia, sistema classificado de termos ou expressões. Nomenclatura Anatômica (N.A.) é a relação oficial internacional dos termos anatômicos, que designam as estruturas do corpo. Entre os princípios adotados na N.A. são dignos de nota os seguintes:
1. Que cada estrutura seja designada por um termo único, informativo ou descritivo, com um número muito limitado de exceções.
2. Que os termos na lista oficial sejam escritos em latim, mas cada país tem liberdade de traduzir os termos latinos oficiais para o próprio vernáculo para fins de ensino.
3. Que os termos latinos sejam usados em reuniões internacionais e publicações científicas de divulgação internacional.
4. Que os termos sejam, em primeiro lugar, fáceis de memorizar, mas, de preferência. Que tenham algum valor informativo ou descritivo.
5. Que os epônimos não sejam usados.
A palavra epônimo é usada para um termo ou uma frase formada do nome de uma pessoa. Os epônimos devem ser evitados, pois são usados totalmente ao acaso, nada informam sobre o tipo da estrutura envolvida e freqüentemente faltam a verdade histórica porque em muitos casos, a pessoa comemorada não foi, de modo algum a primeira a descrever a estrutura.
TERMINOLOGIA GERAL E ESPECIAL
O corpo humano pode ser dividido em uma porção axial e uma porção apendicular.
· Porção axial
· cabeça - neurocrâneo (crâneo)
 - viscerocrâneo (face)
· pescoço
· tronco - tórax
 - abdome
 - pelve
 - dorso
· Porção apendicular
· membro superior
· raiz (cintura escapular)
· porção livre - braço
 - antebraço 
 - mão e dedos
· membro inferior
· raiz (cintura pélvica)
· porção livre - coxa
 - perna
 - pé e dedos
POSIÇÃO ANATÔMICA
Com o intuito de se obter uma uniformidade na terminologia de descrição das estruturas corporais, decidiu-se por criar-se uma posição padronizada para descrição das estruturas do corpo humano, de modo a que toda e qualquer descrição anatômica tome por base esta posição.
“Indivíduo em posição ereta (bipedestação) com a face voltada para a frente, o olhar dirigido ao infinito (fixo no horizonte), membros superiores estendidos ao lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores com as pontas dos pés levemente afastadas.”
PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO HUMANO
Partindo-se da posição de descrição anatômica, podemos delimitar o corpo humano através de planos tangentes à sua superfície, de modo a assumir a forma de um paralelepípedo.
· Dois planos verticais, um tangente ao ventre, plano ventral ou anterior e outro ao dorso, plano dorsal ou posterior; estes e outros planos a eles paralelos à “fronte”. No tronco, os planos são referidos como dorsal e ventral; nos membros, posterior e anterior.
· Dois planos verticais tangentes aos lados, planos laterais direito e esquerdo. Um outro que divide o corpo humano em metades direita e esquerda e que ocupa o plano mediano da cabeça é o plano sagital mediano, pois passa sagitta, que significa seta e representa os espaços suturais medianos antero-posteriores, que se observa nos crânios fetais. Os planos paralelos a ele são denominados sagitais.
· Dois planos horizontais, um tangente à cabeça, plano superior ou cranial e outro à planta do pé, plano inferior ou podálico. O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano que passa pelo vértice do cóccix, plano caudal. Estes planos, e os a eles paralelos, são planos transversais.
PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano pode ser dividido por planos de secção paralelos aos planos de delimitação do corpo.
a) Um plano que divide o corpo em duas metades direita e esquerda, paralelo aos planos de delimitação laterais é denominado PLANO SAGITAL, por ser paralelo à sutura sagital à sutura sagital do crânio. O plano sagital que passa exatamente sobre a sutura sagital recebe a denominação especial de plano sagital mediano.
a) Um plano de secção que seja paralelo aos planos ventral e dorsal é dito PLANO FRONTAL e a secção é também denominada frontal (corte frontal).
b) Um plano de secção paralelo aos planos de delimitação cranial e podálico, é denominado PLANO HORIZONTAL OU TRANSVERSAL, e a secção é dita transversal.
EIXOS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO
São linhas imaginárias, traçadas no indivíduo, as quais perfuram os planos de secção do corpo humano perpendicularmente.
a) Eixo látero-lateral (transversal, horizontal ou dextro-sinistro), unindo o centro do plano lateral direito ao centro do plano lateral esquerdo e perfurando o plano sagital. É um eixo homopolar, pois suas extremidades tocam em pontos simétricos do corpo.
b) Eixo ântero-posterior (sagital ou ventro-dorsal), unindo o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal. É um eixo heteropolar, pois suas extremidades tocam em porções não correspondentes do corpo.
c) Eixo crânio-caudal (longitudinal, vertical ou súpero-inferior), unindo o centro do plano cranial ao centro do plano caudal ou podálico. É um eixo heteropolar.
PRINCÍPIOS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO
1. ANTIMERIAé o princípio segundo o qual o corpo dos vertebrados apresenta simetria bilateral quando seccionado por um plano sagital mediano. As duas são denominadas antímeros ou dimídios e quanto maior o grau de complexidade de construção corporal, menos evidente se torna essa simetria. Do mesmo modo, a simetria interna é menos evidente que a externa.
2. METAMERIAé o princípio segundo o qual o corpo dos vertebrados é construído pela aposição no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, separados um do outro por planos horizontais. Cada segmento recebe a denominação de metâmero.
3. PAQUIMERIA é o princípio segundo o qual o corpo dos vertebrados é constituído por dois tubos, denominados paquímeros, um anterior ou ventral relacionado aos elementos viscerais, originados do endoderma (paquímero ventral ou visceral) e o outro posterior ou dorsal, relacionado ao arcabouço ósseo que reveste e protege o SNC (paquímero dorsal ou neural).
4. ESTRATIMERIA é o princípio segundo o qual o corpo é constituído pela superposição de camadas ou estratos de tecidos de diversas espécies. Todas as estruturas corporais são construídas por estratificação.
TERMOS DE RELAÇÃO
São termos utilizados em anatomia topográfica e que explica as relações de estruturas ou órgãos que constituem cada região do corpo humano.
1. Holotopia relação de cada órgão com o corpo todo, isto é, sua localização no corpo.
2. Esqueletopiarelação especial de cada órgão com o esqueleto ósseo.
3. Sintopiarelação de cada órgão com os intimamente vizinhos.
4. Idiotopia relação recíproca das partes de um mesmo órgão.
5. Histiotopia relação recíproca dos mesmos tecidos componentes de um determinado órgão.
TERMOS DE POSIÇÃO,SITUAÇÃO E DIREÇÃO
· Superior (cranial) - mais próximo da cabeça 
· Inferior (caudal) – mais próximo dos pés
· Anterior (ventral) – mais próximo da frente
· Posterior (dorsal) – mais próximo do dorso
· Medial – mais próximo do plano mediano
· Lateral – mais afastado do plano mediano
· Proximal – mais próximo do tronco ou ponto de origem
· Distal – mais afastado do tronco ou ponto de origem
· Superficial – mais próximo da ou sobre uma superfície
· Profundo – mais distante da superfície
· Externo – em direção ao ou no exterior
· Interno – em direção ao ou no interior
· Central – mais próximo do ou em direção ao centro
· Periférico – mais distante ou afastado do centro
TERMOS REGIONAIS
Termos usados a áreas especiais do corpo.
· Cervical – refere-se ao pescoço.
· Torácica – região do corpo entre o pescoço e o abdome, que é comumente conhecida como caixa torácica (tórax).
· Lombar – região do dorso entre o tórax e a pelve.
· Sacral – região mais inferior do tronco, logo acima das nádegas.
· Plantar – a sola do pé o peito do pé é a face dorsal.
· Palmar – a face anterior da mão; a face posterior da mão é a face dorsal.
· Axila – a depressão situada na face inferior da região de união entre o membro superior e o tronco.
· Virilha (região inguinal) - a junção entre a coxa e a parede abdominal.
· Braço – o segmento do membro superior entre o ombro e o cotovelo.
· Antebraço – o segmento do membro superior entre o cotovelo e o pulso.
· Coxa – o segmento do membro inferior entre o quadril e o joelho.
· Perna – o segmento do membro inferior entre o joelho e o tornozelo.
	Para tornar mais fácil a descrição da localização dos órgãos do abdome, a cavidade abdominal é dividida em nove regiões; primeiramente traçam-se dois planos verticais que passam pelo meio das clavículas; em seguida, dois planos horizontais que passam logo abaixo do final da caixa torácica e pela parte superior dos ossos do quadril (cristas ilíacas).
· Umbilical (mesogástrica) – localizada centralmente, ao redor do umbigo.
· Lateral (flanco) – as regiões à direita e à esquerda do mesogástrio.
· Epigástrica – (epi – significa acima de ou sobre, gástrica – estômago) a região mediana, superiormente à umbilical. 
· Hipocondríaca (hipo- significa abaixo ou sob; condríaca se refere a cartilagem) as regiões à direita e à esquerda da epigástrica.
· Hipogástrica (púbica) – a região mediana imediatamente abaixo da região umbilical.
· Ilíaca (inguinal) – as regiões de cada lado da hipogástrica. O nome é derivado do osso ilíaco, que forma o limite lateral dessas regiões.
	Na prática é mais comum dividir as cavidades abdomino-pélvica em quatro quadrantes por meio de dois planos que se cruzam; um plano imaginário horizontal que passa através do umbigo e um plano vertical sagital mediano, dividem a cavidade abdomino-pélvica em quadrante superior direito, quadrante inferior direito, quadrante superior esquerdo e quadrante inferior esquerdo.
CONCEITO DE NORMAL
· Normal vem do latim normale que significa segundo a norma, habitual, natural, aquilo que se estabelece como base ou medida, para a realização ou avaliação de alguma coisa.
· Normal em medicina significa de um modo geral, sadio, hígido, o melhor para o desempenho da função.
· Normal em anatomia é considerado como a característica que se expressa com maior freqüência, ou seja o que ocorre na maioria dos indivíduos de uma determinada população.
