Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade II ESTUDOS DISCIPLINARES Resolução de Problemas Derivadas e Geometrias Prof. Paulo H. Coelho Breve revisão – definição de derivada contínua no intervalo e valores em I e suas imagens, respectivamente e A y y = f(x) s x x f(x0) f(x) t x0 α αβ Δy Δx B Definição da derivada de uma função em um ponto Inclinação da reta secante s: A y y = f(x) s x x f(x0) f(x) t x0 α αβ Δy Δx B Definição da derivada de uma função em um ponto Se o limite existir e for finito, então será chamado de derivada da função f em Ou seja, Exemplo Seja f(x) = x². Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule: a) f´(x) e b) f´(1) a) O que queremos aqui é calcular f’(x). 0 0 0 ( ) ( ) '( ) lim ( )² ² ² 2 ² ² lim 2 ² (2 ) 2 , lim 2 2 x x x f x x f x f x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Logo x x x Exemplo Seja f(x) = x². Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule: a) f´(x) e b) f´(1) b) O que queremos aqui é calcular f’(1). 0 0 0 (1 ) (1) '(1) lim (1 )² 1² lim , '(1) lim 2 2 '( ) 2 '(1) 2. x x x f x f f x x x Logo teremos f x ou f x x f Definição da reta tangente ao ponto (p,f(p)) Das propriedades de limites, podemos afirmar que: px pfxf pf Assim x fxf px pfxf px xpx )()( lim)(' , )1()1( lim )()( lim 0 Definição da reta tangente ao ponto (p,f(p)) Para a definição da reta tangente, devemos determinar o coeficiente angular, calculado no ponto (p,f(p)): Vamos ao exemplo: Definição da reta tangente ao ponto (1,f(1)) Seja f(x)=x². Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (1,f(1)). Solução A equação da reta tangente em (1, f(1)) é assim, Então , Definição da reta tangente ao ponto (1,f(1)) Gráfico da função e da reta tangente. Aplicação do conceito: velocidade e aceleração Velocidade e aceleração são conceitos que todos conhecemos. Quando dirigimos um carro, podemos medir a distância percorrida num certo intervalo de tempo. O velocímetro marca, a cada instante, a velocidade, e se pisarmos no acelerador ou freio, percebemos a mudança na velocidade. Sentimos a aceleração. Vamos analisar como podemos calcular a velocidade e a aceleração por meio de derivadas. Velocidade e aceleração Suponhamos que um corpo se move em linha reta e que s=s(t) represente o espaço percorrido pelo móvel até o instante t. Então, no intervalo de tempo entre t e t + ∆t, o corpo sofre um deslocamento: Definimos a velocidade média de tempo nesse intervalo como o quociente isto é, a velocidade média é o quociente do espaço percorrido pelo tempo gasto em percorrê-lo. Velocidade e aceleração De forma geral, a velocidade média nada nos diz sobre a velocidade no instante t. Para obtermos a velocidade instantânea do corpo no instante t, calculamos o limite da velocidades médias quando ∆t tende a 0. Como já vimos anteriormente: Velocidade e aceleração De forma análoga, para a aceleração teremos: Exercícios No instante t = 0 um corpo inicia um movimento em linha reta. Sua posição no instante t é dada por s(t) = 16t – t², com s em m e t em s. Determinar: a) a velocidade média do corpo no intervalo de tempo [2,4]; b) a velocidade do corpo no instante t = 2; c) a aceleração média no intervalo [0,4]; d) a aceleração no instante t = 4. Equações A velocidade média do corpo no intervalo de tempo entre 2 e 4 é dada: a) m/s. 10 2 2848 24 ²)22.16()4² (16.4 24 )4()4( ss vm t tstts vm )()( Equações b) A velocidade do corpo em t = 2 é o valor da derivada s’(t) no ponto t = 2. m/s 12)2( 2.216)2(216)(')( v vttstv dt ds tstv )(')( Equações