VARIAÇÃO ANATÔMICA
Corresponde a um desvio do padrão de normalidade, sem que haja perda ou prejuízo da função para o indivíduo.
ANOMALIA
Quando ocorre um desvio do padrão de normalidade caracterizado por prejuízo ou perda da função.
MONSTRUOSIDADE
Quando ocorre uma anomalia tão severa, que chega a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo geralmente incompatível com a vida.
RARIDADE
Quando ocorre uma alteração da morfologia se expressa numa porcentagem mínima.
FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Os principais fatores que causam variação na forma de um organismo são:
· Idade é o tempo decorrido ou a duração da vida. O RN não é uma miniatura do adulto. A criança apresenta uma organização constitucional própria, característica de sua fase de desenvolvimento.
· Sexo é o caráter de masculinidade ou feminilidade. O dimorfismo sexual pode ser reconhecido através de certas características sexuais primárias ou secundárias além de outras particularidades.
· Raça cada grupamento humano que possui caracteres físicos comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos demais é dito constituir uma raça ou para ser mais correto, uma etnia, em conseqüência da grande miscigenação de raças. 
· Biótipo a resultante da soma dos caracteres herdados e adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Em cada grupamento sexual ou étnico, há 2 extremos (longilíneo e brevilíneo), que podem ser reconhecidos por certos caracteres: os longilíneos são magros, em geral altos, com pescoço longo, tórax achatado ântero-posteriormente, membros longos em relação à altura do tronco; os brevilíneos são indivíduos atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax de grande diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco.
· Evolução pode ser comprovada através do estudo dos fósseis. Influencia o aparecimento de diferenças morfológicas no decorrer das eras.
· Meio ambiente pode interferir nos caracteres do homem de forma direta ou indireta, nas diversas regiões geográficas, tais como a equatorial, tropical ou polar.
· Morte a morte causa mudanças significativas na morfologia dos órgãos, sendo estas de maior importância no estudo da anatomia normal e patológica.
CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO
A constituição do corpo humano tem como elemento unitário a célula. Um agrupamento de células com características semelhantes vão constituir o tecido. Os tecidos por sua vez formam os órgãos, sistemas e aparelhos.
· Órgão é uma parte do corpo capaz de desempenhar uma ou várias funções. Ex: fígado, baço.
· Sistema é uma reunião de órgãos para o desempenho de uma determinada função que lhe é característica. Ex: sistema nervoso, muscular.
· Aparelho é uma reunião de sistemas. Ex: o sistema ósteo-articular + sistema muscular aparelho locomotor.
O SISTEMA ESQUELÉTICO 
IMPORTÂNCIA
O tema desta aula é sobre o sistema esquelético do ponto de vista anatômico.
Qual a sua importância ?
O esqueleto é importante porque forma um arcabouço protetor dos órgãos e junto com a musculatura produzem movimentos do corpo.
O que é o esqueleto ?
É um conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo desempenhando várias funções.
Didaticamente falaremos inicialmente sobre os ossos e a seguir sobre as cartilagens.
Existem dois tipos de esqueletos, o exoesqueleto e o endoesqueleto. O exoesqueleto é um tipo de arcabouço de sustentação do organismo localizado externamente como nos artrópodos. O esqueleto humano é uma estrutura viva localizada internamente denominada endoesqueleto.
Quais as suas funções?
O esqueleto desempenha funções de:
· Suporte – sustenta os tecidos moles, fornecendo pontos de fixação para a maioria dos músculos, atuando como arcabouço
· Movimento – pelo fato dos músculos estarem fixados ao esqueleto, torna o organismo capaz de se movimentar
· Proteção – devido a sua estrutura rígida e formato variado, protege os órgãos em seu interior como o cérebro, pulmão, etc.
· Reserva de minerais– devido a sua composição inorgânica funciona como depósito de sais minerais principalmente cálcio e fósforo que podem ser mobilizados quando necessário
· Hemopoiese – outra função é a de produção de células sangüíneas
 O esqueleto, primeiramente, funciona como um suporte de sustentação para os tecidos moles, fornecendo ponto de fixação para a maioria dos músculos, formando assim um arcabouço. Por causa deste arcabouço rígido que dá formato para o corpo, auxilia o sistema muscular a desenvolver movimentos amplos. O sistema esquelético é composto por numerosos ossos de tamanho e formato variadoque permite encerrar no seu interior órgãos vitais, como por exemplo: o cérebro, pulmão, coração e outros órgãos da cavidade pélvica. A estrutura óssea é uma estrutura viva que contém células e vascularização intensa além de sais minerais na sua matriz que confere a sua dureza. Estes sais podem ser retirados para a corrente sangüínea se o organismo dela necessita. Outra função importante é a de produção de células sangüíneas pela medula de alguns ossos.
Estrutura óssea
 Didaticamente, podemos dividir a estrutura óssea em três diferentes níveis, macroscópico, microscópico e composição química.
· Do ponto de vista MACROSCÓPICO, o osso apresenta duas extremidades chamadas de epífises (distal e proximal) e um corpo denominado diáfise. 
Nas crianças e adultos jovens, a diáfise e a epífise estão separadas por uma cartilagem epifisária responsável pelo crescimento longitudinal do osso. Realizando um corte transversal de um osso longo podemos visualizar uma camada externa chamada periósteo, uma camada de osso compacto e uma cavidade medular revestida pelo endósteo. 
O periósteo possui uma camada mais externa fibrosa, resistente e vascularizada e uma camada interna revestida de osteoblastos onde ocorre a osteogênese e o crescimento em espessura. Realizando-se um corte longitudinal de um osso de um feto ou de uma criança, o centro da diáfise contém a medula óssea vermelha, formadora de células sangüíneas que no adulto é substituída pela medula óssea amarela ou gordura. No adulto a medula óssea vermelha, persiste na extremidade superior dos ossos longos como o úmero e o fêmur, nos ossos planos do crânio e do quadril, nas vértebras, costelas, e esterno. O esterno é utilizado para realização de exames hematológicos através da punção de sua medula.
· Ao exame MICROSCÓPICO, o osso compacto é formado por sistemas organizados de canais interconectados. A unidade estrutural do osso compacto adulto é o sistema haversiano também chamado de osteônio. Cada sistema haversiano possui um canal central denominado de canal central do osteônio (canal haversiano) que é rodeado por lamelas ou camadas de forma concêntricas. Entre os osteônios existem cavidades chamadas lacunas, contendo em cada lacuna uma célula chamada osteócito. Todas as lacunas são interconectadas por finos canais denominados canalículos. 
Cada canal central do osteônio contém pelo menos um capilar sangüíneo que proporciona uma fonte de nutrientes para os osteócitos. Os vasos sangüíneos que alcançam os canais são provenientes de vasos maiores que se encontram localizados na superfície do osso na camada vascular do periósteo e na cavidade medular. 
Os vasos sangüíneos, os vasos linfáticos e os nervos entram e saem da cavidade medular por meios de canais nutrícios. Os vasos sangüíneos de ambas as fontes alcançam o canal central do osteônio através dos canais perfurantes – canais de Volkmann que correm perpendicularmente aos canais.
Na superfície externa do osso, logo abaixo do periósteo, encontramos várias lamelas circunferenciais que acompanham a circunferência da diáfise. 
· Quanto à COMPOSIÇÃO QUÍMICA, a substância intercelular, a matriz do osso é formada por dois componentes principais, sendo o arcabouço orgânico e sais inorgânicos. O arcabouço orgânico é formado por fibras colágenas semelhantes aos encontrados nos tecidos conjuntivos. Ao redor dessas fibras existe uma substância fundamental homogênea, contendo mucopolissacarídeo. As fibras colágenas dão ao osso grande força de tensão, isto é, podem resistir ao alongamento e à torção. Os sais inorgânicos formados principalmente pelo cálcio e fósforo, encontram-se contidos no arcabouço orgânico, e permitem aos ossos resistir à compressão. Esta combinação de fibras e sais conferem ao osso força excepcional sem torná-lo quebradiço. 
NÚMERO DE OSSOS
O esqueleto humano consiste de 206 ossos. Esses ossos podem ser classificados de acordo com a sua localização topográficae sua forma.
Classificação segundo a localização topográfica
Axial-ossos da cabeça
 - coluna vertebral 
 - tórax (costela e esterno).
Apendicular - cintura escapular, 
 - membros superiores 
 - cintura pélvica 
 - membros inferiores.
O número de ossos pode variar de acordo com a idade, fatores individuais e critérios de contagem. Do nascimento até a senilidade ocorre uma diminuição do número de ossos devido a soldadura durante o desenvolvimento, por exemplo, o osso frontal e os ossos do quadril. Outro fator é a persistência da divisão do osso frontal no adulto e a presença de ossos extranumerários, como por exemplo, a costela cervical e a vértebra de transição lombo-sacra. Conforme os variados critérios de contagem utilizados pelos anatomistas, esse número também varia, por exemplo, a contagem dos ossículos do ouvido médio e dos ossos sesamóides. Os ossos sesamóides são os ossos inclusos em tendões musculares. 
Classificação segundo a forma
É a classificação mais utilizada. A predominância de uma das dimensões é que determina a classificação. As dimensões são o comprimento, a largura e a espessura.
Assim os ossos são classificados em: longos, curtos, planos e irregulares.
Os ossos longossão aqueles que apresentam o comprimento maior que a largura e espessura. Por exemplo, o fêmur, úmero, rádio, ulna, fíbula, tíbia, falanges.
Ossos curtos são aqueles que apresentam equivalência nas três dimensões. Por exemplo, ossos do carpo e do tarso.
Ossos planossão aqueles que comprimento e largura predominando sobre a espessura. São chamados de ossos laminares ou chatos. São alguns ossos do crânio (parietal, frontal, occipital), costelas e ossos do quadril, da escápula, e o esterno.
Ossos irregularessão aqueles que não se encaixam em outra categoria. Por exemplo, as vértebras, ossos temporais.
FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DO OSSO
· PRESSÃO 
O osso é um tecido vivo que é capaz de ajustar a sua resistência proporcionalmente ao grau de pressão a que está sujeito. Quantidades aumentadas de fibras colágenas e sais inorgânicos podem ser depositados no osso, como resposta a sujeição prolongada a cargas pesadas. Inversamente, se o osso não está sujeito à pressão, os sais são retirados do osso. Quando ocorre novo padrão de pressão, a orientação das fibras colágenas no osso pode mudar de tal forma que as fibras são orientadas de maneira a prover máxima resistência à tensão para resistir ao novo padrão de pressão.
O osso está normalmente sujeito a dois tipos principais de pressão: as forçasgravitacionais, tais como aquelas que resultam do suporte do peso do corpo, e as forças funcionais, tais como aquelas que resultam das trações exercidas pelos músculos em contração. Por causa desses efeitos das forças gravitacionais e funcionais, o exercício regular pode modificar a forma do esqueleto. Assim como os levantadores de peso reforçam seus músculos para poder levantar pesos maiores, o esqueleto ósseo é também reforçado.
· HORMÔNIO
O aumento do nível de hormônio da paratireóide, paratormônio – aumenta a reabsorção de osso pelos osteoclastos. O hormônio calcitonina da glândula tireóide tem um efeito oposto ao do paratormônio, diminui a atividade reabsortiva dos osteoclastos e pode estimular a formação de novo osso. Qualquer remodelação de osso que possa ocorrer envolve a interação desses dois hormônios.
· NUTRIÇÃO
Para que ocorra o desenvolvimento normal do osso, é necessário seguir uma dieta que forneça uma variedade de substâncias essenciais. A vitamina D tem particular importância, pois é necessária para a absorção apropriada de cálcio a partir do TGI, pela corrente circulatória.
TERMOS ESTRUTURAIS COMUNS DO ESQUELETO
· CRISTA uma linha óssea proeminente aguçada.
· CÔNDILO uma proeminência arredondada que se articula com outro osso.
· EPICÔNDILO uma pequena projeção localizada acima ou no côndilo.
· FACETA uma superfície articular quase achatada, lisa.
· FISSURA uma passagem estreita como uma fenda.
· FORAME um buraco.
· FOSSA uma depressão; freqüentemente usada comosuperfície articular.
· FÓVEA uma cova; geralmente usada como fixação, mais do que para a articulação.
· CABEÇA geralmente a extremidade maior de um osso longo; freqüentemente separada do corpo do osso por um colo estreitado.
· LINHA uma margem óssea suave.
· MEATO um canal.
· PROCESSO uma proeminência ou projeção.
· RAMO uma parte projetada ou um processo alongado.
· ESPINHA uma projeção afilada.
· SULCO uma goteira.
· TROCANTER um processo globoso grande.
· TUBÉRCULO um nódulo ou pequeno processo arredondado.
· TUBEROSIDADE um processo amplo, maior do que um tubérculo.
CARTILAGEM
Outro componente do esqueleto é a cartilagem. A cartilagem é um tecido conectivo resistente e elástico que se compõe de células e fibras implantadas numa matriz intercelular firme e gelatinóide.
A natureza e o arranjo dessas fibras classificam a cartilagem em três tipos: 
 1) hialina
2) fibrosa 
3) elástica
A cartilagem hialina é o tipo mais característico, é assim chamada por ser translúcida, devido ao caráter de sua matriz. É encontrada nas cartilagens das articulações: traquéia, brônquios, nariz e laringe.
A cartilagem fibrosa é constituída por feixes de fibras colágenas, sendo encontrada em algumas articulações, como a têmporo-mandibular.
A cartilagem elástica é muito parecida com o tipo hialino, porém suas fibras são elásticas, sendo encontrado no pavilhão auricular e tuba auditiva. 
Finalizando, podemos correlacionar as funções do sistema esquelético com a clínica. Os mais comuns são as fraturas que tira a sustentação e o movimento do organismo. Em alguns casos, as fraturas de costela podem perfura o pulmão e até mesmo o coração. Existem doenças como o raquitismo e a osteoporose que exemplificam a importância do sistema esquelético no depósito de sais minerais. 
CRÂNIO
Consiste de uma série de ossos, geralmente unidos por articulações imóveis, chamadas de sutura. A mandíbula é um osso muito móvel, através da articulação sinovial, têmporo-mandibular.
O crânio forma uma caixa óssea destinada, funcionalmente, a abrigar e proteger o encéfalo. Pode-se dividir o crânio em duas grandes porções: crânio neural (calota craniana) e crânio visceral (é a face).
FONTANELAS:
 Existem apenas até os 6 meses: anterior ou bregmática, posterior ou lambdóide, ântero-lateral ou ptérica e póstero-lateral ou astérica.
ABÓBADA CRANIANA
 É formada pelos ossos: frontal, occipital e 2 parietais; são unidos por suturas:
1.sutura coronal – entre os ossos parietais e o frontal
2.sutura lambdóide – entre os parietais e o occipital
3.sutura sagital – entre os parietais
4. sutura escamosa- entre os ossos temporal e parietal.
5.bregma – é o ponto de intersecção entre as sutura coronária e a sagital
6.lambda – intersecção entre as suturas sagital e a lambdóide
7.vértex – é o ponto mais alto da sutura sagital
Frontal- sutura metópica (não existe no adulto), seios frontais e forames supra-orbitais.
Occipital-forame magno (medula oblonga, nervos acessórios, artérias vertebral e espinhal),
côndilos, canal do hipoglosso (dá passagem ao nervo hipoglosso e artérias faríngeas ascendentes), protuberância occipital externa e interna, linhas nucais.
BASE DO CRÂNIO
É formado pelos ossos: frontal, etmóides, esfenóide, occipital e temporais.
O assoalho forma 3 fossas delimitada pela borda posterior da asa menor do esfenóide, anteriormente; borda superior da parte petrosa do osso temporal, posteriormente: anterior, média e posterior.
FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO
É constituído pelos ossos etmóide (lâmina crivosa e crista Galli), frontal e esfenóide (asa menor do esfenóide).
FOSSA MÉDIA
 É formada pela asa maior do esfenóide, parte escamosa do temporal, porção mais anterior da parte petrosa do temporal, e o corpo do esfenóide. 
FOSSA POSTERIOR
 Formado pelo osso occipital
Etmoide- crista galli, lâmina crivosa do etmóide, lâmina perpendicular, massas laterais (labirintos etmoidais) e conchas nasais superiores e médias.
Esfenoide- asa maior, asa menor, corpo, seios esfenoidais, sela turca, canais ópticos, fissuras orbitárias superiores (nervos oculomotor, troclear, divisão oftálmica do trigêmeo e abducente), forame redondo (ramo maxilar do trigêmeo), forame oval (dá passagem ao ramo mandibular do trigêmeo) e forame espinhoso (dá passagem aos vasos meníngeos médios), processo pterigóide medial e lateral.
Temporais- partes escamosas, parte timpânica, parte petrosa, processo mastóideo, processo zigomático, fossa mandibular, meato acústico externo e interno, processo estilóide, canal carotídeo (artéria carótida interna), forame jugular (veia jugular interna e IX, X e XI par craniano).
ESQUELETO DA FACE
É formado pelo: frontal, mandíbula, maxila, zigomáticos, lacrimais e nasais.
Mandíbula- consiste de um corpo e dois ramos, ângulo da mandíbula, forame mentoniano, forame mandibular, processo coronóide (anterior), processo condilar (posterior), incisura mandibular (localiza-se entre o processo condilar e o coronóide), parte alveolar.
Maxila - processo frontal, zigomático, processo alveolar, processo palatino, espinha nasal anterior, forame infra orbital.
Zigomáticos – formam as proeminências da face junto com as maxilas e os ossos temporais. E junto com o osso frontal e esfenóide (asa maior) formam parte do assoalho e parede lateral da órbita.
Lacrimais- direito e esquerdo, são ossos delicados que ajudam a formar a face medial da órbita.
Nasais- são dois pequenos ossos que formam o dorso do nariz.
OSSOS QUE FORMAM A CAVIDADE DO NARIZ
A cavidade do nariz é formada pelo etmóide (lâmina perpendicular, conchas nasais superiores e médias), vômer e conchas nasais inferiores. A parte anterior do septo nasal é constituída por cartilagem.
Vômer- é um delgado osso que forma a porção póstero-inferior do septo nasal.
Conchas nasais inferiores- estão localizadas logo abaixo das conchas médias do etmóide.
OSSOS QUE FORMAM O PALATO ÓSSEO
O palato ósseo forma o teto da boca, é formado pela maxila (processo palatino anteriormente) e ossos palatinos (lâminas horizontais posteriormente).
Palatinos- tem a forma de um “L”, com uma porção horizontal e uma vertical, forma a espinha nasal posterior.
OSSOS QUE FORMAM A ÓRBITA
-Teto: frontal e esfenóide (asa menor);
-Parede medial: maxila (processo frontal), lacrimal e etmoide;
-Parede lateral: zigomático, esfenóide( asa maior);
-Assoalho: maxila e palatino.
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO
São: martelo, bigorna e estribo.
COLUNA VERTEBRAL
Consiste de 33 vértebras separadas em: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais, 4 coccígeas
Curvatura primária é posterior é devido à diferença entre a altura do corpo vertebral.
Curvatura secundária é anterior é devido à espessura do disco.
Apresenta 3 curvaturas 
Cervical – é uma curvatura 2a
Lombar –é uma curvatura 2a. Se a curvatura anterior é excessiva é chamada de lordose
Torácica e sacral – são curvaturas 1a. Se a curvatura posterior é acentuada é chamada de cifose
#A coluna não tem curvatura lateral se esta existe é chamada de escoliose.
FUNÇÕES: principal estrutura de suporte provendo fixação para cabeça, tórax e cintura pélvica. Protege a medula espinhal enquanto dispõem de aberturas entre vértebras adjacentes para passagem de nervos espinhais.
Estrutura básica das vértebras ou vértebra típica
Consiste de um
· corpo – anterior e espesso
· Arco – origina-se da superfície posterior do corpo.
· Disco intervertebral – coxim cartilaginoso que separa os corpos das vértebras
· Forame vertebral – formada pela união dos arcos das vértebras posteriormente
· Canal vertebral – é um canal formado pelo alinhamento dos forames vertebrais
· Processo espinhoso – é um processo que se projeta para trás do arco
· Processo transverso – estende-se lateralmente de cada arco
· Pedículo – é a porção do arco entre o corpo e o processo transverso
· Lâmina – é a porção entre o processo transverso e o processo espinhoso
· Processos articulares superiores – projeta-se para cima
· Processos articulares inferiores – projeta-se para baixo
VÉRTEBRASCERVICAIS
Características:
1. Forame em cada processo transverso (forame transverso)
2. Processo espinhoso bifurcado (com exceção da 1a e 7ª)
3. A 1ª vértebra é chamada de atlas – sustenta o crânio. É caracterizada pela ausência de um corpo e de uma espinha. Atrás do arco anterior há uma faceta chamada de fovea dentis.
4. A 2ª vértebra é denominada de axis. Caracteriza-se pelo dente ou processo odontóide – que se projeta para cima do corpo
VÉRTEBRAS TORÁCICAS
Características:
1. Fóvea costal superior para articular com a costela
2. Fóvea costal inferior
3. Fóvea costal transversa para articular-se com o tubérculo da costela (exceto 11a e 12a).
4. Processos espinhosos são muito inclinados e longos.
5. Corpo vertebral tem formato de um rim, e seu volume é intermediário e o forame vertebral é circular.
6. Pedículo curto.
7. Não existe forame no processo transverso.
8. Da 2a ao 8a são típicas. 
VÉRTEBRAS LOMBARES
Características:
1. São as vértebras mais volumosas, mais largas e mais pesadas.
2. Os processos espinhosos são curtos e ásperos, situando-se no mesmo plano horizontal dos corpos vertebrais.
3. Não apresentam fóveas costais e forame transverso
4. As facetas articulares superiores orientam-se mais para dentro do que posteriormente e o inferior orienta-se mais para fora do que anteriormente.
SACRO
Apresenta uma base, superior; um ápice, inferior.
Face anterior – o ponto mais projetado da 1ª vértebra sacral é chamada de promontório (pélvica) 
 - 4 forames sacrais pélvicos de cada lado
 - asa do sacro, são massas laterais do corpo de S1
Face posterior - é convexa; a fusão das vértebras sacrais forma um canal sacral, cuja abertura inferior (dorsal) chama-se de hiato sacral (porque não há fusão da 4ª e 5ªV)
crista sacral mediana (fusão do proc.espinhoso)
crista sacral intermédia 
tubérculos articulares
forames sacrais dorsais
crista sacral lateral
cornos sacros – processos articulares da 5ª vértebra sacral
Face lateral – faceta auricular – articulação ilio-sacral
CÓCCIX
Tem uma base, um ápice, superfície pélvica e dorsal, e duas borda laterais.
As 4 vértebras se fundem. Na primeira vértebra que se articula com o sacro apresenta curtos processo transverso e 2 cornos coccígeos.
ESQUELETO DO TÓRAX
ESTERNO
É um osso plano que forma uma parte da parede torácica. Consiste de 3 partes:
1. Manúbrio – é a mais larga e mais espessa das 3 porções. É a porção mais superior, articula-se com a extremidade medial de cada clavícula, com as cartilagens costais do 1o par de costelas e com a parte do 2o. Tem uma pequena depressão chamada de incisura jugular na sua borda superior. A junção do manúbrio com o corpo forma o ângulo esternal (é um ponto importante de referência para a 4ª e 5ª vértebra torácica) Louis.
2. Corpo – tem o dobro do tamanho do manúbrio.
3. Processo xifóide – seu formato é variável. Pode ser bífido ou perfurado. Ele é formado de cartilagem hialina
COSTELAS
São, em geral, 12 pares.
Costelas verdadeiras – são 7 pares , ligam-se diretamente no esterno
Costelas falsas – 8ª, 9ª e 10ª, ligam-se por cartilagem à cartilagem superior
Costelas flutuantes – 11ª e 12ª são curtas e não se articulam anteriormente
Características:
Cabeça, colo e corpo
Cabeça – apresenta uma face articular
Colo – entre a cabeça e o tubérculo
MEMBROS SUPERIORES - BRAÇO – ÚMERO
 OSSOS DO ANTEBRAÇO - ULNA/ RÁDIO
 OSSOS DO PUNHO - OSSOS DO CARPO
 OSSOS DA MÃO: OSSOS DO METACARPO
 E FALANGE
ÚMERO
a) Extremidade proximal – cabeça (articula com a cavidade glenóide)
 Possui colo anatômico e um colo cirúrgico
Tubérculo maior – é mais lateral
Tubérculo menor - mais medial e seu tamanho é tão proeminente quanto o maior.
Sulco intertubercular – passa o tendão da porção longa do bíceps
b) Corpo ou diáfise – tem 2 bordas (lateral e medial) e 3 faces (ântero-lateral, ântero-medial e posterior). Tuberosidade deltóidea (anterior) e sulco do nervo radial (posterior)
c) Extremidade inferior – epicôndilo lateral e epicôndilo medial. 
Superfície articular - CAPÍTULO (lateral); fossa radial logo acima do capítulo; TRÓCLEA (medial); fossa coronóide anterior e fossa olecraneana posterior.
ULNA
Ocupa o lado medial do antebraço. Divide-se em um corpo e duas extremidades.
a) Extremidade proximal – possui o OLÉCRANO E O PROCESSO CORONÓIDE. Abaixo do processo coronóide há uma área áspera chamada de tuberosidade ulnar.
Duas cavidades articulares – incisura troclear e radial.
b) Corpo ou diáfise – 3 bordas (anterior, posterior e interóssea); 3 faces (anterior, posterior e medial)
c) Extremidade distal – apresenta 2 eminências: lateral(maior) denominada de cabeça da ulna; medial (mais estreita e mais saliente) chamada de processo estilóide. Na margem lateral da cabeça há uma área articular arredondada, sobre a qual gira a incisura ulnar do rádio na pronação e supinação. 
RÁDIO
É um osso paralelo à ulna, localizado do lado lateral no antebraço. Possui 2 extremidades e um corpo.
a)Extremidade proximal – apresenta uma cabeça, um colo e uma tuberosidade. Na cabeça há uma depressão chamada de fóvea para articulação com o capítulo do úmero.
b) Corpo ou diáfise – possui 3 bordas (anterior, posterior e interóssea) e 3 faces (anterior, posterior e lateral)
c)Extremidade distal – é a extremidade mais larga e possui 2 faces articulares – face articular para o carpo e face articular para a ulna. Processo estilóide lateralmente.
PUNHO
O esqueleto da mão é subdividido em 3 segmentos: o carpo ou ossos do punho, os metacarpos ou os ossos da palma e as falanges ou ossos dos dedos.
Os ossos do carpo são 8, distribuídos em duas fileiras. Os da fileira proximal, do lado radial ao ulnar são: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme; os da fileira distal, na mesma ordem são, trapézio, trapezóide, capitato e hamato. (o hamato possui um processo em forma de gancho, chamado hâmulo – inserção dos retináculo dos flexores e do flexor ulnar do carpo)
MÃO
O metacarpo consiste de 5 ossos delgados, a qual são numerados a partir do lado radial.
Possui 2 extremidades (uma base e uma cabeça) e um corpo. O corpo apresentam 3 faces (medial, lateral e dorsal)
DEDOS
As falanges são em número de 14; 3 para cada dedo e duas para o polegar. Possui 2 extremidades e um corpo. Falanges proximal, média e distal.
CLAVÍCULA
Tem a forma semelhante a um “S”; possui 2 extremidades (acromial, mais achatada e esternal, mais globosa). Possui 2 faces (superior, lisa e inferior, rugosa para inserção do ligamento costoclavicular). Existe ainda o sulco para o músculo subclávio e o processo conóide.
ESCÁPULA
É um osso laminar de forma triangular. Apresenta uma espinha e acrômio (posteriores), processo coracóide (anterior), incisura da escápula, cabeça e colo. Na cabeça está localizada a cavidade glenóide. Possui 3 bordas (medial, lateral e superior), 2 ângulos (superior e inferior), 3 fossas ( supraespinhal e infraespinhal posteriores e subescapular anterior)
MEMBROS INFERIORES – OSSOS
FÊMUR
Ou o osso da coxa, é o osso mais longo e mais pesado do corpo. Possui duas extremidades, superior e inferior, e um corpo.
Extremidade superior 
- Cabeça femoral, é esférica e articula com o osso do quadril (possui uma fóvea)
- Colo do fêmur - dá o ângulo de inclinação 
· trocanter maior – mais lateral e superior
· trocanter menor – posterior e inferior
· linha intertrocantérica – une o colo com o corpo anteriormente
· crista intertrocantérica – posteriormente
· fossa trocantérica – fica superiormente ao trocanter maior
Corpo 
- 3 faces (anterior/medial/lateral) – a diáfise apresenta convexidade voltada para frente.
- Linha áspera – é posterior e apresenta linha dupla que estão próximas no 1/3 medial, e nas extremidades elas se divergem. Proximalmente, o lábio medialdirige-se para o trocanter menor e denomina-se linha pectínea; o lábio lateral é mais larga e rugosa e recebe o nome de tuberosidade glútea. Distalmente, os lábios recebem o nome de linhas supracondilares medial e lateral, e delimita uma superfície triangular, a face poplítea.
Extremidade inferior
· Possui côndilos - anteriormente, é lisa – face patelar
 - Posteriormente- fossa intercondilar
· Epicôndilo medial (tubérculo do adutor- saliência+alta)
· Epicôndilo lateral
TÍBIA
Ou osso da canela. Localiza-se do lado medial da perna.