A aceleração média do corpo no intervalo de tempo entre 0 e 4 é dada: c) ²/2168 04 )0.216()4.216( temos,216)( como 04 )0()4( sma ttv vv a m m t tvttv am )()( Equações d) A aceleração em t = 4 é dada pela da derivada v’ (4). Como v(t) = 16 – 2t. )('')(')( tstvta m/s² 2)4( Portanto, .2)(')( a tvta Exercícios Assinale a alternativa que representa, respectivamente, o valor de f’(x) e f’(3) da função dada pela aplicação do conceito intuitivo de limite: a) x² e 9. b) 2x e 9. c) 2x e 6. d) 2x – 4 e –1. e) x² e –1. Exercícios Assinale a alternativa que representa, respectivamente, o valor de f’(x) e f’(3) da função dada pela aplicação do conceito intuitivo de limite: a) x² e 9. b) 2x e 9. c) 2x e 6. d) 2x – 4 e –1. e) x² e –1. INTERVALO Regras de derivação – derivada de função constante Se f(x) = c então f´(x) = 0 Exemplo: a) f(x) = 8 f´(x) = 0 b) f(x) = f´(x) = 0 Derivada da função potência ou função polinomial de grau n Se n é um número real e então Exemplo: a) f(x) = 3.x5 f´(x) = 3.5x5-1 = 15x4 b) f(x) = 2.x-5 f´(x) = (-5).2.x-5-1 = -10.x-6 c) f(x) = 1/x3 f(x) = x-3 f´(x) = -3.x-4 = -3/x4 Derivada da soma de funções Sejam f e g duas funções e h a função definida por Se e existem, então Exemplo: a) h(x) = 2x3 – 4x2 + 1 h´(x) = 6x2 – 8x b) h(x) = 2senx – cosx/4 h´(x) = 2cosx + senx/4 Derivada do produto de funções Sejam f e g duas funções e h a função definida por Se e existem, então Exemplo: h(x) = (5x2 + 2x).(x3) h´(x) = (10x + 2).(x3) + (5x2 + 2x).(3x2) Derivada do quociente de funções Sejam f e g duas funções e h a função definida por sendo . Se e existem, Então . Exemplo: Regra da cadeia Sejam e e suas derivadas; a derivada da função composta é dada por ou Regra da cadeia – exemplos Exemplo: f(x) = 5x2 u(x) = 3x -2 y = f(u(x)) = 5(3x – 2)2 y´= 3.10(3x – 2) = 90x – 60 Calcule o valor sen(2x) e cos(2x). Regra da cadeia – exemplos Resolução: Então, Seguindo o mesmo raciocínio para o cos(2x)' , teremos Problema A concentração de certo fármaco no sangue t horas após sua administração é dada pela fórmula: Em qual intervalo essa função é crescente? a) t ≥ 0 b) t > 10 c) t > 1 d) 0 ≤ t < 1 e) 1/2 < t < 1 Resolução da questão Para estudarmos o intervalo em que a função é crescente, usamos o conceito de derivada. Resolução da questão Ou seja, devemos estudar o sinal da primeira derivada de Sejam f e g duas funções e y a função definida por sendo . . Se e existem, então . Resolução da questão Derivando Resolução da questão Resolução da questão A função é sempre positiva, exceto em sua raiz, -1. A função y’(t) terá, portanto, o mesmo sinal que a função a(t), uma vez que o sinal de b(t) não influirá no sinal do quociente entre as funções a(t) e b(t). Resolução da questão Assim, temos valores positivos para a função . Em . Não podemos considerar o intervalo , pois temos a condição . Alternativa correta: D. INTERVALO Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Para encontrarmos os pontos críticos de uma função , fazemos . Se é localmente crescente em x. Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Se é localmente decrescente em x. Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Exemplo: Seja f(x) = x³ O ponto crítico é a solução da equação f′(x0) = 0 ou, equivalentemente, 3x0² = 0. Então, x0 = 0. Por outro lado, f′(x) = 3x² > 0, se x ≠ 0; logo, x0 = 0 não é ponto de máximo nem de mínimo de f. Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Para determinarmos se um ponto crítico é de máximo ou de mínimo: Se , x0 é a abscissa do ponto demáximo. Se , x0 é a abscissa do ponto de mínimo. A abscissa x0 corresponde a ponto de inflexão se e somente se .f ” (x) = 0 f ” (x0 ) < 0 f ” (x0 ) > 0 Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Todo extremo relativo é ponto crítico, mas nem todo ponto crítico é extremo relativo. A vantagem do teste da segunda derivada é que analisamos o sinal de f apenas no ponto crítico, enquanto que no teste da primeira derivada temos de analisar o sinal à esquerda e à direita do ponto crítico. Pontos de máximo, de mínimo e de inflexão Para uma função de duas variáveis , a condição necessária para que o ponto , interior ao domínio da função ( ), seja máximo global é que seja ponto crítico de , e Exemplo Calcule os pontos extremos de: Calculemos os pontos críticos de f : Logo, f’(x) = 0 se, e somente se, x = 2, que é o ponto crítico de f. Calculando a segunda derivada de f : Exemplo Então, f′′(2) = 0 . Mas ao analisar a mudança do sinal da primeira derivada de f, como f′(x) ≥ 0, então f é sempre crescente. Logo, no ponto x = 2 não muda o sinal da primeira derivada de f; portanto, x = 2 não é ponto de máximo nem de mínimo relativo de f. Veja o desenho: Exemplos de aplicação Uma lata cilíndrica sem tampa superior tem volume de 5 cm³. Determine as dimensões da lata, de modo que a quantidade de material para sua fabricação seja mínima. Resolução Devemos minimizar a área. As áreas do cilindro e da tampa são: ² 10 )( : em substituir podemos Agora ² 5 ² 5, é volumeo Como ² 2 :minimizar devemos Logo, ² e 2 21 21 r r rA Ah r hhrV rrhAAA rArhA Resolução . 5 são lata da dimensões as Logo, . 5 e mínimo ponto o é 5 02 20 )('' . 5 se-obtem 2 ² 10 )(' :zero a igualando e Derivando 3 33 3 3 cmhr hr r rA r r r rA Questão ENADE Analisando a função definida no domínio um estudante de cálculo diferencial escreveu o seguinte: Questão ENADE A função f tem um ponto de mínimo global em D. porque O ponto (0,0) é um ponto crítico de f. Questão ENADE A respeito da afirmação feita pelo estudante, assinale a opção correta. a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é falsa. d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. e) Ambas as asserções são proposições falsas. Resolução da questão Sendo a função a condição necessária para que o ponto , interior ao domínio da função ( ) seja máximo global é que seja ponto crítico de e Resolução da questão yxxyx dx d 223),( 2 e 0)0,0( dx d . yxyx dy d 22),( e 0)0,0( dy d . Resolução da questão Logo, é ponto crítico. Mas é necessário também: Resolução da questão Logo, é ponto máximo global. As duas proposições são verdadeiras, mas afirmar que a função tem um ponto máximo global, pois é ponto crítico, não é verdade, pois temos de verificar também se Resolução da questão Alternativa correta: B As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. INTERVALO Aplicações de derivadas Resolução de problemas de derivadas Utilização dos Conceitos da Unidade II Questão 1 – aplicações Ache as dimensões de um retângulo com perímetro de 100 m cuja área seja a maior possível. Solução x y 2x + 2y = 100 Sejam x e y dimensões de um retângulo em que x é o comprimento do retângulo em m e y a largura do retângulo em m. Questão 1 – aplicações Considera-se A como a área do retângulo em m², então: A = x.y (1) 2x + 2y = 100 ou y = 50 – x (2) Substituindo (2) em (1), temos: A = x(50 - x) = 50x – x² Questão 1 – aplicações Como x representa o comprimento, x > 0, e x e y não podem ter um comprimento juntos que ultrapasse o perímetro de 100 m. Logo, o