Extremidade superior
· É maior e mais dilatada para articular com o fêmur
· Possui 2 côndilos. As faces articulares na parte superior, é separadas por uma elevação
mediana, a eminência intercondilar, delimitada pelos tubérculos, intercondilar medial e intercondilar lateral. A eminência delimita também 2 áreas denominadas de área intercondilar anterior (maior) e intercondilar posterior (menor). No côndilo lateral, posteriormente e inferiormente temos a face articular para a fíbula.
· Possui também a tuberosidade da tíbia (fixação do ligamento patelar).
Corpo – 3 faces (lat/med/post)
3 bordas (ant/med/interóssea)
 Na face posterior, superiormente, partindo da faceta articular para fíbula, lateralmente, corre obliquamente para alcançar a borda medial: linha solear.
Extremidade inferior
· Medialmente o maléolo medial
· Lateralmente – incisura fibular
· Inferiormente – face articular para o tálus.
FÍBULA
Localiza-se lateralmente na perna.
Extremidade superior
· Cabeça da fíbula, articula-se com a parte posterior da tíbia.
· Medialmente apresenta uma faceta articular para o côndilo lateral da tíbia
· Lateralmente é áspera e apresenta uma projeção chamada de ápice da cabeça da fíbula.
· Colo
Corpo – 3faces (ant/post/lat)
3bordas (ant/post/interóssea)
na face posterior há uma crista medial
Extremidade inferior
· É o maléolo lateral (tem forma triangular)
· Articula-se com o tálus e tem um contato com a tíbia 
PATELA
É um osso sesamóide triangular com cerca de 5cm de diâmetro que está incluído no tendão do quadríceps da coxa. Tem duas faces (ant/articular). 3 bordas (superior/medial/lateral). Tem um ápice (inf) e uma base (sup).
TARSO
São 7 ossos: calcâneo, tálus, cubóide, navicular, cuneiforme medial, cuneiforme lateral e cuneiforme intermédio – em ordem decrescente de tamanho.
CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
É formado por um par de ossos do quadril ou ossos pélvicos ou ossos coxais. Os dois ossos fazem articulação, posteriormente com o sacro e anteriormente, através da sínfise púbica. Cada osso do quadril é formado pela fusão de 3 ossos embrionários: ílio, ísquio e púbis. Na face lateral do osso do quadril (face glútea), onde os 3 ossos se encontram, há uma reentrância em forma de taça chamada acetábulo. A cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo. Abaixo do acetábulo está situado o forame obturado.
ÍLIO
É uma porção alargada e expandida do osso do quadril que se estende para cima do acetábulo. Sua borda superior é chamada crista ilíaca. Esta crista termina anteriormente na espinha ilíaca ântero-superior. A curta distância abaixo dela está a espinha ilíaca ântero-inferior. A crista ilíaca termina posteriormente na espinha ilíaca póstero-superior. Abaixo está a espinha ilíaca póstero-inferior. A incisura isquiática maior encontra-se logo abaixo. 
A asa do ílio apresenta: as linhas glútea (posterior, são 3: inferior, anterior e posterior), a fossa ilíaca é a face interna, ântero-medial, lisa e levemente côncava, ea face sacro-pélvica, (contém a face auricular e a tuberosidade ilíaca); e 3 bordas (ant/post/med)
Correndo diagonalmente de cima para baixo e para a frente, a partir dessa face auricular, e demarcando o limite inferior da fossa ilíaca, está a linha arqueada (que se continua anteriormente como linha pectínea) .
ÍSQUIO
Forma a porção póstero-inferior do osso do quadril e consiste de um corpo e um ramo.
O corpo do ísquio tem extremidade superior e inferior. A extremidade superior funde-se com o ílio e a pube para formar o acetábulo. A extremidade inferior forma o túber isquiático. 
O ramo do ísquio se projeta anteriormente ao túber articula-se com o ramo inferior do púbis para formar a borda inferior do forame obturado.
Na margem posterior do corpo do ísquio, abaixo da grande incisura isquiática maior, está a espinha isquiática. A incisura isquiática menor está abaixo da espinha. A incisura é limitada inferiormente pelo túber isquiático. Que suporta o peso do corpo na posição sentada.
PÚBIS
É a parte anterior do osso do quadril. É dividida em um corpo e 2 ramos (superior e inferior).
O corpo é a porção medial comprimida pelos ramos. Na borda anterior temos a crista púbica e sua parte lateral inferior é proeminente e denominado de tubérculo púbico.
Ramo superior – funde-se com o ílio e o ísquio. Na borda anterior encontra-se a linha pectínea. A sínfise púbica, a crista púbica e a linha pectínea constituem a parte púbica da linha arqueada. A borda inferior é a crista obturatória.
Ramo inferior – é uma barra curta que se estende do corpo da pube para trás, para baixo e lateralmente. 
ACETÁBULO
É uma grande cavidade crateriforme no lado externo do osso do quadril, está voltado para baixo, para frente e lateralmente. O acetábulo é incompleto em baixo, onde se forma a incisura do acetábulo. A depressão áspera, no fundo do acetábulo, acima da incisura, é a fossa do acetábulo. A face semilunar é lisa e articula-se com a cabeça do fêmur. O acetábulo é formado por 1/5 da pubis, 2/5 de ílio 2/5 de ísquio.
FORAME OBTURADO
É limitado pela pubis e pelo ísquio e seus ramos. O forame é fechado, exceto no sulco obturatório, por uma membrana obturatória.
DIFERENÇAS DA PELVE FEMININA E MASCULINA
	
	FEMININA
	MASCULINA
	Tipo de pelve
	Ginecóide
	Andróide
	Estreito superior
	Arredondado
	Levemente triangular
	Estrutura geral
	Delicada
	Maciça
	Espinhas isquiáticas
	Não proeminentes
	Muito proeminentes
	Diâmetro bi-isquiático
	Grande
	Reduzido
	Sacro
	Inclinação média
	Inclinação anterior
	Espinhas ilíacas anteriores
	Mais afastadas
	Mais próximas
	Arco púbico
	Obtuso (maior que 90o)
	Agudo (menor que 90o)
	Forame obturado
	Triangular
	Oval
	Acetábulo
	Mais anterior
	Mais lateral
SISTEMA ARTICULAR
DEFINIÇÃO
É a união entre quaisquer partes rígidas, seja osso ou cartilagem, permitindo mobilidade entre eles.
Latim - articulo = juntura
Grega – arthron = juntura
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união chama-se articulação ou juntura, esta conexão ocorre entre quaisquer partes rígidas, seja osso ou cartilagem e tem por finalidade colocar os ossos em contato e também permitir mobilidade entre eles. Esta união não se faz da mesma maneira, podendo permitir uma maior ou menor possibilidade de movimento dependendo do tipo de união. Os termos, tais como artrologia, que significa o estudo das junturas, e artrite, que significa inflamação das junturas, são de origem grega (arthron).
As junturas variam muito em estrutura e forma e são, freqüentemente, especializadas para desempenhar determinadas funções. Não obstante, as junturas possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum.
CLASSIFICAÇÃO
Vários critérios podem ser usados para classificar o grande número de articulações do corpo. Dois deles são os mais utilizados:
1.De acordo com o tecido que conecta as articulações
 -FIBROSA
 -CARTILAGÍNEAS
 -SINOVIAIS
2.De acordo com a superfície e o movimento realizados pelas articulações
 -Não axiais
 -Uniaxiais
 -Biaxiais
 -Triaxiais
- ARTICULAÇÃO FIBROSA
	 As articulações fibrosas incluem todas as articulações nas quais os ossos são mantidos juntos por tecido conjuntivo fibroso. Devido ao seu papel na resistência da articulação, o tecido conjuntivo fibroso é também referido como ligamento sutural. Há pouco material entre as extremidades dos ossos, e nãose executa nenhum movimento apreciável. Por esse motivo, as articulações fibrosas são também classificadas como sinartroses (syn= junto, unido; arthron= articulação) isto é, uma articulação imóvel. Há três tipos principais de articulações fibrosas: sutura , sindesmose e gonfose.
1. SUTURAS
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações, ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Conseqüentemente as fibras de conexão são muito curtas. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras são substituídas por osso. Quando são completamente substituídos por ossos , estes se tornam fundidos e esta condição é chamada sinostose (isto é, manter unido por osso)
2. SINDESMOSES
Esta articulação está unida por tecido conjuntivo fibroso (syndesmose = unido por bandas ou faixas). As extremidades dos ossos estão mais afastadas neste tipo de articulação. Conseqüentemente, as fibras que conectam os ossos são mais longas e geralmente referidas como ligamentos. As sindesmoses podem permitir algum movimento, melhor descrito como elasticidade, mas não permitem movimentos verdadeiros. Os ossos estão mantidos juntos por membranas interósseas.
Exemplos: tíbiofibular, entre o rádio e a ulna.
3. GONFOSES
É a articulação por inserção de um processo cônico em uma cavidade; ocorre entre a raiz do dente e os alvéolos.
- ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
Os ossos são unidos por cartilagem. Nestas articulações é possível um pequeno movimento. Há dois tipos de articulações cartilagíneas: sincondroses e sínfises.
1. SINCONDROSES
Os ossos são unidos por cartilagem hialina. A cartilagem hialina que une os ossos é um remanescente do esqueleto cartilagíneo do embrião e, como tal, funciona como uma zona de crescimento para um ou ambos os ossos. A maioria das junturas de cartilagem hialina se oblitera, isto é, é substituído por osso quando cessa o crescimento. São também chamadas de juntura cartilagínea primária.
Exemplos: as lâminas epifisárias dos ossos longos, certos ossos da base do crânio (esfeno-occipital), as articulações formadas entre as primeiras 10 costelas e suas cartilagens costais, são as únicas sincondroses permanentes.
2. SÍNFISES
Neste tipo de articulação os ossos são revestidos de uma fina camada de cartilagem hialina e encontram-se separados por um coxim fibrocartilaginoso, que é a característica distinta da sínfise. Esses coxins, ou discos, são compressíveis, permitindo que a sínfise possa absorver choque. são também chamadas de juntura cartilagínea secundária e ANFIARTROSE.
Exemplos: articulação entre os ossos do pube, entre os corpos vertebrais (o coxim entre as vértebras são chamadas de disco intervertebral), durante o desenvolvimento, as duas metades da mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, que se ossifica posteriormente.
· ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
A maioria das articulações do corpo é do tipo sinovial, que são caracterizadas por serem livremente móveis. O movimento das articulações sinoviais é limitado somente por ligamentos, músculos, tendões ou ossos adjacentes. Por causa da sua liberdade de movimento, as articulações sinoviais são também referidas como diartroses (diarthrosis significa articulação móvel). Outra característica das articulações sinoviais é a presença de um líquido preenchendo a cavidade articular – a sinóvia. As articulações sinoviais têm quatro características distintas: uma cartilagem articular, uma cápsula articular, uma membrana sinovial e a sinóvia.
a) A cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular lisa dos ossos.
b) A cápsula articular é uma membrana dupla que envolve e encerra a articulação. A camada mais externa da cápsula é composta de tecido conjuntivo fibroso denso cujas fibras estão firmemente aderidas ao periósteo dos ossos. Feixes paralelos de fibras na camada mais externa formam ligamentos que fortalecem a articulação. A camada mais interna é conhecida como membrana sinovial. A cápsula é bem suprida de fibras nervosos, que percebe a dor e informa os movimentos e a posição articular.
c) A membrana sinovial consiste de tecido conjuntivo frouxo cuja superfície interna é rica de capilares. A membrana, que se apresenta formada por dobras que se projetam na cavidade articular, reveste toda a cavidade articular. Entretanto, não recobre as superfícies das cartilagens articulares ou do disco articular.
d) O líquido sinovial é produzido pela membrana sinovial. Este líquido espesso, de consistência semelhante à clara de ovo, é responsável pela nutrição das cartilagens e pela lubrificação das superfícies articulares e também como amortecedor de peso na articulação. A natureza viscosa do líquido é devido à presença de mucopolissacarídeo não sulfatado conhecido como ácido hialurônico. O líquido formado é suficiente para formar um delgado filme na superfície. Quando há lesão ou inflamação, a produção é estimulada e o excesso de líquido pode se acumular, causando inchaço e desconforto. Estalidos nas junturas, tal como acontece quando os dedos são puxados repentinamente, são devidos geralmente ao brusco desenvolvimento de um vácuo parcial na cavidade articular ao serem separadas as superfícies articulares. O vácuo parcial é ocupado por vapor de água e gases hemáticos sob baixa pressão. Outros estalidos ou ruídos (mais freqüentemente estalos) são devidos, provavelmente, ao resvalo súbito de um tendão ou ligamento sobre um processo ou ressalto ósseo ou cartilagíneo.
Além dessas quatro características, algumas articulações sinoviais têm discos articulares, ou no caso do joelho, meniscos. É fibrocartilagem que se estendem para dentro da articulação a partir da cápsula articular. Os discos articulares dividem a cavidade sinovial em duas cavidades separadas. Nesta forma de articulação, a membrana sinovial que reveste a cavidade estende-se à curta distância sobre a superfície do disco. A articulação da mandíbula, a articulação esterno-clavicular e a articulação rádio-ulnar distal contêm discos articulares. A articulação do joelho é apenas parcialmente subdividida pelos meniscos.
As membranas sinoviais formam duas outras estruturas que, embora não façam parte das articulações , estão freqüentemente associadas a elas. São as bolsas sinoviais e as bainhas dos tendões.Ambas estruturas contêm líquido sinovial e servem pra reduzir o atrito durante o movimento entre uma estrutura (pele, músculo, tendões ou ligamentos) e o osso.
As bolsas sinoviaissão pequenos sacos revestidos com membranas sinoviais. Pelo fato de estarem preenchidas por líquido sinovial, elas agem como almofadas entre as estruturas que elas separam. Há muitas bolsas sinoviais distribuídas pelo corpo. Algumas são subcutâneas, estando localizadas entre o osso e a pele, como a bolsa que separa o olécrano do cotovelo, da pele. A maioria das bolsas sinoviais está localizada entre os tendões e o osso.
As bainhas dos tendõessão encontradas onde os tendões atravessam articulações e onde, sem as bainhas, os tendões estariam sujeitos a constante atrito contra o osso, como no punho e nos dedos. As bainhas são sacos sinoviais cilíndricos semelhantes às bolsas. Elas envolvem os tendões, formando almofadas de parede dupla, cheia de fluido, para que os tendões possam deslizar.
MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
As articulações sinoviais são classificadas conforme os movimentos que ela permite. O movimento em uma articulação faz-se, obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de movimento. A direção destes eixos é ântero-posterior (sagital), látero-lateral (frontal) e longitudinal. No movimento realizado o eixo é determinado obedecendo à regra de que, o plano, geralmente, é perpendicular ao eixo.
As articulações que tem apenas um eixo de movimento e que por isso se movimentam num único plano são chamadas articulações uniaxiais (monoaxiais ou em dobradiça); o joelho é exemplo. Algumas têm dois eixos e isso permite que se movimentem em dois planos perpendicularesentre si, são as chamadas articulações biaxiais, como exemplo as articulações do punho. Quando tem três eixos e permitem movimentos em três planos, são as chamadas articulações triaxiais, temos as articulações do quadril e do ombro.
Os movimentos gerais permitidos nas articulações sinoviais podem ser colocados em quatro grupos: deslizamento, movimento angular, circundução e rotação.
1. DESLIZAMENTO
O movimento é, geralmente, pequeno numa juntura qualquer, as superfícies dos ossos adjacentes movem-se para frente e para trás., uma contra a outra, porém um pequeno resvalo em cada uma de uma série de pequenas articulações, como acontece na mão, no pé e na coluna vertebral, permite considerável amplitude de movimento e constitui um eficiente amortecedor contra força. 
2. MOVIMENTOS ANGULARES
Os movimentos angulares aumentam ou diminuem o ângulo entre dois ossos adjacentes. Há quatro movimentos angulares que podem ocorrer em várias articulações sinoviais: flexão, extensão, abdução e adução.
a. Flexão – movimento num plano ântero-posterior, diminuindo o ângulo entre os ossos. ex.: flexão do cotovelo, levantamento da coxa, levantamento da panturrilha, flexão da coluna para frente.
b. Extensão – causa o aumento do ângulo entre os ossos articulados. ex.: quando flexionada a articulação volta à posição anatômica , (hiperextensão – além da posição ortostática; dorsiflexão – aproximação do dorso do pé à canela).
c. Abdução –movimento que afasta da linha mediana
d. Adução – movimento que se aproxima da linha mediana
e. Circundução movimento delineia um cone, e o ápice está na cavidade articular. O movimento é realmente uma combinação seqüencial de flexão, adução, extensão e abdução. Ex.: quadril e ombro.
3. ROTAÇÃO
É o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal (vertical). Assim, nos membros, pode-se reconhecer uma rotação medial ou pronação, quando a face anterior do membro gira em direção ao plano mediano do corpo, e uma rotação lateral ou supinação, no movimento oposto.
4. MOVIMENTOS ESPECIAIS
ELEVAÇÃO – movimento para cima
DEPRESSÃO – movimento para baixo de uma parte do corpo
INVERSÃO – planta do pé voltada para dentro
EVERSÃO – planta do pé voltada para fora
PROTRAÇÃO – desloca pra frente
RETRAÇÃO – desloca para trás
TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
São classificadas conforme o eixo de movimento e a superfície.
· NÃO AXIAL – Plana ou artrodial
· UNIAXIAL – Gínglimo 
 - Trocóide
· BIAXIAL – Elipsóide (condilar)
 - Selar
- TRIAXIAL - Esferóide
a. ARTICULAÇÃO NÃO-AXIAL PLANA
As superfícies são planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. O deslizamento é discreto e de amplitude reduzida, mas o deslizamento entre vários ossos articulados, permite apreciável variedade e amplitude de movimento final. Ex.: ossos do carpo, tarso e entre os processos articulares das vértebras.
b. ARTICULAÇÃO MONOAXIAL GÍNGLIMO
É também chamada de dobradiça e o nome se refere mais ao movimento do que a superfície. A superfície articular têm uma tal forma que os únicos movimentos possíveis são a flexão e extensão. ex.: cotovelo, joelho, articulações entre as falanges dos dedos das mãos e dos pés (art. interfalângicas).
c. ARTICULAÇÃO MONOAXIAL TROCÓIDE OU EM PIVÔ
Neste tipo as superfícies articulares são segmentos de cilindro; um osso gira dentro de um anel ósseo ou ósteo-ligamentar. O único movimento permitido numa articulação trocóide é a rotação ao redor de um eixo longitudinal. Ex.: rádio-ulnar distal, primeira vértebra e o processo odontóide.
d. ARTICULAÇÃO BIAXIAL ELIPSÓIDE
Têm uma superfície articular levemente côncava e outra ligeiramente convexa, assim permitem movimentos em dois planos perpendiculares. Ela permite o movimento de flexão, extensão, abdução, adução e circundução. Leva em consideração ao movimento executado pela articulação, em que o movimento é mais amplo em um plano do que em outro, desta forma descrevendo uma elipse. Ex.: articulação entre o rádio e os ossos do carpo, entre os côndilos do occipital e a primeira vértebra cervical e as metacarpo-falangeanas e as metatarso-falangeanas.
e. ARTICULAÇÃO BIAXIAL SELAR
A superfície articular de cada osso é côncava numa direção e convexa na outra; a superfície tem a forma de uma sela. A única articulação selar verdadeira do corpo é a carpo-metacárpica do polegar. Este tipo de articulação é biaxial.
f. ARTICULAÇÃO TRIAXIAL ESFERÓIDE OU ENARTROSE
As articulações do tipo esferóide apresentam superfícies articulares que são formadas por uma cabeça esférica de um osso contrapondo-se a uma cavidade em forma de taça do outro. Esta articulação permite o movimento nos três eixos. Há somente duas articulações esferóide no corpo: o ombro e do quadril. Além da flexão, extensão, adução, abdução e circundução, as articulações esferóides permitem rotação medial e lateral.
LIGAMENTOS
Os ligamentos são feixes fibrosos resistentes que reforçam as articulações e estendem-se entre os ossos das articulações.
Os ligamentos desempenham um papel importante na manutenção da posição apropriada dos ossos que se articulam nas articulações sinoviais ao mesmo tempo em que permitem movimentos relativamente livres das articulações.
Os ligamentos são classificados em capsulares, extracapsulares (colateral tibial e colateral fibular) e intracapsulares (cruzado anterior e cruzado posterior). A maioria dos ligamentos serve como órgão sensível pois as terminações nervosas neles são importantes nos mecanismos reflexos e na percepção do movimento e da posição.
CONDIÇÕES DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA
 1. ENTORSE
Resulta de uma torção ou alongamento exagerado da articulação, o que faz com que um ligamento possa se romper ou se separar de sua fixação óssea. Se o trauma é intenso, pode acumular excesso de líquido e causar inchaço.
2. LUXAÇÕES
É o deslocamento brusco de uma superfície articular. Pode haver dano nos ossos, nos tendões e ligamentos. Os mais comuns são: ombro, polegar e os dedos.
3. BURSITE
Quando uma ou mais bolsas sinoviais que rodeiam uma articulação tornam-se inflamadas. Esta alteração ocorre por lesão, excesso de peso ou infecção. As bolsas se enchem de líquido sinovial.
4. TENDINITE
É a inflamação das bainhas dos tendões que rodeiam uma articulação. Caracteriza-se por uma sensibilidade local no ponto da inflamação e por uma dor severa quando se movimenta a articulação afetada. É causada por trauma ou uso excessivo. Ex: cotovelo de tenista.
5. HÉRNIA DE DISCO; LESÕES DE MENISCO; ARTRITE; GOTA; ARTRITE REUMATÓIDE; OSTEOARTROPATIA DEGENERATIVA
SISTEMA MUSCULAR
CONCEITO:
	O sistema muscular é formado por vários músculos que compõem e dão forma ao corpo humano.
 FUNÇÕES:
1. Movimento e sustentação
2. Constitui 40 a 50% do peso do corpo, formando o contorno do corpo.
3. Propulsão do alimento e expulsão de resíduos do corpo
4. Alteração do diâmetro dos tubos do corpo
5. Manutenção da temperatura normal do corpo
6. Manutenção da homeostase
O tecido muscular constitui 40% a 50% do peso total do corpo. A maior parte encontra-se preso ao esqueleto, contribuindo para dar o contorno do corpo humano. Mas existem outros músculos que estão localizados nas paredes dos vasos sangüíneos, na parede do canal alimentar, do trato respiratório e genito-urinário que não são tão evidentes, mas que contribuem para o seu funcionamento.
O sistema muscular se especializou na contração; o movimento pode ser uma conseqüência. Nem toda contração produz movimento, por exemplo: a contração dos músculos subcutâneos, apenas enruga a pele ou fecham orifícios; os músculos o trato respiratório que se contraem causando o broncoespasmo, fazendo com que a pessoa não consiga respirar como acontece com os asmáticos.
ASPECTOS MICROSCÓPICOS
As células alongadas do tecido muscular são chamadas de fibras. A fibra muscular se diferencia de outras células por apresentar no seu citoplasma, organelas chamadas miofibrilas, que se estendem ao longodo comprimentoda célula. A miofibrila é uma cadeia de moléculas protéicas que possui a propriedade da contratilidade. Quando essas minúsculas linhas contraem, toda a célula encurta-se.
TIPOS MUSCULARES
1. Músculo esquelético– como o nome indica, a maioria dos músculos esqueléticos está fixada aos ossos do esqueleto e consequentemente, o músculo esquelético é responsável pela atividade como andar e manipular objetos. Estas células exibem bandas transversais, claras e escuras dando-lhes um aspecto estriado, e por isso também chamado de músculo estriado. Os músculos esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo. Estão sob controle da vontade, embora muitas de suas ações têm ação reflexa e apenas parcialmente submetida ao controle da vontade. 
2. Músculo liso – é assim chamado porque suas células não apresentam estriações, e são chamados de músculos viscerais porque são encontrados nas paredes dos órgãos ocos e tubulares do sistema respiratório, digestório e genito-urinário, sem esquecer dos vasos sangüíneos. O músculo é do tipo involuntário e suas contrações são governadas por impulsos nervosos não diretamente controlados pela vontade.
3. Músculo cardíaco– é o músculo da parede do coração. Eles também apresentam estriações nas miofibrilas, mas diferencia-se do esquelético por possuir a capacidade de iniciar seu próprio impulso de contração, independente do sistema nervoso. Assim é denominado de músculo estriado imvoluntário.
ESTRUTURA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
O músculo é composto de numerosas células musculares chamadas de fibras musculares. Cada fibra é envolvida por uma delicada bainha de tecido conjuntivo chamado endomísio. Este grupamento de fibras musculares é chamado de fascículo. Cada fascículo é envolvido pelo perimísio. E estes são unidos pelo epimísio. O músculo compõe-se de vários fascículos envolvidos pelo epimísio.
CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Cada célula muscular está sob controle do sistema nervoso. 
1. O impulso nervoso alcança a junção neuro-muscular, é liberada acetilcolina nas ramificações terminais dos neurônios, mudando a permeabilidade da membrana plasmática.
2. O impulso é transmitido pelos túbulos T para o interior da célula.
3. Os íons cálcio são liberados do retículo sarcoplasmático por locais chamados cisternas terminais, inicia-se a contração muscular através das miofibrilas.
4. Os íons cálcio retornam ao retículo sarcoplasmático e o músculo relaxa.
FIXAÇÕES DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
TENDÕES extensões de tecido conjuntivo além da extremidade do músculo, comprimento variado; continua-se com o periósteo.
 APONEUROSES bainhas tendinosas largas e delgadas.
As extremidades funcionam como fixadores dos músculos no esqueleto e por convenção são assim chamados:
ORIGEM – é a extremidade fixa ou menos móvel de um músculo, geralmente é a parte proximal.
INSERÇÃO- é a extremidade mais móvel, geralmente é distal.
VENTRE -é a porção mais alargada do músculo entre sua origem e inserção.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Quanto à forma do músculo
Função do músculo condiciona sua forma e arranjo de suas fibras. De um modo geral e amplo, os músculos têm as fibras dispostas paralelas ou oblíquas em relação de tração exercida pelo músculo.
Músculo Longo– os fascículos correm paralelamente ao longo do eixo do músculo com tendões nas duas extremidades.Ex: esternocleidomastóideo, músculos dos membros (bíceps braquial)
Músculo Radiado– fascículos convergem de uma origem larga para um único tendão estreito, tomando um aspecto de leque. Ex: peitoral maior, glúteo máximo.
Músculo Unipenado– todos os fascículos se inserem no mesmo lado do tendão.Ex: extensor longo dos dedos do pé.
Músculo Bipenado– os fascículos se inserem em ambos os lados dos tendões.Ex: reto da coxa)
Músculo multipenado– convergência de vários tendões. bicaudados quando há dois tendões, policaudados quando há três ou mais tendões, são os digástricos e poligástricos.
Quanto à ação
Agonista – são músculos ou grupo de músculos que são diretamente responsáveis pelo movimento principal.
Antagonista– quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, (oferece resistência a um movimento, geralmente no lado oposto da articulação), seja para regular a rapidez ou a potência de ação de um agonista.
Sinergista– são aqueles músculos que indiretamente ajudam um movimento, prevenindo movimentos não desejados. Ações de sinergistas e antagonistas contribuem para movimentos calmos, coordenados e precisos.
Fixadores– Geralmente imobilizam articulações ou parte delas.
RELAÇÃO ENTRE ALAVANCAS E AÇÕES MUSCULARES
Os movimentos produzidos pelas ações da maioria dos músculos esqueléticos envolvem o uso de alavancas Alavanca é uma estrutura rígida capaz de se mover ao redor de um ponto de apoio (fulcro) quando uma força é aplicada. . No corpo, os ossos funcionam como alavancas, as articulações como ponto de apoio e os músculos esqueléticos provém a força para movimentar os ossos.
Classe das alavancas
- Alavancas de 1a classe
	O fulcro está localizado entre o ponto no qual a força é aplicada e o peso a ser movido. Ex: elevação da face, tesoura.
FR
Δ
-Alavancas de 2a classe
	O peso a ser movimentado está entre o fulcro e o ponto de força. Ex:, elevação do corpo na ponta dos pés, um carrinho de mão.
R
 F
Δ
-Alavancas de 3a classe
	O peso numa extremidade o fulcro na outra e o ponto de força entre eles. Ex: flexionar o antebraço, levantar uma pá.
F
 R
Δ
Efeitos das alavancas nos movimentos
Braço da potênciaporção da alavanca entre o fulcro e o ponto de força. Braço de potência mais longo aumenta a força, mas o movimento fica mais lento e diminui a amplitude de movimento.
 Braço da resistênciaporção da alavanca entre o fulcro e o peso. Braço da resistência mais longo, o peso se move mais rápido e numa amplitude maior, mas a força necessária é maior.
 CRITÉRIOS PARA DENOMINAR OS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
1. Forma do músculo ex: rombóide, trapezóide.
2. Ação do músculo ex: flexor, extensor.
3. Localização do músculo ex: intercostal, tibial.
4. Fixações do músculo ex: esternocleidomastóideo.
5. Divisões do músculo ex: bíceps do braço, tríceps braquial.
6. Relações de tamanho ex: glúteo máximo, glúteo mínimo.
REFLEXOS E TÔNUS MUSCULARES
Muitas das ações musculares são de natureza reflexa, isto é, são produzidas por impulsos sensitivos que atingem a medula e ativam as células motoras. O rápido afastamento de um dedo que se queima e o pestanejar das pálpebras quando algo toca a córnea são exemplos disso. O estímulo de terminações proprioceptivas dos músculos, tendões e articulações origina uma série de ações reflexas que tem importância nos mecanismos posturais e de locomoção. 
Acredita-se que os músculos que suportam o corpo contra a gravidade possuam tônus, mesmo estando em repouso, devido à ação de reflexos de estiramento iniciados pela ação de gravidade ao estirar os músculos, (há pouca ou nenhuma contração muscular).
TENDÕES E APONEUROSES
São esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, constituídos de tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas que se situam nas extremidades dos músculos, com finalidade de fixar o músculo no esqueleto. Quando a extremidade é cilíndrica ou em fita são chamadas de tendões, e quando são laminares são chamados de aponeurose.
As definições têm exceções:
· Os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos: cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendões de outros músculos;
· Em um grande número de músculos, as fibras dos tendões têm dimensões tão reduzidas que se tem a impressão de que o ventre muscular se prende diretamente no osso;
Em uns poucos músculos, aparecem tendões interpostos aos ventres de um mesmo músculo, e esses tendões não servem para fixação no esqueleto.
BAINHAS TENDÍNEAS SINOVIAIS
Nos pontos em que os tendões correm em túneis ósteo-fibrosos, como na mão e no pé, eles são recobertos por bainhas sinoviais de duas camadas.
BOLSAS
As bolsas, como as bainhastendíneas sinoviais, são sacos de tecido conjuntivo de superfície interna escorregadia e cheias de um líquido sinovial. As bolsas estão presentes onde os tendões sofrem atrito com os ossos, ligamentos ou outros tendões, ou onde a pele se move sobre uma saliência óssea.
FÁSCIA
É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A fáscia forma uma membrana fibrosa que separa os músculos entre si e os reveste e por isto é, freqüentemente, são denominados fáscia profunda.
FUNÇÕES: proporcionar origens aos músculos, servindo de bainha elástica para eles e formando faixas especializadas para sustentação e bainhas fibrosas para os tendões. Ela fornece vias para passagem de vasos e nervos e circundam estas estruturas como bainhas neurovasculares. Permitem o deslizamento de uma estrutura sobre a outra. 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA
ATROFIA MUSCULAR
É a diminuição ou morte de células musculares, causando uma redução no tamanho do músculo. Pode ser causado por desuso prolongado ou por certas doenças que reduz o suprimento sangüíneo ou na inervação. Pode ser localizada ou generalizada.
CÃIMBRAS
São contrações musculares involuntárias, dolorosas, que demoram para relaxar. Podem ocorrer durante um exercício ou no descanso. Pode ser causada por baixo suprimento de oxigênio ou por estímulo nervoso, e no exercício, pelo baixo nível de sódio e cloro no sangue.
DISTROFIA MUSCULAR
É um grupo de doenças caracterizadas pelo progressivo enfraquecimento muscular, resultado de degeneração das células musculares, com aumento de tecido conjuntivo nos músculos e em alguns casos substituição por tecido adiposo. As distrofias são geneticamente transmissíveis.
MIASTENIA GRAVE
É uma condição crônica caracterizada pelo enfraquecimento muscular. É causada por uma resposta anormal do sistema imunitário do corpo que desorganiza os receptores de acetilcolina nas membranas das células musculares ao nível da junção neuromuscular. Isto diminui a resposta das fibras musculares à acetilcolina, que normalmente transmite o impulso nervoso.
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO NOS MÚSCULOS ESQUELÉTICO
Começa aos 20 anos com uma progressiva perda de massa muscular e substituição por gordura. À medida que a massa decresce, o mesmo acontece com a força máxima, que cai cerca de 50% entre 20 e 80 anos. A quantidade de massa muscular perdida com o envelhecimento também depende da atividade física, e a taxa de perda é menor naquelas pessoas que mantêm um regime de atividade física.
MÚSCULOS DA CABEÇA
Os músculos da mímica podem ser agrupados em:
1. Músculos do couro cabeludo e do pavilhão auricular
2. Músculos do orifício da órbita
3. Músculos da boca
4. Músculos do nariz
5. Platisma
Couro cabeludo
- Epicrânio– é formado principalmente pelo occipito-frontal. É formado por dois ventres occipitais e dois ventres frontais. Ação alternada do occipital e do frontal move o couro cabeludo para trás e para frente. Os dois frontais elevam a sobrancelhas. São antogonistas dos músculos orbiculares do olho.
Orelha 
O pavilhão auricular é parte da orelha externa. Consiste de uma camada de cartilagem elástica coberta pela pele. A depressão mais profunda chamada de concha; a borda é chamada de hélice, e a parte desprovida de cartilagem é chamada de lóbulo. Três músculos intrínsecos da orelha conectam a orelha à fáscia lateral do crânio, são os 
· Músculo auricular anterior
· Músculo auricular superior 
· Músculo auricular posterior.
Músculos do orifício da órbita
- Orbicular do olho: é um esfíncter fino e elíptico que circunda o anel da órbita. Ação: fecha as pálpebras e estica a pele da fronte.
- Corrugador do supercílio.Ação: junta os supercílios como na carranca.
- Prócero.Ação: enruga a pele entre os supercílios
Músculos da boca
· Risório, é o músculo do riso;
· Depressordo ângulo da boca, músculo da tristeza;
· Depressor do lábio inferior, músculo da tristeza;
· Zigomático maior, músculo da alegria;
· Zigomático menor, músculo da alegria;
· Levantador do ângulo da boca, músculo da alegria;
· Levantador do lábio superior músculo do desdém
· Levantador da asa do nariz músculo do desdém
· Bucinador músculo do bocejo, e está relacionado com o assovio, sopro e é ativo no riso
· Orbicular da boca fecha os lábios e também pode fazer a sua protrusão, e é conhecido como o músculo do beicinho.
· Mento eleva e protrai o lábio inferior.
V. MÚSCULO DO NARIZ
Compreendem o prócero, o nasal e o depressor do septo. A parte alar do nasal auxilia na abertura das narinas, uma ação que se torna proeminente quando a respiração se torna difícil.
V. PLATISMA
Ação: abaixa a mandíbula; repuxa o ângulo da boca para baixo; estica e pregueia a pele do pescoço.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
- Temporal Ação: eleva a mandíbula fechando os maxilares e retrai a mandíbula
- Masseter Ação: eleva a mandíbula fechando os maxilares 
- Pterigóide medial Ação: eleva a mandíbula fechando os maxilares e lateralização
- Pterigóide lateral Ação: abre e protrai a mandíbula e lateralização
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA
- Genioglosso Ação: protrai e abaixa a língua
- Hioglosso Ação: abaixa a língua
- Estiloglosso Ação: retrai e eleva a língua
MÚSCULOS DO PESCOÇO 
 Cervical Superficial
· Platisma 
 Cervicais Laterais
· Trapézio Ação: eleva e roda a escápula
· Esternocleidomastóideo ação: agem juntos para flexionar a coluna cervical; agindo isoladamente, roda a cabeça para o lado oposto.
 Supra-Hióideo
· Digástrico ação: eleva o hióide e ajuda no abaixamento da mandíbula
· Estilo-hióideo ação: eleva o hióide puxando-o para trás
· Milo-hióideo, ação: eleva o hióide e o assoalho da boca
· Genio-hióideo ação: puxa o hióide anteriormente
 Infra-Hióideo
· Esterno-hióideo ação: puxa o hióide inferiormente
· Esternotireóideo, ação: puxa a laringe inferiormente
· Tireo-hióideo, ação: puxa o hióide inferiormente e eleva a laringe
· Omo-hióideo ação: puxa o hióide inferiormente
 Vertebrais Anteriores
· Longo do pescoço ação: flexiona a parte cervical, é ativo durante a fala, tosse e a deglutição
· Longo da cabeça ação: flexiona a cabeça
· Reto anterior da cabeça ação: flexiona a cabeça
· Reto lateral da cabeça ação: flexiona a cabeça
 Vertebrais Laterais
Ação dos escalenos: flexionam a parte cervical lateralmente, atuam como músculos da inspiração durante a respiração tranqüila.
· Escaleno anterior 
· Escaleno médio 
· Escaleno posterior
MÚSCULOS DO TRONCO
São aqueles associados com a coluna vertebral, o dorso, tórax, assoalho da cavidade pélvica e a parede do abdome. Os músculos do tronco têm ações variadas, dependendo de sua localização. Alguns movimentam a coluna vertebral, outros movimentam a cabeça; alguns estão envolvidos nos movimentos respiratórios, outros movimentam os membros superiores e assim por diante. 
MÚSCULOS DO DORSO
Os músculos são divididos em 3 camadas:
1. camada superficial – trapézio e grande dorsal
2. camada média – levantador da escápula, rombóide menor, rombóide maior e os serráteis posteriores
3. camada profunda – eretor da espinha, esplênio e transverso espinhal
CAMADA SUPERFICIAL
1. Trapézio – é um músculo grande de forma triangular. Ação: a parte superior eleva e fixa o ombro, e as partes média e inferior retraem e fixam o ombro. Gira a escápula na abdução e elevação do braço.
2. Grande dorsal - forma com o redondo maior a prega posterior da axila. Ação: adução e extensão do braço; é utilizado na braçada para baixo como no remo, alpinismo, martelar e na elevação do tronco com as mãos fixas. Fixa a escápula à parede.
CAMADA MÉDIA
1. Levantador da escápula – é fino e em forma de fita. Ação: faz a elevação da escápula.
2. Rombóide maior – são músculos freqüentemente fundidos com o rombóide menor. Ação: aduz, estabiliza e roda a escápula, abaixando seu ângulo lateral.
3. Rombóide menor – Ação: é a mesma do rombóide maior.
4. Serráteis posteriores – são dois músculos finos (superior e inferior), parcialmente membranáceos. O serrátil posterior superior, coberto pelos rombóides; o serrátil posterior inferior, coberto pelo grande dorsal. Ação: atuam na respiração.

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