problema está determinado a encontrar o valor ou valores de x no intervalo [0,50]. Para que A seja máxima, como A é um polinômio, contínuo em [0,50], logo o máximo ocorre nos extremos deste intervalo ou em um ponto estacionário. Questão 1 – aplicações A partir de A = 50x – x² , temos: '( ) 50 2 Ao se equacionar '( ) 0, obtém-se 50 2 0 25 Assim, o máximo ocorre em um dos pontos 0, 25 ou 50. A x x A x x x x x x Questão 1 – aplicações Ao substituir os valores acima em A = 50x – x², encontram-se os valores apresentados na tabela: A área máxima é de 625 m² e ocorre em x = 25. x 0 25 50 A 0 625 0 Questão 1 – aplicações A partir de y = 50 – x = 50 – 25, tem-se y = 25 (gráfico). Portanto, o retângulo de perímetro 100 m com maior área é um quadrado de lado igual a 25 m. Questão 2 – aplicações Um tanque tem a forma de um cone invertido com 16 m de altura e uma base com 4 m de raio. A água “flui” no tanque a uma taxa de 2 m3/min. Com que velocidade o nível da água estará se elevando quando sua profundidade for de 5 m? Questão 2 – solução Sejam: t o tempo medido em minutos decorridos desde que a água começou a fluir dentro do tanque; h a altura em m do nível de água em t min.; r a medida em m do raio da superfície da água em t min.; V a medida, em m³, do volume de água no tanque em t min.; Em qualquer instante, o volume de água no tanque pode ser expresso em termos do volume do cone. Questão 2 – solução Seja , V, r e h são todos funções de t . Como a água está fluindo no tanque a uma taxa de 2m³/min.: Questão 2 – solução Queremos determinar quando h = 5m. Para expressar r em termos de h, temos dos triângulos semelhantes Questão 2 – solução Para Então Substituindo e resolvendo Questão 2 – solução Logo Assim, o nível da água está subindo a uma taxa de /min quando a profundidade da aguá é de 5m. Questão 3 – aplicações A figura mostra um poço de petróleo no mar em um ponto W a 5 km do ponto A mais próximo, em uma praia reta. O petróleo é bombeado de W até um ponto B na praia a 8 km de A da seguinte forma: de W até o ponto P na praia; entre A e B sob a água; e de P até B por meio de uma tubulação colocada ao longo da praia. Se o custo em dólares for de $ 1.000.000/km sob a água e $500.000/km por terra, onde P deve estar localizado para minimizar o custo? Ilustração Considere x como a distância em km de A a P e C como o custo, em milhões de dólares, para toda a tubulação. Observe a figura: o comprimento sob a água é descrito pela distância entre W e P. Considere o triângulo WAP formado pela figura. Questão 3 – solução Resolvendo pelo Teorema de Pitágoras, o comprimento entre W e P será: Como o comprimento da tubulação em terra é a distância entre P e B, temos: 8 - x Questão 3 – solução Das equações: O custo total da C para a tubulação é: em que 1 representa o custo de água e ½ representa o custo da terra (metade), R$1.000.00,00 para R$500.00,00. Questão 3 – solução Como a distância entre A e B é de 8 km, poderemos derivar a função neste intervalo para obter a minimização: . 3 5 0 2 1 25² :[0,8] em resolvendo e 0 doEquacionan 2 1 25² ))8( 2 1 25² ( x x x dx dC x x dx dC xx dx d dx dC Questão 3 – solução Visto que x varia de [0,8], então o valor encontrado negativo deve ser descartado. Assim, tem-se um único ponto crítico, o valor 5/√3. Logo, o menor valor deve ocorrer em um dos seguintes pontos: Portanto, o menor custoé C = $8,33 , quando o ponto P estiver a uma distância de 5/√3 ≈ 2,89km. x 0 5/√3 8 c 9 8,33 9,43 ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar